Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

Tradutor:

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Baixada Santista tem 64,6% do território em área de preservação

A região também guarda um patrimônio ecológico de valor incalculável. No total, 64,6% do território das nove cidades é ocupado por áreas de preservação ambiental permanente, que engobla manguezais, restinga e florestas.

Por..:: Rafaella Martinez

Entre o crescimento econômico e a natureza: lar do maior porto da América Latina e de um dos mais importantes polos industriais do Brasil, a Baixada Santista também guarda um patrimônio ecológico de valor incalculável. No total, 64,6% do território da região é ocupado por áreas de preservação ambiental permanente.

Parques ecológicos, florestas, manguezais e restinga são ecossistemas presentes em abundância na região onde nasceu o Brasil e que hoje é responsável também por aproximadamente 3,15% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista. 


Parque Estadual Xixová Japuí
Foto de..:: Renato Marchesini

A cidade com o maior percentual de área em território de preservação é Bertioga: 92%, o que equivale a 452,22 km² de mata atlântica, manguezais e restinga. A Prefeitura possui o setor de fiscalização ambiental, que desenvolve ações para diversas diretrizes, como resíduos sólidos, saneamento (água e esgoto), queimada urbana e ocupação irregular de áreas verdes públicas dos loteamentos. Todas essas diretrizes impactam nas áreas de proteção.

Na sequência aparece Peruíbe, com quase 80% do território (260,97 Km²) coberto pelo bioma da Mata Atlântica e Manguezal. A Prefeitura faz o trabalho de fiscalização e monitoramento ambiental alinhada a atividades educativas e informativas. 

Mongaguá aparece com 79% do município (112,97 km²) em área é de preservação ambiental de floresta de Mata Atlântica. A Administração mantém a Diretoria de Meio Ambiente para tratar sobre atividades de âmbito ambiental e possui vínculos com a Polícia Militar Ambiental, ONGs , Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Conselho Municipal de Meio Ambiente. 

Com 196,42 km², cerca de 70% da área total classificada como Área de Proteção Ambiental, Santos está situada dentro dos limites do Parque Estadual da Serra do Mar e abriga uma grande área de Mata Atlântica. A maior parte desse total está localizada na área continental do município. Dentro da área insular existe também, atualmente, o Parque Natural Municipal do Engenho dos Erasmos, incluindo a área das ruínas do engenho e área de mata ao redor.

“Em algumas dessas áreas até existe permissão de construção e utilização, porém dentro de limites estritos estabelecidos na legislação municipal, estadual e federal de proteção ambiental, sendo nas áreas de proteção integral vedada a utilização divergente da conservação dos ecossistemas naturais”, destaca a nota enviada à redação.

São Vicente e Cubatão possuem 68,75% e 62,60% do território em área de preservação, respectivamente. A primeira cidade do Brasil apresenta poucas áreas de preservação na parte insular. Já na Área Continental são encontrados importantes remanescentes de florestas ombrófilas Montana, Submontana e de Terras Baixas, além de ecossistemas de restinga e vastas extensões de manguezais. 

Em Cubatão 92,63 km² (62,6% do território) é de área de preservação. Desses, 65,40 km² pertencem ao Estado (44,20%) e 27,23 km² ao município (18,40%). A cidade possui uma Comissão Permanente de Controle e Contenção de Ocupações do município, por meio da portaria 1038 de dezembro de 2018. Além disso, a Secretaria do Meio Ambiente, via Diretoria de Educação e Gestão Ambiental, trabalha na conscientização da população com o objetivo de transmitir a informação sobre a preservação dos mangues e descarte correto de resíduos . 

Já as cidades de Guarujá, Itanhaém e Praia Grande apresentam 40%, 39,78% e 39,20% respectivamente de áreas em preservação permanente. A pérola do Atlântico tem 15% de mangues preservados e nas praias a vegetação predomina. Já  Itanhaém tem convênios com o Governo do Estado no Projeto Litoral Sustentável que visa proteger a zona de amortecimento dos parques estaduais. Praia Grande mantém fiscalização constante dessas áreas, através de equipes que coibem a degradação desses ecossistemas em apoio a Polícia Ambiental.

Complexos rurais e parques turísticos de diversos biomas: a Baixada Santista possui diversas áreas de preservação que fomentam o turismo ambiental no Estado de São Paulo. 

Bertioga apresenta vários pontos turísticos. Sob a tutela ambiental, o mais recente ponto de desenvolvimento eco turístico está voltada ao Parque Estadual Restinga de Bertioga (PERB), com a publicação do Plano de Manejo do Parque. 

Em Mongaguá, as áreas de preservação ambiental também são espaços em que se pode fazer turismo. Exemplos são o Complexo Rural; o Parque Estadual da Serra do Mar (núcleo Curucutu); o Parque Turístico Umberto Salomone, conhecido como Poço das Antas e os passeios pelos rios do município.

Em São Vicente existem quatro áreas protegidas: o Parque Ecológico Voturuá, o Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), o Parque Estadual Xixová-Japuí (PEXJ) e a APA Marinha Litoral Centro (APAMLC), sendo que os três últimos são unidades de conservação.

Já Praia Grande possui o Parque Estadual da Serra do Mar; o Parque Estadual Xixová Japuí e a área do Parque Municipal Piaçabuçu, que abrange uma área de 7,96 km² equivalente a 5,33% do território, em sua maior parte constituída por manguezais, áreas consideradas de preservação permanente.

As praias, marinas e atividades de ecoturismo na APA Serra do Guararu são espaços turísticos preservados de Guarujá. Já em Cubatão, são considerados pontos turísticos o Parque Ecológico do Perequê; Parque Cotia-Pará; Caminhos do Mar e Núcleo Itutinga-Pilões, estes últimos inseridos no Parque Estadual da Serra do Mar. As cidades de Itanhaém, Peruíbe e Santos possuem diversos atrativos turísticos em áreas de preservação.

Fonte..::  Diário do Litoral - Matéria do dia 03fev2019.


Para Roteiros de Ecoturismo na Baixada Santista




segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Qual a diferença entre Memória e História?

Por..:: Renato Marchesini

A História não é apenas o registo dos acontecimentos mais importantes e a memória dos heróis e personalidades. A História é também o registro das pessoas anônimas, daqueles ditos sem história. No mais ambígua separação de conhecimentos e saberes.

Segundo RODRIGUES (2017), a história é uma análise crítica do passado e um estudo do presente a partir do passado. Fazer história é um trabalho intelectual. Mais que tentar restaurar memórias tem que criticar as fontes que usa, entender como foi usada, utilizar teorias e realizar interpretações do passado. Muitas vezes o trabalho do historiador acabam deslegitimando algo construído pela memória.

História: Como disciplina se firma como saber verdadeiro sobre o passado. O passado é verificado como condição concreta da existência. O Historiador fala a partir de documentos através de crítica e análise. História: é o registro concreto, oral, escrito, ou arqueológico, da vida e da cultura de uma determinada pessoa, cultura, civilização ou grupo social. Lugares da história como um modo de memória.

História como produto social: lugares sociais da história. Interação com memória e representações coletivas. É uma produção social mediada pelos lugares. Lugares de memória: complexidade dos grupos/ conflitos/ ações.

Deve-se refletir também sobre a história e suas relações com poder. A destruição das memórias coletivas. A visão particular x verdade universal.

História X Memória
  • Relação positiva: história enriquece representações da memória coletiva. Pensa a si e sua relação com o passado.
  • Relação negativa:  história se volta contra a memória. Função de construir um saber sobre o passado como verdade.


Memória: lembrança/recordação que se tem de algo que já tenha ocorrido, e à exposição de fatos, dados ou motivos que dizem respeito a um determinado assunto. É o fragmento abstrato, imaterial, da vida e da cultura de uma determinada pessoa, civilização ou grupo social.

Lembrança significativa. Processo socialmente condicionado de reconstrução que se apoia em estruturas sociais e rituais de comunicação. A Identidade social e a Identidade coletiva – memória de grupos, memória presente não neutralizada pelo universalismo da História científica. É a lembrança do espaço social do presente.

Subsistente: o que sobrevive do passado no presente no sentido de preservação e reprodução da sociedade.

Princípio ativo: trabalho, reflexão sobre o passado. Instrui ação de indivíduos, grupos e sociedades/ Sentido da diferença, das transformações, da afirmação da eficácia transformadora do tempo. Futuro. Poder humano sobre a história. Desnaturalização do tempo.

A memória é o conhecimento do passado que é capitaneado e guiado pelo presente, conhecimento que bebe das lembranças individuais de cada sujeito, mas também de jogos de poder e interesse. Que não necessariamente passa por pesquisa e crítica de fontes e etc... Normalmente a memória glorifica ou demoniza o passado ou parte do passado, aquilo que quer lembrar. E ela carrega julgamentos morais a respeito dos eventos que ela lembra que podem ir mudando com os anos de acordo com o interesse e disputas atuais. E convenientemente a memória esconde elementos do passado que não servem a narrativa que se quer defender. (RODRIGUES, 2017).

A Memória Coletiva:  É também campo de conflitos: memória hegemônica X memórias de grupos. Memórias distintas / Contraditórias.  Impulsos internos/externos. Sociedade/ teorias da história. Grupos dominantes: sua própria memória. Sínteses globais múltiplas e não unívocas.

“Memória e história são coisas diferentes, mas dialogam e uma pode ser a fonte para a outra.” (RODRIGUES, 2017).

Referência
RODRIGUES, Icles. Qual a diferença entre Memória e História?: Leitura ObrigaHistória, 2017. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=XRDzvuc4AAU >. Acesso em: 14 de janeiro de 2019.





quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

SANEAMENTO BÁSICO / TURISMO: A importância do esgotamento sanitário em cidades turísticas


O turismo é uma atividade econômica que não se desenvolve adequadamente em regiões com falta de água tratada, coleta e falta de esgotamento sanitário. A contaminação do ambiente por esgotamento compromete, ou até anula, o potencial turístico de uma região.

O estudo “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento” (2017) mostra que se houvesse saneamento básico adequado em todas as áreas urbanas do país poderiam ser quase 7 milhões de pessoas ocupadas no setor. Isso indica que em 2015 houve uma perda 200 mil postos de trabalho devido à falta de saneamento. Agregando-se os empregos indiretos seriam 315 mil novos postos de trabalho no turismo.

Do ponto de vista ambiental, deve-se ter em mente que o saneamento favorece as atividades em o solo. Isso porque o saneamento valoriza as construções existentes e possibilita edificações de maior valor agregado, o que implica aumento do capital imobiliário das cidades. Além de elevar o valor dos ativos e empreendimentos imobiliários, o saneamento possibilita o aumento e a valorização das atividades econômicas que dependem de condições ambientais adequadas para seu exercício, como é o caso do turismo.

A renda desperdiçada com as atividades turísticas subdesenvolvidas alcançou, estimativamente, R$ 9,4 bilhões no ano de 2015. Foram R$ 5,8 bilhões de renda do trabalho que deixou de ser gerada e R$ 3,6 bilhões de lucros e impostos que deixaram de ser arrecadados por conta da degradação ambiental de áreas por falta de saneamento básico.

Especialmente em áreas de grande tradição turística, como o Nordeste, o impacto seria maior. A região perdeu R$ 2,6 bilhões de renda do turismo em 2015 pela falta de saneamento, o que representou 27,5% das perdas no turismo brasileiro como um todo. Em termos de comparação do Brasil com os países vizinhos, aquelas economias latino americanas com melhor desempenho na área do saneamento têm fluxos internacionais e turistas relativamente maiores.

No Brasil, esse número foi de apenas 31 turistas por mil habitantes. E isso ocorreu no ano em que o país sediou a Copa do Mundo de Futebol.

Como cidadãos, temos que ter em mente, entretanto, que somente as ações e os recursos do Governo Federal não serão suficientes. É preciso cobrar mais nossos governantes de todas as esferas (a incluir estaduais e municipais), principalmente considerando que saneamento básico é um direito humano, previne doenças, economiza recursos em saúde pública e valoriza o turismo diversas regiões.

Fonte..:: Trata Brasil

domingo, 30 de dezembro de 2018

Entrevista Renato Marchesini: Programa Face a Face - Visão FM 92,5



Entrevista Renato Marchesini: Programa Face a Face - Visão FM 92,5
Projeto com com - Comunicação Comunitária
Data: 05 de Junho de 2018



Para Roteiros de Turismo na Baixada Santista


Somos Vencedores do Prêmio Top Blog

Somos Vencedores do Prêmio Top Blog
Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.