Através de seu primeiro donatário, sesmarias eram repassadas por cartas de doação aos empreendedores pioneiros que chegaram com ele e com seu irmão Pero Lopes, o mesmo que recebeu a capitania de Santo Amaro (atual Guarujá). Essa pequena casta de proprietários junto com outras autoridades, denominada à época homens bons, formava as Casas de Câmara e Cadeia, de onde se deliberava as decisões locais e procurava-se garantir a boa ordem e o sucesso nas Vilas das Ilhas de São Vicente e Santo Amaro (chamadas pelos índígenas, Goaió e Guaibe).
Nas Vilas, nos rústicos casarios e templos, os primeiros colonos destas redondezas sobreviviam da caça, da pesca, da agricultura de subsistência e das poucas e caras manufaturas advindas da metrópole. E a moeda de troca era justamente o açúcar produzido nos engenhos erguidos na região no decorrer do século XVI.
Entre 1532 e 1590,
temos notícias de nove engenhos de açúcar que foram instalados na região das ilhas vizinhas:
1 - 1532 – Engenho Madre de Deus: fundado por Pero de Góes (Santos Continental, no Morro das Neves e provavelmente nas imediações do Rio Jurubatuba);
2 - 1533 – Engenho de São João: fundado por José Adorno (em Santos, no bairro do Valongo, atual Rua do Comércio);
3 - 1534 – Engenho do Senhor Governador ou do Trato: mais tarde de “São Jorge dos Erasmos”, fundado por iniciativa de Martim Afonso em parceria com João Veniste, Francisco Lobo e Vicente Gonçalves (instalado em São Vicente, atualmente na divisa entre São Vicente e Zona Noroeste de Santos);
4 - entre 1534 e 1544 – Engenho dos Aires: que foi construído por Aires da Cunha (Morro do Saboó, em Santos);
5 - 1560 – Nossa Senhora da Apresentação: fundado por Gonçalo Afonso (Ilha de Santo Amaro, às margens do Rio Curumaú);
6 - 1565 – Engenho de Santo Amaro: fundado por Estevão Raposo (na Ilha de Santo Amaro) ;
7 - 1570 – Engenho de Santo Antônio: fundado por Antonio Fernandes junto à igreja de Santo Antonio de Guaibe (Ilha de Santo Amaro, Guarujá, divisa com Bertioga);
8 - 1580 – Engenho Nossa Senhora das Naus, de Jerônimo Leitão: construído junto ao Mar Pequeno, hoje ruínas do chamado Porto das Naus (em São Vicente);
9 - 1590 – Nossa Senhora do Pilar: fundado pela Companhia de Jesus (à margem direita do Rio Itapanhaú).
De todas estas fundações, destaca-se o Engenho dos Erasmos, pois é o que melhor resgata a história do período em questão. Isso se deve ao fato de suas ruínas, por séculos esquecidas, ter-se encontrado em relativo estado de conservação, o que possibilitou à comunidade científica e às diversas autoridades responsáveis, concentrarem esforços num árduo trabalho de reconstituição e preservação de uma dos momentos mais significativos de nossa história.
O Engenho de São Jorge dos Erasmos
Cerca de um ou dois anos após a chegada da esquadra, Martim Afonso e seu irmão Pero Lopes de Sousa realizam um contrato comercial com Johan Van Hiest (João Veniste), Francisco Lobo e o piloto-mor Vicente Gonçalves.
O hoje chamado Engenho dos Erasmos teve uma série de denominações desde sua instalação. Era no início chamado “Engenho do Governador” (1533-34?) e posteriormente “Engenho dos Armadores”, ou “do Trato” (1542). Logo depois, devido aos seus primeiros proprietários terem vendido suas partes ao belga Erasmo Schetz (1544), e mais tarde os filhos deste terem completado a compra de todo o lote original, passou a ser conhecido como “Engenho de São Jorge dos Erasmos”.
Ao que tudo indica, no entorno da Ilha de São Vicente, de início, foi próspera a cultura da cana:
De acordo com a organização normal dos Engenhos, na época, foram designados Rui e Francisco Pinto (pai e filho) e Antonio Rodrigues de Almeida, para fornecedores das canas que deviam ser moídas nele, situando-se suas grandes fazendas em toda a região do atual Cubatão. As canas desses três fidalgos, partidistas (associações na produção), juntavam-se às que eram produzidas no próprio lugar do Engenho (antigo sítio S. Jorge), que abrangia os morros da vizinhança (S. Jorge e Água Branca), e garantiam o fornecimento de todo ano. (SANTOS, 1986, p.349)
Segundo o Prof. Domingos Aulicino (1963, p.108), provavelmente baseado nas médias previstas por Roberto Simonsen, havia uma produção estimada em 33.000 arrobas anuais de açúcar na monta de todos os engenhos daqui, o que nos permite deduzir que comércio entre o primeiro núcleo populacional do Brasil e a metrópole, além de estabelecido, possuía já uma certa intensidade:
Para fomentar o commercio, instituio Martim Affonso uma sociedade mercantil, e aos accionistas d’esta companhia chamavão os senhores do engenho S. Jorge, e que o Donatário era o mais interessado; porque sua mulher D. Ana Pimentel no anno de 1542 constituio Feitor da Fazenda do trato ao Capitão-mór Christovão de Aguiar.
Estes Armadores importavão as drogas da Europa, que se havião de vender aos portuguezes, e elles aos índios: o producto exportavão para o Reino em generos da terra, principalmente em assucar, o qual era a moeda corrente d’este tempo. O dinheiro vinha do Reino, e pouco [...].
Aos índios pagavão com ferramentas, contas de vidro, búzios, e outras bagatellas semelhantes, a que chamavão resgate [...]. (MADRE DE DEUS, 1930, p.172-173)
É muito provável, embora pouco se tenha tratado sobre isso, que estas empresas tenham ajudado a compor uma relevante criação de gado na região, pois só assim se poderia satisfazer as carências do transporte de lenha, açúcar, dentre outros bens: “Segundo Benedito Calixto, pintor e historiador [nascido em Itanhaém, naturalizado] santista, quando Martim Afonso de Sousa deixa o país iniciara-se também a pecuária no Engenho de São Jorge.” (PLATAFORMA SOPHIA, 2004, p.15 ). No entanto, sabemos que as primeiras levas de bovinos só chegariam ao Brasil com expedição de Tomé de Sousa, em 1549, o que nos leva a crer que somente a partir daí este tipo de gado teria vingado. E veja-se também que Brás Cubas, fundador da Vila de Santos, tinha especial preocupação a este respeito:
[...] Implantou-se a indústria do couro, de que diretamente participou Brás Cubas, pois em doação de terras, que fez, impôs a condição de ser confiado ao seu cortume o tratamento das peles do gado que em tais áreas se cultivasse. Quer isso dizer existirem outros cortumes, que com ele poderiam concorrer à preferência dos criadores. (AULICINO, 1963, p.109)
Todo este sucesso inicial era visto com indignação por parte das nações concorrentes de Portugal. Invasões de corsários não eram incomuns, e talvez, justamente por isso, é possível concluir-se a necessidade de se proteger os canaviais nas alturas dos morros da ilha ou em planície adentrada, longe da barra, como é o caso do Engenho Madre de Deus, ao pé da Serra do Mar ou mesmo os engenhos no interior das ilhas. Não nos surpreende os cuidados de fortificação ainda presentes nestas ruínas:
A carta é de 13 de maio de 1548, escrita em Santos, na Ilha de São Vicente .
[...] Esta Fazenda é muito boa mas os feitores passados procuraram demasiadamente sua própria vantagem e deixaram perder-se muita terra entre as mãos dos moradores.
Quanto ao casario todo êle que temos aqui é muito bom e forte para os contrários (Os contrários podiam ser os índios ou os franceses). Porque Pedro Rouzée fez muito, a saber uma casa muito grande de 6 lances, e uma senzala com uma ferraria, tôdas provindas com baluartes, e ainda 2 casas cobertas de telhas muito boas e fortes, tais como fêz Brás da Rocha. Tôdas estas casas se erguem numa altura e tôdas juntas e próximas de maneira que nenhuma fazenda seja tão forte para os contrários, nem tenha melhores casas em todos êstes engenhos. Daí que se pode defendê-lo fàcilmente com 3 ou 4 berços (pequena artilharia). Quanto ao engenho, é velho e está para cair e deve ser refeito neste primeiro ano. (RELATÓRIO 24.22, 1971, p.7-8)
Funções de defesa: “seteira” em uma
das paredes nas ruínas do engenho.
Nos primeiros engenhos do século XVI, com uma população de 9.000 pessoas em toda capitania, dos quais, 3.000 eram escravos em 1548 (MEURS, 1995, p.26 ), a mão-de-obra indígena era certa. Através do trecho a seguir, é possível constatar em números acerca dos trabalhadores neste engenho: “[...] Quanto às escravarias que temos aqui são muito boas e de aproximadamente 130 peças, tanto de machos como de fêmeas, das quais a metade não trabalha pois são crianças e velhos que não são aproveitáveis ” (RELATÓRIO 24.22, 1971, p.7-8).
Sobre a escravidão, tem pairado uma dúvida entre os pesquisadores de nosso tempo: “quando se iniciou o uso da mão-de-obra advinda da África nas capitanias do sul?”.
Em 2001, em trabalho de prospecção realizado pela Universidade de São Paulo e coordenado pelo arqueólogo Dr. José Luiz de Morais, foi localizado um cemitério indígena nas ruínas do Engenho dos Erasmos. As evidências arqueológicas indicam ser este cemitério remanescente do século XVI onde, entre os 19 esqueletos dos indivíduos encontrados, verificou-se um crânio de características negróides. Embora a informação seja correta, não podemos supor o tráfico generalizado nestes tempos, mas apenas a presença inconteste de africanos. A contextualização deste evento ainda dependerá de avanços da arqueologia de campo em nossa região.
O trabalho dos engenhos vicentinos acompanhava a tecnologia disseminada em todos os engenhos que se seguiram por nossas costas, e apesar de aparentemente rústico aos nossos olhos, consistia no que de mais avançado em termos de tecnologia se aplicava à época, visto que das ilhas do Atlântico fora importada aqueles movidos pelas forças da água: os “engenhos reais”. Assim, reconhece-se o Engenho dos Erasmos talvez o único exemplar que restou deste gênero – o açoreano –, remanescente do século XVI, em todo o Brasil.
Há também uma questão interessante acerca do pioneirismo das lavouras e que julgo merecer aqui um adendo: é bem possível que, ao mesmo tempo que a indústria de açúcar despontava na Capitania de São Vicente, também Pernambuco realizasse já suas primeiras experiências com o produto:
No Brasil, não se justifica, nos primeiros tempos, o plantio de um artigo já em superprodução nos mercados portugueses. Com a melhoria dos preços, que se foi verificando a partir da segunda metade do século XVI, incrementaram os portugueses a produção das ilhas e parece que, na terceira década, se plantou cana junto à feitoria de Pernambuco.
Consta que Pedro Capico ali instalara um pequeno engenho e Varhagen refere que, em 1526, já figuravam na Alfândega de Lisboa direitos sobre o açúcar de Pernambuco. (SIMONSEN, 1967, p.96)
Seja lá onde verdadeiramente tudo começou, apesar do sucesso inicial e de uma relativa expansão dos engenhos no sul, dois fatos certamente acarretaram sua suspensão enquanto carro-chefe econômico:
A preferência de interiorização da população do núcleo inicial de São Vicente , rumo ao planalto, serra acima, e;
a melhor sorte dos engenhos de Pernambuco e Bahia, pois como é correntemente sabido, apresentavam melhores condições à produção da cana e estavam bem mais próximos da metrópole portuguesa, o que baratearia o frete e, consequentemente, o preço final do produto:
A maior proximidade em relação ao continente europeu e as vantagens do meio natural, explicam o desenvolvimento extraordinário da grande lavoura no litoral do Nordeste brasileiro, desde os meados do século XVI. Durante grande parte do período colonial, outras razões econômicas de modo a fazer do litoral do Nordeste, sobretudo das áreas de Salvador e Recife, os centros de gravitação da vida colonial. Além do Nordeste, vamos encontrar também no Maranhão e no Rio de Janeiro outras áreas de grande importância econômica, baseada na grande lavoura. (HOLANDA, 1960, p.202)
Atualmente ainda há especulações sobre quais as verdadeiras razões para a decadência da lavoura açucareira na capitania de São Vicente. Apesar do consenso sobre o clima favorável e a proximidade do Nordeste em relação à Europa, alguns defendem várias outras razões, mas mesmo assim, trata-se de uma incógnita porque foi uma ruptura muito marcante:
Nem as condições favoráveis de Pernambuco, nem a ocupação do planalto, nem mesmo o espaço limitado de São Vicente ou talvez a qualidade inferior da cana-de-açúcar vicentina, todavia, explicam completamente porque os campos e engenhos em São Vicente foram abandonados em uma época em que os preços do açúcar estavam extremamente elevados. (MEURS, 1995, p.28)
A partir daí, a evolução da produção e das exportações do açúcar do Nordeste, suplantou definitivamente a produção sulina. Foi uma época em que os paulistas, por exemplo, se lançaram com a força à procura de novas fontes de riqueza, buscando metais preciosos pelos rincões do sertão, mas, principalmente, lançando-se ao apresamento dos indígenas para o trabalho escravo, que apesar de oficialmente proibido por D. Sebastião em 1570, acabou como uma lei que na prática não vingou.
Acompanhemos a evolução das exportações no gráfico adaptado a partir dos estudos de Vera Lúcia Amaral Ferlini:
Podemos observar números de exportação significativos em 1570, com cerca de 60 engenhos de açúcar instalados por todo o Brasil, produzindo um total de 180.000 arrobas e lideradas, sobretudo, por Pernambuco, que neste ano já possuía 5 vezes mais engenhos de açúcar em relação ao sul. Mas a explosão acontece na virada do século XVI pára o XVII, sofrendo em seguida uma abrupta queda na terceira década, que apesar de contar os cerca de 400 engenhos ao todo, é explicado devido ao achamento dos metais preciosos entre 1695 e 1730 em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Bahia, além da gradual evolução de outros produtos.
As ruínas do engenho e os esforços de preservação
Ruínas do Engenho São Jorge dos Erasmos.
Em 1952, a Professora Maria Regina Rodrigues, então aluna do 2º ano de História na Universidade de São Paulo, quando em trilha ecológica com seu grupo de bandeirantes, se deparou com as ruínas do Engenho dos Erasmos. Sem perder tempo, contatou o especialista do IPHAN Luís Saya, mas o tombamento acabou por se completar somente em 1963 . Posteriormente, foi também tombado pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), em 1973, e pelo CONDEPASA (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos), em 1990 .
O terreno com as ruínas pertencia a Edgard de Toledo, que possuía parte da firma N. R. Santos e Cia. Em 1943, a área foi adquirida por Octávio Ribeiro de Araújo, que a loteou com o nome de Vila São Jorge. Este terreno estava bem na divisa entre as cidades de Santos e São Vicente.
Octávio Ribeiro, ouvindo os técnicos do CONDEPHAAT, resolveu prestar auxílio à preservação do lugar e, em 31 de janeiro de 1958, acabou por doar o lote com as ruínas à Universidade de São Paulo.
O monumento permaneceu intocado até 1982, quando a Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) mostrou interesse, junto com outros órgãos, de consolidar as ruínas. Um ano depois, a Ciesp, a Prefeitura de Santos e a Prodesan (Progresso e Desenvolvimento de Santos) se propuseram a assinar um convênio para sua recuperação.
Após este momento, é possível constatar-se uma série de chamadas nos jornais de Santos. Manchetes e denúncias visavam chamar a atenção das autoridades e da comunidade em geral sobre o abandono do monumento.
Após uma ação judicial envolvendo a Pratex Empreendimentos Imobiliários, impedida de construir no local pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), esta acabou por entrar em acordo com a Prefeitura de Santos, doando, em 1987, os cerca de 41 mil metros quadrados do entorno aos 3.200 m² onde estavam as ruínas em si.
Por fim, em 1988, a Universidade de São Paulo formou uma comissão de estudos e promoveu um seminário sobre o Engenho dos Erasmos. Os trabalhos de recuperação do bem histórico teriam se iniciado.
Em 1990, foi contratado pela USP o arquiteto holandês Paul Meurs para analisar o conjunto histórico e propor meios de viabilizá-lo. Pretendia-se investir em pesquisas arqueológicas e transformar o local em um atrativo turístico.
No dia 15 de abril de 1992, USP e Prefeitura de Santos assinaram um termo de cooperação técnico-administrativa visando sua recuperação. Depois disso, dois trabalhos de prospecção arqueológica foram realizados com base nas informações da existência de um cemitério fotografado, em 1957. pelo historiador santista Jaime Caldas.
Em uma parceria entre USP, através da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Universidade Católica de Santos (UniSantos), Prefeitura Municipal de Santos (pelo CONDEPASA), CONDEPHAAT e IPHAN teve início a primeira prospecção arqueológica e, entre 1996 e 1997, foi desenvolvido o “Projeto de Pesquisa Interdisciplinar Engenho São Jorge dos Erasmos”, sob a coordenação da Dra. Margarida Davina Andreatta, arqueóloga do Museu Paulista. Mais tarde, de 2002 a 2003, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), coordenado pelo Prof. José Luiz de Morais, novas escavações arqueológicas foram desenvolvidas, e desta vez, com especial atenção ao antigo cemitério do engenho.
Uma das questões polêmicas que envolvia o processo, era sobre deixar as ruínas intocadas tais como eram, ou se poderia ser viável uma intervenção direta sobre as estruturas que restavam. Após um longo debate envolvendo autoridades acadêmicas e opinião pública, a Universidade de São Paulo iniciou algumas obras de restauração e consolidação sobre parte do que restou do engenho a partir de 2004. Os trabalhos de monitoramento das obras foram acompanhados por equipes de arqueologia. Em todos eles (prospecções e monitoramento), contou-se com a participação efetiva do Instituto de Pesquisas em Arqueologia (IPARQ), então órgão de pesquisas arqueológicas da Universidade Católica de Santos, sob a direção da arqueóloga Dra. Eliete Pythágoras Britto Maximino.
Nas duas fases mais recentes, entre 2006 e 2008, a Universidade de São Paulo instalou uma base de estudos avançados, contando hoje com sala de aulas e multi-meios, auditório, biblioteca, laboratório de arqueologia e uma reserva técnica, bem como a colaboração de dois educadores que coordenam as ações educativas no espaço.
Hoje, a ênfase dada à educação da comunidade escolar da região, é um diferencial do que vem sendo desenvolvido atualmente pela Universidade de São Paulo. Estudantes de várias escolas públicas e particulares visitam diariamente este museu ao ar livre. Assistem palestras, fazem pesquisas, dinâmicas e outras atividades específicas. Além dos estudantes, em sua maioria das cidades de Santos e São Vicente, outros grupos agendam passeios, inclusive vindas do interior do Estado de São Paulo. Segundo o Prof. Dr. Rodrigo Christofoletti, há uma preocupação muito especial com questões sócio-históricas e ambientais junto aos estudantes.
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Fonte..:: Letras Polivalentes
Obs: Autorizado publicação pelo autor por email no dia 27 novembro de 2012.
(publicação_consulta, fatos_históricos)
Saiba mais..::
Engenhos Coloniais de Cana-de-Açúcar Baixada Santista - AQUI