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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Um pouco de História e Fotos Antigas do Porto de Santos SP





















Por..:: Mauri Alexandrino
Foto..::  Na foto, o cais do Valongo em 1905. Acervo de José Carlos Silvares. 

Portos não têm o nome das cidades que os abrigam por acaso. Em geral, é em torno deles que elas cresceram. Portos sempre fazem parte da paisagem urbana, com seus mastros e velames, carroças, chaminés, máquinas a vapor, seus motores e lâmpadas, caminhões, guindastes, uma paisagem que muda com o tempo e a invenção humana.

Portos e cidades ligam-se, apoiam-se, dependem um do outro desde que existem as trocas comerciais. Sempre surgiram em bons pontos na costa, protegidos de ventos, em áreas com demanda de transporte de produtos.

Alguns desapareceram enquanto outros progrediram ao sabor das mudanças na produção do que é necessário à vida ou à acumulação de riquezas. Iguape, por exemplo, já teve um porto mais importante que o de Santos e esta, por sua vez, menos cidade que embarcadouro, já foi apenas o Porto da Vila de São Vicente.

Não se comemora, agora, exatamente, o aniversário do Porto de Santos. Ele é tão velho quanto o primeiro povoamento, antes da chegada de Martim Afonso de Souza. Não há uma data certa.

No dia 2 de fevereiro rememoramos a atracação do navio inglês Nasmith no primeiro trecho do cais moderno - o início do atual Porto de Santos, em 1892.

Atrás do porto há uma cidade. Essa era condição decisiva para quem chegava do mar. Era promessa de descanso, de obtenção de produtos de consumo frescos, de alguma vida em terra firme mesmo que só por algum tempo.

Mas Santos, em 1890, não era flor que se cheirasse. A cidade fedia e infernizava 15.605 habitantes, moradores de 2.167 habitações, a maioria coletivas, debatendo-se entre febres, varíola, cólera, infecções de todo tipo, "o lugar mais terrivelmente nauseabundo em que já estive", disse Richard Burton, aventureiro inglês que, por essa época, tornou-se cônsul britânico por aqui.

Navios não desembarcavam passageiros nem tripulantes, ou ficariam de quarentena.A cidade atrás do porto tinha um aspecto terrível quando se construía o novo cais. Era tipicamente colonial, de vielas tortuosas, ruas estreitas, não alinhadas e de escasso calçamento, que se tornavam lagos lamacentos em dias de chuva.
Prédios precários, à beira da rua, sem uma clara distinção de espaços públicos e privados, onde empilhavam-se cargas misturadas às "casas de pasto", os periculosos fast food dos trabalhadores de então, ao lado de cocheiras fétidas.

Oitenta por cento da população era de trabalhadores da construção do cais e da ferrovia, estivadores e carregadores, carroceiros que moravam em cortiços da pior espécie, mas que eram baratos e mais próximos do trabalho.

Não era raro que pessoas doentes fossem deixadas na rua, onde morriam e putrefavam até que o serviço municipal recolhesse o corpo. Tetos baixos, com beirais largos que se projetavam para a rua, diminuindo um pouco o calor intenso das horas mais quentes, mesmo com umidade pegajosa, eram o máximo em comodidade urbana. Era onde acumulavam-se detritos de toda espécie, considerado o espaço de todos e, por isso, de ninguém.

O conceito de moradia e rua como espaços distintos é posterior a esse período na cidade. Quem podia morar em São Paulo, o fazia, mesmo tendo seus negócios em Santos ou dependendo do movimento do porto."Um poço de infecções que, ou bem se saneia ou se abandona em nome da saúde pública", escreveu o poeta Vicente de Carvalho sobre sua própria cidade, quando ocupava o cargo de secretário de Obras do Estado.

As doenças santistas começavam a subir a serra nesta época e ninguém mais estava seguro, nem os mais ricos. Limitação crescente ao comércio, especialmente do café, razão da construção da ferrovia e de um porto moderno, as doenças punham tudo sob risco.

Era tão grave a situação que, em 1886, nada menos que 2 mil estrangeiros e brasileiros de outras regiões, trazidos para as obras do porto, simplesmente haviam fugido. Entre 1890 e 1900 morreram 22.588 pessoas nas epidemias, metade da população inteira.

Os santistas eram abastecidos principalmente pelas canoas, que traziam peixe e bananas das cidades em torno e também as cargas que chegavam a Cubatão em tropas de burros, especialmente o toucinho, o feijão e a farinha. E esse era parte do problema da cidade com o porto.

O mercado era o ponto de parada das canoas. Durante a construção do cais, ninguém sabia onde estaria o mercado na semana seguinte, mudando de lugar empurrado pela Companhia Docas de Santos.

Os trapicheiros, que eram a elite local, resistiam à Companhia. Os armazéns e pontes de embarque, mesmo precários, lhes rendiam bom dinheiro. No ano em que se inaugurou o cais novo, por exemplo, a Câmara Municipal aprovou todos os pedidos de construção de novas pontes e trapiches, buscando afrontar a nova ordem que lhe tirava poder e riqueza.

Houve até mesmo sabotagens conhecidas ao plano de saneamento da cidade, que realocava espaços e eliminava cortiços desalojando moradores não raramente com violência. Foi nesse período que Santos começou a tomar a forma e a identidade que tem hoje.

Fonte..:: Jornal da Orla

Foto Antiga Santos SP: Porto de Santos (Meados de 1900).


CARREGADORES DE CAFÉ (1902). Olha eles aí, fazendo pose para o famoso fotógrafo José Marques Pereira, na virada dos séculos 19 para o 20. O Jacinto, o conhecido Sansão do Cais Santista, está na imagem (é o sexto, contado da esquerda para a direita. Até que ele pegou leve nesta imagem, uma vez que este estivador era tido como o mais forte do porto. Ao fundo, a velha Alfândega, demolida nos anos 1930. para dar lugar à atual. Fonte: Memória Santista.

Cartão Postal Antigo Santos SP: Porto de Santos (Foto do início do séc. XX ou final do XIX). E circulou como postal em 1906.


Cartão Postal Antigo Santos SP: Docas Embarque de Café e Imigrantes (24-09-1907).
Postal: José Marques Pereira.

Cartão Postal Antigo Santos SP Docas Vapor Nacional Guasca (05-12-1907).
Postal: José Marques Pereira.

Foto Antiga Santos SP: (1912) Porto de Santos

Imigrantes Porto de Santos - anos 20.


Foto Antiga Porto de Santos: (final década de 20). Coleção Laire Giraud.

Foto Antiga Santos SP: Docas Embarque de Café (s.d.).
Postal: José Marques Pereira.


Foto Antiga Santos SP: Docas Embarque de Café (s.d.).
Postal: José Marques Pereira.

Imigrantes Japoneses desembarcando no Porto de Santos (1930) - Foto Theodor Preising

Fotografia Antiga Porto de Santos SP


Foto Antiga Porto de Santos SP

Cartão Postal Panorama do Porto Santos anos 50.

Cartão Postal Panorama do Porto Santos anos 50.


Foto Antiga Porto de Santos - Chegada do 1º ônibus Viação Cometa (1954). O lendário GM Coach PD 4104 prefixo 502, que hoje se encontra no acervo particular do amigo Enferrujado Arthur Mascioli, filho do Patriarca da Cometa Tito Mascioli.

Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais em Santos e Região
www.r9turismo.com


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Secretaria de Saúde se reúne com Órgãos de Vigilância Sanitária da região

Encontro, que ocorreu em Cubatão, visa discutir estratégias de atuação na alta temporada de Navios cruzeiros no Porto de Santos

Técnicos da Vigilância Sanitária, da secretaria de Saúde de Cubatão, participaram de encontro com representantes dos órgãos que trabalham com a questão da Regulamentação Sanitária Internacional, especificamente em navios de cruzeiros e aeroportos.

A reunião ocorreu na manhã desta quinta-feira, dia 5, no miniauditório da Prefeitura. Compareceram ao encontro representantes da Anvisa, Instituto Adolpho Lutz, SUCEN, Diretoria Regional de Saúde – DRS 4, e Grupos de Vigilância Sanitária e de Vigilância Epidemiológica das cidades que compõem a Baixada Santista.

O objetivo do encontro, o segundo da série, foi discutir e traçar estratégias de atuação para o controle de saúde e qualidade dos serviços oferecidos nos navios de cruzeiros. Tal preocupação se justifica porque, segundo dados Agência Nacional de Vigilância Sanitária, nesta temporada estão previstas 25 embarcações, que farão 281 atracações no Porto de Santos, com um público estimado em 800 mil pessoas (quase o dobro de habitantes do município santista).

“A possibilidade de ocorrer um surto de meningite, febre amarela, H1N1, entre outras doenças endêmicas, é muito grande devido à variedade de pessoas, oriundas de estados e países totalmente diferentes”, disse alexandra M. Y. Trevisan, da Sucen de São Vicente. Neste sentido, ela explica que as medidas adotadas por estes setores de Saúde visam prevenir que o pior aconteça. “Uma vez que temos o conhecimento deste perfil turístico da região, já podemos imaginar a dimensão que isso pode representar caso ocorra algo de errado. Os quase um milhão turistas que passam pelo Porto de Santos migram por todas as nove cidades que compõem a Baixada Santista. Daí a necessidade de estarmos empenhados em encontrar e realizar ações conjuntas nesta questão”.

Márcia Antonio, Odymara Neves Faya e a chefe do serviço de Vigilância Sanitária de Cubatão, Rosana Aparecida G. Ambrósio, participaram da reunião. “A ideia realmente é garantir a qualidade dos alimentos, da água, das instalações físicas, do atendimento em Saúde dos turistas e da tripulação dos Navios”, afirmou Rosana Ambrósio, acrescentando, ainda, que “Cubatão sofre influência do fluxo humano previsto, já que grande parte deste contingente de pessoas transita em nosso município, principalmente em nossas estradas”.

Encontro semelhante já ocorreu em Itanhaém, no dia 1º de outubro, e o terceiro está previsto para acontecer em dezembro, com data e local ainda a serem confirmados. Organizadores do encontro convidam a Codesp e o Centro de Controle de Doenças - CCD/SP, para que também participem das próximas reuniões, previstas para ocorrer uma vez por mês, em cada cidade da região.

Texto..:: Ismael Pereira – Mtb 40.407/SP
Fonte..:: Site Oficial Cubatão

domingo, 25 de outubro de 2009

IMIGRANTES 1910 - Porto de Santos / SP

Textos..:: Mauri Alexandrino
Imagem..:: acervo de José Carlos Silvares

A chegada de imigrantes se dava em grandes levas. Embora a maioria aguardasse em Santos e na chamada Hospedaria dos Imigrantes apenas os papéis e designações para viajar para São paulo, a presença deles na população santista era maciça.

Eram 44% da população em 1913, quase metade. A predominância era de portugueses, que chegavam aos 23 mil, seguidos dos espanhóis, com mais de 8 mil pessoas e dos italianos, que eram 3.500.

Mas como cidade portuária que se presasse, Santos absorvia estrangeiros como uma esponja, negociantes, marinheiros, aventureiros de todo tipo. Havia mais turcos que ingleses, alemães, japoneses, norte-americanos, franceses, austríacos, todos esses pouco abaixo de um milhar de imigrantes em cada grupo.

Como era de se esperar, portugueses, espanhóis e italianos eram principalmente mão-de-obra braçal e uma pequena parte do comércio e dos serviços, esses sob contestação crescente dos santistas “nativos”, que viam os melhores empregos serem ocupados por via de relações étnicas entre empresas e colônias.

Fonte..:: Jornal da Orla, 29 a 30 de agosto de 2009

(fotos_antigas, fatos_históricos)

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