Por..:: Fabiana Monti Audero
De acordo com o estudo da Associação Brasileira de Blogs de Viagem (ABBV), quem decide fazer uma viagem, prioriza informações de blogs de viagens por considerá-las mais confiáveis do que revistas ou sites de agências. Experiências concedem maior credibilidade e confiança.
Viajar é ótimo e contar uma experiência solidária é ainda melhor, pois permite que os futuros viajantes se entusiasmem e percorram novos caminhos.
E se é sobre viagens, a experiência de transmiti-las em blogs, com milhares de formatos, subjetividades, palavras e perspectivas é uma alternativa que muitos escolheram, seja do jornalismo profissional, seja de pessoas que gostam da arte de viajar.
Em todas essas crônicas, além de milhares de lugares e conselhos, existe a marca integrativa que é a primeira pessoa, transmitindo credibilidade. Muito diferente de ler um suplemento turístico de um jornal de massa ou uma revista que permite expressar seus auspícios com fotos altamente produzidas que levantam suspeitas.
Para aqueles que consultam um blog, primeiro há uma investigação daqueles que têm credibilidade: por recomendação, por terem tentado seus conselhos e milhões de razões como os leitores o fizeram. Por trás das histórias de blogs de viagens, há uma experiência que é transparente para aqueles que estão prestes a começar a experiência.
Segundo a Associação Brasileira de Blogs de Viagens (ABBV) "hoje, quem quer informações para organizar uma viagem, primeiro recorre a blogs de viagem, seja por destinos ou por blogueiros que já fizeram seu nome coberto por experiência e credibilidade."
..::O viajante
Na minha experiência como jornalista gráfica profissional, eu queria embarcar na aventura de fazer um programa de rádio de viagens, um assunto que eu adoro e que me permitiu dar um pouco de ar do jornalismo econômico que eu fazia todos os dias.
Reuni uma equipe, conversamos sobre a ideia de poder fazer um programa cultural e testemunhal, diferenciando ser um turista de ser um viajante. Foi precisamente chamado de "O viajante", pensando em uma pessoa que viaja a lugares por sua cultura, comida, paisagens, seu povo. E não simplesmente como um City Tour.
O programa também teve o desafio de mobilizar a partir das emoções, pois ele estava crescendo e, acima de tudo, nos fazendo felizes enquanto o produzíamos. De repente, nós percebemos que os ouvintes nos pediram um blog para poder reenviar informações e testemunhos.
Não era o projeto original, mas achamos coerente ter um novo espaço que permanecesse depois que desaparecêssemos do ar. Como gostamos de desafios, começamos com o blog itinerante. E, no decorrer desse projeto, percebemos que às vezes havia mais entradas do que o próprio programa, pois os ouvintes deixavam mensagens, perguntas, pediam informações, contatos com pessoas que deram seu testemunho.
O blog finalmente estava se transformando em um espaço com força crescente. Enquanto estava sempre interligado ao programa de rádio, vimos claramente a sua independência. Portanto, quando as coisas começam a mudar de curso, as decisões devem ser tomadas. O ciclo de rádio terminou e o blog permaneceu.
Então eu posso dizer que observei de perto, através dessa incrível experiência, o que a ABBV aponta em seus relatórios. Os blogs de viagem são fontes de credibilidade, por isso são lidos e consumidos. Por isso, nada como tomar decisões para embarcar em informação e emoção.
..:: GUIA PRÁTICO PARA FAZER UM BLOG DE VIAGEM ::..
Se você quer começar a empreender em um blog de viagens, o primeiro ponto a ser considerado é a produção de materiais e especialmente de viagens.
Para isso, você pode fazer por conta própria, investindo em seu produto e tendo toda a liberdade para fazê-lo ou é possível ir atrás de órgãos públicos ou agências de turismo que costumam financiar “passeios divertidos” para jornalistas ou pessoas com blogs importantes que querem espalhar um destino. Nessa última opção, os destinos são predeterminados e você pode transmitir a viagem a partir do que for interessante para a empresa que te contratou. Correndo apenas o risco de não ser mais convidada pela empresa, caso não gostem de seu material.
Outro questionamento que pode lhe ocorrer é como ou onde escrever. Isso pode ser feito nos mesmos lugares em que, na minha opinião, o texto é “encharcado” com cheiros, experiências e emoções. Ou então, voltando para casa, em sua mesa e computador confortáveis, onde as experiências são mais simples e, é claro, mais produzidas.
Qualquer experiência é experiencial e possível. Porque elas são reais.
E, por último, um aspecto importante é como divulgar o conteúdo e alcançar os interessados e as opções são múltiplas. Você pode publicar por conta própria, divulgando por meio de redes sociais e fazendo investimentos para ter movimento, oferecer “parcerias” para agências de turismo ou, por que não, jornais diários em massa que cada vez mais terceirizam seus serviços. Nesse caso, pode haver mais negociações para a liberdade de materiais.
Mas o mais importante é decidir divulgar experiências ou comercializar destinos. Com base nisso, a identidade do material que você criou poderá ser aproveitada para se espalhar.
Boa sorte com este belo empreendimento.
Aqueles que não viajam, viajarão pelos lindos textos.
..:: Sobre a autora:
Fabiana Monti Audero é argentina, jornalista e licenciada em Comunicação Social pela Universidade de Rosario. Trabalhou 20 anos como jornalista no jornal "La Capital" em Rosario, Argentina, em várias seções. Tinha seu programa de rádio e blog de viagens. Atua como jornalista freelancer. Atualmente mora em San Pablo. No Brasil, é também tradutora e professora de espanhol, mas continua viajando e escrevendo, que é o que mais ama.
Fonte..:: Blog Lang
No PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014) o BLOG CAIÇARA
foi o VENCEDOR da Categoria: VIAGENS E TURISMO.
Cartão Postal Antigo Guarujá SP: Visão de Pitangueiras- Cartão da Varig (s.d.)
