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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Tsunami em São Vicente - Maremoto São Vicente

Quadro..::  do pintor Carlos Fabra retrata avanço do mar sobre a vila

Onda gigante, provocada pelo deslocamento repentino do solo no fundo do mar, o temido tsunami também ocorreu no litoral brasileiro, arrasando a primitiva vila de São Vicente.

Algum tempo depois, os vicentinos, já em novo lugar, realizaram o primeiro serviço de salvatagem subaquática em terras brasileiras, para recuperar objetos como os sinos de sua igreja. A história foi publicada no caderno especial São Vicente do jornal santista A Tribuna, em 22 de janeiro de 2005 (um mês depois que um tsunami varreu diversos países do Sudeste Asiático e da África Oriental, matando mais de 160 mil pessoas):

Onda gigante encobriu parte da Vila de São Vicente
Primeira Igreja Matriz e Pelourinho ficaram submersos depois da ação da Natureza
Por volta de 1541, uma grande onda avançou sobre a Vila de São Vicente, encobrindo parte de sua área e deixando submersa a primeira Igreja Matriz e o Pelourinho. O fato histórico é narrado por Frei Gaspar da Madre de Deus, segundo a historiadora Wilma Therezinha Fernandes de Andrade.

Ela explica que em 1797, o historiador beneditino, autor da obra Memórias para a História da Capitania de São Vicente, escreveu sobre a Vila: "...foi, porém, muito breve a duração de seus edifícios porque tudo levou o mar".

A historiadora adverte, no entanto, que o documento não menciona vítimas nem a data exata do desastre. Segundo ela, lendo as atas da Câmara de São Vicente, Frei Gaspar informa que a invasão do mar ocorreu em 1541, pois em 1º de janeiro do ano seguinte, a Câmara reuniu-se na Igreja de Nossa Senhora da Praia, o que se repetiu em 1º de março "por ter o mar levado às casas do concelho".

De acordo com Wilma, as pessoas, com medo de nova invasão do mar, reconstruíram a Vila longe da praia. "O governo local providenciou, em 1543, o resgate do que foi possível".
Gastos - A Câmara teve de gastar 620 réis para fazer o primeiro salvamento subaquático de que se tem notícia no Brasil, e talvez das Américas, conforme a historiadora.

"O governo mandou retirar do fundo do mar o pelourinho de pedra, os sinos da Matriz, objetos caros que valia a pena salvar. Hoje, o pelourinho, relíquia da História do Brasil, encontra-se no Museu Paulista, no Ipiranga (na Capital)".

Dentre as providências para manter a vila, segundo relata a historiadora, a Câmara chama para São Vicente, em 1542, os moradores do Campo de Piratininga, para se defenderem dos freqüentes ataques dos indígenas.

"Isso demonstra que a vila vicentina ficara despovoada, com pouca gente para a sua defesa. A invasão marítima afugentou os moradores de São Vicente, com receio de novo avanço do mar", ressalta Wilma.

Explicação - Embora existam poucos relatos sobre o acontecimento, o oceanógrafo André Luiz Belém, explica que é possível ter havido um pequeno tremor na costa da Vila de São Vicente.

Esse tremor, segundo ele, poderia ter ocasionado um deslocamento de camadas de sedimentos, o que fez com que o mar recuasse e depois voltasse, formando uma grande onda.

"Esse é um fenômeno raro de se identificar. Em 1998, houve um que provocou uma onda de dez metros. Na época, o que intrigou os pesquisadores foi que a onda era muito grande para um tremor tão pequeno", diz o oceanógrafo.

Ainda segundo Belém, outro fator apontado foi que o tremor havia ocorrido muito distante do local onde se formou a grande onda. "Depois de vários anos de estudo, em 2001 ou 2002, eles chegaram à conclusão de que uma camada de terra teria deslizado com força suficiente para formar a imensa onda".

Fonte..:: Novo Milênio

(fatos_históricos, fotos_antigas)

Para Roteiros de Turismo em São Vicente e Região




quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Pintura de Benedicto Calixto - Fazenda e Capela de Sant'Anna do Acarahu

Segundo Benedicto Calixto de Jesus, não é possível, por falta de documentos, fazer a discriminação exata da extensa área que constituiu outrora a primitiva Fazenda de Sant'Anna de Acarahu, onde nasceu Frei Gaspar da Madre de Deus.

As ruínas, no tempo de Calixto, sofreram mais depredações, pois o administrador e roçadores, seguindo um boato e incentivados por um sonho de um dos trabalhadores de que deveria cavar em determinado local na capela, pois lá os jesuítas haviam escondido um tesouro, esburacaram todo o chão da capela. Havia ainda, na época, as ruínas (pilares e restos do muro) do vasto solar onde nasceu Frei Gaspar, no alto de uma colina, a cerca de 200 metros da capela. 

Fonte..:: Pinacoteca Benedicto Calixto 

Vc quer conhecer esta obra de arte? entre em contato com a R9 Turismo - www.r9turismo.com

(fatos_históricos, fotos_antigas)


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Personalidades: Frei Gaspar da Madre de Deus

Gaspar Teixeira de Azevedo (Frei Gaspar da Madre de Deus) - Nasceu acidentalmente a 9 de fevereiro de 1715, na fazenda de Sant'Anna, pertencente à sua família, e registrou-se em Santos, por seu batismo na igreja matriz da vila. Era filho do coronel Domingos Teixeira de Azevedo e de d. Anna de Siqueira e Mendonça, santistas de velha estirpe, cuja casa ficava nos "Quatro Cantos", fundos da antiga Rua Direita, hoje 15 de Novembro, no encontro dela com a antiga Rua Antonina, o Beco do Inferno e a Rua da Alfândega.

Toda a sua geração era santista, pelos dois lados, paterno e materno, aparecendo entre a sua parentela várias individualidades religiosas e intelectuais do Brasil, como frei João Baptista da Cruz, beneditino, abade provincial do Brasil, em 1720; Estevam Tavares, jesuíta; padre dr. Gaspar Gonçalves de Araújo, clérigo de fama e grande sapiência; frei Miguel Archanjo, beneditino, presidente da Ordem em Santos e depois provincial do Brasil; soror Isabel Maria da Cruz, religiosa da Ajuda, abadesa do Convento do Rio de Janeiro, e mais alguns.

Frei Gaspar fez seus primeiros estudos em Santos e, em 1731, estando com 16 anos, diante de sua vocação eclesiástica, julgou-se em condições de se apresentar postulante ao noviciado beneditino. Nessa ocasião, passava por Santos o abade provincial do Brasil, frei Antonio da Trindade, e frei Gaspar embarcou com ele para a Bahia. A 4 de agosto de 1731, entrava no noviciado, e no ano seguinte, de 1732, a 15 de agosto, recebia a cógula de seu santo patriarca, fazendo profissão com o nome de frei Gaspar da Madre de Deus.

Aplicado ao estudo da Filosofia, da História e das ciências eclesiásticas, durante todo o seu noviciado, ao ordenar-se, Frei Gaspar já era uma das grandes esperanças da Ordem, que professava profunda admiração aos seus poucos anos aureolados de talento e virtude.

Convivendo com Rocha Pitta, considerado então expoente da mentalidade brasileira e grande historiador, recebeu dele, Frei Gaspar, os primeiros ensinamentos de História.

Da Bahia, que tão útil lhe fora a seus estudos, Frei Gaspar passou-se para o Rio de Janeiro, continuando aí, como discípulo predileto do sapiente dr. frei Antonio de São Bernardo, encontrando mais o carinho do abade, frei Matheus da Encarnação Pinna, notabilizado pelas contendas com o governador Luís Vahia Durão, que ordenou a todos o máximo aproveitamento dos recursos e dotes naturais do frade santista.

Em 1740 era considerado mestre. Empreendeu, então, uma viagem a Portugal, e de lá voltando tornou-se professor no Mosteiro do Rio de Janeiro. Tinha então apenas 27 anos, e já era reputado filósofo e teólogo. Proferiu nessa ocasião, em dois anos consecutivos, séries de conferências que tiveram larga repercussão, pela firmeza de seus conhecimentos, pelo brilho da exposição, pela fluência da frase e sobretudo pela renovação dos métodos do ensino filosófico anterior.

Em 1748, escrevia o seu notável Curso de Philosophia, em 2 tomos, e a sua Philosophia Platonica. Em 1752 era abade de S. Paulo. Em 1756 defendia a posse dos beneditinos sobre a capela do Monte Serrate, em Santos. Criava-se então, na Bahia, a efêmera "Academia dos Renascidos" e frei Gaspar foi eleito seu membro, com o número 40, entre todas as notabilidades do Brasil.

Em 1763 era abade do Rio de Janeiro, conseguindo aí salvar a Ordem do confisco ordenado pelo marquês de Pombal, enfrentando e vencendo as iras do ministro português. Em 1766, era provincial da Ordem no Brasil. Em janeiro de 1769 renunciava a tudo e recolhia-se a Santos, onde queria terminar sua vida, no recanto sossegado da sua capelinha do Monte Serrate. Escreveu, então, a sua famosa Memórias para a História da Capitania de São Vicente (figura).
Faleceu o grande historiador, pregador, filósofo e teólogo, a 28 de janeiro de 1800, deixando cerca de 20 obras (seus restos mortais podem ser encontrados no Mosteiro do São Bento).
Fonte:. Novo Milenio.
(fatos_históricos)

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