Os oceanos cobrem 70% da superfície da Terra e têm uma importância
fundamental na regulação climática do planeta. Além disso, são
considerados uma das principais fontes de proteína alimentar e um dos
ambientes onde se encontra a maior taxa de biodiversidade.
Com 7.416 km de costa, o Brasil tem o segundo maior litoral da
América Latina. E é no litoral que se concentra cerca de 2/3 da
população brasileira, distribuída nos centros urbanos ao longo da Costa.
Demonstrando a importância dessa área tanto em termos de proteção
ambiental como bem estar humano.
A Zona Marinha tem início na região costeira e compreende a
plataforma continental marinha e a Zona Econômica Exclusiva – ZEE (até
200 milhas náuticas da costa). Grande parte desta extensão mantém forte
entrelace e expressiva sobreposição territorial com o Bioma Mata
Atlântica que na sua amplitude abrange 17 estados, sendo 14 ao longo da
costa brasileira.
As Zonas Costeira e Marinha são caracterizadas pela
transição ecológica entre ecossistemas terrestres e marinhos, como
manguezais, campos de dunas e falésias, baías e estuários, recifes e
corais, praias e costões e planícies intermarés. Ou seja, o Mar, a Costa
e a Mata se comunicam e se relacionam. A riqueza biológica dos
ecossistemas costeiros faz com que essas áreas sejam grandes “berçários”
naturais. Por exemplo, muitas espécies que vivem no mar na idade
adulta, nascem e passam as primeiras fases da vida em manguezais e
estuários, como o Mero.
Além disso, as matas costeiras, como manguezais e marismas, oferecem
abrigo para espécies e proteção à zona costeira, evitando erosão,
assoreamento e aumentando a resiliência para os impactos do aquecimento
global. Assim, os ecossistemas costeiros encontram-se resguardados pela
Constituição Federal brasileira quando a Zona Costeira é declarada em
1988, tal como a Mata Atlântica, como Patrimônio Nacional. A Fundação
SOS Mata Atlântica estimula o conhecimento e a proteção dessas áreas
através dos Fundos e Iniciativas do Programa Costa Atlântica.
Muitos impactos que atingem nossos oceanos vêm da terra. Cerca de 80%
da poluição que encontramos no mar é de origem terrestre, como a
presença de plásticos no mar e descarga de efluentes domésticos e
industriais. O aumento das atividades econômicas potencialmente
impactantes (e.g. pesca industrial e extração de petróleo), a atual
política para expansão no consumo de pescado, o aquecimento do mar e a
degradação da qualidade da água em áreas costeiras tornam urgentes
esforços para conservação da biodiversidade marinha no Brasil. Apesar
dos avanços da última década, até o momento menos de 1% da costa
brasileira encontra-se sobre regime de proteção.
A Fundação SOS Mata Atlântica, realizou como parte das atividades da Aliança para a Conservação Marinha um trabalho para a definição de áreas chaves para a preservação da biodiversidade – KBAs
(do inglês “Key Biodiversity Areas”) visando uma atuação mais
estratégica para a criação de áreas marinhas protegidas. O atraso na
utilização de KBAs no meio marinho se deve principalmente a
indisponibilidade de informações sobre os níveis de ameaça de extinção
das espécies. A abordagem de KBAs tem como objetivo principal evitar o
desaparecimento de espécies, com prioridade para as espécies que
apresentam maior nível de ameaça.
O bem estar humano depende da conservação do ambiente onde vivemos e é
preciso ter consciência da importância da conservação dos ambientes
costeiros e marinhos. Necessitamos rever nossos valores em relação ao
mar e à todas as criaturas que ali vivem para que sejam conservados da
melhor forma possível. É essencial espalhar conhecimento sobre a
relevância desses ambientes para toda a população. Esperamos que, assim,
passemos a conservar a zona costeira de maneira consciente e eficiente.
Fonte..:: SOS Mata Atlântica
(papo de biologia)
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