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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Personalidades: Padre Leonardo Nunes o Abarebebê (Padre Voador)

Este ano se completam 500 anos do nascimento do Padre Leonardo Nunes (21 de setembro de 1509 - 30 de junho de 1540).

Mais conhecido como “Abarebebê" (padre voador), nome dado pelos índios, justificado por uma capacidade incomum do querido Padre: a de estar em lugares diferentes, não importando a distância, em tempo considerado extraordinário por quantos o conheceram. Para a mentalidade indígena, não poderia haver outra explicação, a não ser a capacidade de voar.

Padre Leonardo Nunes - imagem pintada em azulejo
 
Jesuíta, nasceu na vila de São Vicente da Beira (Portugal) em 21 de setembro de 1509 e integrou-se na Companhia de Jesus em 6 de fevereiro de 1546, aos 37 anos. Era filho de Simão Alvarez Guimarães e Izabel Fernandes Guimarães. Veio para o Brasil na primeira missão chefiada por Manuel da Nóbrega em 29 de março de 1549, trazidos pelo primeiro Governador Geral do Brasil – Tomé de Souza.

No fim de 1549 ou início de 1550, chegou a São Vicente onde foi o primeiro missionário. Trouxe para cá as primeiras noções da religião cristã e, com auxílio dos portugueses, edificou igreja e seminário.

Padre Leonardo Nunes sempre deu mais valor aos bens espirituais do que ao conforto ou bens materiais. Gostava de cantar e tinha boa voz; usava este instrumento para atrair mais perto a sensibilidade indígena.

Na capela onde rezava a missa, intimou João Ramalho a retirar-se por julga-lo excomungado - incomodava-o o estilo de vida desregrada de João Ramalho, que tinha muitas mulheres (todas índias) e muitos filhos. Nessa ocasião, recebeu ameaças dos filhos do povoador.

Nesse mesmo ano aconselhou João Ramalho a fundar Santo André da Borda do Campo, antecedendo Nóbrega no conhecimento dos Campos de Piratininga. Alguns historiadores atribuem a Leonardo Nunes a primeira idéia de fundar São Paulo.
Incansável na catequese, procurou os tamoios e carijós no sertão, restituindo a estes a liberdade negada pelos portugueses.

Numa das cartas de Anchieta encontramos: “...porque também a vida do Padre Leonardo Nunes era muito exemplar e convertia mais com obras que com palavras”.

Por ordem de Nóbrega, foi à Bahia, trazendo Anchieta e outros irmãos para São Vicente, chegando aqui em dezembro de 1553.

Em Peruíbe, tem-se até hoje, testemunho da obra de Leonardo Nunes. Encontramos aí, as ruínas existentes da igreja por ele construída (hoje um sitio arqueológico e turístico aberto a visitação). Ali rezou missa, doutrinou e residiu.

Segundo ele mesmo narra, a igreja foi construída em tempo recorde: 8 meses, iniciada e acabada no mesmo ano.

Capela de Conceição de Nossa Senhora, a 1a. Igreja construída no Brasil nos idos 1550, pelo padre Leonardo Nunes.

Embarcou no ano seguinte para a Europa, a fim de relatar os acontecimentos a D. João III e a Ignácio de Loyola mas, naufragando em viagem, morreu a 30 de junho de 1554.


( fatos_históricos )

sábado, 24 de outubro de 2009

Personalidades: Cacique Tibiriçá, o braço direito dos jesuítas.


Foi pelas mãos de um índio o cacique de São Vicente que a obra da fundação de São Paulo se concretizou (Território da Capitania Hereditária de São Vicente). As mesmas mãos também comandaram o desarmamento frente a esquadra de Martim Afonso, garantindo a chegada tranqüila a nova terra.

Tibiriçá era chefe da nação indígena dos Guaianazes e sogro de João Ramalho, que aqui vivia já há muitos anos.

Conta Frei Gaspar em suas memórias que ao saber da chegada de uma armada portuguesa ao porto de São Vicente, "Tibiriçá reuniu 500 homens com arcos e flechas para o ataque. Reconhecendo que a armada era de um compatriota, João Ramalho negociou a paz com Tibiriçá, facilitando a colonização".
Batizado pelos padres Leonardo Nunes e Anchieta, com o nome de Martim Afonso Tibiriça, o cacique Tibiriçá - que em tupi quer dizer Maioral - foi um forte aliado dos jesuítas e amigo dos portugueses.

Segundo registrou Anchieta, Tibiriçá, atendendo pedido dos padres, transferiu sua tribo para próximo do Colégio de São Paulo. Tibiriçá deu ainda outra prova de fidelidade e amizade aos jesuítas, ao repelir com bravura o ataque à Vila de São Paulo de Piratininga, em 10 de junho de 1562. Ele e sua tribo lutaram contra índios Tupis e Carijós, chefiados por seu próprio irmão Arari, chefe dos Tupis e Carijós, que, naquele memorável dia graças aos esforços dos jesuítas e de Tibiriçá e saíram vitoriosos.
Faleceu a 25 de dezembro de 1562, com avançada idade, vítima de prolongada enfermidade. Aquêle dia de natal foi de tristeza para os índios. O cacique, desde cedinho, estava passando muito mal. O padre Anchieta, a seu lado, empenhava-se em suavizar-lhe os últimos momentos. Havia muito tempo vinha èle sofrendo de camaras de sangue. Provavelmente, de disenteria amebiana, doença européia contra a qual não estavam os indígenas preparados biologicamente.

A indiada, cá fora, não se conformava, e chorava. Chorava aos gritos angustiados. E pela aldeia rolava um lamento surdo e inquietante. Os tambores lá longe, ecoavam. Logo mais, a nova melancólica caiu como um raio: Tibiriçá morrera!

À tardinha, realizou-se o sepultamento o cacique Tibiriçá recebeu todas as homenagens e foi enterrado com honra no colégio. Compareceu todo o mundo. João Ramalho e sua mulher Bartira, batizada com o nome de Isabel, seus numerosos filhos, seus netos, todos os seus descendentes, os jesuítas, os indígenas chorando... Seu corpo foi levado para o colégio de São Paulo e ali sepultado. Hoje jaz na cripta da Catedral de São Paulo, ali no largo da Sé. Local onde depois veio a ser sepultada sua filha Bartira e seu genro João Ramalho.

Para saber Mais..:: Abril



(fatos_históricos)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

COMPANHIA DE JESUS - Missão Jesuítica no Brasil


Aprovada pelo Papa Paulo III em 1540, a Companhia de Jesus era formada por poucos, mas ardorosos membros preocupados em revigorar a fé católica, abalada pela Reforma. Os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, junto com Tomé de Sousa, liderados pelo padre Manoel da Nóbrega.

Eram pobres e não recebiam nada da Companhia. Comiam com os criados do governador, e, do rei D. João III, contavam mensalmente com um cruzado em ferro para sua manutenção. Essa mesma quantia era aplicada no ensino dos meninos indígenas.

Em 1552, por exemplo, padre Manoel da Nóbrega ainda usava a mesma roupa que trouxera do reino, como registram as "Cartas Jesuíticas", Vol. 1º.

Mal-abrigados, mal-alimentados, sem higiene, andando por matas cujos rios, nas inundações periódicas, produziam mosquitos nocivos, os jesuítas estavam sempre a mercê" de várias doenças e perigos. O próprio Nóbrega andava sempre com as pernas inflamadas.

Alguns jesuítas mais fanáticos viam no martírio a glorificação de Deus, expondo-se constantemente a morte, caso do padre Leonardo Nunes, o primeiro a chegar em São Vicente.

É certo que o trabalho missionário produziu bons frutos na Ilha de São Vicente e também em Piratininga, principalmente porque os religiosos corriam as aldeias fazendo brindes às mulheres, acariciando as crianças e socorrendo os enfermos. Mas a interferência dos missionários em relação ao trabalho escravo dos índios começou a criar problemas.

Cada vez mais os colonos tratavam os índios com exagerada brutalidade, contrariando a bula do Papa Paulo III, de 1536, segundo a qual era vontade do Espírito Santo que se reconhecesse os índios americanos como verdadeiros homens.

A situação se agravou quando os padres procuraram influir nas autoridades locais. Além disso, receberam, através de doações, grandes propriedades, e, desafiando os colonos, decidiram passar a administração das terras para os índios. Em certo tempo, oficiais da Câmara chegaram até a expulsar os missionários da capitania.

Vale ressaltar que os reis portugueses sempre se mantiveram fora deste conflito, pois, mesmo precisando dos jesuítas para castigar as heresias e levar os índios à fé católica, também precisavam dos colonos.

(fatos_históricos)

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Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.