Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

Tradutor:

quarta-feira, 20 de março de 2019

Arqueologia: Pontas de Flecha pré-históricas de São Paulo são diferentes dos artefatos sulinos

As pontas de flecha ou de lança pré-históricas foram encontradas em maior concentração do interior de São Paulo até o Rio Grande do Sul. Independente do local, todos os projéteis de pedra resgatados nessa vasta área costumam ser rotulados como pertencentes à tradição Umbu, uma cultura arqueológica associada a antigos caçadores-coletores. Porém, o estudo mostra que as pontas encontradas no estado de São Paulo são diferentes das do Sul. Pode ser que essas diferenças estejam relacionadas com distintas culturas.



Fonte..:: Pesquisa Fapesp


Pontas de um passado remoto

Projéteis de pedra do interior paulista de até 10 mil anos apresentam estilo diferente dos artefatos pré-históricos encontrados no Sul

Projéteis de Rio Claro (esquerda) e pontas do sul do país (direita)

As pontas líticas de flecha ou de lança oriundas da Pré-história nacional estão concentradas na porção do território brasileiro que se estende do Rio Grande do Sul até a região de Rio Claro, no interior paulista. Independentemente de seu local de origem e de terem sido confeccionados cerca de 500 anos atrás, pouco antes da chegada do conquistador europeu, ou há longínquos 10 milênios, todos os projéteis de pedra resgatados nessa vasta área costumam ser rotulados como pertencentes à tradição Umbu, uma cultura arqueológica associada a antigos caçadores-coletores. No entanto, um estudo comparativo das características morfológicas (físicas) de mais de mil pontas provenientes dos três estados do Sul e de São Paulo rechaça essa classificação, considerada simplista demais, e fornece indícios de que os projéteis encontrados no interior paulista são diferentes dos resgatados na parte mais meridional do país.

A maioria das pontas achadas nos arredores de Rio Claro, onde existe grande quantidade desses artefatos no interior paulista, tem o pedúnculo — cabo ou haste situada no lado oposto ao da superfície cortante — maior e mais afilado, com contornos similares aos da letra V, do que o das encontradas no Sul, especialmente no Rio Grande do Sul. Os projéteis da porção austral do país tendem a apresentar essa parte com um formato bifurcado, semelhante a um pequeno rabo de peixe. Em São Paulo não há pontas desse tipo. “A função das pontas em ambas as regiões era a mesma, eram uma arma de caça”, afirma a arqueóloga Mercedes Okumura, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (Mae-Usp), autora do estudo, que contou com uma bolsa de pós-doutorado do CNPq no início de suas pesquisas e hoje recebe apoio da FAPESP. “No entanto acreditamos que as formas do pedúnculo podem ser interpretadas como marcadores culturais, relacionados a grupos ou tribos distintas.”

Se o design das pontas de pedra do Sul era diferente do das de São Paulo, é possível que os habitantes das duas áreas também não fossem exatamente iguais pelo menos do ponto de vista cultural. Os artefatos dos antigos caçadores-coletores do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina até poderiam ser rotulados como exemplares da tradição Umbu, mas o mesmo não se pode dizer dos projéteis encontrados no interior paulista, segundo a arqueóloga. Eles podem ter pertencido a um grupo com hábitos e tecnologia lítica distintos dos da tradição Umbu, dominante na ponta meridional do Brasil. “As pontas são um artefato complexo, que contêm informações sobre quem as fez”, diz o arqueólogo Astolfo Araujo, também do Mae-USP, que participa dos estudos de Mercedes. “Sua construção demanda muitas etapas e um longo processo de transmissão cultural. Aprender a fazer uma ponta demora anos.”

De acordo com dados de Mercedes, o corpo das pontas do Sul e de São Paulo apresenta tamanho semelhante. Em média, tem entre 2,5 e 3 centímetros. Essa medida leva em conta apenas a parte perfurante do projétil, sem incluir as dimensões do pendúculo. A diferença mesmo entre as pontas das duas regiões aparece quando se olha a forma e as dimensões do pedúnculo. Nas do Sul, a haste que serve de base para o lado cortante do artefato tende a medir entre 0,9 e 1,1 centímetro. Nas de São Paulo, apresenta quase o dobro de tamanho médio, por volta de 1,7 centímetro — e nunca é bifurcada, quase sempre é afilada. Além de estudar pontas da coleção Plynio Ayrosa do Mae, Mercedes visitou o acervo de outras nove universidades e também de colecionadores particulares do Sul e de São Paulo durante o ano passado para realizar o trabalho.

Graduada em biologia e com experiência na análise dos traços anatômicos de crânios e ossos da Pré-história nacional, a pesquisadora adaptou métodos estatísticos, quantitativos, já comumente empregados em estudos de evolução humana, em seu trabalho com os projéteis de pedra. “Como há poucos esqueletos humanos antigos encontrados no Sul e em São Paulo, resolvi estudar arfetados formais que esses povos faziam, como as pontas de pedra”, explica Mercedes. Munida de um paquímetro, instrumento utilizado para aferir com precisão pequenas distâncias, registrou as dimensões de 1.102 pontas. Foram medidos 131 projéteis de São Paulo, 170 do Paraná, 258 de Santa Catarina e 543 do Rio Grande do Sul. Os artefatos analisados provinham de 10 zonas com sítios arqueológicos: cinco em terras gaúchas (Maquiné, Santo Antônio, Caí, Ivoti e Taquari), três catarinenses (Taió, Urussanga e Santa Rosa), uma paranaense (Reserva) e uma paulista (Rio Claro).

..:: Quatro medidas
Em seu primeiro trabalho com o conjunto de pontas, cujos resultados já foram apresentados em congressos e serão relatados num artigo a ser submetido a uma revista científica, a arqueóloga comparou especificamente quatro medidas: o comprimento da lâmina, o tamanho do pedúnculo, a largura do pescoço (região em que termina a parte cortante e começa o cabo) e a espessura da flecha na altura da metade de seu corpo. De posse desses dados, ela usou métodos estatísticos e programas de computador para comparar as medidas e averiguar se elas poderiam ser associadas a apenas uma mesma cultura material, à  tradição Umbu, ou a mais de uma forma de produzir projéteis. É uma estratégia semelhante à dos arqueólogos que quantificam o tamanho e a forma de um crânio para tentar inferir os traços físicos ou até a etnia do dono da antiga ossada, se era, por exemplo, um africano ou um tipo mais asiático.

Azeite de Leos

Das quatro medidas escolhidas, somente o tamanho do pedúnculo apresentou discrepâncias estatisticamente relevantes. Em seis das nove áreas da Região Sul havia predominância de cabinhos bifurcados. Rio Claro, onde esses artefatos eram confeccionados a partir de silexito e em menor escala de quartzo, se mostrou um caso à parte, com suas pontas afiladas. “Não se pode dizer que os projéteis do Sul sejam todos iguais, mas eles certamente formam um grupo distinto dos de Rio Claro”, afirma Mercedes. As pontas do interior paulista costumam ser classificadas como sendo da fase Rio Claro, que, segundo alguns autores contemporâneos,  seria um sotaque regional no âmbito da língua-mãe, uma manifestação local dentro da tradição Umbu. Mercedes e Araujo suspeitam que as pontas de São Paulo sejam mais do que isso. Elas pertenceriam a um outro idioma lítico, a uma tradição própria, tendo sido talvez lapidadas por um grupo culturalmente distinto dos antigos habitantes do Sul. Os arqueólogos da USP consideram pouco provável que apenas uma tradição cultural tenha se mantido por tanto tempo (cerca de 10 mil anos) numa faixa de terra tão longa como a que vai do Sul até o interior paulista (do Chuí até Rio Claro são 1.800 quilômetros). “Pode ter havido duas populações de caçadores-coletores distintas, uma na parte meridional do país e outra aqui”, comenta Araujo. “Ou a de São Paulo pode ser culturalmente derivada da do Sul, onde há um grande número de projéteis.”

Para o arqueólogo Tom Miller, professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) que estudou as pontas líticas do interior paulista na década de 1970, a hipótese de que os projéteis de Rio Claro pertençam a uma cultura distinta da presente no Sul faz sentido. “A tentativa de classificar o material de Rio Claro como Umbu foi um engano desde o começo”, afirma Miller. “As formas distintas de pedúnculo podem representar uma diferença de estilo ou de encabamento (de colocar um cabo num artefato).” Ele no entanto acredita que as tradições culturais não podem ser definidas somente a partir do estudo de um tipo de artefato, como as pontas encontradas numa região, mas sim por meio de análises mais complexas, que levem também em conta a tecnologia e as estratégias de adaptação adotadas pelos antigos povos de uma área.

Abrigo na região gaúcha de Caí: estado sulino concentra boa parte das pontas da tradição Umbu
Adriana Schmidt Dias

O argentino Marcelo Cardillo, arqueó-logo da Universidade de Buenos Aires, que também realiza análises semelhantes às da pesquisadora da USP com projéteis líticos da Patagônia e da região de Puna, segue uma linha de raciocínio não muito diferente da de Miller. Embora reconheça não ser um especialista em arqueologia brasileira, argumenta que a análise estatística das medições feitas nas pontas do Sul e de São Paulo tornam as conclusões de Mercedes plausíveis. “É bastante possível que o estilo ou o desenho dos projéteis apresentem variações ao longo do tempo e do espaço”, afirma Cardillo, um crítico do próprio conceito de tradição. “Isso pode ocorrer por causas muito distintas, relacionadas, por exemplo, a fatores ambientais ou a processos aleatórios, como deriva cultural, ou à disponibilidade de diferentes materiais num lugar ou época.”

Objetos cunhados pela mão do homem, a chamada cultura material, contam algo sobre quem os confeccionou, especialmente quando são o único ou o principal vestígio arqueológico associado a um povo ou sociedade desaparecida. Essa situação não ocorre apenas no Sul do país e em São Paulo. Nos Estados Unidos, a famosa cultura Clovis, que teria surgido há cerca de 13 mil anos e foi considerada durante muito tempo como a mais antiga das Américas (hoje essa hipótese é bastante contestada), é conhecida fundamentalmente por meio das pontas de pedra resgatadas em localidades do estado do Novo México. Esqueletos humanos associados à cultura Clovis nunca foram encontrados. Nem por isso a importância dessa antiga ocupação deixou de ser reconhecida, com suas pontas alongadas, que, em alguns casos, lembram uma fina taça de champanhe de ponta-cabeça.

..:: O Projeto
Métodos estatísticos aplicados à questão da caracterização de indústrias líticas paleoíndias: estudos de caso no Sudeste e Sul do Brasil (nº 10/06453-9); Modalidade Bolsa Regular de Pós-doutorado; Co­or­de­na­dor Astolfo Araujo – MAE-USP; Investimento R$ 153.974,88 (FAPESP).

Fonte..:: Pesquisa Fapesp

ARQUEOLOGIA: Evidências indicam populações humanas em todo o Brasil há 10 mil anos

Ocupação do “Brasil” primordial

Evidências indicam que havia populações de caçadores-coletores em todas as grandes regiões do território nacional cerca de 10 mil anos atrás


Há 10.500 anos praticamente todo o território que viria a ser o Brasil já era habitado por expressivas populações de caçadores-coletores. Da Amazônia aos Pampas, passando pelas áreas hoje ocupadas pelo Cerrado, Caatinga e Pantanal, os principais biomas brasileiros exibem vestígios de presença humana que remontam a pelo menos 10 milênios. A única exceção parece ser a costa atlântica, onde os registros mais antigos e confiáveis sugerem que talvez o Homo sapiens tenha precisado de mais uns 500 ou mil anos para atingir a borda leste do continente. Também por volta de 10 mil anos atrás três grandes tradições culturais associadas à fabricação de artefatos de pedra, como raspadores, lascas e pontas de flecha, tinham igualmente se estabelecido na metade leste da América do Sul. A tradição Umbu se fazia presente no Sul; Lagoa Santa estava no atual território mineiro; e Itaparica ocupava partes do atual Nordeste e Centro-Oeste. Apesar de esquemático e simplificado, esse cenário sobre a colonização inicial do Brasil condensa informações e interpretações derivadas de boa parte dos achados arqueológicos das últimas três décadas.

Esse quadro sugere que a chegada dos humanos modernos às mais diversas latitudes do território nacional deve ter sido um processo antigo e complexo, talvez por meio de múltiplas rotas. Ocupar uma área continental como a do Brasil e desenvolver três tipos de cultura material distintas leva tempo, provavelmente alguns milhares de anos. “Devem ter ocorrido múltiplas migrações em direção ao território do país, a mais antiga delas antes da ocorrência do último máximo glacial [a mais recente Era do Gelo, cujo pico se deu há cerca de 20 mil anos]”, diz o arqueólogo Astolfo Araujo, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), que publicou um artigo científico sobre o tema em abril de 2015 no periódico Anais da Academia Brasileira de Ciências.

Há algumas décadas, era vista com extrema desconfiança a datação de sítios arqueológicos com idade próxima ou superior aos 13 mil anos da chamada cultura de Clóvis, lugar no estado norte-americano do Novo México onde foram encontradas as famosas pontas de flecha bifaciais associadas a caçadores-coletores. Durante a maior parte do século passado, o povo de Clóvis foi considerado o mais antigo a ocupar as Américas. Hoje a barreira dos 13 mil anos já foi igualada ou ultrapassada por sítios arqueológicos do continente, tanto acima como abaixo do Equador. Esse é caso de Monte Verde, no Chile, de Huaca Prieta, no Peru, das cavernas Paisley, no estado norte-americano do Oregon, da Ilha Triquet, na Colúmbia Britânica (Canadá), além de alguns sítios no Brasil. “Não se trata de dar foco apenas no momento em que houve o povoamento inicial do homem no território brasileiro, mas em como ele se deu em uma área tão enorme, com paisagens tão diferentes”, comenta a arqueóloga Adriana Schmidt Dias, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

..:: Pelos rios 

Se, em sua jornada pelo continente americano, o Homo sapiens migrou do hemisfério Norte para o Sul, ele deve ter passado, e provavelmente se fixado, em algum ponto da América Central antes de chegar à Amazônia ou aos Andes. “O problema é que ainda não encontramos no Panamá, que deve ter feito parte dessa rota interna de povoamento, sítios arqueológicos mais velhos do que os da América do Sul”, diz o arqueólogo Eduardo Góes Neves, também do MAE-USP. Mas, uma vez que tenha fincado pé na América do Sul, o homem provavelmente seguiu por águas fluviais para chegar ao Brasil profundo. Essa hipótese é corroborada pelo número expressivo de sítios arqueológicos localizados em áreas vizinhas a grandes rios que cruzam o território nacional, como o Amazonas e o Solimões, na Amazônia, o São Francisco, no Nordeste, e o Paraná e o Uruguai, no Sul. “As rotas de colonização por rios são sempre a opção lembrada”, pondera o arqueólogo e antropólogo Walter Neves, do Instituto de Biociências da USP.


Um dos lugares da pré-história mais antigos do Brasil, com uma primeira ocupação datada em cerca de 25 mil anos e outra entre 12 mil e 2 mil anos atrás, é o abrigo Santa Elina, em Mato Grosso, situado a 30 quilômetros do rio Cuiabá, um importante afluente da bacia do Paraná-Paraguai. Os sítios da serra da Capivara, no Piauí, onde a presença humana possivelmente chegue a 20 mil anos, estão a cerca de 100 quilômetros do rio São Francisco. Em Uruguaiana, no extremo oeste do Rio Grande do Sul, bem na fronteira com a Argentina, o sítio Laranjito, que apresenta indústria lítica com idade datada em aproximadamente 12 mil anos, fica às margens do lado brasileiro do rio Uruguai.

Em artigo publicado no início de 2015 na Revista de Estudos Avançados, da USP, Adriana Schmidt Dias e o arqueólogo Lucas Bueno, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), defenderam a existência de três grandes rotas fluviais que poderiam ter sido usadas pelos povos pré-históricos para entrar no território nacional. Uma delas seria via bacia amazônica, outra pelo rio São Francisco e uma terceira explorando as águas da bacia do Prata. Esse trabalho deriva em grande parte de dados compilados e interpretações apresentados em um estudo anterior, publicado em meados de 2013 na revista científica Quaternary International, pela dupla brasileira juntamente com o arqueólogo inglês James Steele, do University College London (UCL).

Pintura rupestre no sítio Pedra Pintada, em Monte Alegre, 
no Pará, onde a presença humana remonta a de 12 mil anos - Por Claide Moraes

Nesse artigo de revisão, o trio de pesquisadores analisou os resultados de datações feitas a partir de vestígios arqueológicos provenientes de 90 sítios pré-históricos do país, cujas informações foram divulgadas em artigos científicos publicados desde a segunda metade dos anos 1980. As idades foram obtidas pelo emprego do método do carbono 14 em um conjunto variado de vestígios arqueológicos, como ossos, dentes e cabelos humanos, artefatos de pedra, pontas de lança e muitos restos de fogueiras (aparentemente feitas pelo homem). O artigo interpretou como confiáveis 277 datações que haviam chegado a idades entre 15.500 e 8.900 anos (ver mapa). “Desconsideramos 63 datações que, por algum motivo, apresentavam um grau de incerteza maior sobre sua cronologia”, explica Adriana. Também os resultados das datações com mais de 15 mil anos de idade, que costumam ser alvo de questionamentos e polêmicas – como algumas obtidas para certos sítios da serra da Capivara ou em Santa Elina –, não foram levados em conta.

Entre as datações analisadas no trabalho, nove apresentavam resultados entre 15.500 e 12.800 anos. Essas foram as mais antigas da amostra, obtidas a partir de material de cinco sítios. Dois desses lugares, a Toca do Sítio do Meio e a Toca do Gordo do Garrincho, ficam na serra da Capivara. Outros dois se situam no norte de Minas Gerais: Lapa do Boquete, sítio que fica no vale do rio Peruaçu, hoje área de intersecção entre os biomas do Cerrado e da Caatinga; e Lapa do Dragão, na divisa com a Bahia. O quinto sítio é a caverna da Pedra Pintada, em Monte Alegre, nos arredores de Santarém, no norte do Pará, da qual se vê o rio Amazonas.

Esse lugar da pré-história nacional foi notícia no mundo todo no início da década de 1990 quando a arqueóloga norte-americana Anna Roosevelt, bisneta do ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt, datou pela primeira vez suas pinturas rupestres em cerca de 11 mil anos. Agora Pedra Pintada – cujo material coletado pela pesquisadora não ficou no Brasil – está sendo novamente estudada pelo arqueólogo Claide Moraes, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), de Santarém. “Temos cinco novas datações de carvões e sementes carbonizadas provenientes de fogueiras feitas provavelmente por humanos que deram cerca de 12 mil anos”, diz Moraes.

Depois desses cinco sítios mais antigos da amostra, o trabalho publicado na Quaternary International destaca os locais com idade entre 12.800 e 11.400 anos. Nesse período da pré-história nacional, a distribuição geográfica da presença humana começa a se ampliar. Além de incluir o norte de Minas, o Piauí e a Amazônia, os sítios desse período abrangem localidades do extremo sul do país, na divisa com o Uruguai, e do Centro-Oeste, como o de Santa Elina, em Mato Grosso. Para esse intervalo de tempo, o número de datações aumenta para 56 e o de sítios para 29.

Entre 11.400 e 10.200 anos, o estudo contabilizou 65 datações relacionadas a 46 sítios, agora já espalhados literalmente de norte a sul pelo atual território nacional. “Por volta de 10.500 anos atrás, o número de sítios arqueológicos cresce em todas as regiões”, comenta Adriana. Na região de Serranópolis, no sudoeste de Goiás, por exemplo, são conhecidos mais de 40 sítios com material lítico associado à tradição cultural Itaparica. Eles exibem pinturas rupestres e se situam em abrigos rochosos ao longo do rio Verde, um afluente do rio Paranaíba. Sua idade varia entre 10.700 e 8.400 anos. Até o estado de São Paulo, considerado um vazio arqueológico durante um bom tempo, contribui com dois sítios desse período: Batatal I e Capelinha, ambos situados no Vale do Ribeira, em áreas em que os habitantes pré-históricos fizeram uma espécie de cemitério à beira de rios, os chamados sambaquis fluviais. Um crânio humano de quase 10 mil anos, apelidado de Luzio, foi encontrado em meados dos anos 2000 em Capelinha. Esse sítio é considerado o mais antigo em área de Mata Atlântica a apresentar registros de presença humana. Encontrar sítios arqueológicos em áreas próximas ou vizinhas ao litoral é sempre um desafio. O nível do mar variou ao longo do tempo e é possível que antigos assentamentos estejam hoje em zonas submersas.

..:: Pontas de flecha

As pontas de flecha contam uma história semelhante sobre o povoamento inicial do território brasileiro. Aqui, esse tipo de vestígio da cultura material de povos pré-históricos é considerado relativamente raro. Pelo menos três sítios arqueológicos associados a duas tradições culturais distintas legaram exemplares desses artefatos líticos com idade superior a 10 mil anos. Pontas de projéteis da tradição Umbu com 10 milênios de idade foram encontradas no sítio de Garivaldino, no centro do Rio Grande do Sul, e em Tunas, no Paraná. Na gruta do Marinheiro, em Minas Gerais, também foram achados artefatos líticos desse tipo, igualmente antigos, mas cuja filiação cultural é alvo de debates.


Alguns arqueólogos consideram as pontas do sítio mineiro como da tradição Umbu, enquanto outros ainda não sabem como classificá-las. “As pontas da gruta do Marinheiro são totalmente diferentes das do Sul. Não são da tradição Lagoa Santa nem da Umbu. E muito menos da Itaparica, que, aliás, não produzia pontas”, afirma a arqueóloga Mercedes Okumura, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN-UFRJ), uma das poucas pesquisadoras do país que estudam esse tipo de artefato lítico. “A teoria nos diz que para surgir essa variabilidade no modo de fazer pontas é preciso, entre outros fatores, tempo suficiente para que essa diversidade se desenvolva. De forma simplificada, é um processo semelhante ao da evolução biológica.”

Não se pode descartar a possibilidade de ter ocorrido a migração de um grupo pré-histórico que estava em uma região, e já sabia fazer pontas de flecha com certas características, para uma área onde não havia esse tipo de conhecimento. Em tese, essa migração encurtaria o tempo necessário para que um grupo aprendesse a fazer pontas de um dado estilo. No entanto, as pontas encontradas no Brasil não se assemelham às de Clóvis, da América do Norte, nem às do tipo rabo de peixe, que estão presentes na Argentina e no Uruguai, com idade de até 11 mil anos. “Há algumas dessas no Brasil, mas ainda sem datação”, comenta Mercedes.

Artefato de pedra do sítio de Santa Elina, em Mato Grosso, datado em mais de 25 mil anos
Por Léo ramos chaves

..:: Idade calibrada
As datações de sítios arqueológicos sempre provocam alguma discordância, às vezes até polêmicas, quando os resultados obtidos atingem idades inesperadas. Um dos motivos é que, nas Américas, o número de esqueletos humanos antigos encontrados preservados é pequeno e, entre os poucos que resistiram à passagem do tempo, é raro os arqueólogos conseguirem extrair tecido biológico (colágeno) que possa ser alvo direto do processo de datação por carbono 14. A datação direta de material humano é sempre mais difícil de ser contestada. Com o método do carbono 14, é possível datar material de até 50 mil anos. Quando não é possível estabelecer uma cronologia de ocupação de uma área a partir de tecido biológico de esqueletos humanos, o recurso seguinte é tentar obter dados indiretos: datar a camada geológica em que os esqueletos ou vestígios humanos foram achados. Não havendo ossos de Homo sapiens, a saída é procurar por objetos feitos pelas mãos humanas ou restos de fogueiras produzidas pelo homem que possam ser datados. Se isso também não é possível, resta recorrer novamente à datação da camada geológica em que o objeto associado à presença humana foi encontrado.

Para complicar ainda mais as coisas, as idades fornecidas pelo método do carbono 14 podem ser apresentadas de duas formas, calibradas ou não calibradas. Isso gera discrepâncias e confusões. Nem sempre fica claro para o público leigo quando os arqueólogos ou os meios de comunicação estão usando um tipo de dado ou outro. Idades obtidas pela técnica do carbono 14 têm de passar por um tipo de correção para serem equivalentes aos anos do calendário humano. Assim, 10 mil anos obtidos pela técnica do carbono 14 representam, depois de serem calibrados, cerca de 12 mil anos. Há mais de uma forma de fazer essa correção e, dependendo da técnica empregada e da margem de erro, os resultados corrigidos podem variar significativamente. Por isso, alguns arqueólogos preferem trabalhar com as datações por carbono 14 sem terem passado por esse processo de correção. “Prefiro usar datas não calibradas”, comenta Walter Neves. Em tempo: nesta reportagem foram usadas datas calibradas.

...:: Artigos Científicos
BUENO, L. e DIAS, A. Povoamento inicial da América do Sul: Contribuições do contexto brasileiro. Estudos Avançados. v. 29, n.83, jan./abr. 2015.
ARAUJO, A. G. M. On vastness and variability: Cultural transmission, historicity, and the paleoindian record in eastern South America. Anais da Academia Brasileira de Ciências. v. 87, n. 2, p. 1239-58. 2015.
BUENO, L. et al. The late Pleistocene/early Holocene archaeological record in Brazil: A geo-referenced database. Quaternary International. v. 301, p. 74-93. 8 jul. 2013.

Fonte..:: Pesquisa Fapesp

Afinidades biológicas de grupos pré-históricosdo vale do rio Ribeira de Iguape (SP): uma análise preliminar


terça-feira, 19 de março de 2019

Refletindo a Isenção de Vistos: Turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália

O assunto de #IsençãoDeVistos  esta rendendo né?.... Bora Refletir:


Por..:: Renato Marchesini 

A partir de 17 de junho de 2019, turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália não precisarão mais de visto para entrar no Brasil. A medida é comemorada pelo turismo, pois visa atrair mais visitantes e gerar emprego e renda. A entrada vale para turismo, negócios, trânsito, atividades artísticos, desportivas e situações excepcionais por interesse nacional.

DECRETO Nº 9.731, DE 16 DE MARÇO DE 2019 (AQUI)


..:: Turismo deve Ser Atividade Técnica, não deve ser misturado com Paixões Ideológicas. 

Vamos recapitular: No final de novembro, a presidenta da República, Dilma Rousseff, sancionou o projeto de Lei 149/15, sobre a isenção de visto de turismo para estrangeiros no período das Olimpíadas.

A portaria publicada regulamenta a decisão, envolvendo, turistas do Canadá, Japão, Estados Unidos e Austrália, e assim permite a efetividade da aplicação da dispensa do visto. Turistas australianos, canadenses, norte-americanos e japoneses agora estão oficialmente dispensados da necessidade de apresentar visto em viagens de turismo ao Brasil no período de 1º de junho a 18 de setembro de 2016. A decisão, que tem por objetivo estimular a presença de estrangeiros no País durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, está presente em portaria conjunta dos ministérios do Turismo, Relações Exteriores e Justiça publicada no Diário Oficial da União. A isenção vale para permanência em território nacional de até noventa dias, improrrogáveis, a contar da data da primeira entrada.

Decisão Acertada! Na Época do antigo Governo e da Presidenta Dilma Rousseff.
Parabéns pela Iniciativa e Coragem!

Como Decisão Agora Acertada pelo atual Governo e do Presidente Jair Messias Bolsonaro.
Parabéns pela Iniciativa e Coragem!


Temos que ser Sempre a Favor do Brasil! 

Turismo Sem Barreiras + Turismo Consciente 


..:: Perguntas e Respostas

Pergunta: Mas Renato, a isenção foi apenas por ocasião do maior evento do planeta... Justificativa plausível, certo?

Renato Marchesini: Entendo que tanto nas Olimpíadas como agora temos bons motivos para Bem Receber e Sem Burocracia os Visitantes. Precisamos ser um destino competitivo.

Pergunta: Mas Unilateral é bom? 

Renato Marchesini: Realmente não é recíproco, uma pena mesmo. Não é bom! Mas não é ruim! entende?

O pleito de se dar passe livre aos visitantes destes países é luta antiga, é algo muito esperado pelo setor do receptivo nacional. É um avanço! Eu mesmo participei de algumas... reuniões e sessões sobre o tema. O Turismo Receptivo Nacional superou um gargalo.

Temos muitos outros gargalos a superar. É importante nos mobilizarmos para mais avanços.

E torço para que assim facilitemos sempre o ingresso de visitantes em nosso país. Ajudando a estes optarem a viajarem para cá. Acredito que a medida contribui para o turismo receptivo nacional.

Me lembro quando trabalhei em uma Operadora especializada em Internacional. Muitas das escolhas dos clientes era pela facilidade. Quando não se precisa de visto existe uma economia de tempo, dinheiro e quando o passageiro resolve por exemplo que quer daqui uns dias ir para uma localidade a sua preocupação fica somente no aéreo, hospedagens, tours e afins. Visto limita muito.

É um dos grandes motivos e case de sucesso dos destinos do Caribe.
Sem Vistos! Vem para cá que Você é bem Vindo!

Pergunta: Alguém deixa de viajar porque precisa de visto?

Renato Marchesini: De viajar não, mas sim de ir para alguns destinos. Falo isso por experiência de ter trabalhado em operadora internacional. E não são poucos que desistem de determinado destino por causa de precisar de visto.

Pergunta: Mais algum País seria interessante também ter isenção de visto?

Renato Marchesini: Acredito que todos os países que nosso país possua relações diplomáticas, mas para pontuar uma nova meta diria a China.

Pergunta: Faltam estudos sobre a questão?

Renato Marchesini: Possuímos dados de Data Base de 2017. Mas acredito que precisaríamos lapidar e aprofundar sempre mais estudos e no planejamento para o fomento da atividade turística para que a mesma seja consolidada e sustentável..

Segue para conhecimento : http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-04-11-53-05.html?fbclid=IwAR2oYaDoTbAvYacFEUytBSibSMnZf2_OqRbzj8aFqrAYTrQ1EOQLdbwLdMk

Leia Matéria da Revista Super Interessante de 4 de junho de 2016. (AQUI)
Por que ninguém viaja para o Brasil? Enquanto o turismo cresce no mundo. Onde estamos errando?

Aconselho também o aprofundamento e o estudo sobre o Turismo na Organização Mundial de Turismo (OMT) e do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC).

Quero ressaltar que não sou cabo eleitoral de nenhum partido ou governante . Só busco aqui refletir sobre o turismo que tanto ♥️ e me dedico. 

"O reposicionamento da atividade de turismo, em novas bases, 
não é uma escolha: é uma exigência dos novos tempos".


Transparência da Gestão Pública: São Vicente SP precisa de Mais Transparência - 2018

#MaisTransparência



Por..:: Renato Marchesini 

São Vicente está na posição 530 entre os municípios com menos transparência, a pesquisa foi feita pela CGU e analisou requisitos como: Informações de obras, eficiência dos portais, informações sobre cargos e salários etc.


IMPORTANTE PARA AVALIARMOS A GESTÃO: Foram avaliados 665 Municípios.
Média dos Municípios Brasileiro é NOTA 6.54

Como Vcs enxergam a questão? Será que governam para as pessoas? 
Será que isso é sustentável? Vc acha isso correto?

Resumindo: São Vicente está muito abaixo da média Brasileira. 
Segundo CGU - São Vicente está Reprovado

Para Entender a Falta de Transparência em São Vicente: http://transparencia.gov.br/pdf/3551009.pdf

A CAIXA PRETA: Tem gente que ainda vai achar que estou reclamando de bobeira.  Venho Alertando isso a tempos. E é onde sempre fiquei bolado. Tudo que por ventura perguntávamos escorregavam ou só cozinhavam a questão. Assim mudamos a estratégia, e começamos a protocolar no Gabinete do Prefeito. Não faziam nenhuma questão de responder nossos ofícios protocolados no Gabinete do Prefeito. Estamos até hoje aguardando o retorno dos oficios.

Enfim... Está com dúvida ainda? Tira a prova com a CGU.

"Aqui em São Vicente infelizmente não tem transparência"


..:: Conheça Bons Exemplos
Veja o site de Transparência de Santos: http://www.santos.sp.gov.br/mapadeobras



A Prefeitura precisa inserir no mapa de obras públicas todos os dados dos projetos, como data de início e término, nome das empresas vencedoras da licitação, valor, origem dos recursos, e telefone e endereço do órgão responsável pela obra. A relação de todas as obras em execução no município, para saber quais estão atrasadas, por que, e quais tiveram o valor alterado.


Prefeitura do Rio cria projeto de observação de aves em parques da cidade com calendário regular

Além da conscientização ambiental, Passarinhar Carioca quer atrair mais frequentadores para os 15 parques municipais da cidade,.

Por..:: Felipe Grinberg

Primeira edição do projeto Passarinhar Carioca da Prefeitura da Rio. No Parque Municipal Marapendi, no Recreio dos Bandeirantes, cerca de 30 pessoas participaram do pontapé inicial do projeto. 

Foto: Felipe Grinberg / Felipe Grinberg

A imersão do homem na natureza em grandes metrópoles, como o Rio de Janeiro, costuma ter dia e hora para acontecer. É preciso encontrar espaço na agenda para tornar esses momentos de relaxamento e prazer possíveis. O projeto Passarinhar Carioca, lançado pela prefeitura no sábado passado, no Parque Natural Municipal de Marapendi, no Recreio, é uma forma de estimular esse contato. Ele tem dois objetivos: propiciar a observação de pássaros e atrair mais frequentadores para os 15 parques municipais da cidade, sendo sete deles na área de Barra da Tijuca, Recreio, Vargens e Jacarepaguá.

O Passarinhar é um desejo antigo da bióloga Denise Monsores, observadora de pássaros há mais de 40 anos.

O mais importante é tentar chamar as pessoas a fazerem atividades dentro dos parques. Muitos não conhecem os parques da cidade. Queremos incentivar o laço entre a natureza e o carioca — diz.

No primeiro passeio guiado do Passarinhar, 30 observadores, entre novatos e veteranos, conseguiram identificar 41 espécies durante uma caminhada de duas horas pelo Parque Natural Municipal de Marapendi, mesmo sendo esta uma época menos propícia para a atividade. Entre setembro e dezembro, meses de reprodução, fica mais fácil flagrar aves. Mas no inverno também se podem ver espécies migratórias, que se reproduzem aqui.

Estar em meio à natureza pode aguçar sentidos. Mário Ferreira, gestor do Parque de Marapendi e morador de Bangu, diz que participar do Passarinhar fez com que ele passasse a prestar mais atenção ao canto das aves, inclusive em casa

Agora, se estou sentado no sofá e escuto algum piado, tento prestar atenção e me esforço para tentar reconhecer a espécie. É um exercício que eu não fazia antes; parece que nossa audição fica mais apurada — conta.

Sabendo da estreia via redes sociais, Sidney Almeida e seu filho, Sidney Almeida Júnior, acordaram cedo e foram ao passeio, que começa às 7h. Mesmo sem equipamentos de observação de longo alcance, como binóculos e câmeras, eles garantem que a experiência foi boa.

Acho que pela curiosidade de conhecer as espécies, o programa já vale. Próximo à lagoa conseguimos ver os pássaros bem, mesmo a olho nu. Os detalhes mais específicos, não reconhecemos, até porque somos leigos, mas dá para perceber as cores diferentes, as listras. Sem dúvida é uma ótima opção de lazer— afirma Júnior, que tem 24 anos e é estudante de Medicina

Morador do Anil, o pai explicou que aquela era a primeira visita dos dois ao local, embora ele passe diariamente próximo ao Parque de Marapendi:

Gostamos de estar em contato com a natureza e aproveitamos a observação para vir e fazer também a trilha. Mesmo passando sempre aqui, não sabíamos que este era um lugar que poderíamos frequentar. Agora que sabemos, queremos voltar e visitar os outros parques da região.

Como apoio ao Passarinhar, a prefeitura está instalando uma torre de observação fixa no Parque de Marapendi. A estrutura deve ser aberta ao público daqui a dois meses e oferecerá uma visão privilegiada da área, que alcança até a Praia do Recreio.

Jacupemba pode ser visto na região da Barra da Tijuca Foto: João Rafael Marins

..:: Aplicativos ajudam iniciantes
Munido de seu smartphone e de uma caixa de som portátil, o biólogo e ornitólogo João Rafael Marins usava todo o seu conhecimento em canto de pássaros para tentar identificar alguma ave próxima no Parque de Marapendi. Assim que um assobio era reconhecido, procurava a gravação correspondente no celular e reproduzia o canto na caixa de som. A estratégia é chamada de playback e usada para tentar atrair as aves até um local onde elas fiquem mais visíveis, já que muitas vezes elas estão no meio de uma mata densa.

Marins é um dos responsáveis pelo projeto Vem Passarinhar, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), outro programa de observação de pássaros, mas em unidades de conservação do governo do estado. Ele foi o guia do Passarinhar Carioca no último sábado, e explicava que, apesar de o playback ser um método muito bom para observadores iniciantes conseguirem uma boa visão dos pássaro, é preciso ter cuidado:

Tem que ter sensibilidade ao usar. Na cabeça do bicho, há uma outra ave da mesma espécie entrando no território dele para disputar espaço. Pode estressar o animal, já que vai alterar intencionalmente o comportamento dele. A estratégica é colocar cinco, dez vezes para atraí-lo. Mas, se a pessoa vir que a ave está com um ninho próximo ou se alimentando, não deve emitir o som.

Num aplicativo americano chamado Merlin Bird, diz ele, é possível baixar o pacote das aves de todo o Sudeste do Brasil, o que é muito útil em áreas onde a internet não pega. No app também é possível ver a região em que as aves podem ser observadas, além de fotos dos pássaros, o que ajuda os iniciantes a diferenciarem machos e fêmeas, por exemplo, nos casos em que isso é possível a olho nu.

No passeio inaugural, estavam reunidos observadores de vários estilos. Havia os que buscavam as aves apenas com os olhos, o que usavam binóculos, os colecionadores de fotos que vibravam a cada conquista como se estivessem completando um álbum de figurinhas e os que compartilhavam numa plataforma criada para este fim os nomes das espécies que tinham encontrado.

Professor de História da rede municipal, Leonardo Araújo se destacava entre os fotógrafos. Ele se apaixonou pela observação de pássaros há sete anos, mas sempre gostou do contato com a natureza.
Traz uma conscientização. É um exercício você apenas observar e não depredar a natureza — conta.

Com quase 250 aves já fotografadas no currículo, o professor acredita que a região de Barra, Recreio e Vargens ainda é pouco explorada, e está certo de que encontrará nos passeios pelos parques municipais da região aves que ainda não conheceu:

É muito bom parar um pouco a sua rotina e fazer o avistamento. Infelizmente esta não é a melhor época, mas dá para se divertir bastante nas trilhas também.

Fonte..:: O Globo

segunda-feira, 18 de março de 2019

Lindas Imagens da Divisa (praia) Santos e São Vicente: Foto Antiga

Linda Imagem da Divisa (praia) Santos e São Vicente. Pelos trajes, provavelmente trata-se de uma imagem dos anos 20. Um bonde da linha 2 sentido Santos/São Vicente.


São Vicente SP (Anos 80). Na Divisa, a estátua de Martim Afonso de Souza dava as boas vindas àqueles que chegavam de Santos. Hoje a estátua está em frente a prefeitura.


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quinta-feira, 7 de março de 2019

Fotos Antigas São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha

Foto Antiga São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha. Onde desembarcou Matim Affonso.
Jornal: Brasil-Portugal, 16 de setembro de 1902, nº88.

Foto Antiga São Vicente SP: Gonzaguinha - Obras de Drenagem e Ajardinamento (s.d).

Foto Antiga São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha anos 1920.

Foto Antiga São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha (anos 20).

Foto Antiga São Vicente (1926) no Gonzaguinha.


Foto Antiga São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha (s.d).


Foto Antiga São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha início dos anos 40.

Praia do Gonzaguinha em meados de 1940.

Foto Antiga São Vicente SP (provavelmente anos 1940) Orla do Gonzaguinha.



Fotos Antigas São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha (s.d.).

Cartão Postal Antigo São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha (s.d.).

Fotografia Antiga São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha (s.d).

Fotografia Antiga São Vicente SP: Visão para Praia do Gonzaguinha, tirada do pé da Ilha Porchat  (s.d).

Fotografia Antiga São Vicente SP: Visão para Praia do Gonzaguinha, tirada do pé da Ilha Porchat  (s.d).


Foto Antiga São Vicente SP: (por volta de 1949) Praia e o Bairro do Gonzaguinha na abaixo-direita as arvores da Biquinha de Anchieta, defronte a Praça 22 de janeiro.


Foto Antiga São Vicente SP: Anos 50. Ao fundo Praia do Gonzaguinha, e ao centro na edificação o antigo Cassino Ilha Porchat  (até 1946), na praia do Itararé.

Cartão Postal Antigo São Vicente SP Praia do Gonzaguinha (anos 50). O calçadão do Gonzaguinha ajardinado, e o Edifício Mirante ainda solitário e muita tranquilidade. 

Foto Antiga São Vicente SP. (1952). Praia do Gonzaguinha e ao centro Edifício Gáudio.


Foto Antiga São Vicente SP: Visão da Praia do Gonzaguinha (s.d).

Cartão Postal Antigo São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha, Ilha Porchat (s.d).


Foto Antiga São Vicente SP: A Praia do Gonzaguinha já teve uma fonte. Ficava na atual Praça Tom Jobim (s.d).

Foto Antiga São Vicente SP: (Início anos 60) Praia do Gonzaguinha.

Foto Antiga São Vicente (1965) no Gonzaguinha. Linha do Bonde e Edifício Gáudio.


Foto Antiga São Vicente SP: (anos 60) Praia do Gonzaguinha.

Foto Antiga São Vicente SP: Visão para o Gonzaguinha (anos 70). Postais Edicard.

Cartão Postal Antigo São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha (s.d.) Coleção Edicard.

Foto Antiga São Vicente SP: Praia do Gonzaguinha (1976).


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