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Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
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sábado, 19 de maio de 2012

3º Festival da Mata Atlântica 2012 começa dia 25, em Ubatuba SP

O 3º Festival da Mata Atlântica de Ubatuba oferece uma ampla programação com cursos, palestras, caminhadas, oficinas, apresentações musicais, trilhas e muitas outras atrações.

 Considerado o maior evento em celebração à Mata Atlântica, terá início no próximo dia 25, com uma ampla programação até o dia 9 de junho, o 3º Festival da Mata Atlântica: Florestas, Rios e Mar. O evento acontece anualmente em Ubatuba, uma das últimas reservas de Mata Atlântica original do mundo.

O principal objetivo é sensibilizar a comunidade, envolvendo-a na conscientização da importância do meio ambiente. O evento também acontece em comemoração a algumas datas especiais: o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio), o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) e o Dia Mundial dos Oceanos (8 de junho).

A realização do Festival da Mata Atlântica, que já virou parte do calendário oficial de eventos da cidade, conta com a participação de escolas, entidades ambientalistas, Parques Estaduais, Secretarias Municipais, entre outros parceiros, oferecendo uma ampla programação com cursos, palestras, caminhadas, oficinas, apresentações musicais, trilhas e muitas outras atrações. Constam na programação atividades que levam a um maior conhecimento sobre a conservação das nossas florestas, rios e mar, com o foco na aprendizagem de como conviver em harmonia com a natureza, preservando-a para o futuro. Tudo no sentido de dar a devida importância à proteção ambiental e promover a sustentabilidade e a qualidade de vida para a população de Ubatuba. Um dos destaques da programação será a palestra com o diretor de mobilização da SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, sobre código florestal, no dia 1 de junho.

O prefeito de Ubatuba considera este evento um dos mais importantes do ano: “o Festival da Mata Atlântica é uma celebração à preservação ambiental e à sustentabilidade. Por sermos o município que mais preservou este bioma, criamos este evento para unir poder público, entidades ambientalistas, escolas e demais parceiros em torno de uma causa nobre, que é a atenção ao meio ambiente”.

Campeã em preservação

O “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica”, coordenado e publicado pela Fundação SOS Mata Atlântica/INPE em 2009, aponta o município de Ubatuba como campeão nacional na preservação desse bioma, com 85% da vegetação original preservada. No levantamento realizado pelo Instituto Florestal-SP, este percentual é de 89,9% liderando o ranking estadual de preservação da Mata Atlântica. Todos esses números revelam a riqueza deste bioma em Ubatuba e nos alertam para a nossa responsabilidade na sua conservação e preservação.

Confira a programação da primeira semana do 3º Festival da Mata Atlântica

25/05 (Sexta-feira):
Lançamento Oficial do “III Festival da Mata Atlântica: Florestas, Rios e Mar” e Abertura da Exposição Aves de Ubatuba
Instituições: Secretarias Municipais de Cultura e Turismo e Meio Ambiente
Local: Espaço Cultural Agricio Neri Barbosa
Público alvo: Público em geral

Instituição: Cooperativa Educacional de Ubatuba
Atividade: Limpeza do Manguezal do rio da Lagoa
Local: Manguezal do Rio da Lagoa
Horário: 15h
Parceiros: Aquário de Ubatuba e Instituto Argonauta
Público Alvo: alunos da Cooeduba e moradores do entorno

26/05 (Sábado):
Show de Abertura do III Festival: Xangai
Apresentação do Grupo Concertada
Local: Espaço Cultural do Projeto Tamar
Horário: 20h
Parceiros: Prefeitura Municipal e Projeto Tamar
Público Alvo: Público em geral

Instituição: Projeto Tamar
Atividade: Lançamento com a presença do cartunista - Exposição de tirinhas "A bicharada se esparrama" do cartunista do "Niquel Náusea" Fernando Gonsales
Local: Espaço de Exposição do Projeto Tamar
Horário: 17h
Público Alvo: Público em geral. Visitante do Tamar. Moradores de Ubatuba cadastrados não pagam. Caso contrário, devem levar carteira de identidade, título de eleitor ou holerite de trabalho para efetuar o cadastro.

Instituição: Projeto Tamar
Teatro de Fantoche "FlorestAMar"
Local: Espaço Cultural do Projeto Tamar
Horário: 18h
Parceiros: Grupo Pro-Fauna
Público Alvo: Público em geral. Visitante do Tamar. Moradores de Ubatuba cadastrados não pagam. Caso contrário, devem levar carteira de identidade, título de eleitor ou holerite de trabalho para efetuar o cadastro.

27/05 (Domingo):
Instituição: Projeto Tamar
Atividade: Oficina "Pé de quê? Mata Atlântica"
Local: Espaço Infantil do Projeto Tamar
Horário: 15h
Parceiros: Secretaria Municipal de Meio Ambiente e IPEMA
Público Alvo: Público em geral. Visitante do Tamar. Moradores de Ubatuba cadastrados não pagam. Caso contrário, devem levar carteira de identidade, título de eleitor ou holerite de trabalho para efetuar o cadastro.

Instituição: PESM - Núcleo Picinguaba
Atividade: Observação de Aves.
Local: Centro Cambucá
Horário: 8h
Parceiros: Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Público Alvo: Público em geral acima de 8 anos.

8/05 (Segunda-feira):
Instituição: Secretaria Municipal de Educação
Atividade: Contação de Histórias com a Professora Mariza Taguada com temas relacionados à Mata Atlântica: “O Tangará Dançador”, “O Desafabo do Bicho-Preguiça”, “O Causo do Curupira” e “A Lenda do Guapuruvu”.
Local: EM Pres. Tancredo de Almeida Neves
Horário: das 13 às 17 h.
Parceiros: FUNDART
Público Alvo: Alunos da Unidade Escolar

29/05 (Terça-feira):
Instituições: Secretaria de Meio Ambiente do Estado-SP e Secretaria de Meio Ambiente Municipal de Ubatuba
Atividade: Oficina Regional – LN do Programa Município VerdeAzul
Local: Secretaria Municipal de Educação
Horário: 9h às 13h
Público Alvo: Representantes e interessados dos municípios do LN.

Instituição: Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica - IPEMA
Atividade: Plantio de sementes de palmeira Juçara no Parque
Local: Praia da Fazenda – Trilhada Rendeira (Centro de Visitantes)
Horário: 9h
Parceiros: Parque Estadual da Serra do Mar/Núcleo Picinguaba e Fundação Florestal
Público Alvo: Público em geral

Instituição: PESM- Núcleo Picinguaba
Atividade: Trilhando a Mata Atlântica. Dinâmica sequencial com trilhas, gincanas e atividades lúdicas, (Palestra, trilha sensitiva, Trilha Rendeira com dinâmica e Praia da Fazenda)
Local: Centro de Visitantes da Praia da Fazenda
Horário: das 9h às 15h
Parceiros: Secretaria Municipal de Educação
Público Alvo: Alunos de Escolas Municipais.

Instituição: Projeto Tamar
Atividade: Cine Club Especial: "Caramuru – A invenção do Brasil"
Local: Centro de Visitantes do Projeto Tamar
Horário: 20h
Parceiros: Celebreiros
Público Alvo: Público em geral. Visitante do Tamar. Moradores de Ubatuba cadastrados não pagam. Caso contrário, devem levar carteira de identidade, título de eleitor ou holerite de trabalho para efetuar o cadastro.

Instituição: ASSU-Ubatuba
Atividade: Exibição do video-documentário "A vida do nosso rio" com debate
Local: EM Marina Salete - Pereque-açu
Horário: 18h
Parceiros: Secretaria Municipal de Educação
Público Alvo: Público em geral, pais e responsáveis pelos alunos e corpo docente

30/05 (Quarta-feira):
Instituições: Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ubatuba e ELEKTRO
Atividade: Curso sobre PODA adequada.
Local: EM Tancredo de Almeida Neves
Horário: das 8h às 12h
Público Alvo: Jardineiros, funcionários públicos, de empresas privadas e interessados que trabalhem na área.
Agendamento/Informações: Necessário inscrição na Secretaria Municipal de Meio Ambiente: (12) 38334541 ou e-mail smmaubatuba@gmail.com.

Instituições: Parque Estadual da Ilha Anchieta
Atividade: Caminhadas Ecológicas em Trilhas e Praias, com Interpretação Ambiental;
Local: Ilha Anchieta
Horário: 8h às 16h
Parceiro: Secretaria Municipal de Educação
Público Alvo: alunos da EM Pref Silvino Teixeira Leite

Instituição: Secretaria Municipal de Educação
Atividade: Contação de Histórias com a Professora Mariza Taguada com temas relacionados à Mata Atlântica: “O Tangará Dançador”, “O Desafabo do Bicho-Preguiça”, “O Causo do Curupira” e “A Lenda do Guapuruvu”.
Local: EM Gov. Mário Covas Jr
Horário: das 8 às 11 h.
Parceiros: FUNDART
Público Alvo: Alunos do ensino fundamental.

Instituição: ASSU-Ubatuba
Atividade: Exibição e debate do vídeo-documentário "A vida do nosso rio".
Local: EM Prof José Souza Simeão - Taquaral
Horário: 18:30h
Parceiros: Secretaria Municipal de Educação
Público Alvo: público em geral, pais e responsáveis pelos alunos e corpo docente

31/05 (Quinta-feira):
Instituição: Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica - IPEMA
Atividade: Plantio de sementes de palmeira Juçara no Parque
Local: Ilha Anchieta
Horário: 7h45min h saída do Pier da Ribeira e retorno às 16h
Parceiros: Parque Estadual da Ilha Anchieta e Fundação Florestal
Público Alvo: Público em geral
Agendamento/Informações: necessário agendamento tel: 012 3832-1397 com Natália

Instituição: Secretarias Municipais de Educação e Meio Ambiente
Atividade: Sustentabilidade nas Escolas Municipais de Ubatuba
Local: Secretaria Municipal de Educação
Horário: 14h
Público Alvo: Coordenadores das Escolas Municipais de Ubatuba

01/06 (Sexta-feira):
Instituições: Projeto Tamar e Aquário de Ubatuba
Palestra: Mário Mantovani - SOS Mata Atlântica
Tema: Mata Atlântica e o código florestal
Local: Aquário de Ubatuba e Projeto Tamar
Horário: 19h
Público Alvo: Público em geral
Informações: Aberta aos visitantes do Aquário de Ubatuba, gratuito sob agendamento.

Instituição: Secretaria de Meio Ambiente Municipal de Ubatuba
Atividade: Trilha de Observação de Aves
Local: Parque dos Ministérios
Horário: das 15h às 17h
Parceiros: Secretaria Municipal de Educação
Público Alvo: Alunos da EM Madre Glória

Fonte..:: Prefeitura Ubatuba

(evento_programação)

 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Reportagem Revista Beach Co - Caminhos de Anchieta com a Renato Marchesini


Rota de fé, contemplação e cultura

A rica história da colonização revivida em cores e imagens deslumbrantes durante o percurso dos Caminhos de Anchieta pelo litoral norte paulista

Por..:: Rosangela Falato

Escultura de padre José de Anchieta, na Praça do Aquário, em Santos. A rota é inspirada nos caminhos percorridos pelo apóstolo ao longo da costa paulista (Foto Belissa Barga)

“Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosque e não se vê, em todo o ano, árvores nem erva seca. Os arvoredos se vão às nuvens de admirável altura, grossura e variedade de espécies. Muitos dão bons frutos e o que lhes dá graça é que há neles muitos passarinhos de grande formosura e variedade”. Assim descreve nossa floresta e sua rica biodiversidade o “Apóstolo do Brasil”, o jesuíta José de Anchieta, no documento Informação da Província do Brasil para nosso Padre, em 1585.

O documento tornou-se a primeira descrição detalhada da Mata Atlântica, de acordo com publicação do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera, que propôs 27 de maio como Dia Nacional da Mata Atlântica em homenagem à floresta e à padre Anchieta nas comemorações dos 400 anos de seu falecimento.

Resgatar essa cultura, a história, e ainda mostrar a importância da preservação do meio ambiente de uma região riquíssima por seu patrimônio natural, levou o governo paulista a lançar, em 2011, a rota Passos dos Jesuítas – Anchieta, inspirada nos caminhos percorridos pelo apóstolo, autor da primeira gramática em língua tupi, publicada em Coimbra, em 1595.

O roteiro contemplativo envolve 370 km, a pé, por 13 municípios desde Peruíbe, na Baixada Santista, até Ubatuba, no litoral norte, palco, em 1563, para o Armistício de Iperoig, o primeiro tratado de paz das Américas, só possível pela intervenção e dedicação de Nóbrega e Anchieta, que selaram a paz entre índios e colonizadores.

A determinação, os conhecimentos e o respeito ao “Apóstolo do Brasil”, que ficou refém dos tupinambás (tamoios) entre maio e setembro de 1563, foram fundamentais para conseguir apaziguar os tupinambás (aliados dos franceses) que pretendiam atacar os tupiniquins (aliados dos portugueses) em um massacre sem precedentes na história. A saga de um dos fatos mais marcantes da história do Brasil é relembrada na encenação Paz de Iperoig, realizada pela prefeitura de Ubatuba desde 2001, entre os meses de outubro e novembro, como parte do programa Passos dos Jesuítas.

Praça dos Canhões, em Ilhabela. Ao centro, o convento Nossa Senhora do Amparo, em São Sebastião (Fotos Rosangela Falato) e, abaixo, o Mirante do Cruzeiro, em Ubatuba (Foto Adriane Ciluzzo)

Quem se aventura a pé pelos 370 quilômetros da rota principal pode levar até 15 dias para percorrer os principais pontos dos caminhos dos jesuítas. A saída é do marco zero, no mercado de peixes, em Peruíbe. Nos 12 municípios seguintes há pontos para descanso, hotéis e pousadas, locais para refeições e toda estrutura necessária. Mas, alguns trechos são mais complicados e merecem maior cuidado. Para se ter uma ideia da extensão, somente as quatro cidades do litoral norte totalizam 191 km dos 370 km de todo o trajeto.

Das 13 cidades do litoral paulista, o trecho de São Sebastião é o maior, com 84 km de caminhada, com subidas pela serra e algumas praias mais desertas. Por isso, é necessária atenção redobrada, até porque, parte do trajeto é realizada na rodovia Manoel Hipólito do Rego (Rio-Santos), que não conta com acostamento na maior parte dos 7 km da serra de Maresias. Aliás, esse trecho exige muita resistência não só de caminhantes como também dos que se aventuram em bikes pela rota.

No litoral norte, o caminho começa pela faixa de areia da praia de Boraceia, costa sul de São Sebastião, divisa com o município de Bertioga. São 84 km até a avenida Emílio Granato, praia da Enseada, divisa com Caraguatatuba. É aconselhável evitar caminhadas à noite, principalmente nesses trechos de rodovia. Um dos pontos mais complicados é na serra de Maresias, pois são 7 km só de estrada, sem qualquer local para parar, e cerca de mais 2 km até chegar ao centro comercial para descansar e lanchar.

Igreja Matriz de Ilhabela (Foto Rosangela Falato). Abaixo, o guia Renato Marchesini e caminhantes na trilha da praia das Toninhas, em Ubatuba (Fotos Frank Constâncio)

A rota também inclui ruas dos bairros de Paúba e Guaecá, incluindo toda a extensão dessa linda praia e também de Barequeçaba, até chegar ao centro de São Sebastião com seus casarões coloniais, que formam o patrimônio histórico e arquitetônico da cidade. Depois, continua pela praia do Pontal, o charmoso bairro São Francisco, a 6 km da região central, com seu tradicional núcleo de pescadores, casas à beira-mar, e onde está instalado desde 1664, pela Ordem Franciscana, o convento Nossa Senhora do Amparo, com uma capela linda. O local é visita obrigatória na Rota da Fé. Os peregrinos ainda passam por trechos da praia das Cigarras até a Enseada.

..:: Caminhos por Ilhabela

Em uma de suas cartas, José de Anchieta relata sua passagem pela região: “Com bom vento, que, porém, logo mudou, mas, ajudando-nos Nosso Senhor, chegamos a uma ilha chamada São Sebastião, despovoada, mas cheia de muitos tigres”. A historiadora e arqueóloga Cintia Bendazzoli, de Ilhabela, descreve em seu blog, que a primeira passagem dos jesuítas teria ocorrido quando navegavam em direção a Iperoig (Ubatuba) para negociar a paz entre os tupinambás e tupiniquins. Eles não teriam percebido a presença dos índios que habitavam a ilha, mas observaram os felinos de grande porte que chamaram de “tigres”. Na ilha, padre Manoel da Nóbrega teria rezado uma missa na praia de Ponta das Canas, ao norte do arquipélago, como informa o próprio Portal do Caminhante, da Secretaria de Turismo do estado de São Paulo. Apesar dos poucos relatos da passagem dos jesuítas, Ilhabela é um convite natural para caminhadas impressionantes.

A rota da peregrinação na cidade começa na travessia da balsa São Sebastião/Ilhabela. São 27 km desde a avenida Princesa Isabel – praia da Balsa, seguindo pelas praias do Perequê, Saco da Capela, Santa Tereza e praia do Viana. Continua pela avenida Leonardo Real, e passa pelas praias Velho Barreiro, Siriúba e Garapocaia, conhecida como Pedra do Sino, cheia de mistérios e lendas. Em direção à vila, na região central, o caminhante encontra o único pórtico instalado no arquipélago, que fica na praça do Píer. A rota prossegue pela praia Saco da Capela, praça das Esculturas, Perequê até retornar à balsa.

Já em Caraguá, são 31 km desde a avenida José Herculano, na barra do rio Juqueriquerê, passando pelas praias do Porto Novo e Aruan até o centro da cidade onde fica o único pórtico da Secretaria de Turismo do estado de São Paulo, na praça Diógenes de Lima. De lá, segue-se até a praia Martim de Sá, depois por ruas da região até a faixa de areia da praia de Massaguaçu. O caminho inclui as praias da Cocanha e Tabatinga até a divisa de Ubatuba. No século XVI, a chamada Vila de Santo Antonio de Caraguatatuba era habitada pelos tupinambás e guaramomis. O local era conhecido como terra abundante em caraguatás, espécie de bromélia cujas fibras eram utilizadas pelos jesuítas na confecção de sandálias. Daí a origem do nome Caraguatatuba, cidade que também oferece muitas opções de passeios aos peregrinos como o mirante do morro de Santo Antônio, de onde se tem um visual incrível da região, a lagoa Azul, na praia do Capricórnio, a ilhota da Cocanha, núcleo de cerâmica Terramar e a fazenda de mexilhões, considerada a maior do estado de São Paulo.

Personagens de Cunhambebe e Padre Anchieta, em encenação do Armistício de Iperoig, em Ubatuba (Foto Adriane Ciluzzo)

O trecho de Ubatuba poderia se chamar “Caminho da Paz”, em alusão ao principal fato histórico, o Armistício de Iperoig, primeiro tratado de paz das Américas. Para chegar ao ponto final da peregrinação, na famosa praia do Cruzeiro, são 49 km de caminhada desde a praia de Tabatinga, na rodovia Rio-Santos. O primeiro pórtico fica no início do trajeto, na praia de Maranduba. Depois segue pela praia da Lagoinha, na rua José Reis Dores. Nesse local, é preciso atravessar a ponte e virar na trilha, à direita, ao lado de uma cerca de condomínio. São 8 km de trilha para as praias do Bonete, Cedro e Fortaleza. De lá, segue para as praias Dura, do Lázaro, Perequê Mirim, Enseada e Toninhas, seguindo pela faixa de areia até chegar a uma escadaria que dá acesso à rodovia Manoel Hipólito do Rego e à praia Grande. De lá, o caminhante prossegue para as praias do Tenório, Itaguá, Iperoig, na rua Nove de Julho, praia do Cruzeiro, na avenida do Cruzeiro, onde, finalmente, está o 20º e último pórtico, encerrando a Rota da Fé.

..:: Roteiro alternativo

Proporcionar a oportunidade para que pessoas de todas as idades possam ter a experiência de conhecer a importância da região na história do Brasil, percorrer trilhas e se encantar com um cenário que foi tão bem descrito por Anchieta. Essa é a proposta do Sesc Santos que concluiu um roteiro alternativo, bem mais tranquilo, mas não menos emocionante e repleto de novidades. Em parceria com Renato Marchesini, guia de turismo, um grupo de 40 pessoas participou da rota da peregrinação pelos 13 municípios.

Foram 12 etapas, uma por mês, sempre aos domingos, de Peruíbe a Ubatuba, com média de 8k a16 km por caminhada, dependendo das particularidades de cada local, o que envolvia fatores históricos, culturais, arquitetônicos, atrativos e níveis de dificuldade.

Renato Marchesini explica que “são poucas as pessoas que possuem vários dias disponíveis para realizar o percurso direto. Desta forma, conseguimos fazer com que o roteiro atendesse uma diversidade de perfis, de jovens à melhor idade”.

Aos 63 anos, o sonho da santista Regina Célia Guerra Azevedo é fazer o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Enquanto isso, resolveu embarcar na aventura de conhecer um pouco mais sobre o passado da região. “Conheço muito a minha região, mas sabia pouquíssimo sobre a guerra dos tamoios, a vida dos tupinambás e tupiniquins, a história de Hans Staden e comecei a imaginá-los fazendo essas caminhadas naquela época”, disse Regina.

“Achei as caminhadas maravilhosas. É um tremendo programa, uma aula de história e ainda ajuda muito na saúde da gente”, disse Julio Fernandes, que se sente melhor do que muito jovem, no auge de seus 68 anos. Para Adilson Barbierine Simões, 71 anos, o trajeto pelo litoral norte trouxe lembranças da infância: “Minha família tem origem em São Sebastião e Ilhabela. Para mim, foi uma volta ao passado, além de ter sido gratificante conhecer fatos curiosos da história.”

Praça da Paz de Iperoig, na praia do Cruzeiro, em Ubatuba (Foto Adriane Ciluzzo)

..:: Percurso
O roteiro turístico Passos dos Jesuítas – Anchieta tem início em Peruíbe, no litoral sul, e término em Ubatuba, no litoral norte. A caminhada passa por 13 cidades (Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba), num percurso de 360 quilômetros. O percurso foi inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e já atrai grande número de peregrinos. O Guia do Caminhante pode ser retirado junto com o Cartão do Caminhante em um dos postos de emissão indicados no portal www.caminhasaopaulo.com.br. É possível realizar todo o percurso pela praia a partir das setas existentes em toda a rota, mas o ideal é aproveitar as belezas e as atrações turísticas e históricas de cada uma das cidades contempladas pelo roteiro.

Peregrinos na praia das Toninhas, em Ubatuba (Foto Frank Constâncio)


Para Acompanhamento de Grupos com o Guia Renato Marchesini


(turismo, ecoturismo, turismo pedagógico, turismo melhor idade, fatos_históricos)


sábado, 9 de outubro de 2010

A arte de construir canoas - Uma tradição ameaçada

Por..:: Dimas Renato Pallu Marques - Revista Horizonte Geográfico - São Paulo,SP abril 2009.

A arte de construir canoas, símbolo dos pescadores do litoral de Ubatuba, corre risco de desaparecer.

Pesquisadores lançam projeto para conservá-la.
Seu Agrício, Baéco, seu Filhinho e Maximiliano. Guarde bem esses nomes, pois com eles está a mais apurada técnica de fabricação da tradicional canoa caiçara de Ubatuba. E esse conhecimento, parte fundamental da cultura do município do litoral norte paulista, corre risco de desaparecer. A proibição do corte de árvores de Mata Atlântica e a falta de interesse das novas gerações no aprendizado do ofício colocaram em risco essa tradição que acompanha o caiçara desde sua origem, logo após o contato do indígena de etnia tupi com o branco colonizador no século 16.

Jovem pinta canoa da família na praia do Bonete em Ilhabela. 
As canoas passam de geração para geração
Créditos da Foto..:: Catharina Apolinário, 2015.

Quem vai para Ubatuba pode observar com facilidade a arte das canoas "de um pau só". Os pesquisadores do projeto Com Quantas Memórias Se Faz Uma Canoa tiveram o trabalho de contar 422 em 37 praias da região. Apesar da aparente profusão, eles notaram o perigo. "O grande número de embarcações ainda encobre a carência de bons construtores", afirma a presidente executiva da ONG Instituto Costa Brasilis, Márcia Regina Denadai. A ONG é responsável pelo projeto, desenvolvido em conjunto com a Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba (Fundart) e o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO/USP).

O tom pessimista do discurso da pesquisadora é reflexo do sentimento desses mestres canoeiros. "Meu ofício vai acabar e, sem as canoas, acaba o caiçara", afirma Manoel Néri Barbosa, o Baéco, 50 anos e mais de 400 canoas construídas. Ele é herdeiro do conhecimento de seu pai, Agrício Néri Barbosa, que, com seus 87 anos, não frequenta mais o galpão onde funciona a oficina da família, no sertão da praia de Ubatumirim. Baéco conta que, com 12 anos, já usava as ferramentas para entalhar pequenas canoas de 30 centímetros para brincar. "Fiz minha primeira canoa de verdade quando tinha uns 15 anos", recorda.

Tanto os mestres quanto os pesquisadores acreditam que Baéco, provavelmente, faz parte da última grande leva de construtores de canoa do município. Além dos quatro apontados no início desta reportagem como referência no ofício, 40 caiçaras de Ubatuba foram identificados como responsáveis por fazer esse tipo de embarcação. "O problema está na falta de interesse dos mais jovens. Construir canoas para pesca é um trabalho árduo e que é desestimulado pela alternativa do barco de alumínio", constata Márcia Denadai. Baéco e Benedito Evaristo de Gonçalves, o seu Filhinho, lamentam não ter aprendizes, nem entre seus filhos. "Meu filho de 26 anos não se envolveu. Meus quatro irmãos me ajudam, mas só no primeiro corte das árvores, pois o resto é comigo", conta Baéco.

A escolha da árvore e o arraso
A construção de uma canoa começa pela escolha da árvore que fornecerá a madeira. "O cedro é a melhor, mas é a mais difícil de achar hoje em dia", afirma Baéco. O guapuruvu, o ingá-amarelo e a timbuíba também são bastante utilizados pelos construtores de Ubatuba - 86% das embarcações localizadas pelos pesquisadores são feitas com essas quatro espécies porque oferecem uma boa relação entre resistência e flutuabilidade. "Madeira muito leve flutua bem, mas dura pouco. As mais pesadas duram mais, mas dão mais trabalho para quem rema", explica Baéco.

Na segunda metade do século passado, principalmente a partir dos anos 80, a implantação de unidades de conservação limitou a extração dessas árvores, todas nativas da Mata Atlântica. "Hoje eu só trabalho com madeira que já está caída na mata. Quando a gente acha alguma árvore boa para fazer canoa, pede autorização para o pessoal do parque (Parque Estadual da Serra do Mar) e, se conseguir, tira da floresta. Não importa a distância. Conseguir autorização para cortar madeira viva hoje é praticamente impossível", explica seu Filhinho, 66 anos, 40 deles dedicados à construção de mais de 200 canoas.

Encontrada a madeira, inicia-se o arraso. E o machado passa a ser a extensão do braço do canoeiro que, com ele, começa a cavoucar o tronco. Aos poucos, aquela árvore caída passa a ganhar forma de embarcação. É como se o espírito do caiçara agisse sobre o enorme pedaço de madeira a procura da canoa ali escondida. Nos olhos do homem que sua e faz força para desferir cada golpe, está a satisfação de criar um dos maiores símbolos de sua cultura. Essa fase dura até cinco dias e ocorre totalmente dentro da floresta.

A puxada e os "causos"
A retirada do tronco escavado, agora mais leve, para o local onde será esculpido é um evento social que envolve bastante gente", explica o biólogo e pesquisador do Instituo Oceanográfico da USP, Alexander Turra. Os "camaradas" (vizinhos e amigos) são chamados para amarrar o tronco com cordas e arrastá-lo pela mata - daí o nome "puxada" - até a rodovia (onde algum veículo aguarda) ou direto até o galpão onde a canoa será esculpida. O evento é uma espécie de mutirão em que até 20 homens fazem força e relembram os fatos ocorridos em outras "puxadas", cantam e contam "causos" e anedotas. As mulheres ajudam, levando bebida e preparando comida. Cada parada para as refeições pode se transformar em confraternizações com dezenas de pessoas.

Tradicionalmente, os construtores de canoas utilizam enxós e plainas (instrumentos de mão com lâminas destinadas a tirar lascas de madeira) para dar o acabamento nas embarcações. Mas ferramentas modernas também já são utilizadas. "Cada vez mais eu uso a motosserra, a entalhadeira e a lixadeira elétricas para me ajudar em toda a feitura. Uma canoa que demorava um mês para ficar pronta, hoje eu preciso de, no máximo, duas semanas. Depende do tamanho", explica Baéco.

A sobreproa adaptada ao mar
Para quem não conhece, aparentemente todas as canoas são iguais. Mas o caiçara sabe distinguir a origem da embarcação por meio de algumas características de sua construção. As canoas de Ubatuba em geral têm como peculiaridades a proa (parte da frente) bastante erguida e a existência da sobreproa - uma lâmina de madeira pregada na ponta da proa para ajudar a romper as ondas no momento de entrar na água e para facilitar a navegação. "É uma característica nossa, adaptada ao tipo de mar, já que o pescador enfrenta as ondas de frente quando entra na água", afirma Baéco. Os pesquisadores constataram que 75% das canoas do município têm sobreproa.

A pesquisa sobre as canoas de Ubatuba, financiada pela Petrobras via Lei de Incentivo à Cultura do governo federal, deve virar livro com o mesmo nome do projeto, a ser lançado em maio e distribuído nas bibliotecas e nas escolas públicas. "É uma forma de resgatar e registrar a memória desse grupo", afirma Turra. Quem sabe também não será uma forma de valorizar a profissão para que seja mantida por outras gerações?

Tradição local levou a quatro tipos de embarcações
PESQUEIRA (ou apenas canoa): Uso para pesca costeira de, no máximo, dois dias. Tamanho: 4 a 6 metros de comprimento, 70 centímetros de largura. Capacidade: três pessoas (usa remo e pode usar motor)

BATELÃO: Para pesca costeira de até quatro dias e navegação entre bairros distantes. Tamanh: 6 a 9 metros de comprimento, 1 metro de largura. Capacidade: três pessoas (usa remo e raramente motor)

VOGA (não existe mais na região): Navegação marítima entre municípios. Tamanho: acima dos 20 metros de comprimento, até 2,20 metros de largura. Capacidade: 15 pessoas entre tripulantes e passageiros (usa remo e vela)

REGATA: Competição e pesca da manjuba. Tamanho: varia de acordo com a categoria da competição (para um, dois ou três remadores). Usa remo

Quem são os caiçaras?
Os caiçaras não são um grupo definido por etnia, mas pela identificação em torno de um saber comum. "Eles compartilham um modo de vida ligado ao mar e à pequena agricultura, são pescadores-lavradores", explica a cientista social Wanda Maldonado.

Geograficamente, habitam a faixa litorânea do norte do Paraná até o sul do Estado do Rio de Janeiro. Do final do ciclo do ouro, no século 18, até meados do século 20, os caiçaras permaneceram isolados. E para sobreviver foi necessário conquistar autonomia. A pesca e a agricultura de subsistência garantem o alimento dos caiçaras. "É a prática de fazer canoa que permite a ida para o mar em busca do peixe", conta seu Filhinho, que se orgulha de ser um caiçara autêntico.

Wanda, que pesquisou sobre a construção da canoa em Ilhabela, acredita que a pressão exercida por outras culturas sobre os caiçaras gera dois fenômenos aparentemente divergentes. O primeiro é a transformação resultante do contato (como o que está acontecendo com a substituição de canoas por barcos de alumínio) e o outro é o surgimento de um sentimento de identidade. "O convívio com o diferente motiva também o resgate de elementos do modo de vida caiçara", afirma.

Para o navegador Amyr Klink, o governo deveria promover uma política de valorização da cultura tradicional.

Para cada navegação, uma canoa
Se a canoa de Ubatuba tem como peculiaridades a proa mais empinada que a sobreproa, as embarcações de outros municípios caiçaras também têm características próprias. "Já trabalhei em Parati e as canoas de lá têm a proa mais larga, feita para espirrar a água para os lados. Elas são mais lentas que as de Ubatuba", conta Baéco.

Ele diz que as embarcações de São Sebastião, por sua vez, são as mais estreitas que já conheceu. "O lado do canal tem águas calmas, por isso elas não precisam ser tão estáveis e largas", conta. A cientista social Wanda Maldonado, autora de uma dissertação de mestrado sobre a canoa de Ilhabela, destaca a proa reforçada (bem espessa para que o contato com as pedras da costa da ilha não danifique a embarcação) como uma das suas principais peculiaridades. "Também conheci as canoas de Cananéia, que são bastante estreitas porque são feitas para navegar nas águas calmas dos manguezais", salienta.

Algumas características comuns das canoas caiçaras foram incorporadas por Amyr Klink na construção do veleiro Paratii 2. "Eu consigo encalhar uma embarcação de 100 toneladas na praia como se fosse uma canoa. Infelizmente no Brasil, nossa riqueza em técnicas de construção naval não é valorizada", afirma.

Olhos
A dificuldade em conseguir madeira na floresta e a falta de interesse dos jovens em aprender a construir canoas têm deixado os mestres pessimistas sobre o futuro do ofício

A retirada do tronco da mata, conhecida como "puxada", pode envolver até 20 homens que cantam e contam "causos" e anedotas para aliviar o trabalho pesado

O tipo de mar de cada região influenciou os construtores de canoas a adaptarem as embarcações.


(papo de biologia)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Poluição reduz diversidade de bactérias marinhas no litoral paulista

Por..:: Noêmia Lopes
Agência FAPESP – Quanto menos poluída a água do mar no litoral de São Paulo, maior é a diversidade de bactérias marinhas. Essa foi uma das constatações de um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB/USP), após a coleta de amostras de água do mar e de plâncton na Baixada Santista, em Ubatuba e em São Sebastião.
Eles participaram de uma pesquisa, realizada entre 2010 e 2012 com apoio da FAPESP, cujo objetivo geral era caracterizar comunidades bacterianas do litoral paulista por meio de análises moleculares e genéticas.
O foco estava nos exemplares quitinolíticos – ou seja, nas bactérias que metabolizam a quitina (polissacarídeo presente no exoesqueleto de muitos organismos marinhos) e liberam carbono e nitrogênio (utilizados em processos biológicos, fisiológicos e bioquímicos ao longo de toda a cadeia alimentar).
Após as fases de coleta e análise, foram encontrados 13 gêneros de bactérias quitinolíticas na Baixada Santista, 19 em Ubatuba e 28 em São Sebastião, somando as amostras de água do mar e de plâncton (alguns gêneros foram encontrados tanto em água do mar quanto em plâncton).
Por meio de estudos anteriores realizados pelo próprio ICB/USP, os pesquisadores conheciam os níveis de poluição antrópica (pelo homem) nos três locais: alto na Baixada Santista, médio em São Sebastião e baixo em Ubatuba.
Cruzando os resultados, concluiu-se que a maior diversidade é encontrada onde há poluição baixa ou mediana. “Os microrganismos nativos de um sistema competem com outros que chegam até ele, por meio de esgotos não tratados, por exemplo. E sobrevivem os mais fortes – no caso, aqueles associados aos poluentes”, disse Irma Nelly Gutierrez Rivera, professora e pesquisadora do ICB/USP.
De acordo com Rivera, tal redução na diversidade de bactérias quitinolíticas gera preocupações em ao menos três esferas. A primeira remete aos prejuízos diretos para a cadeia alimentar marinha, que necessita do carbono e do nitrogênio liberados pela metabolização da quitina. A segunda diz respeito a perdas para uma série de processos biotecnológicos nos quais essas bactérias são aplicáveis, como controle de insetos e fungos.
Já a terceira implica em riscos relacionados à perda de biodiversidade nos ecossistemas costeiros do país. “Há espécies desaparecendo antes mesmo de serem catalogadas. Isso é ruim porque devemos saber o que é nosso e o que não é – caso, por exemplo, dos microrganismos que chegam com a água de lastro dos navios e cuja interação com as espécies locais pode dar origem a espécies patogênicas que, por sua vez, podem causar doenças para o homem, para os animais marinhos e para o próprio ecossistema”, disse Rivera.
Metodologias e desenvolvimento
Entre 2007 e 2010, Rivera coordenou uma pesquisa com Auxílio Regular da FAPESP sobre a diversidade de microrganismos marinhos na Baixada Santista, em Ubatuba e em São Sebastião.
A partir de então e até o segundo semestre de 2012, com novo projeto de pesquisa, Rivera passou a coordenar a caracterização das comunidades bacterianas nesses três locais. Ou seja, a equipe focou os estudos nas bactérias – mais especificamente nas quitinolíticas – e buscou identificá-las por meio de análises moleculares e genéticas.
Para tanto, o primeiro passo foram as coletas de amostras de água e plâncton, que duraram 20 meses em São Sebastião e dois verões em Ubatuba e na Baixada Santista. As amostras de água eram coletadas em volumes de cinco litros, dez centímetros abaixo da superfície, em frascos previamente esterilizados. As amostras de plâncton foram coletadas com rede de malha, por arraste, durante cinco minutos, nos mesmos pontos de coleta das amostras de água.
A partir de então, o estudo das bactérias quitinolíticas viáveis (que podem ser cultivadas) foi realizado em meio de cultura que continha apenas quitina como fonte de carbono e alguns sais, de modo que o meio tivesse uma composição próxima à da água do mar. As bactérias quitinolíticas foram identificadas, em nível de gênero, com o método de sequenciamento do gene 16S rRNA.
Além dessa metodologia – chamada dependente de cultivo por exigir um meio em que as bactérias possam crescer – os pesquisadores usaram recursos moleculares e fizeram a construção de bibliotecas genômicas que viabilizam o trabalho a partir dos genes (ao invés do crescimento bacteriano), conhecidos como independentes de cultivo. Para tanto, amostras de água foram filtradas e concentradas, com posterior extração do DNA total.
A construção de bibliotecas genômicas foi realizada com o uso do gene chiA, que codifica as enzimas quitinases que degradam a quitina, e da técnica de clonagem – cada sequência foi analisada por meio de pareamento com sequências disponíveis em banco de dados (GenBank).
De acordo com a pesquisadora, caracterizar comunidades bacterianas com base em análises moleculares e genéticas é importante porque permite ampliar o leque de exemplares descritos, já que nem todos são capazes de crescer nos meio de cultivo dos quais os cientistas dispõem.
No caso do estudo do ICB/USP, as duas metodologias, dependente e independente de cultivo, confirmaram que a maior diversidade de bactérias ocorre em ambientes com nível de poluição baixo ou médio.
Nos três locais estudados, o filo Proteobacteria foi o mais recorrente. Em relação aos gêneros, em amostras de água, Micromonospora predominou em Ubatuba e São Sebastião, enquantoAeromonas prevaleceu na Baixada Santista. Em amostras de plâncton, Ubatuba teve outros gêneros de bactérias, como Streptomyces e Luteimonas, enquanto as Aeromonas foram as mais encontradas em São Sebastião e na Baixada Santista.
“Para chegar ao nível das espécies, é preciso lançar mão de metodologias mais complexas”, afirmou Rivera. “Até hoje, conhecemos pouquíssimas espécies. Estudos apontam que os oceanos são os ambientes mais ricos em diversidade procariótica, com aproximadamente 3,5 x1030espécies de bactérias. Por enquanto, apenas cerca de 6 mil delas estão descritas.”
Os pesquisadores do ICB/USP farão o sequenciamento completo do genoma de ao menos uma das bactérias quitinolíticas coletadas, a fim de identificar a que espécie ela pertence. Outro desdobramento serão estudos sobre as enzimas produzidas por bactérias de ecossistemas marinhos e suas possíveis aplicações biotecnológicas.
“Estamos na etapa final das análises estatísticas e já submetemos um artigo que aguarda publicação – Impact of Anthropogenic Activity on Chitinolytic Bacteria Diversity in the Marine Environment”, disse Rivera. Além dela, duas alunas de pós-doutorado participaram dos estudos: Claudiana Paula de Souza, com bolsa da FAPESP, e Bianca Caetano de Almeida. 
Fonte..:: Agência Fapesp
(recicle suas idéias, papo de biologia)

terça-feira, 26 de maio de 2015

VI Festival da Mata Atlântica em Ubatuba SP


Como objetivo de estimular a conservação, difundir a informação sobre o tema e estimular o turismo responsável, de 27 de maio a 7 de junho Ubatuba sediará a sexta edição do Festival da Mata Atlântica e a segunda edição da Semana do Mar, oferecendo atividades acadêmicas, culturais, educacionais, turísticas e de interatividade com o bioma.
O VI FeMA é uma realização da Prefeitura Municipal de Ubatuba, por meio das Secretarias do Meio Ambiente, Turismo e Educação, do Projeto Tamar, Aquário de Ubatuba, com apoio da Fundart, Comtur, Instituto Arcor, Naturali Garden Center e Conex e parceira do Instituto Argonauta, Aquário de Monterey, Projeto Albatroz, Silo Cultural de Paraty, Cooperativa Educacional de Ubatuba, Instituto Costa Brasilis, Sabesp, Comitê de Bacias Hidrográficas – CBH LN, Estação Ecológica de Tamoios, SUP Team, Klinks, Ubatuba Outdoor Fitness, Aliança pela Água, Pau Brasil, Instituto da Arvore, Conaq, Fórum das Comunidades Tradicionais, AUS, Fundação Florestal, Projeto Garoupa, PROMATA, PROFAUNA, Rede Agroecológica Caiçara.
Durante o festival são comemoradas as principais datas relacionadas ao meio ambiente:
27 de Maio – Dia Nacional da Mata Atlântica;
5 de Junho – Dia Mundial do Meio Ambiente;
8 de Junho – Dia dos Oceanos.

Com uma programação diversificada, com oficinas, palestras, cursos, passeios ecológicos e shows, o festival é gratuito e aberto ao público. A novidade para essa edição é a criação de uma arena central em praça pública, na orla da Praia do Itaguá, Praça Alberto Santos – “Praça da Baleia”, onde serão realizadas a maioria das atividades do evento.
Confira as atividades completas em: http://www.vivaubatuba.com.br/programacao-vi-fema-2015/

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Festa de São Pedro Pescador 2013 - Ubatuba SP com a Tradicional Corrida de Canoas Caiçaras!!!


Festa de São Pedro Pescador terá mais de 20 apresentações musicais e Vila Caiçara
Começa nesta quarta-feira, 26 de junho, a 90ª Festa de São Pedro Pescador de Ubatuba, a mais tradicional da cidade. Completando 90 anos de história e tradição popular, o evento terá uma vasta programação de atrações, incluindo a novidade chamada “Vila Caiçara” aonde o público terá uma pequena mostra do que é a vida cultural na região.
Durante os cinco dias de festa se apresentarão seis grupos tradicionais – incluindo Baile de Fandango Caiçara, 15 bandas locais e uma apresentação principal, com Gabriel Sater. Além das atrações musicais, a Festa terá a tradicional Procissão Marítima, a eleição da Rainha dos Pescadores e a conhecida Corrida de Canoas.
A estrutura do evento conta ainda com uma Praça de Alimentação, onde os visitantes poderão saborear a famosa Tainha Assada. O destaque neste ano ficará por conta da redução de R$ 17,00 no preço do prato mais tradicional da Festa. “Foi um pedido do prefeito Maurício que o prato da Tainha tivesse um preço acessível a todos os turistas e, principalmente, moradores da cidade. Foi um trabalho de um mês junto com funcionários da colônia e fornecedores, para que conseguíssemos reduzir em 30% o valor cobrado pelo prato mais tradicional do evento, na comparação com o ano passado”, ressaltou o Secretário de Pesca, Maurici Romeo.
Para garantir a participação de toda população de Ubatuba, a Fundart também conseguiu junto à empresa de ônibus um aumento no número de ônibus e de horários nos dias do evento. A partir de hoje (26) até o próximo domingo, serão reservadas linhas especiais até à 1h30, garantindo o retorno da Festa para as Regiões Sul, Norte e Oeste da cidade.

Acompanhe abaixo a programação da Empresa Verde Bus para a Festa de São Pedro Pescador
Dias 26 e 27 de junho – Saindo do Terminal, da Rua Conceição.
·  01h30min. – Região Norte – Picinguaba divisa via Vila dos Pescadores
·  01h30min. – Região Sul – Tabatinga via Sertão da Quina
·  01h30min. -Região Oeste – Horto via Ipiranguinha
Dias 28, 29 e 30 de junho – Saindo do Terminal, da Rua Conceição.
Região Norte
·  01h30min. – Bairros do Puruba, Sertão do Ubatumirim e Almada.
·  01h40min. – Picinguaba Divisa via Vila dos Pescadores
Região Sul
·  01h30min. – Bairros do Rio Escuro, Corcovado e Fortaleza.
·  01h40min. – Tabatinga viaSertão da Quina
Região Oeste
·  01h30min. – Ipiranguinha
·  01h40min. – Horto via Ipiranguinha

A Festa de São Pedro Pescador
Histórico
A comemoração ao santo padroeiro dos pescadores, em Ubatuba, teve inicio no dia 29 de junho de 1923, às 10:00 horas. Foi numa sexta-feira ensolarada, quando o padre caiçara, Francisco dos Passos, celebrou a missa em altar improvisado sobre balsa confeccionada a partir de seis canoas amarradas umas às outras.
As embarcações, todas de propriedade do Senhor Antonio Atanásio, tinham os nomes de: Corcovado, Carona, Guarandí, Madalena, Flor do Mar e Guapuruvu. O improvisado altar foi fundeado a trinta metros da praia do Cruzeiro em frente ao Casarão do Senhor Gabriel Costa, onde é hoje a Praça Capricórnio (em frente ao Aeroporto “Gastão Madeira”).
Não havia, na época a imagem de São Pedro. Após 19 anos, em 1942, foi doada pelo padre alemão Hans Beil.
Antecedentes
Antes, as comemorações de S. Pedro eram realizadas nas várias praias ao longo da costa. Na cidade ocorria a novena, rezava-se durante 9 noites até o dia de São Pedro, 29 de junho. Não faltava a “alvorada”, procissão pelas ruas, com pessoas conduzindo o “fiofó” ou “fifó”, presa a um bambu, embebida com azeite de nogueira.
Após a “Alvorada”, era levantado o mastro de São Pedro, diante de uma fogueira, onde a criançada lançava galhos verdes de abricoeiro possibilitando uma sequência de estalos.
Entre os fogos, havia o “rojão de rabo”, utilizando flechas de guapuruvu. Jango Teixeira, avô do compositor e cantor Renato Teixeira, era quem detinha a arte de confeccionar esses rojões.
Após a missa, o povo se juntava ao lado da Igreja Matriz para o leilão, com as prendas doadas pela comunidade: caixa de goiabada, litro de vinho, bolo de mandioca, doces, frangos, patos, tainhas, etc.
“Até o inicio dos anos 60, a louvação a São Pedro acontecia também em frente aos ranchos de canoas”, segundo o Sr. Manoel Hilário Filho, pescador nascido em 1908.
Os pescadores, ao cercarem as tainhas, retiravam de cada cento uma “tara” (tainha maior) e doavam ao Santo. No final da tarefa era feito um pequeno leilão e com o resultado compravam rojões e no dia 29, ao meio dia, o sino da Igreja Matriz e das capelas dos bairros repicavam e espocavam rojões na frente dos ranchos, com canoas e tralhas de pesca do lado de fora pra para saudar São Pedro Pescador.
A Procissão Marítima
A Procissão Marítima, teve inicio em 29 de junho de 1954, com poucos barcos mas número grande de canoas. Novidade, o povo se aglomerou na barra do Rio Grande, acenando com lenços brancos, enquanto o foguetório anunciava a saída do andor de São Pedro conduzido pelo barco Iara, do Senhor Freitas.
Com barcos todos enfeitados com folhas de bambu, coco “pindova” e com bastante bandeiras de papel colorido a procissão se firmou. Hoje, o dia 29 de junho é feriado municipal e São Pedro é conduzido em procissão da Igreja Matriz até a barra do Rio Grande, onde, o santo é colocado no barco que lidera o cortejo marítimo, baía de Ubatuba afora, com a Bênção dos Anjóis, realizada pelo pároco, pedindo ao Santo, pescaria farta naquele ano. É momento alto da procissão.
Rainha Dos Pescadores
A partir de 1962 foi agregado à festa, o concurso da Rainha dos Pescadores, as barraquinhas, dança de quadrilha, etc. O concurso, desde seu primeiro momento, ganhou logo prestígio.
Barraca da Tainha
Em 1977 foi criada a chamada Barraca da Tainha, chegaram as entidades filantrópicas (com comidas típicas) mais apresentações de grupos de congada, xiba, música sertaneja, etc.,com palco para esses “shows”.
Ponto alto foi a Procissão Marítima que reuniu mais de 80 embarcações e a 1º Missa Campal, no morro da Prainha, celebrada pelo Frei Alberto Bissoli.

A Festa de São Pedro Pescador
Foi realizada nos locais: Ilha dos Pescadores, na Praça da Matriz, Praça de Esportes (antiga) na Av. Iperoig, junto ao Cruzeiro; na Praia do Perequê-Açú (1968) e Aeroporto. Desde 2007 a festa passou a ocupar a Praça de Eventos na Av. Iperoig, ganhando maior espaço e conforto. Em 2009 reuniu público de mais de 50 mil pessoas em seus cinco dias de realização.
Com a criação da FUNDART – Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba, em 1987, a instituição passou a organizar a festa, promovendo inclusive a corrida de canoas entre os pescadores e o levantamento de mastro com efígie de São Pedro, na hora da missa.
(evento_programação)


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vamos a Praia!! Turismo Acessível: Programa Praia Acessível chega a Municípios de Mongaguá, Itanhaém, Guarujá, Cananéia, São Sebastião e Ubatuba

Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e as prefeituras de Guarujá, Iguape, Cananéia, Mongaguá, Itanhaém, São Sebastião e Ubatuba assinaram, no dia 29 de dezembro, convênios para a entrega de 68 cadeiras anfíbias, visando promover a inclusão de pessoas com deficiência.

A iniciativa faz parte do programa Praia Acessível, lançado em 2010, e que tem como objetivo oferecer equipamentos e tecnologia para que pessoas com deficiência possam usufruir da praia e do banho de mar com segurança e dignidade. A Secretaria é responsável pelo fornecimento das cadeiras, já as prefeituras, pelas equipes de suporte do programa.

Os municípios de Cananéia, Mongaguá, Itanhaém, São Sebastião e Ubatuba receberão 10 cadeiras anfíbias cada, enquanto o Guarujá será beneficiado com 16 unidades e Iguape duas. As unidades utilizadas no Praia Acessível são feitas com um tipo de pneu especial, que permite superar a dificuldade de locomoção na areia, e também não afundam dentro da água. Devido à sua altura, é possível o usuário entrar na água, em uma profundidade não perigosa no mar. Existe facilidade na transferência para a cadeira, que possui braços removíveis.

O programa Praia Acessível já beneficiou mais de 5 mil pessoas e acontece aos finais de semana em São Sebastião, Ilha Comprida, Ilhabela, Bertioga, Guarujá e Santos. Com a assinatura do convênio, a partir de janeiro de 2012, o programa será implantado em Iguape, Cananéia, Mongaguá, Itanhaém e Ubatuba.

Fonte..:: Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência / Sentidos


(turismo adaptado)









sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Fotos Quilombo da Fazenda - Casa da Farinha em Piçinguaba - Ubatuba SP


O quilombo da Fazenda, localizado em Picinguaba, a 45 quilômetros do centro de Ubatuba, foi sede de uma antiga fazenda que foi sendo ocupada por descendentes de escravos alforriados, vindo de Trindade (RJ) e de Ubatuba (SP). 

Construída no fim do século retrasado como um antigo engenho de álcool e açúcar – tinha a roda d’água e o engenho de cana feitos de ferro fundido, importado da Inglaterra, foi recuperado em 1985 para produzir farinha- no local acontece o beneficiamento da mandioca, ralada, espremida no tipiti e levada ao fogo de lenha por mais de quatro horas para secar; é lá também que acontecem os eventos da comunidade. Em 2012 a Fundação Itesp promoveu grande reforma e restauro no local.








Renato Marchesini e o Mestre Quilombola da Casa de Farinha, Seu Zé Pedro, de 71 anos, disse: “Fui  criado aqui e também criei aqui meus onze filhos. Aqui mantemos nossas raízes e nossa cultura e o meu sonho é manter isso vivo”.

Fotos de..:: Renato Marchesini - 17 de julho de 2010


Quer conhecer? Entre em contato com:

(recicle suas ideias, turismo pedagógico)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

II Curso de Capacitação de Gestores de RPPN (Reserva Partcular do Patrimônio Natural) - Fundação Florestal

O curso será realizado no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, em Ubatuba.

A Fundação Florestal abriu as inscrições para o II Curso de Capacitação de Gestores de RPPN (Reserva Partcular do Patrimônio Natural), sobre o tema Proteção e Fiscalização, a ser realizado em 6 a 7 de dezembro de 2010 no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar - Rodovia BR 101 – km 08 (Bairro de Picinguaba), Ubatuba (SP).

Essa é uma iniciativa do Programa RPPN Paulistas, coordenado pela Fundação Florestal e com a parceria da Secretaria do Meio Ambiente/CBRN, Polícia Militar Ambiental, CETESB, ICMBio e WWF-Brasil, que busca contribuir com o esforço de proprietários de RPPN na proteção da suas reservas.

O curso destina-se às RPPN reconhecidas ou em processo de reconhecimento no território do Estado de São Paulo. É gratuito e as vagas são limitadas. O objetivo do curso é conhecer a legislação e os procedimentos de cada órgão fiscalizador do Sistema de Meio Ambiente e discutir medidas de proteção e fiscalização das RPPN.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Sobre o Parque Estadual da Serra do Mar e o Núcleo Picinguaba

O Parque Estadual da Serra do Mar, criado em 1977, com mais de 315 mil hectares, é o maior Parque do Estado de São Paulo e também o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica. É administrado desde fim de 2006 pela Fundação Florestal através de oito Núcleos de Gestão, com responsáveis e conselhos consultivos próprios.

O Núcleo Picinguaba, localizado em Ubatuba e com base operacional próxima à divisa do Estado do Rio de Janeiro, abrange 47.500 ha e é o único trecho que atinge o nível do mar, incorporando todos os ecossistemas associados à mata atlântica e comunidades caiçaras, quilombolas e indígenas, reduto de cultura tradicional, com diretrizes de gestão da presença de populações na UC estabelecidas no Plano de Manejo e em implantação. Está inserida no Mosaico de UCs da Bocaina, juntamente com outras 14 UCs, do Norte SP e Sul Fluminense, formando corredor significativo de proteção da mata atlântica.

Sobre o alojamento
O alojamento e alimentação serão oferecidos gratuitamente. Tudo bastante simples, já que estaremos em um Parque Estadual. É necessário que o participante leve roupa de cama, cobertor, travesseiro, toalhas, além dos seus objetos de higiene e uso pessoal. É importante que, caso possua alergia, esta seja mencionada na ficha de inscrição. O alojamento estará disponível a partir das 18h00 do dia 5 de dezembro (sem oferta de alimentação).

Recomendamos que levem repelente, protetor solar e lanterna. Para contribuir com o ambiente, recomendamos também que cada participante leve uma canequinha plástica, para não utilizarmos copos descartáveis durante o evento.

Sobre a programação
Todos os palestrantes estão confirmados – SMA/CBRN, Policia Militar Ambiental, CETESB, ICMBio. A programação detalhada será enviada em breve aos inscritos.

Sobre as vagas e critérios para preenchimento
O curso possui 40 vagas destinadas à proprietários ou funcionários/gestores das RPPN reconhecidas existentes no Estado de SP (são 34 reconhecidas em âmbito federal e 14 no estadual). O proprietário da RPPN poderá indicar até dois participantes (incluindo ele próprio), porém o segundo permanecera em lista de espera. Serão privilegiadas as inscrições das RPPN reconhecidas, cujos funcionários/gestores tenham sido indicados pelo próprio proprietário.

Para o preenchimento das vagas remanescentes serão adotados os seguintes critérios de priorização, por ordem de inscrição:

1. Proprietário/funcionário de RPPN em processo de reconhecimento;
2. Segundo funcionário/gestor indicado pelos proprietários das RPPN reconhecidas;
3. Segundo funcionário/gestor indicado pelos proprietários das RPPN em processo de reconhecimento;
Casos omissos serão resolvidos pela coordenação do Programa RPPN Paulista.

Os proprietários interessados devem preencher e encaminhar a ficha de pré-inscrição indicando até dois participantes até 22 de novembro de 2010 para o e-mail rppn@fflorestal.sp.gov.br .
 
Fonte..:: Fundação Florestal

sábado, 14 de maio de 2011

II Curso de Floricultura Tropical - Ubatuba/SP

  O INFOBIBOS Informações Tecnológicas para o Agronegócio e a AJBIAC Associação dos Amigos do Jardim Botânico do IAC, apresentam o II Curso TEÓRICO-PRÁTICO de FLORICULTURA TROPICAL a ser realizado nos dias 20 a 23 de setembro de 2011 em Ubatuba - SP.

Culturas: (Gengibre Ornamental, Bastão do Imperador, Costus, Helicôneas e Alpinia)

Aspectos botânicos e taxonômicos;

Principais espécies e variedades e seus usos;
Aspectos fisiológicos, Propagação, Solo, Clima, Técnicas culturais, Pragas e Doenças, Colheita e pós-colheita;

Seleção de espécies para corte, vasos ou jardins.
Atividades práticas; Reconhecimento de espécies; Propagação e Arranjos florais

Público Alvo: Profissionais da área, professores, pesquisadores, produtores, estudantes e demais interessados no assunto.

Maiores informações..:: Infobibos
 
Fonte..:: Infobibos
 
(papo de biologia, evento_programação)
 

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