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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Reportagem Revista Beach Co - Caminhos de Anchieta com a Renato Marchesini


Rota de fé, contemplação e cultura

A rica história da colonização revivida em cores e imagens deslumbrantes durante o percurso dos Caminhos de Anchieta pelo litoral norte paulista

Por..:: Rosangela Falato

Escultura de padre José de Anchieta, na Praça do Aquário, em Santos. A rota é inspirada nos caminhos percorridos pelo apóstolo ao longo da costa paulista (Foto Belissa Barga)

“Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosque e não se vê, em todo o ano, árvores nem erva seca. Os arvoredos se vão às nuvens de admirável altura, grossura e variedade de espécies. Muitos dão bons frutos e o que lhes dá graça é que há neles muitos passarinhos de grande formosura e variedade”. Assim descreve nossa floresta e sua rica biodiversidade o “Apóstolo do Brasil”, o jesuíta José de Anchieta, no documento Informação da Província do Brasil para nosso Padre, em 1585.

O documento tornou-se a primeira descrição detalhada da Mata Atlântica, de acordo com publicação do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera, que propôs 27 de maio como Dia Nacional da Mata Atlântica em homenagem à floresta e à padre Anchieta nas comemorações dos 400 anos de seu falecimento.

Resgatar essa cultura, a história, e ainda mostrar a importância da preservação do meio ambiente de uma região riquíssima por seu patrimônio natural, levou o governo paulista a lançar, em 2011, a rota Passos dos Jesuítas – Anchieta, inspirada nos caminhos percorridos pelo apóstolo, autor da primeira gramática em língua tupi, publicada em Coimbra, em 1595.

O roteiro contemplativo envolve 370 km, a pé, por 13 municípios desde Peruíbe, na Baixada Santista, até Ubatuba, no litoral norte, palco, em 1563, para o Armistício de Iperoig, o primeiro tratado de paz das Américas, só possível pela intervenção e dedicação de Nóbrega e Anchieta, que selaram a paz entre índios e colonizadores.

A determinação, os conhecimentos e o respeito ao “Apóstolo do Brasil”, que ficou refém dos tupinambás (tamoios) entre maio e setembro de 1563, foram fundamentais para conseguir apaziguar os tupinambás (aliados dos franceses) que pretendiam atacar os tupiniquins (aliados dos portugueses) em um massacre sem precedentes na história. A saga de um dos fatos mais marcantes da história do Brasil é relembrada na encenação Paz de Iperoig, realizada pela prefeitura de Ubatuba desde 2001, entre os meses de outubro e novembro, como parte do programa Passos dos Jesuítas.

Praça dos Canhões, em Ilhabela. Ao centro, o convento Nossa Senhora do Amparo, em São Sebastião (Fotos Rosangela Falato) e, abaixo, o Mirante do Cruzeiro, em Ubatuba (Foto Adriane Ciluzzo)

Quem se aventura a pé pelos 370 quilômetros da rota principal pode levar até 15 dias para percorrer os principais pontos dos caminhos dos jesuítas. A saída é do marco zero, no mercado de peixes, em Peruíbe. Nos 12 municípios seguintes há pontos para descanso, hotéis e pousadas, locais para refeições e toda estrutura necessária. Mas, alguns trechos são mais complicados e merecem maior cuidado. Para se ter uma ideia da extensão, somente as quatro cidades do litoral norte totalizam 191 km dos 370 km de todo o trajeto.

Das 13 cidades do litoral paulista, o trecho de São Sebastião é o maior, com 84 km de caminhada, com subidas pela serra e algumas praias mais desertas. Por isso, é necessária atenção redobrada, até porque, parte do trajeto é realizada na rodovia Manoel Hipólito do Rego (Rio-Santos), que não conta com acostamento na maior parte dos 7 km da serra de Maresias. Aliás, esse trecho exige muita resistência não só de caminhantes como também dos que se aventuram em bikes pela rota.

No litoral norte, o caminho começa pela faixa de areia da praia de Boraceia, costa sul de São Sebastião, divisa com o município de Bertioga. São 84 km até a avenida Emílio Granato, praia da Enseada, divisa com Caraguatatuba. É aconselhável evitar caminhadas à noite, principalmente nesses trechos de rodovia. Um dos pontos mais complicados é na serra de Maresias, pois são 7 km só de estrada, sem qualquer local para parar, e cerca de mais 2 km até chegar ao centro comercial para descansar e lanchar.

Igreja Matriz de Ilhabela (Foto Rosangela Falato). Abaixo, o guia Renato Marchesini e caminhantes na trilha da praia das Toninhas, em Ubatuba (Fotos Frank Constâncio)

A rota também inclui ruas dos bairros de Paúba e Guaecá, incluindo toda a extensão dessa linda praia e também de Barequeçaba, até chegar ao centro de São Sebastião com seus casarões coloniais, que formam o patrimônio histórico e arquitetônico da cidade. Depois, continua pela praia do Pontal, o charmoso bairro São Francisco, a 6 km da região central, com seu tradicional núcleo de pescadores, casas à beira-mar, e onde está instalado desde 1664, pela Ordem Franciscana, o convento Nossa Senhora do Amparo, com uma capela linda. O local é visita obrigatória na Rota da Fé. Os peregrinos ainda passam por trechos da praia das Cigarras até a Enseada.

..:: Caminhos por Ilhabela

Em uma de suas cartas, José de Anchieta relata sua passagem pela região: “Com bom vento, que, porém, logo mudou, mas, ajudando-nos Nosso Senhor, chegamos a uma ilha chamada São Sebastião, despovoada, mas cheia de muitos tigres”. A historiadora e arqueóloga Cintia Bendazzoli, de Ilhabela, descreve em seu blog, que a primeira passagem dos jesuítas teria ocorrido quando navegavam em direção a Iperoig (Ubatuba) para negociar a paz entre os tupinambás e tupiniquins. Eles não teriam percebido a presença dos índios que habitavam a ilha, mas observaram os felinos de grande porte que chamaram de “tigres”. Na ilha, padre Manoel da Nóbrega teria rezado uma missa na praia de Ponta das Canas, ao norte do arquipélago, como informa o próprio Portal do Caminhante, da Secretaria de Turismo do estado de São Paulo. Apesar dos poucos relatos da passagem dos jesuítas, Ilhabela é um convite natural para caminhadas impressionantes.

A rota da peregrinação na cidade começa na travessia da balsa São Sebastião/Ilhabela. São 27 km desde a avenida Princesa Isabel – praia da Balsa, seguindo pelas praias do Perequê, Saco da Capela, Santa Tereza e praia do Viana. Continua pela avenida Leonardo Real, e passa pelas praias Velho Barreiro, Siriúba e Garapocaia, conhecida como Pedra do Sino, cheia de mistérios e lendas. Em direção à vila, na região central, o caminhante encontra o único pórtico instalado no arquipélago, que fica na praça do Píer. A rota prossegue pela praia Saco da Capela, praça das Esculturas, Perequê até retornar à balsa.

Já em Caraguá, são 31 km desde a avenida José Herculano, na barra do rio Juqueriquerê, passando pelas praias do Porto Novo e Aruan até o centro da cidade onde fica o único pórtico da Secretaria de Turismo do estado de São Paulo, na praça Diógenes de Lima. De lá, segue-se até a praia Martim de Sá, depois por ruas da região até a faixa de areia da praia de Massaguaçu. O caminho inclui as praias da Cocanha e Tabatinga até a divisa de Ubatuba. No século XVI, a chamada Vila de Santo Antonio de Caraguatatuba era habitada pelos tupinambás e guaramomis. O local era conhecido como terra abundante em caraguatás, espécie de bromélia cujas fibras eram utilizadas pelos jesuítas na confecção de sandálias. Daí a origem do nome Caraguatatuba, cidade que também oferece muitas opções de passeios aos peregrinos como o mirante do morro de Santo Antônio, de onde se tem um visual incrível da região, a lagoa Azul, na praia do Capricórnio, a ilhota da Cocanha, núcleo de cerâmica Terramar e a fazenda de mexilhões, considerada a maior do estado de São Paulo.

Personagens de Cunhambebe e Padre Anchieta, em encenação do Armistício de Iperoig, em Ubatuba (Foto Adriane Ciluzzo)

O trecho de Ubatuba poderia se chamar “Caminho da Paz”, em alusão ao principal fato histórico, o Armistício de Iperoig, primeiro tratado de paz das Américas. Para chegar ao ponto final da peregrinação, na famosa praia do Cruzeiro, são 49 km de caminhada desde a praia de Tabatinga, na rodovia Rio-Santos. O primeiro pórtico fica no início do trajeto, na praia de Maranduba. Depois segue pela praia da Lagoinha, na rua José Reis Dores. Nesse local, é preciso atravessar a ponte e virar na trilha, à direita, ao lado de uma cerca de condomínio. São 8 km de trilha para as praias do Bonete, Cedro e Fortaleza. De lá, segue para as praias Dura, do Lázaro, Perequê Mirim, Enseada e Toninhas, seguindo pela faixa de areia até chegar a uma escadaria que dá acesso à rodovia Manoel Hipólito do Rego e à praia Grande. De lá, o caminhante prossegue para as praias do Tenório, Itaguá, Iperoig, na rua Nove de Julho, praia do Cruzeiro, na avenida do Cruzeiro, onde, finalmente, está o 20º e último pórtico, encerrando a Rota da Fé.

..:: Roteiro alternativo

Proporcionar a oportunidade para que pessoas de todas as idades possam ter a experiência de conhecer a importância da região na história do Brasil, percorrer trilhas e se encantar com um cenário que foi tão bem descrito por Anchieta. Essa é a proposta do Sesc Santos que concluiu um roteiro alternativo, bem mais tranquilo, mas não menos emocionante e repleto de novidades. Em parceria com Renato Marchesini, guia de turismo, um grupo de 40 pessoas participou da rota da peregrinação pelos 13 municípios.

Foram 12 etapas, uma por mês, sempre aos domingos, de Peruíbe a Ubatuba, com média de 8k a16 km por caminhada, dependendo das particularidades de cada local, o que envolvia fatores históricos, culturais, arquitetônicos, atrativos e níveis de dificuldade.

Renato Marchesini explica que “são poucas as pessoas que possuem vários dias disponíveis para realizar o percurso direto. Desta forma, conseguimos fazer com que o roteiro atendesse uma diversidade de perfis, de jovens à melhor idade”.

Aos 63 anos, o sonho da santista Regina Célia Guerra Azevedo é fazer o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Enquanto isso, resolveu embarcar na aventura de conhecer um pouco mais sobre o passado da região. “Conheço muito a minha região, mas sabia pouquíssimo sobre a guerra dos tamoios, a vida dos tupinambás e tupiniquins, a história de Hans Staden e comecei a imaginá-los fazendo essas caminhadas naquela época”, disse Regina.

“Achei as caminhadas maravilhosas. É um tremendo programa, uma aula de história e ainda ajuda muito na saúde da gente”, disse Julio Fernandes, que se sente melhor do que muito jovem, no auge de seus 68 anos. Para Adilson Barbierine Simões, 71 anos, o trajeto pelo litoral norte trouxe lembranças da infância: “Minha família tem origem em São Sebastião e Ilhabela. Para mim, foi uma volta ao passado, além de ter sido gratificante conhecer fatos curiosos da história.”

Praça da Paz de Iperoig, na praia do Cruzeiro, em Ubatuba (Foto Adriane Ciluzzo)

..:: Percurso
O roteiro turístico Passos dos Jesuítas – Anchieta tem início em Peruíbe, no litoral sul, e término em Ubatuba, no litoral norte. A caminhada passa por 13 cidades (Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Santos, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba), num percurso de 360 quilômetros. O percurso foi inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, e já atrai grande número de peregrinos. O Guia do Caminhante pode ser retirado junto com o Cartão do Caminhante em um dos postos de emissão indicados no portal www.caminhasaopaulo.com.br. É possível realizar todo o percurso pela praia a partir das setas existentes em toda a rota, mas o ideal é aproveitar as belezas e as atrações turísticas e históricas de cada uma das cidades contempladas pelo roteiro.

Peregrinos na praia das Toninhas, em Ubatuba (Foto Frank Constâncio)


Para Acompanhamento de Grupos com o Guia Renato Marchesini


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Reportagem Revista Beach & Co - Caminhos de Anchieta / Passos do Jesuítas - by Renato Marchesini

A Rota Caminhos de Anchieta / Passos dos Jesuítas é uma oportunidade espetacular de se conhecer a história, cultura, paisagens, arquitetura e fazer amigos. A rota  possuem 13 cidades do litoral de São Paulo (Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilha Bela, Caraguatatuba e Ubatuba).

Gestor de Projetos e Guia de Turismo Renato Marchesini acompanhou o maior grupo organizado (40 pessoas)  a realizar toda a rota.

..:: Roteiro alternativo: Proporcionar a oportunidade para que pessoas de todas as idades possam ter a experiência de conhecer a importância da região na história do Brasil, percorrer trilhas e se encantar com um cenário que foi tão bem descrito por Anchieta. Essa é a proposta do Sesc Santos que concluiu um roteiro alternativo, bem mais tranquilo, mas não menos emocionante e repleto de novidades. Em parceria com Renato Marchesini, guia de turismo, um grupo de 40 pessoas participou da rota da peregrinação pelos 13 municípios.

Foram 12 etapas, uma por mês, sempre aos domingos, de Peruíbe a Ubatuba, com média de 8k a16 km por caminhada, dependendo das particularidades de cada local, o que envolvia fatores históricos, culturais, arquitetônicos, atrativos e níveis de dificuldade.

Renato Marchesini explica que “são poucas as pessoas que possuem vários dias disponíveis para realizar o percurso direto. Desta forma, conseguimos fazer com que o roteiro atendesse uma diversidade de perfis, de jovens à melhor idade”.

Aos 63 anos, o sonho da santista Regina Célia Guerra Azevedo é fazer o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. Enquanto isso, resolveu embarcar na aventura de conhecer um pouco mais sobre o passado da região. “Conheço muito a minha região, mas sabia pouquíssimo sobre a guerra dos tamoios, a vida dos tupinambás e tupiniquins, a história de Hans Staden e comecei a imaginá-los fazendo essas caminhadas naquela época”, disse Regina.

“Achei as caminhadas maravilhosas. É um tremendo programa, uma aula de história e ainda ajuda muito na saúde da gente”, disse Julio Fernandes, que se sente melhor do que muito jovem, no auge de seus 68 anos.

Para Adilson Barbierine Simões, 71 anos, o trajeto pelo litoral norte trouxe lembranças da infância: “Minha família tem origem em São Sebastião e Ilhabela. Para mim, foi uma volta ao passado, além de ter sido gratificante conhecer fatos curiosos da história.”

Fonte..:: Revista Beach Co









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Para Fazer o Caminhos de Anchieta / Passos dos Jesuítas 
Com o Guia de Turismo Peregrino Especializado Renato Marchesini. 


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Seminário Temático: Desenvolvimento com Inclusão Social - dias 10 e 11/04 - Unimes - Santos/SP


Seminário em Santos propõe a elaboração coletiva de agendas de desenvolvimento sustentável para o Litoral Paulista
Encontro promovido pelo Instituto Pólis, por meio do Projeto Litoral Sustentável –  Desenvolvimento com Inclusão Social,  acontece nos dias 10 e 11/04, na Unimes

Com a participação de representantes dos governos municipal, estadual e federal,  organizações da sociedade civil, Instituto Pólis, Petrobras e moradores da Baixada Santista, acontece nos dias 10 e 11/04, na Unimes, o Seminário Temático da Baixada Santista, organizado pelo projeto Litoral Sustentável - Desenvolvimento com Inclusão Social, iniciativa do Instituto Pólis com apoio da Petrobras. 

Ao longo dos dois dias serão realizados debates, grupos de trabalho e oficinas temáticas com o objetivo de dar início à produção de uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável para os municípios de Santos, Bertioga, Guarujá, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Peruíbe, Itanhaém e Mongaguá e uma agenda integrada para a região litorânea de São Paulo que abrange a Baixada e o Litoral Norte.

Litoral Sustentável - O objetivo do Projeto Litoral Sustentável é construir com o poder público e as comunidades locais um programa de desenvolvimento sustentável para os municípios da Baixada Santista e Litoral Norte.  Para tanto, em 2012, foram produzidos diagnósticos urbanos e socioambientais em 13 municípios das duas regiões – Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém, Peruíbe, Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela. 

O documento mapeou a economia dos municípios, fragilidades e potencialidades, o processo de ocupação do território e suas contradições – habitação, acesso à infraestrutura urbana, condições de mobilidade local e regional, questões relativas às áreas ambientais protegidas, às possiblidades de crescimento e adensamento urbano e a legislação sobre gestão e ordenamento do território. 

Os estudos (disponíveis em  www.litoralsustentavel.org.br) apontam que o crescimento populacional e econômico significativo do Litoral Paulista tende a se intensificar nos próximos anos em consequência das grandes transformações em curso: o início da exploração do petróleo e do gás na camada pré-sal, a ampliação dos portos de Santos e de São Sebastião e as obras logísticas de suporte, com destaque para a duplicação da Rodovia dos Tamoios e a construção de anéis viários. Segundo o coordenador do Projeto Litoral Sustentável, Nelson Saule Jr., a solução dos problemas passa por uma estratégia regional, com articulação intermunicipal e utilização de recursos federais e estaduais.

Serviço..::
Seminário Temático da Baixada Santista
Dias: 10 e 11 de abril, das 08h30 às 18h
Local: Unimes – Av. Conselheiro Nébias, nº 536 (auditório do 3º andar).
www.litoralsustentavel.org.br

Fonte..:: Érika Freire - Cais das Letras Comunicação
Telefones:. (13)9730-7998 - (13) 9776-7998      
erika@caisdasletras.com.br
www.caisdasletras.com.br

(evento_programação)





sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Análises revelam impacto da poluição em tartarugas marinhas.

A influência de pesticidas organoclorados e bifenilos policlorados (PCBs) no desenvolvimento da fibropapilomatose, doença que atinge as tartarugas-verdes é pesquisada no Laboratório de Ecotoxicologia do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba. A doença, que leva a formação de tumores, pode alterar a sobrevivência da espécie, que está ameaçada de extinção. O estudo identificou traços das substâncias nas tartarugas e os pontos do litoral brasileiro em que os animais apresentam casos de fibroapapilomatose.



Fibropapilomatose pode alterar a sobrevivência de tartarugas-verdes.

“A tartaruga-verde está distribuída por todos os oceanos, nas zonas de águas tropicais e subtropicais, porém a espécie consta na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que é o inventário mais detalhado do mundo sobre o estado de conservação mundial de várias espécies vivas”, afirma a colombiana Angélica María Sánchez Sarmiento, mestranda do programa de Patologia Comparada da Faculdade de Medicina Veterinária (FMVZ) da USP, que participa da pesquisa. Além disso, a espécie também está classificada na lista vermelha da fauna brasileira ameaçada de extinção.

Angélica e a bióloga Silmara Rossi, doutoranda em Ecologia Aplicada no programa de pós-graduação interunidades entre o Cena e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, levantam dados sobre tartarugas-verdes acometidas pela fibropapilomatose, tipo de doença tumoral benigna cuja causa é multifatorial e que pode alterar a sobrevivência dessa espécie marinha.

“A pesquisa busca determinar a presença dos pesticidas e PCBs nos tecidos de tartarugas-verdes afetadas ou não pela moléstia, comparando os resultados em áreas com diferentes taxas de prevalência da doença e estabelecendo uma possível relação com a fibropapilomatose”, aponta Angélica.

..:: Monitoramento
As tartarugas-verdes estudadas foram resgatadas ou capturadas durante o monitoramento pelas bases dos projetos “Tamar-ICMBio” de Vitória (ES), Ubatuba (SP), Almofala (CE), Florianópolis (SC) e Fernando de Noronha (PE) e “Biopesca”, localizado na Praia Grande (SP). O trabalho é supervisionado pela professora Eliana Reiko Matushima, do Cena, e conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

“Por meio do equipamento de cromatografia gasosa com detector de captura de elétrons existente no Cena, foi possível detectar a presença de PCBs, compostos considerados carcinogênicos, possivelmente associados à formação dos tumores”, aponta Silmara.

Outro dado relevante levantado pelas pesquisadoras é que as tartarugas-verdes estudadas em Florianópolis e Fernando de Noronha não acusaram registro da doença, enquanto que em Almofala, Ubatuba e Vitória existem muitos casos. “A análise envolve tartarugas provenientes de diversas localidades da costa brasileira, com e sem fibropapilomas”, explica a bióloga. “Qualquer mal relacionado à poluição é um fator relevante para a redução populacional desses animais e para o desequilíbrio dos ecossistemas.”

O Laboratório de Ecotoxicologia do Cena é especializado em avaliações de comportamento de pesticidas em solos, água e plantas. “O conhecimento acumulado nas pesquisas sobre o monitoramento dessas substâncias poderá fornecer uma grande contribuição para os resultados do estudo”, destaca o professsor Valdemar Luiz Tornisielo, coordenador do Laboratório.


(papo de biologia, recicle suas idéias)

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

A História e Fotos Antigas da Cidade Ocian na Praia Grande SP


Foto aérea da Praia Grande na década de 50

Até o início da década de 50, o atual município de Praia Grande era apenas uma vila da desenvolvida cidade de São Vicente.

 Comparada à Praia Grande, São Vicente era uma cidade desenvolvida na década de 50 (Foto de 1955).

A partir do Boqueirão, tinha início uma  faixa contínua de areia que continuava a perder de vista, onde bois ainda ajudavam no arrasto das redes dos pescadores que buscavam seu sustento.

Bois ajudando a recolher redes de arrasto na Praia Grande, na década de 40

Desde 1914 a Ponte Pênsil atravessava o Canal do Mar Pequeno, facilitando o acesso terrestre à Praia Grande, mas curiosamente, o objetivo principal da Ponte não era simplificar o acesso de turistas, e sim transportar o esgoto coletado em São Vicente e Santos até a então longínqua Ponta de Itaipu, onde seria despejado no mar.

Ponte Pênsil, uma das mais emblemáticas obras de Engenharia brasileira do início do século XX

Conheça a interessante história da Ponte Pênsil AQUI

Com exceção do Boqueirão, onde havia algum movimento, apenas os mais aventureiros arriscavam-se com suas famílias em direção ao sul, por precárias estradas de terra ou pelas traiçoeiras areias da praia.

Foto do Hotel dos Alemães, ponto de encontro principal da Praia Grande durante as décadas de 20 e 30.

Restaurante Lagostas, em foto da década de 50. 
A sofisticação finalmente chegava à Praia Grande

Porém, jovem construtor Roberto Andraus foi o primeiro a perceber o potencial da região, e antecipando o desenvolvimento que fatalmente viria nos anos posteriores, idealizou a construção de uma cidade ao sul da vila de Praia Grande, numa área pantanosa conhecida como Sítio Ubatuba, que havia sido herdada desde a época anterior à Abolição da Escravatura.

A Praia Grande e seus grandes espaços durante a década de 50 - Bairro Flórida

Irrealizável e impossível eram apenas alguns dos adjetivos que seus críticos comumente usavam para descrever o projeto de Roberto, que contra tudo e todos cercou-se de bons profissionais para idealizar um moderno e organizado conjunto de 22 prédios, com completa infraestrutura.  

Foto aérea da Cidade Ocian, década de 50.
Vale observar os automóveis na faixa de areia

Da abreviação do nome de sua empresa, a Organização Construtora e Incorporadra Andraus Ltda, surgiu o sugestivo nome do empreendimento, CIDADE OCIAN.

Caixa d'Água da Cidade Ocian na época de sua inauguração
A água era captada nos rios que passavam pela região

Foi necessário 1 ano para que as lagoas onde se pescavam traíras fossem aterradas, e em 1954, tapumes à beira da praia anunciavam a venda de modernos apartamentos. Uma eficiente campanha de marketing despertou o interesse de uma multidão que dirigia-se como podia ao local para realizar o sonho de uma "casa de praia" com um nível de conforto só possível nas grandes cidades. Pela primeira vez uma campanha deste tipo era veiculada no rádio, revistas e jornais.

A linha de ônibus que ia de São Vicente até a Cidade Ocian, também na década de 50

Logo foi necessário expandir o precário serviço de ônibus que ia até o "Campo de Aviação", e uma linha regular foi instalada saindo de São Vicente a cada duas horas. O itinerário muitas vezes era alterado durante a maré alta, atrasando ainda mais a viagem. Era muito comum que os tratores de Andraus tivessem que interromper as atividades para resgatar motoristas atolados nas areias da praia, torcendo pelo salvamento antes que seus veículos fossem levados pela maré.

Foto da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).

Finalmente, em 27 de maio de 1956, era inaugurada com a presença de várias autoridades, a Cidade Ocian. Um churrasco foi servido para mais de 6.000 moradores dos 1.600 apartamentos, que eram inaugurados com água, esgoto, eletricidade, serviço de incineração de lixo, policiamento e comércio básico instalado.

Foto Antiga Praia Grande SP: (1956) Cidade Ocian no dia da sua inauguração.

A tranquilidade da Cidade Ocian em Cartão Postal do início da década de 60

Durante quase cinco anos, a Cidade Ocian foi considerada a mais moderna e arrojada cidade brasileira, título perdido apenas em 1960, com a inauguração de Brasília, a nova capital federal.

Helicóptero da Incorporadora Andraus chamando atenção na Cidade Ocians (década de 70).

O sucesso do Cidade Ocian, que na época era chamada de "Sereia do Atlântico" incentivou a especulação imobiliária em toda a Praia Grande, trazendo uma série de empreendimentos por toda a costa, desde o Boqueirão até Mongaguá, transformando para sempre o litoral sul paulista, para o bem e para o mal.

Os mesmos prédios da Cidade Ocian hoje. Google Maps

Hoje, os 22 edifícios originais da Cidade Ocian escondem-se na intrincada paisagem urbana da Praia Grande, mas 60 anos depois ainda permanecem por ali, observados por Netuno, testemunha muda de décadas dos altos e baixos desta região, presente na memória afetiva de uma grande parte dos paulistas.

 Os prédios originais da Cidade Ocian continuam por lá...


Roberto Andraus, a curiosa história do empreendedor marcado por uma tragédia, que construiu uma cidade no litoral paulista

A noite do dia 24 de fevereiro de 1972 foi muito triste para todos os paulistanos, especialmente para o construtor Roberto Andraus. Depois de dar várias entrevistas, em uma cidade às escuras e com um onipresente odor de fumaça, tentava entender a extensão da tragédia que se abatera no Edifício que levava o nome de sua família, o Andraus.

O Edifício Andraus durante o incêndio de 1972 e em foto mais recente 40 anos depois, várias repartições municipais e federais funcionam em suas dependências.

Construído em 1962, foi consumido pelas chamas em poucas horas, mas graças à sua estrutura central de concreto e o Heliporto localizado na cobertura, muitas vidas puderam ser salvas pelos corajosos profissionais que arriscaram suas vidas para salvar centenas de pessoas.

Muitas pessoas foram salvas pelos bravos pilotos de helicópteros que arriscaram suas vidas.
Na época, a frota de Helicópteros era de apenas 20 aeronaves, mas mesmo assim foi a maior operação de resgate aéreo protagonizada por pilotos civis da história

Porém, o construtor que teve o sobrenome marcado por uma das maiores tragédias que a cidade de São Paulo já presenciou, mereceria ter seu nome associado ao seu empreendimento mais arriscado e bem sucedido, que mudou para sempre o perfil do litoral sul do Estado de São Paulo: a CIDADE OCIAN.

Fonte..:: RioBlog

Foto Antiga Praia Grande SP: (Início anos 1950) em Cidade Ocian.

Foto dia da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).

Foto dia da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).


Foto dia da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).


 Foto dia da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).

 Foto dia da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).

 Foto dia da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).

 Foto dia da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).

 Foto dia da inauguração da Cidade Ocian, com Roberto Andraus e autoridades paulistas (27-05-1956).

 Foto Antiga Praia Grande SP: Cidade Ocian (s.d.).


Foto Antiga Praia Grande entrada Cidade Praia Ocian.

Imagem Antiga Praia Grande SP: Cidade Ocian (s.d.)


Foto Antiga Praia Grande SP: (1956) na Cidade Ocian.

Foto Antiga Praia Grande SP:  A Cidade Ocian nos anos 1950.

Foto Antiga Praia Grande SP: Cidade Ocian (s.d.).

Fotografia Antiga Praia Grande SP: Cidade Ocian (s.d.).

Fotografia Antiga Praia Grande SP: Cidade Ocian (s.d.).

 Foto Antiga Praia Grande SP: Obras da Cidade Ocian (s.d.).

Foto Antiga Praia Grande SP (1956) Cidade Ocian.

Foto Antiga Praia Grande SP: Propaganda Incorporadora Andraus Cidade Ocian

Foto Antiga Praia Grande SP: 1º Aniversário da Cidade Ocian (1957).

Fotografia Antiga Praia Grande (anos 60) Bairro Ocian e Av.Vicente de Carvalho em construção.


Foto Antiga Praia Grande SP: Início dos anos de 1960 na Cidade Ocian e com o Ocian Praia Clube.

Foto Antiga Praia Grande SP: Cidade Ocian (s.d.).

Foto Antiga Praia Grande SP: Cidade Ocian (s.d.). 


Para Passeios Roteiros de Turismo em Praia Grande e Região

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