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(Baixada Santista)
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sábado, 7 de novembro de 2009

Bolacha da Praia - Leodia sexiesperforata

Filo: Echinodermata
Classe: Echinoidea
Ordem: Clypeasteroida
Família: MellitidaeNome em inglês: keyhole sand dollar

Enterrada superficialmente na areia do fundo do mar, onde vive, a bolacha-da-praia respira através de pés ambulacrários especiais, modificados em brânquias. Alimenta-se de partículas orgânicas que retira da areia ou lodo ingestão direta do substrato.












(papo de biologia)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Papo de Biologia: Rastros de Animais na Mata Atlântica

A visualização de animais é, em parte, dificultada pela vegetação muito densa, onde eles se escondem e também pelos hábitos noturnos que muitos apresentam. Além disso, costumam ter o olfato e a audição bastante desenvolvidos e, à menor tentativa de aproximação do homem, se tornam alertas, fugindo imediatamente. Porém, com relativa facilidade, é possível observar seus indícios, entre os quais, fezes, pegadas, pêlos. Procurando com cuidado em locais adequados, como nas áreas mais descampadas, com terra ou areia fofa, nas estradas e picadas, tais indícios certamente serão encontrados (MAGALHÃES, s.d).


Figura - Observação das fezes animais
Fonte: CAMPUS & NIGRO, (1999).
As pegadas fornecem informações fascinantes, como a espécie, sobre seu porte e passo.

De acordo com CAMPUS & NIGRO (1999), as fezes do animal podem decifrar seus hábitos alimentares, a presença de pedaços de ossos de uma determinada espécie de pássaro indicaria nas fezes que o animal se alimentou daquele pássaro. Da mesma forma, restos não-digeridos de um dado vegetal, quando presentes nas fezes de um animal, indicam que este se alimentou daquele vegetal.

No manguezal, o solo lodoso permite a impressão de pegadas de vários animais, aonde vão à procura de alimento.

Conheça abaixo alguns rastros de animais da Mata Atlântica.



Gato do Mato ( Leopardus tigrinus )

Onça Pintada ( Panthera onca )


Jaguatirica ( Leopardus pardalis )

Gato Maracajá ( Leopardus wiedii )

Quati ( Nasua nasua )




Mão Pelada ( Procyon cancrivorus )


Suçuarana ( Puma concolor )

domingo, 30 de agosto de 2009

Biólogos identificam padrões de comportamento de formigas da Mata Atlântica

Por.: Alessandra Pereira - Edição Impressa 120 - Fevereiro 2006 - Fonte.: FAPESP

As formigas ocupam o planeta há pelo menos 100 milhões de anos, de acordo com os fósseis mais antigos. Algo que pode soar ainda mais surpreendente: são componentes essenciais dos ecossistemas e têm uma importância ecológica maior do que se poderia esperar, além de apresentar uma elevada riqueza e alta diversidade de espécies, todas sociais.


O maior estudo sobre esses insetos já realizado na Mata Atlântica brasileira, que reuniu especia
listas de 11 instituições do país e colaboradores do exterior, comprova que as formigas são um dos principais indicadores da diversidade biológica de uma região: quanto mais espécies de formigas, mais espécies provavelmente haverá de outros animais e de plantas.

A Pyramica denticulada: entre as espécies mais comuns da Mata Atlântica(Foto: Lara Guimarães).

A equipe coordenada por Carlos Roberto Brandão, biólogo do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), identificou até agora 410 espécies de formigas da Mata Atlântica, mas estima-se que essa floresta litorânea possa abrigar até mil espécies – mundialmente, de um total estimado em 20 mil espécies, já foram descritas cerca de 12 mil. “Com base nesses dados”, afirma Brandão, “a Mata Atlântica pode ser vista como um dos ambientes mais ricos em espécies de formigas do mundo”. Há regiões com muito menos: na Grã-Bretanha, por exemplo, vivem apenas 36 espécies de formigas. “As formigas vivem em colônias que podem abrigar de poucos a milhões de indivíduos, o que as coloca como um dos animais terrestres mais abundantes em regiões tropicais e subtropicais”, diz ele. Estudos feitos na Amazônia indicam que formigas e cupins, outro grupo de insetos sociais, representam cerca de 70% da biomassa animal terrestre, medida a partir do peso seco.

Em outros termos, as populações desses insetos que medem de 1 milímetro a 4 centímetros e individualmente não pesam mais de décimo de grama, se pudessem ser reunidas e pesadas, apresentariam uma massa de matéria orgânica mais elevada que a de todos os outros invertebrados e vertebrados terrestres juntos.

Segundo Brandão, alguns grupos animais, em especial besouros e ácaros, são ainda mais ricos em espécies, mas geralmente são solitários e, portanto, cada espécie é representada por muito menos indivíduos que as espécies sociais.

Durante dois anos, de 1999 a 2001, os biólogos percorreram 26 áreas de Mata Atlântica preservada em dez estados – Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Pernambuco, Alagoas e Paraíba. Coletaram 1.400 amostras de 1 metro quadrado da camada mais superficial do solo e da cobertura de folhas secas, a chamada serapilheira, onde se concentram 60% das espécies conhecidas de formigas.

Em geral não se afastando mais do que dois metros de seus ninhos, esses insetos habitam os espaços entre as folhas que caem no solo, protegidas contra o ataque de outros animais e, ao mesmo tempo, encontrando aí seus alimentos preferidos, como os ácaros.

Duas das espécies de formigas mais comuns na Mata Atlântica são a Pheidole flavens, com operárias de apenas 1 milímetro de comprimento, encontrada em 842 das 1.400 amostras – ou seja, quase em 2 de cada 3 metros estudados –, e a Pyramica denticulata, também milimétrica, com operárias dotadas de mandíbulas muito compridas e cabeça em forma de coração, presente em 780 amostras. “Provavelmente”, diz Brandão, “essas duas espécies estão entre os animais mais comuns da Mata Atlântica”.

Analisando as informações que resultaram desse longo trabalho de campo, além de dezenas de prováveis espécies novas, em especial em gêneros bastante raros como Asphinctanilloides e Cryptomyrmex, os pesquisadores encontraram formas refinadas de organização da fauna de formigas, vistas normalmente como integrantes de sociedades simples, com machos, que atuam somente na reprodução, e fêmeas, por sua vez divididas em rainhas, operárias e soldados, que são operárias modificadas que executam os trabalhos mais pesados.

O estudo das operárias, mais abundantes e mais facilmente encontradas fora dos ninhos, mostrou uma inesperada riqueza de comportamentos. Foram identificados nove padrões distintos de comportamento e hábitos. Normalmente, os pesquisadores reconhecem esses padrões comportamentais a partir de informações prévias sobre os hábitos de cada espécie. Rogério Rosa da Silva, um dos biólogos da equipe, examinou as espécies que viviam em quatro das 26 localidades estudadas e desenvolveu outra abordagem. Nasceu daí uma proposta de classificação dos comportamentos das formigas de solo, que pode ser válida em toda a Mata Atlântica e representar de modo mais preciso o que outros especialistas faziam de modo subjetivo.

Mesmo que a composição de espécies varie de uma localidade para outra, a estrutura do conjunto das comunidades é constante: as formigas sempre se organizam de acordo com os mesmos padrões de comportamento, chamados guildas, que mostram como cada espécie atua no ambiente. Onde existem formigas existem as nove guildas, formadas por cinco categorias básicas, uma delas com quatro subconjuntos.

Os grupos básicos são: as predadoras generalistas, que caçam qualquer tipo de presa; as predadoras especializadas, que coletam presas específicas como ovos de outros insetos ou mesmo outras formigas; as cultivadoras de fungos, que levam para o ninho folhas, pedaços de plantas e carcaças de outros insetos, que são usados para alimentar a colônia de fungos que cresce no fundo do ninho e fornece açúcar e proteínas para as formigas; e, por fim, as generalistas, que coletam seiva de plantas e pequenos animais, dos quais as formigas se alimentam.

As predadoras generalistas é que são agrupadas em quatro conjuntos: as que coletam apenas o que está sobre o solo, chamadas epigéicas; as que visitam também as camadas superficiais do solo, ou hipogéicas, e as espécies com operárias relativamente grandes e as relativamente pequenas, distinguindo-se, neste caso, pelo tamanho da presa que coletam. Também existem, mas não foram coletadas, seis outras guildas: duas de espécies nômades, que se deslocam sob o solo, três de arborícolas e as exclusivamente subterrâneas, que vivem em ninhos fixos. Competição - “Essa classificação permite uma análise mais fina da estrutura das comunidades de formigas”, diz o biólogo Rogério Silva, do Museu de Zoologia da USP.

Cada lugar comporta apenas um número limitado de espécies em cada categoria de comportamento ou guilda: em uma região em que podem viver apenas quatro ou cinco espécies de formigas predadoras jamais se encontrarão 20 espécies predadoras. “Esse limite deriva de competição entre espécies, já que formigas predadoras grandes disputam apenas com outras predadoras grandes um número finito de presas”, diz Brandão.

“Guildas, nesse caso, representam os cenários da competição.” Como se demonstrou que a fauna de formigas da Mata Atlântica deve ser composta sempre das mesmas 15 guildas, pode-se agora avaliar com mais precisão o estado de conservação de uma mata, algo que era feito apenas por meio de listagens comparativas de nomes de espécies.

A regularidade com que se encontram esses padrões de comportamento leva a concluir que as alterações impostas pelas atividades humanas, como o desmatamento de um trecho da floresta, pode causar desequilíbrios entre esses grupos e a conseqüente superpopulação de alguns deles, com prejuízos para as próprias comunidades e para os animais e plantas que dependem delas para sobreviver. “Elas mantêm tantas relações mutualísticas que é possível concluir que se em um lugar há mais formigas também existem mais de outras espécies”, diz Brandão.

Ao coletar o néctar, as formigas protegem as plantas, evitando que outros insetos venham se alimentar da própria planta. Elas também controlam a população de outros insetos e de outros pequenos invertebrados, já que muitas espécies são predadoras, enquanto outras dispersam sementes. As relações das formigas com as plantas podem ser positivas, quando eliminam animais herbívoros, em troca de néctar, ou negativas, quando implantam colônias de insetos capazes de obter seiva, cujo excesso elas coletam, em troca da proteção a esses insetos, como cochonilhas, pulgões e outros parentes de cigarras.

Indicadores -Há quatro décadas se acreditava que o número de espécies de animais e de plantas variava segundo a latitude: quanto mais próximo do equador, maior seria a diversidade biológica. Não foi o que se viu. A maior diversidade de espécies foi encontrada em trechos de Mata Atlântica do norte do Rio de Janeiro até o sul do Espírito Santo, com cerca de 10% mais espécies do que localidades mais ao norte, que, acreditava-se, deveriam abrigar uma diversidade maior. Nessa faixa entre o Rio e o Espírito Santo, relata Brandão, foram coletadas até 140 espécies – apenas das que vivem sobre o solo, em uma área de 1 quilômetro quadrado.

Em paralelo à demonstração da diversidade de espécies da Mata Atlântica e da importância desses insetos no apoio à definição de estratégias de preservação ambiental, veio à tona mais uma característica peculiar desses insetos de hábitos tão complexos.

Em um artigo publicado em janeiro na Nature, uma equipe coordenada por Nigel Franks e Tom Richardson, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, mostrou que as formigas são capazes de ensinar a outras da colônia como buscar alimento. Talvez seja a primeira demonstração formal de ensino nos animais, uma capacidade até então atribuída somente aos seres humanos.

O Projeto - Riqueza e diversidade de Hymenoptera e Isopera ao longo de um gradiente latitudinal na Mata Atlântica
Modalidade - Projeto Temático vinculado ao Programa Biota - FAPESP
Coordenador - Carlos Roberto Ferreira Brandão — Museu de Zoologia da USP
Investimento - R$ 925.901,82 (FAPESP) e R$ 30.000,00 (CNPq)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

População Tradicional Caiçara - Cultura Caiçara

Este texto tem o objetivo de apresentar um pequeno panorama da cultura caiçara que viveu quase um século em parcial isolamento e hoje passa a travar contatos, cada vez maiores, com o universo urbano.

A cultura litorânea é resultante da trajetória histórica peculiar do País, é, em termos gerais, caracterizada pelo modo de vida "caiçara", ligado às atividades econômicas, pesca e agricultura.

Foto de..: Renato Marchesini

A importância das viagens marítimas, como meio de deslocamento mais acessível em grandes distâncias, para fins comerciais, religiosos, políticos e sociais, exigiam colaboração e companheirismo entre os elementos viajantes, pois sendo a canoa de voga o meio de transporte, era árdua a viagem, pois esta era feita na velocidade de remadas e as distâncias deveriam ser percorridas no menor tempo possível, pois os perigos do mar também são muitos... As idas à 'cidade' (termo ainda atualmente usado pela população local), distrito sede, eram por causa de casamentos, batismos, festas, comércio, reivindicações e outras razões.

A população tradicional caiçara é hoje um dos últimos traços visíveis do momento da criação do povo brasileiro. Fazendo parte das culturas litorâneas brasileiras, os caiçaras representam um forte elo entre o homem e seus recursos naturais, gerando um raro exemplo de comunidade harmônica com o seu ambiente.

Segundo Geistdoerfer (1989, apud in Diegues 2001), os homens do mar souberam colocar em prática sistemas sociais, econômicos e religiosos destinados a ocupar, explorar, gerir e imaginar o mar e os seus recursos.

Mapa do território Caiçara por Diegues (2005): Enciclopédia Caiçara, Vol. 4, pg 320.


Origem Caiçara:
Os caiçaras não são tipicamente índios, são mestiços do período colonial, frutos da fusão entre os índios, europeus e negros (MUSSOLINI, 1980). Os caiçaras são um exemplo vivo desta combinação, índio/negro/colono, terra/mar - que se estabeleceram nos costões rochosos, restingas, estuários, mangues e encostas da mata atlântica.

A termo caa-içara é de origem tupi-guarani. Separadas, as duas palavras sugerem uma definição: caa significa galhos, paus, "mato", enquanto que içara significa armadilha. A idéia provinda desta junção seria, à primeira vista, uma armadilha de galhos (cerca), cuja função era proteger dos ataques de nações ou outros grupos indígenas inimigos, como era relatado pelos pioneiros na exploração do território no séc. XVI e XVII (MARCÍLIO, 1986). Também, posteriormente, foi um termo comum usado para designar pessoas familiares entre os indígenas integrados a povoados portugueses as comunidades de pescadores tradicionais dos Estados de São Paulo, Paraná e sul do Rio de Janeiro (Id).

(fatos_históricos)


domingo, 23 de agosto de 2009

Papo de Biologia: Animais da Mata Atlântica - Gambá, Sarauê, Rapizinha

Nome Popular: Gambá, saruê, raposinha

Nome Científico: Didelphis marsupialis

Filo: Chordata

Ordem: Marsupialia

Família: Didelphidae

Onde pode ser encontrados: Habitat Áreas verdes e arborizadas, florestas úmidas e na cidade.

Comportamento: São animais solitários, arbóreos e terrestres.

Alimentação: Dieta muito variada constituida de insetos, vermes, pequenas cobras, ovos de pássaros e principalmente de frutas (1/4 da sua dieta). Os filhotes recém-nascidos se alimentam de leite.

Reprodução: Período primaveril. Animais marsupiais, ou seja, com útero incompleto e período de gestação curto (11 a 12 dias). Quando filhotes, nascem ainda malformados, migram para a barriga da mãe até a bolsa ventral, onde permanecem por 70 dias amamentando-se. A mãe gambá tem entorno de 21 filhotes por gestação, mas apenas cerca de 9 sobrevivem, devido à disputa pela amamentação.

Relação com a cidade: (adaptação, impacto, doenças) A crescente fragmentação dos remanescentes de mata nos arredores da cidade tem causado a aproximação dos gambás às áreas urbanas. A restrição de sua área domiciliar; a redução de seus predadores naturais como aves de rapina e felinos, o sucesso reprodutivo da espécie cujos filhotes permanecem
protegidos na bolsa e a grande facilidade de adaptação ao meio urbano, são os principais motivos do aumento da população de gambás nas cidades. Por meio da urina pode transmitir doenças como a leptospirose e por meio das fezes transmitem verminoses. Caso mordam podem transmitir a raiva. É importante desinfetar os locais onde o gambá tenha passado com água, sabão e álcool.

Curiosidades: (tamanho, coloração, etc) O odor característico do gambá-de-orelha-preta é liberado por glândulas localizadas na região posterior do corpo. Quando se encontra em situação de perigo utilizam esse mecanismo de defesa.

(papo de biologia)

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