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quarta-feira, 19 de maio de 2010

ÁRVORES MATA ATLÂNTICA: CAIXETA (Tabebuia cassinoides)

Ocorrência – de Pernambuco ao norte de Santa Catarina

Outros nomes – caxeta, tabebuia, pau caxeta, pau araíba, tabebuia do brejo, pau de tmanco, tamanqueira, malacaxeta, pau de viola, corticeira, tamancão, caixeta-do-litoral.

Características – árvore de pequeno porte que atinge de 3 a 13 m de altura e de 10 a 30 cm diâmetro. Raramente chega a 20 m de altura, sempre em locais onde não é explorada. O tronco é tortuoso e geralmente possui raízes aéreas, que servem como escora, já que a árvore muitas vezes vegeta em solos pouco firmes. A copa é pequena e a casca apresenta coloração que varia do bege-claro ao cinza-pardo. Folhas simples, coriáceas, glabras, de 12 a 22 cm de comprimento por 4 a cm de largura. As flores, pouco numerosas, são brancas com estrias roxas e perfumadas, e os frutos têm forma de cápsula. As sementes são do tipo aladas, ou seja, dispersadas pelo vento.

Habitat – terrenos alagadiços da faixa litorânea, Mata Atlântica.

Propagação – além das sementes, a planta rebrota depois de cortada e, além disso, se reproduz por brotações que nascem a partir das raízes. O manejo adequado do caixetal pode evitar a demorada e cara reprodução por sementes.

Madeira – muito leve e extremamente fácil de cortar, aplainar e lixar. O alburno e o cerne não se diferenciam. Apresentam coloração branca, levemente rosada. Na maioria das árvores, o alburno, parte mais nova da madeira do tronco e ligada à casca, é mais claro que o cerne. Não racha nem empena.

Utilidade – sua madeira não é considerada nobre nem está na lista das mais cobiçadas no mercado internacional. Tem, porém, múltiplas utilidades, o que lhe conferiu importância econômica nas áreas de ocorrência. A madeira é usada no artesanato e para fabricar lápis. É ótima para ser usada na construção de instrumentos musicais, na fabricação de tamancos, palitos de fósforo entre outros objetos. Para se ter uma idéia de sua utilidade, até os anos 70, uma importante indústria de lápis do país, a Johan Faber, só usava a caixeta como matéria-prima. Já teve o corte proibido e volta a ser explorada através do manejo da floresta.

Florescimento – começo da primavera, no Sudeste e no Sul, e no verão, no litoral nordestino.

Frutificação – outubro a março

Ameaças - as áreas de caixetais vêm sofrendo um processo de desaparecimento baseado em três pontos básicos relacionados diretamente a ações antrópicas que refletem a falta de conhecimento dos caixetais pelo homem, que ignoram o conhecimento e a experiência de populações tradicionalmente “manejadoras” de caixeta: o assoreamento dos rios e consequentemente das áreas de várzea, por sedimentos originados da erosão dos solos, lançamento constante de detritos sólidos nos cursos d'água por industrias e centros urbanos em geral, bem como a criação de barragens, açudes e estradas cruzando cursos d'água e alterando os regimes hidrológicos; a extração seletiva de caixeta, principalmente no método por vala, favorece outras espécies em detrimento da caixeta. A ausência de um plano de manejo adequado normalmente resulta em práticas inadequadas de exploração, como a inexecução de desbrota após o corte, que pode diminuir o incremento de madeira (caixeta) e comprometer explorações futuras. Estas práticas tendem a médio/longo prazo, alterar negativamente a densidade de caixeta nas áreas, bem como seu volume absoluto; a pressão resultante da expansão desordenada dos centros urbanos e especulação imobiliária, bem como o aumento dos condomínios à beira mar impulsionados pelo turismo, vêm determinando o aterro de diversas áreas alagadas (mangues, brejos e várzeas) e a devastação das mais diversas formações vegetais (restingas, mangues, e caixetais entre outros...) no litoral

Fonte..:: Viva Terra

(papo de biologia)

terça-feira, 30 de março de 2010

WWF-Brasil colhe assinaturas para proteger área em Bertioga (SP)


Abaixo-assinado lançado pelo WWF-Brasil em 23/2 está colhendo assinaturas para a criação de área protegida com 8.025 hectares, em Bertioga (SP). A unidade de conservação que se pretende criar fica no trecho mais preservado de Mata Atlântica no litoral paulista. A área de planície, que faz conexão com o Parque Estadual da Serra do Mar, abriga rica diversidade de ambientes – dunas, praias, rios, florestas, mangues e uma variada vegetação de restinga – nos quais vivem animais raros e ameaçados de extinção.

O objetivo da ação na internet é obter o maior número de assinaturas em apoio à criação da unidade de conservação. O documento com as assinaturas será entregue ao governador do Estado de São Paulo, José Serra, e ao secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano.

A proteção da área em Bertioga vai contribuir efetivamente para que o Brasil cumpra meta firmada na Convenção da Diversidade Biológica da Organização das Nações Unidas. A meta assumida pelo país é de proteção de 10% da área original do bioma até 2010. Hoje temos somente 7,9% da Mata Atlântica original.

“Neste Ano Internacional da Biodiversidade chamamos a atenção para a necessidade de proteção e recuperação dos ecossistemas terrestres e aquáticos como uma maneira de defendermos a vida em nosso planeta”, ressalta a secretária-geral do WWF-Brasil, Denise Hamú.

Criar e manter áreas protegidas são formas de nos prepararmos para enfrentar situações climáticas mais severas e frequentes, bem como seus impactos, como, por exemplo, erosão, assoreamento de corpos d’água e aumento das enxurradas, e suas consequências, como as enchentes, que já mataram dezenas de pessoas só este ano no Brasil.

“A melhor maneira de prepararmos a natureza para resistir aos impactos das mudanças climáticas é a conservação dos ecossistemas. Essa é uma forma de prevenirmos os impactos futuros. Criar áreas protegidas é necessário e urgente, pois essa também é uma medida de proteção ao indivíduo e à coletividade, explica Cláudio Maretti, superintendente de Conservação do WWF-Brasil.

Biodiversidade
Estudos realizados pelo WWF-Brasil demonstram que a proteção do local colocará a salvo espécies raras e ameaçadas de extinção, praias e a foz de rios. São conhecidas até agora 1.000 espécies de plantas, 44 com risco de serem extintas. Vivem lá pelo menos 14 espécies de anfíbios e répteis, sete espécies de aves e 14 espécies de grandes mamíferos, também ameaçadas de extinção.

Curiosidade: Antes de ser colonizada pelos portugueses, Bertioga era habitada por indígenas do tronco Tupi. Seu nome em tupi, Buriquioca, significa ‘morada dos macacos grandes’: buriqui significa macaco grande; e oca significa casa.



Fonte..:: WWF Brasil

Saiba mais..:: Diagnóstico SocioAmbiental para criação de Unidades de Conservação Polígono Bertioga. aqui aquivo em PDF

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