Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

ABETA divulga os resultados da pesquisa sobre o perfil do turista de aventura no Brasil

..:: Fonte: ABETA

Com o objetivo de estudar as preferências e características do consumidor de ecoturismo e turismo de aventura no Brasil, a ABETA - em convênio firmado com o Ministério do Turismo - desenvolveu através do Programa de Promoção e Comercialização Nacional (PPCN), a Pesquisa do Perfil do Turista de Aventura no Brasil.

Este estudo veio oferecer às empresas uma base para maior coerência entre os produtos e serviços ofertados e a eficiência da comunicação com o mercado. Através dele, as empresas podem conhecer e adequar-se às expectativas dos consumidores e, assim, aprimorar seu negócio.

O PPCN, responsável pela produção do estudo, analisou as principais regiões consumidoras de Turismo de Aventura no Brasil. A pesquisa faz parte das ações para promover e consolidar o TA como um dos principais segmentos e produtos do turismo brasileiro para mercado doméstico.
Para ver ter acesso à pesquisa basta fazer o download no site da ABETA.

..:: Divulgação no Salão do Turismo ::..

Uma palestra sobre os resultados da Pesquisa do Perfil do Turista de Aventura no Brasil será realizada durante o 5º Salão do Turismo (Núcleo do Conhecimento), no dia 27/5 às 19h30min. O evento acontece em São Paulo (SP), entre os dias 26 e 30 de maio.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Porto do Tumiaru São Vicente / SP - por Benedicto Calixto

Imagem do fotógrafo Gilberto Calixto Rios, bisneto do pintor.

Benedicto Calixto registrou nestas telas sua visão de como era o Porto Tumiarú, também conhecido como Porto das Canoas, em São Vicente, no início do século XX.

Na imagem abaixo, vê-se à esquerda o morro dos Barbosas e à direita o morro Xixová.

Este quadro (óleo sobre tela, pintado em 1907, com 38 x 66 cm) faz parte do acervo da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Para Saber Mais..::
Benedicto Calixto aqui


Cartão Postal Antigo São Vicente  - Porto Tumiarú


Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais em São Vicente e Região
www.r9turismo.com




domingo, 31 de janeiro de 2010

Universidade cria técnica de reciclagem de restos de cigarro

Por..:: Juliano Costa

Assim como a maior parte do lixo que produzimos, as bitucas de cigarro também podem ser recicladas. Esse processo, inédito no mundo, foi criado pela equipe da professora doutora Therese Hofmann Gatti, subchefe do Departamento de Artes Visuais da UnB (Universidade de Brasília), e já está em processo de patente.Processadas, as bitucas são transformadas em papel, como explica a professora.

Pergunta: Como é feita a reciclagem de bitucas de cigarro?
Hoffman: Desenvolvemos uma tecnologia aqui na Universidade de Brasilia que permite aproveitar todo o resíduo dos cigarros, transformando-o em papel. Basicamente, o material descartado (bituca, restos de fumo, papel que envolve o filtro) é coletado e processado química e mecanicamente. Os detalhes do processo nós não podemos divulgar por exigência do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) enquanto corre o registro da patente. O processo foi registrado no INPI em 2003. A patente está registrada em nome da UnB, do aluno Marco Antonio Barbosa Duarte, meu e do professor Paulo Anselmo Ziani Suarez.

Pergunta: O que se obtém desse processo?
Hoffman: Conseguimos obter vários tipos de papéis que podem ser utilizados em várias finalidades: papéis para impressão, embalagem, pastas, folders, blocos, certificados, convites, etc. E tudo isso sem qualquer odor de cigarro.

Pergunta: Um quilo de bitucas gera o quê?
Hoffman: Podemos dizer que o aproveitamento do resíduo é 100%, ou seja, conseguimos reciclar e reutilizar todo material descartado: bitucas (filtro), restos de tabaco, papel, caixa do cigarro. Outra coisa é o rendimento que este material vai dar em termos de celulose. Nesse caso, tem uma variação entre 80% e 100%. Posso ter de um quilo de bitucas entre 800 gramas a 1000 gramas de celulose.

Pergunta: Alguma outra instituição faz a reciclagem de bitucas de cigarro?
Hoffman: Quando começamos a pesquisa em 2003 fizemos uma ampla busca sobre o tema. Além de pesquisa bibliográfica e sites, visitamos as duas maiores produtoras de cigarro no Brasil: a Souza Cruz e a Philip Morris. Tivemos contato também com a fábrica Filtrona do Brasil, que nos forneceu alguns filtros para a pesquisa, e a Bayer, que produz a base para os filtros. Devemos lembrar que o material que produz os filtros de cigarro é basicamente o mesmo usado como reservatório para algumas canetas. Depois de toda essa investigação, verificamos que nosso projeto é inédito, no Brasil e no mundo. Por isso, decidimos patenteá-lo.

Pergunta: Quais outros produtos vocês reciclam?
Hoffman: A UnB trabalha com a reciclagem de papel e produção de papel artesanal desde 1980. Nesses anos todos desenvolvemos pesquisas para a produção de papel com diversos resíduos de colheitas agrícolas (milho, soja, abacaxi, cana-de-açúcar, bananeira, etc.) resíduos vegetais diversos como resíduos de jardim (gramíneas, cana do reino, bambu, sisal, paina, etc), aparas de papéis, sacos de cimento, etc. Temos outra patente ja concedida que é a reciclagem do dinheiro descartado pelo Banco Central. Temos um trabalho de capacitação de ex-presidiários na produção artesanal de papel, que é o projeto Reciclando Papéis e Vidas, que está sendo aplicado no presídio de Tremembé (SP) com o patrocínio da ABTCP e da Votorantin. E estamos replicando nosso trabalho de produção de papel com a utilização de resíduos agrícolas junto a agricultores familiares dos arredores de Brasília com o patrocínio do MCT/Secretaria de Inclusão Social.
Fonte..:: Yahoo

Saiba Mais..:: Cigarro problema para o meio ambiente.

(recicle suas idéias)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Foto da Semana 19 – Canoa Caiçara – Ilha do Cardoso, Cananéia / SP

Foto de ..:: Renato Marchesini 

 Nada combina mais com essa paisagem do que uma canoa caiçara. Branca, azul, amarela, vermelha, verde... coloridas seguem as canoas calmamente serpenteando os manguezais, cortando o azul do mar...
Ela faz parte da natureza, do litoral, da cultura do povo caiçara. É seu meio de transporte mais primitivo e companheira de trabalho.

Esta canoa foi clicada em uma prainha da Ilha do Cardoso, pertencente ao município de Cananéia / SP. Descansando à beira da praia, aguardava seu dono para mais um dia de pescaria... 

  Caiçaras: Um povo anfíbio, entre a terra e a água...


quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano Novo - Seja bem vindo 2010

Este foi um ano de grande alegrias e realizações. Mas o mais importante é refletir sobre os acontecimentos, a jornada do dia-a-dia e, concluir ao final, que tivemos um saldo de crescimento e aprendizado.

Agradecemos a todos colegas e amigos por um ano de trabalho, cooperação, confiança e dedicação.

Desejamos que este Ano Novo seja o início da construção de um caminho de amor, alegria, esperança e novos projetos.

Lindo Ano Novo!
Equipe R9 Turismo


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cananéia realiza a Semana Cultural Prof. Péricles Eugênio da Silva Ramos

O distrito Ariri, em Cananéia, realiza entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro de 2009, a Semana Cultural Professor Péricles Eugênio da Silva Ramos. O evento visa valorizar a cultura tradicional de Cananéia e Vale do Ribeira, em especial a do Ariri, homenageando o grande poeta e professor Péricles Eugênio da Silva Ramos
A programação está recheada de apresentações e exposições sobre a cultura caiçara, poesias, o Fandango (música e composição popular tradicional), fotografias e artesanato local. Por estar localizada em um das maiores riquezas de Mata Atlântica ainda existente no litoral sul brasileiro, podendo ser observadas espécies endêmicas como o mico-leão-da-cara-preta, a Semana Cultural também contará com apresentações de contos e “causos” sobre a Mata Atlântica.

O evento será dividido em 3 eixos temáticos:

Vale do Ribeira e Restinga;

Música e Composição (Fandango, cultura popular, prosas e versos);

Contos e “Causos” (moradores antigos contam um pouco de suas histórias e a do Ariri).

No final, serão selecionados os melhores contos e poesias, transformando-os em uma narrativa musical, pelo poeta e escritor Júlio César da Costa, pesquisador sobre a cultura e dialetos dos povos do Vale do Ribeira.

Toda a Semana Cultural acontecerá dentro da Escola Estadual Prof. Péricles Eugênio da Silva Ramos, e algumas atividades no Centro Comunitário. A comunidade busca também a inserção deste projeto no calendário anual de eventos da cidade, para que se possa valorizar cada vez mais a cultura caiçara no município.

Programação:

30/11 (segunda-feira):
- Abertura da Semana Cultural
- Período da manhã e da tarde, presença dos alunos e professores e artistas convidados.
- Poesia declamada
- Poesia regional, Júlio César da Costa, sobre o Vale do Ribeira
- Poesia de ex-aluno da Escola Péricles sobre o Vale do Ribeira (Válber Antônio do Rosário Coelho)
- Narrativa: Poesia do poeta e escritor : Péricles Eugênio da Silva Ramos.
- Música e Composição
- Fandango, tradição dos versos e trovas, modas de viola, como eram criadas as composições, evidenciar também a fabricação dos instrumentos, questão referentes à madeira, a lua ,as afinações.

Artistas convidados:
- Fandangueiros do Ariri (Família Alves)
- Fandangueiros da Família Pereira

Composição de versos: Izildinha e Enedina Coelho

Contos e “Causos”
- Seu José Coelho (história do Ariri), Querino Ermes Coelho
- Seu Alberto Cordeiro( história sobre a abertura do Canal do Varadouro)
Seu Abraham Costa( histórias sobre a natureza, tatu, tamanduá, carangueijo) e Dona Maria Rosa (mutirões).
- Roque Matheus, Sátiro Matheus, Luís Camilo( Varadoro), evidenciar as práticas de trabalho cooperativo, mutirões, a essência do trabalho que era o fandango, (tema aberto para os integrantes dos outros grupos).
- Pauta dos professores e diretora da escola sobre a preservação da cultura, importância da Semana - Cultural e atividades na escola, as melhores serão eleitas e classificadas, recebendo a premiação: primeiro, segundo e terceiro lugar de cada modalidade, das avaliações a serem aplicadas na escola.
Fechamento do dia com uma moda de viola.

De 30/11 a 04/12 – aplicação das atividades em sala de aula, durante o dia na escola Péricles. Comitiva diária no final da tarde, para correção e avaliação dos trabalhos dos alunos.

03/12 (quinta-feira):
- Seleção do melhores trabalhos pela comissão organizadora, para exposição do mural no dia seguinte .
- Á noite, Jantar cultural aos moradores convidados e artistas participantes junto a comissão organizadora.
- Logo após amostra de vídeos-documentários sobre a cultura caiçara, no centro comunitário(aberto ao público), em seguida apresentações do Grupo Cultural Batucajé, Fandango Família Alves (Fandangueiros do Ariri), Grupo de Batido, Fandango da Família Pereira e Família Neves do Marujá, Ilha do Cardoso.

04/12 (sexta-feira):
- Período da manhã, premiação dos melhores trabalhos, e exposição,
- Lanche aos alunos, e (café com mistura).
- Tarde livre.


(papo de biologia, recicle suas idéias, ecoturismo)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Semana do Turismo: ETEC Santos /SP com Renato Marchesini

Nesta última quinta-feira (01/10/09), o Turismólogo Renato Marchesini esteve presente na Semana do Turismo, realizada na ETEC Aristóteles Ferreira, Santos/SP pelo Curso Técnico em Turismo. 

Na ocasião foi proferida a palestra "Turismo Receptivo, uma Visão para o Ecoturismo na Costa da Mata Atlântica".


O Renato Marchesini agradece a Instituição e a Prof. Cezira pela oportunidade.

 (evento_programação)


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Projeto de Olho no Óleo

Seja um Amigo do Meio Ambiente e colabore com a campanha de arrecadação de óleo de cozinha.

O projeto é uma iniciativa da Marim Gerenciamento de Resíduos, que tem como compromisso a preservação do meio ambiente e juntamente com uma empresa parceira, viabilizaram o destino deste óleo e estabelecendo um novo ciclo de vida a este produto, na produção de biodiesel, permitindo que ele volte para o sistema produtivo.

foto de..:: Renato Marchesini

1 litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de uma pessoa por período de 14 anos.

Vamos fazer a nossa parte e levar o óleo de cozinha para as escolas próximas de sua casa e fazer parte deste projeto.

Pontos de Coleta de óleo Vegetal e mais informações..:: Marim Gerenciamento de Resíduos
(recicle suas idéias , papo de biologia )

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Foto da Semana 06 – Sapo mimetizado Santos / SP

Foto de .: Renato Marchesini 

  Eis umas das belíssimas surpresas da natureza que podemos encontrar pelas trilhas da região da Baixada Santista – Costa da Mata Atlântica. Este sapo (anfíbio) foi encontrado pela equipe da R9 Turismo mimetizado junto à serrapilheira da trilha Caminhos do Jurubatuba, em Santos/SP. Se ele não mexesse um pouco seu corpo jamais o teríamos visto, tamanha sua semelhança com uma folha seca caída no chão. Caso você queira ter a chance de um dia poder encontrar este ou algum outro animal da Mata Atlântica, participe de alguns de nossos roteiros. 

 Para saber mais: www.r9turismo.com


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Matéria Tv SP Record - Guia de Ecoturismo

Matéria exibida no dia 12 de setembro de 2009 pela Tv SP Record. Aborda a importância de contratar um Guia de Ecoturismo Especializado para atividades de trilha.

   

 Guia de Ecoturismo.: Renato Marchesini.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Planeta Criança: Educação Ambiental

Este Web Site proporciona de forma lúdica conceitos de preservação de nossos recursos.

Clicar na Imagem

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Biblioteca Digital: Dimensões do Ecoturismo

Dimensões do Ecoturismo
Por.: Paulo dos Santos Pires




(publicação_consulta)

domingo, 6 de setembro de 2009

Papo de Biologia: CORUJA-BURAQUEIRA (Athene cunicularia)


Nome Popular: Coruja-buraqueira
Nome Científico: Athene cuniculariaOrdem: Strigiformes
Família: Strigidae
Gênero: Speotyto
Espécie: Cunicularia
Postura: 7 a 9 ovos
Incubação: 28 a 30 dias
Habitat: Restingas e cerrados.
Hábitos Alimentares: Pequenos roedores, répteis e insetos.
Tamanho: 25 cm
Peso: 150 g
Envergadura media da asa: 55 cm

A coruja buraqueira tem hábitos diurnos. Alimenta-se de sernambis e maria-farinha encontradas na parte alta da praia e pequenos répteis dentre a vegetação rasteira de restinga. Constrói seu ninho sob a areia, através de um túnel com mais de um metro de profundidade.

A planície marinha, onde se situa a restinga, é o espaço surgido com o recuo do mar. Assim, o movimento das ondas foi deixando nas areias uma espécie de óleo ou substância glutinosa, como se fosse uma ligeira "argamassa" estabilizando as partículas de areia, criando uma forma de aderência ao mesmo tempo em que mantém a permeabilidade natural da praia.

Esse "óleo" produzido pelo mar, é o resultado da decomposição dos restos animais e vegetais marinhos, que no período presente são despejados na orla compondo os nutrientes da cadeia alimentar da exuberante micro-fauna da praia.

Integrada nessa escala evolutiva do meio ambiente costeiro, a coruja buraqueira constrói seu ninho sob a areia da restinga, chegando a cavar em torno de um metro e meio de profundidade. A sua sobrevivência, bem como a dos seus filhotes, dependem da plena estabilidade do túnel que leva ao ninho que não pode desbarrancar. É necessário então que as paredes do túnel de areia estejam bem firme pela agregação dessa antiga substância deixada pelo mar, até o dia final da chocagem dos ovos e saída das corujinhas (bebê curuja).
 
O ninho é construído sob o cordão arenoso, entre as ipomeas e gurirís, área onde também a coruja caça, enquanto vigia sua loca.

O maior inimigo da coruja buraqueira é o homem, visto que, por ser uma ave de rapina, essa espécie quase não tem predadores naturais.
 
Ao contrário a maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. A buraqueira é uma ave tímida, por isso vive em lugares sossegados, embora possa ser comum encontrá-las em centros urbanos.

Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores. Possui uma visão 100 vezes mais penetrante que a visão humana e uma ótima audição. Para enxergar alguma coisa ao seu lado ela tem que virar a cabeça, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado e num mesmo plano. São aves principalmente crepusculares, sendo encontradas ao amanhecer ou entardecer pousadas ao longo das praias da região dos lagos.

A reprodução da coruja-buraqueira começa entre março ou abril. O casal se reveza cavando o buraco, usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho com capim seco. Botam em média 7 a 9 ovos cuja incubação dura de 28 a 30 dias. Enquanto a fêmea fica chocando, o macho providencia a alimentação e a proteção para os futuros filhotes, vigiando permanentemente o ninho. Quando os filhotes estão com 14 dias podem ser vistos empoleirando a entrada da cova, esperando os pais que trarão a comida. Os filhotes saem do ninho com aproximadamente 45 dias quando começam a caçar insetos que são atraído ao redor do ninho pelo odor do estrume acumulado.

Veja um flagrante de uma Coruja Buraqueira na Praia do Una - Peruibe / SP . aqui

(planeta animal, papo de biologia)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Papo de Biologia: Como uma Aranha faz sua Teia Aérea

As diversas glândulas (existem 7 tipos, que nunca ocorrem na mesma aranha) localizadas no abdômen da aranha produzem diversos tipos de fio de seda, cada qual com finalidade diferente: fios para encapsulamento da presa (glândulas aciniformes); fios para formar a "moldura", raios e espirais da teia (glândulas ampoladas); fios para formar os casulos (glândulas tubuliformes), etc.

O diâmetro médio de um fio de seda em uma teia de aranha esférica é de cerca de 0,15µm. Graças à reflexão da luz do sol no fio somos capazes de ver a teia, pois o olho humano, a uma distância de 10 cm, só consegue detectar objetos com um diâmetro de 25 µm. Uma das características extraordinárias da seda da aranha é sua resistência.

Um fio de seda de aranha com uma espessura mínima seria capaz de parar um bezouro voando com velocidade plena. Se o fio tivesse a espessura de um lápis seria capaz de fazer parar um Boeing 747 em pleno vôo. Não apenas estes fios são fortes, como também são elásticos. Um fio comum de seda de aranha é capaz de estender-se por até 70 km sem se quebrar sob seu próprio peso! E pode ser esticado até 30 ou 40% de seu comprimento, sem quebrar-se, enquanto o nylon suporta apenas 20% de estiramento.

A seda da aranha é constituída principalmente de uma proteína que tem massa molecular de 30.000, enquanto dentro da glândula. Fora da glândula, ela se polimeriza para dar origem à fibroína, que tem massa molecular em torno de 300.000.

Muitas aranhas tecedeiras reciclam suas teias. A teia tem que ser renovada freqüentemente e como ela consome bastante recursos de nitrogênio da aranha, esta se realimenta da seda.

Os fios da seda de aranha já foram usados antigamente nos retículos de lunetas astronômicas, micrômetros e outros instrumentos óticos. Algumas tribos da América do Sul empregam as teias de aranha como hemostático em feridas. Pescadores da polinésia usam o fio da aranha Nephila, que é exímia tecedeira, como linha de pescar. Em Madagáscar, nativos capturavam as aranhas Nephila, e obtinham rolos de fios, que usavam para fabricar tecidos de cor amarelo-dourada.Também já se tentou produzir tecido a partir de fios obtidos de casulos, porém nenhuma destas atividades é prática ou econômica.

Como a aranha constrói sua teia?
Se você já teve a oportunidade de observar uma aranha em plena atividade de construção da teia, certamente percebeu que existe uma sabedoria intríseca em sua técnica: na maneira como ela estende primeiro os grandes eixos de sustentação da teia e, a partir daí, vai unindo esses fios de suporte e preenchendo os espaços vazios com fios radiais, rapidamente, dando origem a uma estrutura de impressionante geometria, além de grande resistência.

Uma boa pergunta seria: como a aranha consegue fazer a fixação inicial do fio, que ela produz de seu próprio corpo, entre duas superfícies às vezes sem contato -- entre dois galhos de uma árvore, por exemplo? A aranha não voa...Tendo fixado primeiramente o fio em um galho, o que ela faz para fixar a outra extremidade em outro galho?

Sai andando pela árvore, carregando atrás de si o fio, sobe até o outro galho e de lá puxa o fio e o fixa no galho? Não, ela age de forma mais simples, usando o vento e um pouco de sorte.
A aranha produz os fios em quantidade e espessura adequadas, sendo que cada glândula produz fio de qualidade diferente. Existem fios adesivos e fios secos, não adesivos. Um finíssimo fio adesivo é liberado pelas fiandeiras e, enquanto a aranha vai tornando este fio cada vez maior, o vento o carrega até encontrar um ponto onde o fio fica aderido. Então, a aranha caminha com cuidado sobre este fio-guia, reforçando-o com um segundo fio.

O processo é repetido até que o fio esteja suficientemente forte. Depois disso, a aranha lança um outro fio, formando uma espécie de Y, abaixo do fio inicial. Esses são os três primeiros fios que formam o eixo da teia.

Ao se observar uma teia de aranha, distinguem-se a moldura, os raios e a espiral. Existem muitas variações na construção da teia, conforme a espécie da aranha. Algumas aranhas, constroem no centro da teia outra pequena espiral, ou uma rede de malhas, que funciona como "refúgio". A espiral de "captura" é especialmente construída para as presas e é feita com fios viscosos, adicionados paralelamente um ao outro.

A espiral de captura deixa às vezes dois raios livres, de onde parte um fio especial, chamado "fio telefônico", que conduz ao refúgio da aranha, quando este é construído fora da teia. A aranha pode captar as vibrações deste fio, para informar-se sobre o tamanho e o tipo de presa que caiu na armadilha.

Veja uma animação: Construindo Teia aérea. É maravilhosa a geometria com que é construida uma teia. Apreciem !
OBS: aguardar carregar, clicar no ícone: jouvez I'animation sans étape

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