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sábado, 28 de novembro de 2009

O Bichinho da Mata Atlântica que deu o que falar

Um guaxinim, conhecido como “mão-pelada”, apareceu em uma praça e chamou a atenção de moradores.

O bichinho arisco, peludo que passou parte do dia pendurado em uma árvore de uma praça em Joinville chamou atenção e intrigou moradores ontem.

Após ser avisada pelos moradores do bairro Guanabara em Joinvile/SC a Polícia Ambiental foi até a praça Presidente Castello Branco e identificou o animal como cachorro-do-mato (graxaim).

Já o biólogo Guilherme Evaristo, que trabalha no projeto Primatas do Nordeste Catarinense, da Universidade da Região de Joinville (Univille), garante que se trata de um guaxinim, também conhecido como “mão-pelada”.Além da característica que lembra o nome (a mão sem pelos), o animal tem pelo listrado, o que o diferencia do cachorro-do-mato, cuja pata é igual a dos cães comuns.

Para o biólogo, o mamífero, que vive no mangue e tem hábitos noturnos, “deve ter chegado à praça durante a noite e acabou ‘ilhado’ entre as ruas movimentadas”. A praça fica na esquina das ruas Florianópolis e Graciosa, a cerca de 300 metros de um manguezal.

O primeiro a ver o mão-pelada foi o taxista Lourival da Costa Cidral Júnior, 40 anos, que trabalha no ponto de táxi embaixo da seringueira em que animal estava descansando. “Às 8 horas, ele já estava aí”, disse. Ele contou que, em menos de dez minutos, o local estava cheio de curiosos. “Havia umas 50 pessoas aqui.” O aposentado Afonso Alves da Costa, 67, mora há 50 anos na rua Graciosa e não lembra de caso parecido.

Segundo Evaristo, o mão-pelada é pouco visto durante o dia porque prefere a escuridão. Ele contou que o guaxinim é um mamífero da mata atlântica que se alimenta de moluscos (por isso vive no mangue). “É um animal generalista, que se adapta a mudanças em seu ambiente e pode até viver em ambientes urbanos”, explicou o biólogo.

Evaristo comenta, ainda, que o aparecimento desses animais é reflexo da diminuição das áreas verdes e do crescimento urbano.

O animal não foi retirado do local pela Polícia Ambiental. De acordo com o soldado Natan Xavier da Costa, o animal iria naturalmente embora à noite, assim que o trânsito estivesse menos movimentado. A orientação da Polícia Ambiental é não tocar nos animais.

Fonte..:: A Notícia
Foto..:: Emerson Souza

(papo de biologia)

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