
Nesse período, a sala de espetáculos do equipamento recebeu cerca de 100 apresentações artísticas e eventos culturais, como peças, mostras, shows, concertos, congressos, palestras e exposições, com público estimado em cerca de duas mil pessoas.
A variedade da programação tem sido uma marca do Guarany. Entre os eventos musicais, destaques para a abertura da Virada Cultural, com a exibição do violinista francês Nicolas Krassik e do grupo Cordestinos; as atrações do tradicional Festival Música Nova, de Gilberto Mendes; a apresentação do Quarteto Carobamdé, em homenagem aos 50 anos da morte de Heitor Villa-Lobos; e a Semana do Violão Isaias Sávio, da Secult (Secretaria de Cultura).
Formação Integral de Atores
Além da sala de espetáculos, o Teatro Guarany também abriga desde agosto a Escola de Artes Cênicas Wilson Geraldo, da Secult, que conta com salas para aulas (teóricas e práticas) e acervo de livros de arte.
Ao todo, são cerca de 200 alunos, divididos entre as turmas infantil, de formação de atores e terceira idade, os quais aprendem disciplinas como expressão corporal, expressão vocal, história do teatro, jogos teatrais e improvisação e interpretação, além de passarem por avaliações de cena e provas.
“Além das disciplinas obrigatórias, os alunos também participam de atividades extracurriculares, como workshops, oficinas e palestras sobre cenografia, iluminação, entre outras áreas que envolvem a atividade de ator”, explica a professora Vanusa De Santis, responsável pela coordenação pedagógica da escola.
Toda essa preparação gera expectativa em quem busca espaço no teatro profissional, a exemplo da aluna Ludyne Gonzalez, 20 anos. “Aqui estão me dando toda a base que preciso”. Já para Rosângela do Nascimento, 53 anos, as aulas estão contribuindo para elevação da autoestima. “As atividades estão me alinhando corporal e mentalmente. E todos aqui estão estudando, aprendendo e fazendo a socialização, o que é mais importante”.
Recuperação
A obra de reconstrução do Teatro Guarany, inaugurado em 7 de dezembro de 1882, respeitou as formas originais do prédio na sua parte externa e refez toda a área interna, destruída por incêndio em 1981, com infra-estrutura de moderna casa de espetáculos.
Com custo de R$6,7 milhões, viabilizado pela iniciativa privada, por meio da Lei Rouanet, o projeto foi elaborado pelo arquiteto Ney Caldatto Barbosa, da Seplan (Secretaria de Planejamento).
Os recursos foram captados pela Ama-Brasil (Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental), junto às empresas Cosipa-Usiminas, Telefonica, MRS Logística, Cutrale, Petrobras, Fosfertil, Comgás, Bunge, Copersucar e Carbocloro.
Além de plateia com 270 lugares e camarotes (capacidade total é de 350 pessoas), o Guarany também possui ateliê, camarins e café, além de permitir o acesso de pessoas com deficiências. No prédio ainda se destacam as pinturas do teto e do foyer do segundo piso, feitas pelo artista Paulo Von Poser
Fonte..:: Jornal Vicentino
(fatos_históricos)