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sábado, 16 de janeiro de 2010

Criação de Unidade de Conservação na Restinga de Bertioga / SP

Encontra-se aberto o processo de Consultas Públicas do processo que visa garantir a proteção dos últimos remanescentes da vegetação de Restinga da Baixada Santista.
Esquerda: Foz do rio Itaguaré / Direita: Vista aérea da região. Fotos: Adriana Mattoso - Fonte: FFlorestal

As propostas, mapas, estudos realizados e tantas outras informações do processo, encontram-se disponíveis para consulta no site da Fundação Florestal do Estado de São Paulo.

Também existe um canal de comunicação com a sociedade para esclarecimento de dúvidas, envio de sugestões e demais contribuições.

O link de acesso é: http://www.fflorestal.sp.gov.br/bertiogaApresentacao.php

É hora da sociedade brasileira, tão preocupada com as questões ambientais globais, demonstrar o valor que ela tem para com os nossos raros e ameaçados ecossistemas brasileiros!

Fonte..:: Email enviado por Daniel Kurupira

Para saber mais..:: WWF-Brasil colhe assinaturas para proteger área em Bertioga (SP)

Decretado o congelamento da área proposta para unidade de conservação em Bertioga / SP

(papo de biologia, ecoturismo)

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Litoral Paulista sofre com erosão

Por..:: Marcus Fernandes

Estudos coordenados pela geóloga Celia Regina de Gouveia Souza demonstram que a praia de Itaguaré Bertioga / SP - apresenta fortes indícios de erosão – um problema que vem crescendo no litoral paulista.
 
Os dados indicam que em 2001, 22,8% das praias paulistas estavam em ‘risco muito alto’ de erosão. No último levantamento, feito em 2007, esse índice subiu para 33%. Enquanto isso, as praias com baixo risco de erosão caíram de 5% em 2001, para 2,3% em 2007. “Ou seja, a situação tende a piorar”.

Para a pesquisadora, os motivos são a ocupação inadequada da orla e das planícies costeiras, que entre outros fatores, elimina a vegetação original de "restinga" e altera a rede de drenagem – além de aspectos naturais, como a atual elevação no nível do mar.

Comparação
Um estudo divulgado pelo IBGE revelou que entre dezembro de 2001 e dezembro de 2006, o nível do mar no litoral brasileiro subiu um centímetro.
 
Já no litoral paulista, dados coletados pelo marégrafo (instrumento que registra o fluxo e o refluxo das marés em um determinado ponto da costa) do Instituto Oceanográfico da USP, instalado em Cananéia desde 1954, demonstram que nos últimos 55 anos o nível do mar na região subiu 30 centímetros.
Como referência, dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC/ONU) apontam que o nível do mar tenha subido, em média, 20 centímetros no mundo entre 1990 até 2006.

Ilha Porchat – São Vicente / SP
Para Celia Regina, quanto mais o nível subir, maiores serão os casos de erosão. Ela cita como exemplo desse embate entre o mar e a ocupação humana, a praia do Gonzaguinha, em São Vicente.

“Quando fizeram a ligação com a Ilha Porchat, no final da década de 1940, criou-se um bloqueio impedindo que as areias vindas das praias do Itararé e de Santos chegassem ao Gonzaguinha, que tinha naquelas praias sua principal fonte de sedimentos. Já no começo dos anos 50 começaram a surgir os primeiros sinais de forte erosão”, afirma.

Celia explica que a Prefeitura, na época, começou a construir molhes de pedra para diminuir o impacto. Porém, essas intervenções só pioraram o problema.

“Esses molhes funcionam como uma verdadeira armadilha, aprisionando areia de um lado e aumentando a erosão no lado oposto, pois bloqueiam as correntes costeiras que transportam areias ao longo da praia. Hoje, boa parte dessa praia está desaparecendo, um processo que tende a se intensificar, principalmente com o aquecimento global e a elevação do nível do mar”, relata a pesquisadora.

O vaivem da maré
As planícies costeiras são resultado de um lento e contínuo processo de subidas e descidas do nível dos oceanos, resultado de períodos intercalados de aquecimento e resfriamento do Planeta. Entre 1,5 milhão e 18 mil anos antes do presente, a Terra passou por quatro períodos glaciais. Neles, a temperatura global caiu, o mar recuou e as grandes massas de gelo, hoje confinadas nos pólos Sul e Norte, cresceram e avançaram rumo à linha do Equador.

Porém, nos períodos interglaciais, quando a temperatura se elevou, o gelo derreteu, recuou e o mar voltou a subir. Há cerca de 120 mil anos e também há 5,6 mil anos, por exemplo, o mar, em certos trechos de nosso litoral, chegou até o sopé da Serra do Mar, para em seguida retroceder lentamente.

Durante esses recuos, o mar foi deixando linhas de praia, que agora preenchem grande parte de nossas planícies costeiras, tornando-se as paleopraias. A cada nova subida do nível do mar, parte dessas paleopraias são erodidas.

Foi assim, depositando e erodindo sedimentos, que o nosso litoral foi ganhando as atuais feições. As praias, como as conhecemos hoje, foram tomando forma há cerca de 1,5 mil e 2 mil anos, quando o mar foi recuando até o nível próximo ao atual.

Herbário possui registro da flora
Exemplares de todas as 611 espécies vegetais já catalogadas pelos cientistas na região que vai da praia de Itaguaré até a Serra do Mar estão depositadas no Herbário da Universidade Santa Cecília, o único da Baixada Santista.

Criado em 1998 sob a curadoria da bióloga Zélia Rodrigues de Mello, ele conta hoje com 6 mil exemplares, fazendo parte da Rede Brasileira de Herbários, da Sociedade Botânica do Brasil. Lá, as amostras de plantas são secas sob pressão, entre folhas de papel absorvente, em pranchas de madeira, tecnicamente conhecidas como prensas.

Mantidas em condições de temperatura e umidade constantes, livre do ataque de insetos, podem ser indefinidamente preservadas.

Após a secagem, as plantas são afixadas em cartolinas e recebem um rótulo, onde estão anotadas todas as informações relativas ao local onde foram coletadas e a aspectos que não podem ser recuperados através da amostra, como seu odor e cor das flores e frutos, que se alteram com a secagem.

Os destaques da coleção são a flora da restinga de Bertioga, algas do litoral da Baixada Santista, flora do Jardim Botânico de Santos, plantas medicinais nativas e exóticas utilizadas pela população da Baixada Santista.

Área tem animais endêmicosEstudos realizados ao longo dos últimos anos em Itaguaré indicam a presença de várias espécies de animais endêmicos, ou seja, que não existem em outro local. É o caso, por exemplo, de 13 espécies de anuros (rãs, sapos e pererecas), identificadas por cientistas da USP.

A área também é hábitat de cerca de 230 espécies de aves, muitas delas aquáticas, que nidificam ao longo dos 12,5 km de extensão do rio Itaguaré.

Entre a avifauna, destaque para Tucano-de-Bico-Preto (Ramphastos vitellinus ´´ FOTO), espécie considerada como provavelmente extinta no Estado de São Paulo, pela lista vermelha da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Também há registro da presença de jacarés-do-papo-amarelo, jaguatiricas, onças-pardas e onças-pintadas entre outros mamíferos.

Fonte..:: A Tribuna

(papo de biologia)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A última praia é também a mais antiga - Itaguaré - Bertioga / SP

Por..:: Marcos Fernandes
Itaguaré, em Bertioga, considerada a última praia ainda preservada de toda a Baixada Santista, é também a mais antiga planície costeira do ponto de vista geológico.

A constatação é de um estudo feito pelo Instituto Geológico, órgão da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA/SP).
Segundo a pesquisadora e também professora de pós-graduação do curso de Geografia da USP, Celia Regina de Gouveia Souza, Itaguaré possui resquícios de paleopraias que datam de mais de 123 mil anos.

Vestígios dessa natureza são raros no Brasil, explica a pesquisadora. Evidências semelhantes ocorrem apenas no litoral do Rio Grande do Sul.

O mais importante
Por ter permanecido relativamente livre da ação humana ao longo dos últimos milhares de anos, a praia, até o encontro com a Serra do Mar, constitui-se hoje no que a geóloga classifica como o "mais importante corredor de sub-biomas de planície costeira existente no Estado de São Paulo".

Para se ter uma ideia do que isso representa, a pesquisadora cita a resolução 7/1996, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Essa resolução descreve toda a vegetação de restinga do Estado de São Paulo.

Em Itaguaré, na faixa que vai da praia até o sopé da Serra do Mar, podem ser encontradas todas as formações vegetais descritas pela resolução. Além disso, ainda foram descobertos outros dois novos tipos de florestas.

Alta diversidade
Boa parte dessa diversidade encontra-se hoje guardada no Herbário da Universidade Santa Cecília.

Entre 1998 e 2006, pesquisadores da Unisanta em parceria com o Instituto de Botânica (SMA/SP), catalogaram a presença de 611 espécies vegetais em Itaguaré, uma diversidade considerada “muito alta” pelo biólogo Paulo de Salles Penteado Sampaio, da Unisanta.

“A título de comparação, em Picinguaba, no litoral norte paulista, são 696 as espécies encontradas. Já na Ilha do Mel, no Paraná, são 555. Ambas, porém, são Unidade de Conservação”, explica o pesquisador.

“O último levantamento feito nesse trecho de Bertioga identificou 10 espécies que constam da lista de plantas ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo. Outras 32 são consideradas raras e duas representam a primeira ocorrência para nosso Estado. Isso ressalta ainda mais a urgência de se proteger essa área”.

A professora Celia Regina concorda. “Sabemos que existe muita pressão para ocupar Itaguaré. Mas esta é a última praia ainda preservada em toda a Baixada Santista, desde a faixa de areia até a Serra do Mar”.

SERVIÇO:
No próximo dia 27, a pesquisadora Celia Regina de Gouveia Souza estará lançando, em Santos, o livro “Restinga: Conceitos e Empregos do Termo no Brasil e Implicações na Legislação Ambiental”, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb).

Área pode virar Unidade de Conservação
No início do próximo ano, o Instituto Chico Mendes (ICMBIO), ligado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), deve dar início às Consultas Públicas no intuito de transformar a região que engloba a praia de Itaguaré em uma Unidade de Conservação (UC).

Caso seja aprovada, a UC envolveria uma área equivalente a 12 mil campos de futebol, indo da praia, que possui cerca de 4 km de extensão, até o sopé da Serra do Mar.

A proposta, segundo Daniel ‘Kurupira’, do Instituto Ibiosfera , já teria parecer favorável do MMA, contanto, inclusive, com apoio do secretário estadual do Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano.

Como presidente do Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente), Graziano já se posicionou favorável a preservação da área, em detrimento de propostas que visam instalar empreendimentos imobiliários de veraneio ´´ opção que segundo Ingrid Oberg, chefe do escritório regional do Ibama em Santos, enfrentará sérias dificuldades com base na legislação ambiental.

“Há várias regras restritivas. Além disso, Bertioga não carece de áreas para esse tipo de expansão. A cidade possui, inclusive, loteamentos ainda não ocupados”.

Para Ingrid, caso não seja transformada em UC, Itaguaré seguirá “um modelo perverso” de ocupação, caracterizado pelo chamado ‘turismo de segunda residência’. “Estimular esse tipo de negócio é uma porta aberta para invasões”.

Atualmente, com base no texto preliminar do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) da Baixada Santista, Itaguaré aparece dividido em duas zonas.

A parte próxima à foz do rio Itaguaré está classificada como Zona 1 (preservação permanente). O restante, a maior parte da área, aparece como Zona 4, ou seja, se aprovada permite a construção de residências.


Fonte..:: A Tribuna
Créditos Fotos..:: Dú Zupanni

Para saber Mais..:: iBiosfera

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