A Companhia de Jesus (em latim: Societas Iesu, S. J.), é uma
ordem religiosa fundada em 1534 por um grupo de estudantes da Universidade de
Paris, liderados pelo basco Inácio de Loyola. Porém, ela só foi reconhecida
pelo Papa Paulo III em 27 de setembro de 1540, por meio da bula Regimini
militantis Ecclesiae.
Os primeiros missionários trazidos ao Brasil desembarcaram
em Salvador no dia 29 de março de 1549, trazidos pelo então governador-geral
Tomé de Sousa, em número de seis: Leonardo Nunes, João de Azpilcueta Navarro,
Antônio Pires, Vicente Rodrigues, Diogo Jácome e o padre Manuel da Nóbrega,
líder do grupo. Pouco tempo depois, Nóbrega e Leonardo Nunes viriam desembarcar
em Santos, onde assumiriam várias missões na Capitania de São Vicente. Ao longo
dos anos, outros jesuítas se juntaram na tarefa de catequisar os índios locais,
como o padre José de Anchieta.
Em setembro de 1940, a Companhia de Jesus completou 400 anos
de existência e esse fato desencadeou uma série de solenidades em referência à
data, culminando no descerramento de duas belíssimas placas de bronze,
outorgadas pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santos, uma no prédio da
Alfândega de Santos (construído na área onde se situava o Colégio São Miguel) e
outra na rua do Colégio, em São Vicente, no sítio onde foi erguido a primeira
instituição jesuítica da Capitania.
O evento foi tema de importante nota publicada na revista Flamma, em sua edição de janeiro de 1941:
“O Instituto Histórico e Geográfico de Santos teve a iniciativa de comemorar a passagem do 4º Centenário da fundação da Companhia de Jesus, tão ligada ao Brasil pela ação magnífica de seus missionários. Depois de ter promovido conferências sobre esse acontecimento, resolveu o Instituto colocar placas de bronze nos lugares onde funcionavam os colégios dos jesuítas em Santos e São Vicente. Em São Vicente, quando se inaugurou a placa comemorativa na rua do Colégio, falando por essa ocasião o sr. Rodolhpho Mikulasch (então prefeito vicentino)”.