O surgimento e desenvolvimento do surf no Brasil ocorram em alguns momentos distintos. Segundo os historiadores, o santista Thomas Rittscher foi o primeiro a surfar no país, entre 1934 e 1936. Seguindo o modelo desenhado em uma revista norte-americana, Thomas construiu sua “tábua havaiana” e divertiu-se sozinho por
algum tempo, até apaixonar-se pelas embarcações à vela e trocar de esporte.

Pioneiro..:: Thomas Rittscher
Impressionados com o que viam, em 1938 os amigos Osmar Gonçalves e Juá Haffers tiveram a idéia de também construir uma prancha. Por surfar constantemente as ondas de Santos durante anos e viver o estilo de vida próprio do surf, Osmar é considerado o primeiro surfista brasileiro.
Durante muito tempo, Osmar e seus amigos foram os únicos praticantes no país, desfrutando sozinhos o prazer de deslizar em pé sobre as ondas da Praia do Gonzaga. Devido à falta de conhecimento generalizado em relação à atividade, nenhuma outra prancha foi construída, limitando o surf nacional somente aos amigos santistas.
Na década de 50, com o aumento do número de vôos internacionais para o país, sobretudo para o Rio de Janeiro, os estrangeiros puderam descobrir todas as maravilhas de nosso litoral.
Vindos principalmente dos Estados Unidos, onde o surf já se desenvolvia há mais de meio século, os pilotos aproveitavam o período de folga no Brasil para descansar e se divertir, e encontraram no surf uma ótima opção. Contagiados pela nova mania que invadia as praias, logo os brasileiros que viajavam para o exterior começaram a trazer em suas bagagens algumas pranchas, afim de também desfrutar do prazer proporcionado pelo surf.
Nessa época os surfistas concentravam-se em Copacabana, principal reduto “hippie” da juventude. Nos anos 60, contudo, mudaram seu “point” para o Arpoador, buscando isolar-se de dois problemas que transformariam para sempre a vida do Rio de Janeiro: o aterro de Copacabana (para construir um emissário submarino, que acabou com as ondas) e o início da Ditadura Militar, que reprimia todo e qualquer indivíduo que fosse contra seus argumentos (como eram os surfistas, que buscavam viver sempre seguindo o lema “paz e amor” e eram vistos como vagabundos irresponsáveis pelas autoridades da época).
Com a superação desses obstáculos e a expansão do surf para o sul do país, o esporte cresceu num ritmo acelerado, originando as primeiras indústrias e competições nacionais na década de 70. A explosão mesmo veio nos anos 80, com o apoio da mídia e a mudança da imagem do surf perante a sociedade, que passou a encará-la como uma atividade séria e profissional. Um fato marcante neste processo foi a vitória do paraibano Fábio Gouveia no Mundial Amador de Porto Rico, em 1988.
Atualmente o Brasil já é uma das maiores potências do surf mundial, junto com os EUA e a Austrália. Em termos de competições, temos campeonatos e atletas de altíssimo nível, nas categorias amadoras e profissionais, masculina e feminina. No ano 2000, pela primeira vez na história, o Brasil conquistou o título de Campeão Mundial por Equipes, nos Jogos Mundiais de Surf. E em 2005, Jefferson Silva, aluno da Escola de Surf da Riviera, conquistou os títulos Brasileiro e Mundial na categoria Junior, até 18 anos.
Também na educação, encontramos diversas escolas de surf por todo o litoral. Além disso, escolas de primeiro e segundo grau ensinam o surf nas aulas de educação física. Isso sem contar algumas universidades, que incluíram o surf em seu currículo para os alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em Educação Física e Esporte.
Fonte..:: IBRASURF
Saiba sobre..:: História do Surf no Mundo
(fatos_históricos)
Excelente matéria !
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