Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Saiba como Socorro (SP) e outras cidades brasileiras promovem a acessibilidade no turismo

De acordo com o Censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Brasil 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência ou incapacidade – cerca de 14,5% da população brasileira.

Pensando na questão da acessibilidade no turismo, uma parceria entre o Ministério do Turismo e entidades como a Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape) foi firmada para a execução do projeto Sensibilização para o Turismo Acessível, desenvolvido no município de Socorro, em São Paulo.

Um cadeirante passeia de charrete em Socorro, SP

Por conta disto, Socorro é hoje exemplo nacional de turismo acessível, já que a proposta, lançada oficialmente em maio do ano passado e pioneira no País, resultou num roteiro que interliga dez pontos turísticos acessíveis a turistas com deficiências na região central da cidade paulista.

Aventura para todos
Conhecida pelo turismo de aventura, a estância hidromineral de Socorro, localizada na região do Circuito das Águas Paulista, passou a oferecer modalidades esportivas completamente adaptadas – desde práticas mais tradicionais, como caminhada de curta duração, cavalgada, escalada, passeio de charrete e quadriciclo, até mais radicais (como arvorismo, rafting, rapel, bóia-cross, canoagem e pêndulo) e curiosas – acqua-ride, tombonágua e fora de estrada.

No Horto Municipal, cadeirantes praticam tirolesa, enquanto o Jardim Aromático para cegos se traduz num desafio aos sentidos.

As atividades seguem o gosto do aventureiro – podem ser desempenhadas na terra, na água ou no ar – e se dividem naquelas que podem ser praticadas normalmente, com adaptação mínima e monitores; que requerem uso de equipamentos adaptados; e que são restritas a um ou outro tipo de deficiência. Há diversão de sobra, a escolher.

Sem contar que a cidade coleciona pontos turísticos, dos quais os mais conhecidos são o Mirante do Cristo, o Parque dos Sonhos, os Portais Colonial e Lions e o Centro Histórico e Comercial, todos adaptados, inclusive com semáforos sonoros.

Equipes especializadas transportam pessoas com deficiência em trilhas de Socorro
O destino-modelo em Aventura Especial no Brasil recebeu, de 2006 a 2008, por meio do projeto Socorro Acessível, R$ 1,73 milhão em obras de infraestrutura turística, cursos de qualificação profissional para o atendimento a turistas com deficiências físicas e/ou motoras, além de adaptações em passeios, equipamentos e edificações públicas, seguindo a norma brasileira de acessibilidade nº 9050/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A iniciativa implementada em Socorro promove o mapeamento da acessibilidade turística e a qualificação do receptivo turístico local para atender de modo adequado a pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida. E, também, visa propor e divulgar roteiros adaptados em diferentes segmentos turísticos, tais como turismo cultural, ecoturismo e turismo de aventura. Também fizeram parte deste processo a Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) e o Instituto Casa Brasil de Cultura (ICBC).

As obras realizadas são fruto de propostas compartilhadas pelo governo federal, prefeituras, Estados, iniciativa privada e sociedade civil organizada. “São políticas de Estado que pensam o Brasil do presente e do futuro, por meio da democratização do acesso ao turismo”, definiu o ministro do Turismo, Luiz Barretto.

Segundo Michael Golo, chefe da Divisão de Turismo da Prefeitura Municipal da Estância de Socorro, desde que se iniciou a implantação dos projetos de acessibilidade houve um incremento de 30% no número de turistas em geral. “A iniciativa gerou muita mídia espontânea, fazendo com que aumentasse o fluxo no destino”, afirmou Golo. “Em breve daremos início à segunda fase do projeto, pela qual outros pontos turísticos e logradouros públicos serão adaptados e mais mão-de-obra e atividades de aventura serão capacitadas.”

Capital e litoral sul de São Paulo também se mobilizam pelo turismo acessível
O Estado de São Paulo foi o primeiro no País a criar a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, dedicada à inclusão deste público. Entre suas iniciativas mais recentes está o Programa Praia Acessível, lançado em fevereiro deste ano nas cidades litorâneas de Praia Grande, Santos e Ilhabela para garantir pleno acesso das pessoas com deficiência às suas praias.

Rafting em Socorro

Em abril, foram contempladas também as cidades de Guarujá e Bertioga; a próxima a receber cadeiras de roda anfíbias é São Sebastião.

Outra medida que beneficiará os turistas com deficiência que visitarem São Paulo é um Guia de Serviços com a acessibilidade da rede de atendimento ao longo das principais estradas paulistas, previsto para 2010. O objetivo da publicação é oferecer ao público com deficiência informações úteis, como as opções de serviços com condições de acessibilidade, o que ajudará no planejamento das viagens pelo Estado.

Na capital paulista, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida disponibiliza há um ano o serviço Táxi Acessível. Os resultados são positivos: a cooperativa com maior número de carros em circulação (16) já recebe cerca de mil solicitações de corridas por mês. Para o secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marcos Belizário, o serviço tem potencial para ser expandido: “As pessoas com deficiência estão buscando cada vez mais a sua autonomia. A cidade conta hoje com mais de 3,9 mil ônibus adaptados, além dos 35 táxis acessíveis.”

Os veículos adaptados têm identificação visual própria e os motoristas receberam treinamento para lidar com os equipamentos (plataforma elevatória e sistemas de fixação da cadeira de rodas) e auxiliar os passageiros. Os carros são equipados conforme as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito. O valor das tarifas do Táxi Acessível é idêntico ao cobrado pelos carros convencionais, e o usuário pode solicitar o serviço por meio das Centrais de Operação cadastradas.

Iniciativas acessíveis se espalham pelo País unindo turismo, lazer e esporte
Ações que promovem a inclusão deste público vêm surgindo pelo Brasil, como a Jangada Acessível, implantada recentemente em Maceió. Na capital de Alagoas, até dois deficientes físicos com cadeira de rodas, junto de seus acompanhantes, podem navegar na jangada acessível, que possui 1,90 metro de comprimento e 2,50 metros de largura. A Secretaria Municipal de Promoção do Turismo (Semptur), a Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) e a Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal) são as responsáveis pelo projeto pioneiro no País.

No Rio de Janeiro, o Instituto AdaptSurf, criado em 2007, promove Oficinas de Surf Adaptado, que permitem a vivência e a prática do surf para pessoas com deficiência. Sob orientação de fisioterapeutas, professores de educação física e instrutores, além de estagiários e voluntários, as aulas são oferecidas gratuitamente a todos os interessados e realizadas individualmente ou em pequenas turmas e divididas em diferentes dias e turnos, no Posto 2 da Barra da Tijuca e no Posto 11 do Leblon. Abrangem o ensino da técnica, noções de oceanografia e educação ambiental, adaptação ao meio líquido e ao ambiente de praia. Os alunos recebem ainda material didático de apoio, uniforme e certificado. O instituto carioca também promove o treinamento de atletas, que recebem acompanhamento de atletas já adaptados para que possam participar de competições nacionais e internacionais.

Socorro é destino-modelo em Aventura Especial no Brasil

Situada no litoral sul de Pernambuco, Porto de Galinhas conta desde 1995 com o trabalho da Associação Rodas da Liberdade, que, por meio do voluntariado, dedica-se a pessoas com deficiências e de baixa renda. Um de seus objetivos é criar ligação entre o esporte e o lazer, promovendo eventos de integração, atividades e palestras. Entre os serviços, há mergulho e esqui aquático adaptados. Ao mergulhar, os turistas podem flutuar pelas piscinas naturais e conhecer as belezas submersas de Porto de Galinhas. Michel Peneveyre, presidente da Rodas da Liberdade e tetraplégico, contou com a AICÁ Diving, empresa de mergulho local, para desenvolver a atividade.

Fonte..:: Ministério do Turismo – Copa 2014

(turismo adaptado, ecoturismo)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Turismo adaptado é tema de livro

Lançamento acontecerá entre os dias 15 e 18 de abril no Centro de Exposições Imigrantes
Dadá Moreira, um dos responsáveis pelo atual foco da Adventure Sports Fair na questão da acessibilidade, lançará o livro Turismo de Aventura Especial: História do Turismo de Aventura Adaptado na feira Reatech (Feira Internacional de Tecnologias de Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade), que acontecerá entre os dias 15 e 18 de abril no Centro de Exposições Imigrantes.

Na obra, Dadá conta como a superação de limites em contato com a natureza tornou-se o principal meio de reintegração social e reabilitação na luta contra sua deficiência e como “Aventura Especial”, mais que o nome da ONG, passou a denominar um novo segmento turístico, hoje tido pelas políticas do Ministério do Turismo como prioritário para o desenvolvimento e promoção nacional e internacional. Na segunda parte, traz um guia ensinando como atender e adaptar as atividades de aventura.

Desde sua primeira edição a Adventure Sports Fair se preocupa com a inclusão de pessoas com deficiência nos esportes de aventura. Em 2005 conheceu o trabalho da ONG Aventura Especial e, desde então, apóia seu projeto de acessibilidade.

No último ano, a feira realizou diversas ações para facilitar a visitação de deficientes, tais como entrada preferencial, bilheterias com balcões mais baixos para cadeirantes, mesas apropriadas na praça de alimentação, banheiros adaptados, vagas reservadas no estacionamento, telefones acessíveis, serviço de táxi adaptado e intérpretes de libras em horários determinados. Além disso, piso tátil alerta/direcional foi utilizado para indicar a presença de mapas táteis.

O evento contou, também, com sinalizações em braile, mostra de equipamentos apropriados, como telefones para surdos (TPS) e despertadores, e áreas às ONGs relacionadas ao tema. Por fim, houve a adaptação de algumas atividades, criando a tirolesa acessível, o caminho de trilha para cadeirantes, os passeios de charrete e bike adaptados e o sorteio de curso de navegação para treking.

Mais informações sobre a ONG no site http://www.aventuraespecial.org.br/
Fonte..:: Adventure Fair
(turismo adaptado)

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Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.