Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Livro: Gestão Pública Municipal no Brasil: múltiplos olhares

Coletânea sobre a administração de municípios chega ao mercado editorial brasileiro, reunindo autores e temas de grande relevância para o país.

O organizador da obra o professor Aristides Faria Lopes dos Santos partiu da premissa de que a ação governamental pode dinamizar a dinâmica mercadológica de um dado território municipal e regional. Isso significa que gestores públicos devem buscar exercer a liderança e o protagonismo em suas localidades no sentido de mobilizar a sociedade em busca de prosperidade, justiça social e convívio harmonioso entre as mais variadas “tribos”.

Gestão compartilhada, Vigilância Socioassistencial, Educação, Saúde Pública, Gestão Ambiental, Cultura e Turismo são os grandes temas abordados pelas pesquisas componentes desta obra, dando título a cada uma de suas partes.

 Os artigos que integram cada uma destas seções complementam-se e incitam à percepção holística da administração pública em nível municipal, a partir de “múltiplos olhares”.

Participa desta obra o turismólogo Renato Marchesini com o artigo: Politicas públicas de fomento e desenvolvimento regional do turismo no litoral de São Paulo.


Politicas públicas de fomento e desenvolvimento regional do turismo no litoral de São Paulo

Renato Marchesini e Aristides Faria Lopes dos Santos 



Para adquirir a publicação AQUI



quarta-feira, 11 de novembro de 2020

COMO SE PRECAVER DOS COLAPSOS


1. Aprenda a plantar, não somente horta, mas também as culturas de base (milho, mandioca, etc.);

2. Crie vínculo com alguma terra, quer seja um sítio próprio ou de um parente, um projeto, uma comunidade etc.;

3. Desenvolva a redução de insumos e reaproveitamento dos mesmo,

4. Desenvolva habilidades práticas (cozinhar, marcenaria, conserto de máquinas, processamento de alimentos, costura, etc.) Ensina estas habilidades às crianças;

5. Procure um grupo de apoio mútuo;

6. Simplifique desde já a sua vida- liberando mais espaço físico e de tempo;

7. Reconheça que a vida vai ser muito melhor depois!!! Estamos somente em transição.


terça-feira, 10 de novembro de 2020

Avaliando as Contribuições da Natureza para as Pessoas

Reconhecer a cultura e diversas fontes de conhecimento pode melhorar as avaliações

Não importa se você mora em uma grande metrópole, no litoral ou na zona rural, a natureza é imprescindível para seu bem-estar! A natureza fornece ao ser humano desde elementos básicos para a vida (água, alimento, energia, ar puro) até oportunidades para recreação, inspiração e benefícios psicológicos e espirituais. No jargão científico, esses são os serviços ecossistêmicos, também conhecidos mais recentemente como “contribuições da natureza para as pessoas”.

Debater e tomar decisões acerca da sustentabilidade do meio ambiente pressupõe uma grande negociação e compartilhamento de valores da natureza. Conflitos emergem quando decisões sobre um determinado recurso tem valor distinto para os grupos envolvidos. Este tema, é particularmente importante, delicado e fundamental quando se pretende construir um conjunto de decisões que sejam equitativas e efetivas.

Um momento importante na difusão do termo serviços ecossistêmicos ocorreu em 2005, com a publicação do relatório da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (Millenium Ecosystem Assessment), encomendada pela ONU. O programa avaliou os impactos do ser humano no meio ambiente e focou nos ecossistemas, na depredação dos recursos naturais e em formas de conservação e uso sustentável da natureza.

 

Em um esforço de congregar estas diferentes visões de mundo, a Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) lançou uma proposta (2013) de englobar todos estes sentidos dentro de um conceito único e que buscasse ser o mais inclusivo e plural possível: Contribuições da Natureza para as Pessoas (Nature’s Contribution to People).

Um dos elementos-chave mais recentes de a estrutura conceitual do IPBES é a Noção das Contribuições da Natureza para as Pessoas (NCP), que se baseia no serviço do ecossistema conceito popularizado pelo Millennium.

Cabem na Noção das Contribuições da Natureza para as Pessoas (NCP) tanto as perspectivas utilitaristas, como a produção de alimentos, quanto as perspectivas sagradas (rituais culturais), como aquelas que entendem a Terra como um ser vivo venerável. Inclui-se igualmente neste conceito possíveis aspectos negativos e positivos.



Fonte: Proposta sintética da Avaliação Ecossistêmica do Milênio (2005).

 

A expressão “valor” pode ter inúmeros sentidos, tais como monetário, visão de mundo, contexto cultural, preferências pessoais, importância, entre outros. Dialogar dentre tantos significados não é uma tarefa fácil especialmente quando se pretende equacionar questões relacionadas aos usos de recursos naturais perante inúmeros países, povos e culturas em escala global.

É importante ressaltar que na prática, as formas como os valores são compreendidos, reconhecidos e abordados são complexas e têm impacto nas decisões que podem afetar os resultados das negociações sobre a conservação e uso sustentável da biodiversidade.

Marco conceitual IPBES. Fonte: BPBES-Diagnóstico brasileiro de biodiversidade e serviços ecossistêmicos (2019).

 Captar os diferentes valores que as pessoas atribuem à natureza e incluir este elemento no debate sobre a sustentabilidades dos recursos naturais é um desafio e um avanço na busca de um diálogo mais equitativo, eficiente e pautado pela não dominância de uma visão de mundo sobre as demais.



História das Estátuas da Prefeitura de Santos SP (HERMES: Industria e MINERVA: Comércio)

Por..:: Sergio Willians

Quem frequenta o Palácio José Bonifácio, mais conhecido pelos santistas como “Paço Municipal de Santos”, sede da municipalidade (Prefeitura), já se acostumou a ver as duas majestosas estátuas que guardam a entrada principal daquela imponente edificação de estilo neoclássico. Do ponto de vista de quem olha de frente para o prédio, do lado direito está a deusa grega Atena (ou Minerva, para os romanos) e do lado esquerdo, Hermes (ou Mercúrio). O que poucos sabem é que estas duas divindades esculpidas em granito branco não são originais do projeto do Paço Municipal, mas surgiram ali poucos anos depois.

Quando o Palácio José Bonifácio foi inaugurado em 26 de janeiro de 1939, na ocasião do centenário da elevação de Santos à categoria de cidade, as escadarias frontais do luxuoso prédio da Praça Mauá só ostentavam dois vultosos candelabros feitos de ferro batido que, por si só, eram verdadeiras obras primas. Para os santistas, já era bom demais possuir uma sede administrativa de tal porte, e ainda por cima belíssima.

Mas isso não era o suficiente para o artista João Batista Ferri, um escultor de pouco mais de 40 anos de idade, que começava a se destacar no cenário urbano da capital paulista, com projetos de monumentos. Ferri conheceu o Paço Municipal santista e se convenceu de que havia a necessidade de oferecer um “tempero extra” para a fachada já majestosa do edifício.

Assim, escreveu uma carta (datada em 5 de julho de 1940), endereçada ao então prefeito de Santos, Cyro de Athayde Carneiro, oferecendo seus préstimos artísticos para construir três estátuas, sendo uma, em mármore, para o hall e duas, em Granito Branco de Mauá, para a fachada do prédio. A primeira representaria o fundador de Santos, Braz Cubas (que acabou não sendo executada) e as outras duas seriam a representação da “Indústria e Comércio”, fatores principais da evolução e progresso da cidade (simbolicamente traduzida na imagem de Hermes, o Deus do Comércio) e da “Municipalidade” (inspirada na figura de Atena, deusa grega da civilização e da sabedoria).

O prefeito gostou da proposta e mandou reservar os recursos para a contratação de Ferri, assim como, também, para a compra do material de produção. Segundo a proposta, as estátuas teriam as medidas de 0,80 x 2,50 x 2,10 metros, o que representaria um volume aproximado de 4,50 m³, de granito com peso aproximado de 12 mil quilos, cada um. O preço pelos monumentos era de 37:500$000 (Trinta e sete contos e quinhentos mil réis), para cada um, o equivalente hoje a cerca de R$ 370 mil (R$ 740 mil no total). O valor incluía a matéria-prima, o transporte e a colocação, só não incluindo a base, feita de granito “a picola fina”, que deveriam seguir “rigorosamente o caráter e estilo do edifício”. O custo da base foi de 5:700$000 (Cinco contos e setecentos mil réis), o equivalente a R$ 57 mil reais.

O contrato foi celebrado no final de 1940, e o prazo de execução ficou estipulado em 10 meses. Ferri concebeu tudo de acordo com o combinado, encaminhando modelos em barro para a apreciação, e aprovação, do prefeito santista e de uma comissão especialmente criada para tratar do assunto. O escultor só daria início ao trabalho final após aprovação dos protótipos.

Ferri começou pela estátua inspirada na deusa grega Atena que representaria a “Municipalidade”(não era uma representação fiel, por conta do adorno na cabeça do monumento, uma coroa “amurada”, a mesma que se encontrava no Brasão Oficial da Cidade de Santos). Em 6 de março de 1941, em uma visita técnica ao atelier do artista, localizado na Praça Padre Bento, 164, bairro do Pari, São Paulo, os representantes da Prefeitura constataram que ela já estava praticamente concluída e que a segunda, a da “Indústria e Comércio” se encontrava em estado adiantado de produção. Os santistas voltariam a visitar as instalações de Ferri em 20 de maio e 21 de julho, quando constatou-se o término dos serviços.

Tudo pronto, em Santos providenciou-se a retirada dos candelabros. A Prefeitura licitou o serviço e acabou por contratar a empresa Hugo Porta que, por 4:500$000 (Quatro contos e quinhentos mil réis), o equivalente a R$ 45 mil, promoveu todo o trabalho de retirada e colocação dos candelabros no novo lugar, incluindo a instalação elétrica. O trabalho foi executado em outubro de 1941. Ferri logo trouxe as estátuas para, a partir dali, guardar a entrada do Paço Municipal de Santos, com o tempero extra que achou que o prédio merecia ter.

Estátua representando a Industria e Comércio, na figura lendária de Hermes (Mercúrio), o Deus Grego do Comércio. Imagens inéditas das obras no atelier de João Batista Ferri.

Estátua representando a Industria e Comércio, na figura lendária de Hermes (Mercúrio), o Deus Grego do Comércio. Imagens inéditas das obras no atelier de João Batista Ferri.

Estátua representando a Municipalidade, na figura lendária de Atena (Minerva), a Deusa Grega da Sabedoria. Imagens inéditas das obras no atelier de João Batista Ferri.

Estátua representando a Municipalidade, na figura lendária de Atena (Minerva), a Deusa Grega da Sabedoria. Imagens inéditas das obras no atelier de João Batista Ferri.

O Palácio José Bonifácio foi inaugurado em 1939 sem as estátuas. No local onde elas foram colocadas, havia dois candelabros de ferro (que existem até hoje).

Estátua de Hermes, depois de colocada.

Minerva, já colocada na fachada principal do Palácio José Bonifácio.

Carta inicial de João Batista Ferri, oferecendo seus préstimos para a Prefeitura de Santos.

Fonte..:: Memória Santista


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