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(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

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quinta-feira, 25 de março de 2010

Porto do Tumiaru São Vicente / SP - por Benedicto Calixto

Imagem do fotógrafo Gilberto Calixto Rios, bisneto do pintor.

Benedicto Calixto registrou nestas telas sua visão de como era o Porto Tumiarú, também conhecido como Porto das Canoas, em São Vicente, no início do século XX.

Na imagem abaixo, vê-se à esquerda o morro dos Barbosas e à direita o morro Xixová.

Este quadro (óleo sobre tela, pintado em 1907, com 38 x 66 cm) faz parte do acervo da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Para Saber Mais..::
Benedicto Calixto aqui


Cartão Postal Antigo São Vicente  - Porto Tumiarú


Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais em São Vicente e Região
www.r9turismo.com




quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vereadora de Santos propõe Dia do Caiçara

Objetivo é criar uma identidade cultural

Proposta que visa criar um debate em torno da identidade e da cultura do povo caiçara foi apresentada em (24/9), durante sessão da Câmara de Vereadores de Santos. Este é o objetivo do projeto de lei da vereadora Telma de Souza, líder do PT, criando o Dia do Caiçara.

Como de praxe, a matéria foi encaminhada para as comissões técnicas do Legislativo, para depois retornar ao Plenário para votação.

Em sua justificativa, Telma argumentou que tudo o que se fizer em torno desta data, a fim de homenagear, debater ou discutir, ajudará a definir a identidade caiçara. “A identidade de um povo é condição primordial para que ele saiba seu lugar no tempo e no espaço, para que tenha consciência histórica, com repeito às suas grandezas, sua arte, cultura e modo de vida”, afirmou.

Ela apresentou o requerimento a pedido de artistas e pesquisadores que se debruçam sobre o tema. A data proposta é 18 de setembro, dez dias após as comemorações religiosas pela padroeira da cidade.

Márcio Barreiro, do Instituto Ocanoa, artista e pesquisador da cultura caiçara, é um dos que endossaram a aprovaram a proposta de Telma. Para ele, preservar o patrimônio cultural e histórico brasileiros é um dever de cada um e do poder público. “Valorizar nossa origem e situar sua verdadeira importância para a formação da identidade brasileira é uma tarefa que não podemos mais relegar a um segundo plano. Acredito que ao instituir o Dia do Caiçara o poder público tornará claro o quanto acredita na força de sua história, feita por homens que nasceram em nossa região, homens simples e sábios, guerreiros, pescadores, filhos do mar, dos índios, portugueses, africanos e também italianos, japoneses, espanhóis e alemães.

O caiçara é a síntese do Brasil, rico em miscigenação, em cultura e sabedoria”, afirmou.Ainda segundo ele, o principal objetivo é provocar a produção de uma cultura caiçara contemporânea, uma arte contemporânea na música, no cinema, na fotografia e no teatro.

As pessoas têm dificuldade de olhar para cá e ver como lugar caiçara; às vezes há certa vergonha da cultura local, por achar que o melhor vem de fora, como os primeiros índios, que viram os povos europeus e imaginaram uma cultura superior. Eu sinto falta desta identidade cultural nas produções artísticas. É importante fortalecer este aspecto”, disse.

Assessoria de Imprensa
Gabinete da Vereadora Telma de Souza (PT)
3211 4100 - 3219 3888

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Resgate da Cultura Caiçara

Por..:: Marcello Veríssimo

Cidades do litoral norte unem-se para fortalecer as tradições regionais por meio de núcleos de valorização e fortalecimento das artes populares.

Sensação de encantamento é o que se tem ao ver o barro criar formas. Ofício de mulheres e homens que, em seu cotidiano, botam a mão na massa e moldam a beleza e a praticidade em peças de barro. Assim, dão vida a uma das vertentes mais características da cultura tradicional caiçara de São Sebastião – a fabricação de panelas de barro. Estela Tavolaro, 48, é uma delas. Descobriu há pouco mais de um ano essa terapia que, afirma: "diverte e ocupa a cabeça, proporcionando a chance de criar novidades a cada encontro".

Em outra vertente, temos Josué Fortunato, 71, o "rei do congo", personagem da congada que ele representa com entusiasmo. Totalmente adaptado aos movimentos da dança, diz ser um admirador do universo folclórico caiçara. "Adoro cultura, teatro e, desde que comecei, em 1985, procurei cada vez mais o aperfeiçoamento. No início, relutei. As partituras eram de difícil compreensão, mas aos poucos fui me interessando e consegui".

Dona Estela e José Fortunato, caiçaras sebastianenses de nascimento, são exemplos de uma série de vidas que se cruzam para manter vivas modalidades artísticas genuinamente regionais que ultrapassam gerações. São peças fundamentais no processo de fortalecimento da cultura tradicional caiçara, que ganhou novo fôlego no mês passado com o 1° Encontro para o Fortalecimento das Culturas Tradicionais do Litoral Norte, realizado em Ilhabela.
Durante o encontro, com a participação de representantes de grupos folclóricos das cidades da região, oficializou-se o núcleo regional "Canoa de Voga", formado pela união dos núcleos municipais de quatro cidades: núcleo Panela de Barro (São Sebastião), Marimba (Ilhabela), Tamoios (Caraguatatuba) e Azul Marinho (Ubatuba). Os núcleos desenvolvem oficinas para ensinar aos interessados de qualquer idade modalidades artísticas, que ultrapassam gerações. São aulas de queima de panela de barro, congada, folia de reis, dança originárias das culturas indígenas e africanas e artesanatos com recursos naturais como caxeta, taboa, fibras de bananeiras, entre outros.

A iniciativa conta com apoio da Comissão Paulista de Folclore, para obtenção de recursos para execução de projetos por meio de intercâmbios entre grupos, organização de simpósios, congressos e publicações sobre o assunto. Para a diretora de Turismo de São Sebastião Ana Maria Araújo, o trabalho pelo resgate da cultura tradicional caiçara é de extrema importância, já que destaca outros atrativos para o turismo regional, além das belezas naturais. "A cultura tradicional caiçara e a história ainda presente nos patrimônios arquitetônicos do Centro Histórico são nossos diferenciais turísticos que os turistas, principalmente os estrangeiros, desejam conhecer", ressalta.

Fonte..:: Beach e Co

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

População Tradicional Caiçara - Cultura Caiçara

Este texto tem o objetivo de apresentar um pequeno panorama da cultura caiçara que viveu quase um século em parcial isolamento e hoje passa a travar contatos, cada vez maiores, com o universo urbano.

A cultura litorânea é resultante da trajetória histórica peculiar do País, é, em termos gerais, caracterizada pelo modo de vida "caiçara", ligado às atividades econômicas, pesca e agricultura.

Foto de..: Renato Marchesini

A importância das viagens marítimas, como meio de deslocamento mais acessível em grandes distâncias, para fins comerciais, religiosos, políticos e sociais, exigiam colaboração e companheirismo entre os elementos viajantes, pois sendo a canoa de voga o meio de transporte, era árdua a viagem, pois esta era feita na velocidade de remadas e as distâncias deveriam ser percorridas no menor tempo possível, pois os perigos do mar também são muitos... As idas à 'cidade' (termo ainda atualmente usado pela população local), distrito sede, eram por causa de casamentos, batismos, festas, comércio, reivindicações e outras razões.

A população tradicional caiçara é hoje um dos últimos traços visíveis do momento da criação do povo brasileiro. Fazendo parte das culturas litorâneas brasileiras, os caiçaras representam um forte elo entre o homem e seus recursos naturais, gerando um raro exemplo de comunidade harmônica com o seu ambiente.

Segundo Geistdoerfer (1989, apud in Diegues 2001), os homens do mar souberam colocar em prática sistemas sociais, econômicos e religiosos destinados a ocupar, explorar, gerir e imaginar o mar e os seus recursos.

Mapa do território Caiçara por Diegues (2005): Enciclopédia Caiçara, Vol. 4, pg 320.


Origem Caiçara:
Os caiçaras não são tipicamente índios, são mestiços do período colonial, frutos da fusão entre os índios, europeus e negros (MUSSOLINI, 1980). Os caiçaras são um exemplo vivo desta combinação, índio/negro/colono, terra/mar - que se estabeleceram nos costões rochosos, restingas, estuários, mangues e encostas da mata atlântica.

A termo caa-içara é de origem tupi-guarani. Separadas, as duas palavras sugerem uma definição: caa significa galhos, paus, "mato", enquanto que içara significa armadilha. A idéia provinda desta junção seria, à primeira vista, uma armadilha de galhos (cerca), cuja função era proteger dos ataques de nações ou outros grupos indígenas inimigos, como era relatado pelos pioneiros na exploração do território no séc. XVI e XVII (MARCÍLIO, 1986). Também, posteriormente, foi um termo comum usado para designar pessoas familiares entre os indígenas integrados a povoados portugueses as comunidades de pescadores tradicionais dos Estados de São Paulo, Paraná e sul do Rio de Janeiro (Id).

(fatos_históricos)


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Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.