Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
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quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

OMT passa se chamar 'ONU Turismo' para marcar nova era do setor a nível mundial

 A Organização Mundial do Turismo (OMT) anunciou entrar dia 24 de Janeiro de 2024 "numa nova era, com um novo nome e uma nova marca" - ONU Turismo -- com a qual reafirma o seu estatuto de "líder global em turismo para o desenvolvimento".


"Com esta nova marca, a organização reafirma o seu estatuto de organização especializada das Nações Unidas para o turismo e líder global em turismo para o desenvolvimento, impulsionando a mudança social e económica para garantir que 'as pessoas e o planeta' sejam o centro das atenções", lê-se num comunicado.

Para atingir este objetivo, a ONU Turismo contratou os serviços da agência de criação de marcas Interbrand, que "traduziu com sucesso a visão renovada da organização para o turismo numa nova identidade visual e narrativa de marca".

Como resultado, a organização alterou a designação de OMT para ONU Turismo, acompanhando uma narrativa de marca "meticulosamente criada para estar perfeitamente alinhada com a sua missão e prioridades centrais" e assente em três mensagens principais: as Nações Unidas como organização altruísta global, a ideia de conectar pessoas em todo o mundo e o conceito de proatividade e movimento.

Ao afastar-se das siglas, a ONU Turismo diz adotar "uma postura mais acessível e potenciar os seus pontos fortes: 'ONU', que significa autoridade, e 'turismo', que é um conceito simples com o qual todas as pessoas se identificam".

Segundo refere, esta mudança foi apoiada pelos membros da organização, evidenciando o seu "apoio determinado à profunda transformação e reinvenção da ONU Turismo nos últimos anos, à medida que se tornou mais ágil, visível e próxima dos seus Estados-membros, dos seus parceiros e do setor como um todo".

Com 160 Estados-membros e centenas de afiliados do setor privado, a ONU Turismo tem sede em Madrid, Espanha, e escritórios regionais em Nara, Japão, que cobrem a Ásia e o Pacífico, e em Riade (Arábia Saudita), para o Médio Oriente. Futuramente disporá também de escritórios regionais para as Américas (no Rio de Janeiro, Brasil) e África (em Marrocos).

As prioridades da organização centram-se na promoção do turismo para o desenvolvimento sustentável, em linha com a Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e os seus 17 Objetivos Globais.

A ONU Turismo promove ainda uma educação de qualidade, apoia a criação de empregos dignos no setor, identifica talentos, impulsiona a inovação e acelera a ação e a sustentabilidade climática e a sustentabilidade no turismo.

Citado no comunicado, o secretário-geral da ONU Turismo, Zurab Pololikashvili, afirma que, "à medida que a sociedade progride, o setor do turismo, como muitos outros setores, precisa de se transformar para se tornar um catalisador para a prosperidade à escala universal".

"Aumentar o bem-estar das pessoas, proteger o ambiente natural, estimular o progresso económico e promover a harmonia internacional são objetivos fundamentais que constituem a essência central da ONU Turismo. A organização assume o papel de impulsionar uma força sustentável que é central para muitas economias", sustenta.

Fonte..:: Noticiasaominuto


quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

É possível gamificar o turismo?

Com a globalização e a criação de novas tecnologias, é preciso um pouco mais para conquistar visitantes.

Durante muitos anos o turismo valia-se por si só, através daquilo que determinados locais tinham para oferecer -belas praias, clima apetecível e oferta de alojamento. Estes fatores, foram durante muitos anos, o único chamariz que a região do Algarve precisava para que os turistas desejassem conhecer a região.

Com a globalização e a criação de novas tecnologias, é preciso um pouco mais para conquistar visitantes. Na verdade, empresas ligadas ao setor do turismo têm desenvolvido novos serviços e estratégias para conseguir aumentar e melhorar o turismo da região, sendo um dos exemplos possíveis a gamificação do setor.

..:: O que significa gamificar o turismo

A gamificação é uma abordagem bastante usada em outros setores para atrair e reter diferentes públicos, usando algumas das dinâmicas e métodos usados nos jogos. 

Os jogos possuem sistemas de pontos, missões, regras e recompensas. A introdução destas temáticas permite aos jogadores sentir adrenalina e emoção enquanto jogam. Seja em jogos que apenas dependam da sorte, como acontece ao jogar slots online, que oferecem adrenalina na possibilidade de conseguir uma combinação vencedora, ou nos jogos mais complexos como os de RPG – role playing game, em que que o jogador enfrenta situações que tem de resolver e participa como personagem do jogo.

Estas sensações também podem ser usadas pelo setor do turismo através do desenvolvimento de aplicações, que possam enriquecer a experiência da visita de alguns locais, através, por exemplo, da realização de tarefas, ou missões. 

Uma das formas pioneiras de gamificação do turismo surgiu com a o Geocache. Esta atividade combina o GPS para encontrar uma “cache” que contém um livro de registos e acessórios para troca. Esta é uma forma interessante de gamificar trilhos, que passam a oferecer um objetivo para que sejam percorridos.

Mais recentemente, a aplicação PortugalPlay foi criada exatamente com o objetivo de tornar o turismo num cenário de jogo e aventura. Com diferentes desafios que se convertem em pontos, esta aplicação desenvolvida com recurso à tecnologia de realidade aumentada, permite aos turistas conhecer mais sobre determinada região, ao mesmo tempo que podem habilitar-se a ganhar prémios como um iPhone.

..:: Outras formas de cativar turistas

A gamificação do turismo não é a única opção para tornar uma região mais interessante para certos nichos de visitantes. Alguns turistas, ao invés de procurarem mais emoção e aventura às suas férias, procuram, por exemplo, tratar da sua saúde. O chamado turismo de saúde, ou turismo médico é um nicho bastante popular na região do Algarve.

Além de existirem hotéis que alargam o conceito de SPA oferecendo, por exemplo, programas detox, programas ligados aos benefícios das termas, ou mesmo centros de meditação, como os Retiros Karuna realizados em plena Serra do Monchique. Existe também o conceito de turismo médico ligado aos tratamentos dentários.

É exatamente assim que uma clinica dentária em Olhão tem conseguido captar turistas provenientes de países como Alemanha, ou Países Baixos. Graças a uma parceria da clínica com os Eden Garden Apartments – estrategicamente localizados ao lado da clínica, permitem que os turistas possam usufruir de umas férias, ao mesmo tempo que realizam algum tratamento dentário.

Ainda que estas formas de reinventar o turismo tradicional possam parecer estranhas para quem procura unicamente sol, praia e descanso, são ótimas formas de captação de turistas que precisam de aliar um motivo ao seu descanso.


Fonte..:: Postal

terça-feira, 17 de outubro de 2023

Turismo em lugares sagrados: "Experiência única, libertadora e revitalizante"

Investigadores da Universidade de Coimbra caracterizaram as experiências turísticas em lugares sagrados, tendo como caso de estudo o Santuário de Fátima, e concluíram que a forte ligação ao lugar e a experiência memorável são duas das dimensões marcantes da visita a este local

Foto de..::Paulo Cunha

As experiências turísticas em lugares sagrados desencadeiam "sentimentos de êxtase, de vivenciamento de uma experiência única na vida", na maioria dos turistas, concluiu um estudo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC).

Com o objetivo de contribuir para o conhecimento das experiências turísticas em lugares sagrados, uma equipa de investigadores usou como caso de estudo o Santuário de Fátima e constatou que a forte ligação ao lugar e a experiência memorável são duas das dimensões marcantes da visita a este local do Centro de Portugal.

"As experiências turísticas em lugares sagrados são diferentes de outras experiências, porque trazem à maioria dos turistas sentimentos de êxtase, de vivenciamento de uma experiência única na vida, ao mesmo tempo libertadora e revitalizante, percecionando a visita como importante e com grande significado pessoal", explicou a docente da Faculdade de Letras da UC Cláudia Seabra.

A também investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território da UC lembrou que, "atualmente, as peregrinações e a visita a locais sagrados movimentam milhares de pessoas em todo o mundo".

Foto de..:: António Pedro Santos.

"Em Portugal, as peregrinações a Fátima e o Caminho Português de Santiago são exemplos de peregrinações incontornáveis que atraem milhares de portugueses e turistas estrangeiros que vêm ao nosso país em busca de experiências memoráveis e únicas todos os anos. A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Lisboa é um outro exemplo paradigmático", sublinhou.

Segundo Cláudia Seabra, o estudo permitiu mostrar que "estes lugares revelam ter um valor único e insubstituível e, muito provavelmente, quem os visita vai querer revisitar".

"O entendimento das experiências turísticas em lugares sagrados é essencial para a gestão destes lugares", defendeu.

Foto de..:: Lalo R. Villar / AP.

A investigadora explicou que "o turismo religioso é um segmento direcionado para pessoas cuja motivação para a visita é a fé, a busca da espiritualidade, a prática religiosa e a busca por experiências espirituais".

"É apontado como uma das mais antigas formas de fazer turismo: já nas primeiras civilizações, as peregrinações a lugares religiosos movimentavam um grande número de pessoas em busca de espiritualidade e de fé", lembrou.

Entre as recomendações apontadas neste estudo, Cláudia Seabra destacou que "as organizações públicas e privadas devem ser capazes de criar experiências que promovam o envolvimento na visita e a realização de atividades, assim como a proximidade com as comunidades locais".

Dando como exemplo a JMJ, Cláudia Seabra disse que "o aspeto mais referenciado e valorizado pelos visitantes foi a proximidade e o envolvimento que tiveram com os residentes, o que deu lugar a uma experiência cultural mais imersiva, mais marcante".

"Estando nós num país considerado tão hospitaleiro, esta dimensão deve ser sempre valorizada. Para além de que os próprios residentes aceitam melhor e ganham também com o turismo", realçou.

O estudo contou com a participação dos investigadores do Instituto Politécnico de Viseu Carla Silva, José Luís Abrantes e Manuel Reis.


Fonte..:: SIC Notícias


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Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.