
Por..:: Marcus Fernandes
Um estudo inédito, feito pelo Núcleo de Pesquisas Hidrodinâmicas da Unisanta, com base nos dados já coletados por mais de 2.500 cientistas que compõem o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da ONU, revela como o aumento no nível do mar, em razão do aquecimento global, afetaria a Cidade de Santos nos períodos de alta das marés.
É o primeiro mapa do gênero a ser feito para uma região metropolitana localizada na zona costeira do Brasil.
Em computador, três cenários foram simulados: 0,5 centímetros, 1 metro e 1,5 metro em relação ao nível máximo atual, até o final do século. No pior deles, em que o mar subiria 1,5 metro, a Ponta da Praia, o Canal 3 e o Porto seriam os locais mais afetados.
A pesquisa permite observar, em detalhes, o alagamento de bairros e ruas santistas (veja mapas no final do texto).
Efeito das ondas
Segundo Berzin, “em qualquer um dos cenários, é preciso considerar não apenas o efeito dos alagamentos. Deve-se sempre levar em conta o efeito das ondas, que será muito destruidor, mesmo sem grandes ressacas, pois está na sua constância (várias por minuto) este poder de danificar o que encontrar no seu caminho. Os jardins seriam destruídos assim como o pavimento, calçadas das ruas, as garagens e pátios dos prédios seriam invadidos pelas águas e ondas”.
Sem pânico
É preciso aprender a conviver com todas essas possibilidades e planejar e executar obras de engenharia dispendiosas, mas inevitáveis, afirma Gilberto Berzin. “Cabe às autoridades públicas da Baixada Santista reunir especialistas em Engenharia e Meio Ambiente, além de mobilizar toda a comunidade, para estudar que obras serão necessárias.
Fonte..:: A Tribuna