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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sul da Mata Atlântica resistiu à era do gelo, aponta pesquisa da Unesp Rio Claro

De tempos em tempos, a Terra esfria muito e boa parte da água do planeta congela, tornando o clima frio e seco. Esse período glacial, também conhecido como era do gelo alterna épocas quentes e úmidas, como a que vivemos agora, denominadas interglaciais. Os cientistas afirmam que esse movimento é cíclico e vem acontecendo há milhares de anos. Eles acreditam que o congelamento e a seca teriam fragmentado a Mata Atlântica e destruído sua porção mais ao sul, durante a última era do gelo, há 12 mil anos. Essa hipótese, porém, parece improvável diante de uma pesquisa do câmpus de Rio Claro.

O novo estudo, Phylogeography of endemic toads and post-Pliocene persistence of the Brazilian Atlantic Forest, foi publicado na terça-feira (3/5) na revista científica americana Molecular Phylogenetics and Evolution. Maria Tereza Chiarioni Thomé é a autora principal do artigo e doutoranda em Zoologia pelo Instituto de Biociências, câmpus de Rio Claro. A pesquisa encontrou espécies de sapos mais antigas do que o período glacial em áreas remanescentes de Mata Atlântica no Rio Grande do Sul.

Segundo a estudiosa, isso indicaria que pode não ter havido fragmentação na Mata Atlântica ou que refúgios significativos conseguiram se manter. Para chegar a essa conclusão, a estudiosa seguiu os caminhos de uma outra pesquisa, que dizia exatamente o contrário. O trabalho anterior, Stability predicts genetic diversity in the brazilian atlantic forest hotspot, foi realizado por cientistas brasileiros e americanos e seu resultado foi publicado em 2009, na revista Science, dos EUA. O pesquisador Célio Haddad, também do IB, participou daquele estudo coletando anfíbios de norte a sul da Mata Atlântica.

Mais espécies
Em laboratório, os cientistas analisam os genes desses animais e verificam a quantidade de mutações ocorridas. Quanto maior o número de mutações verificadas no material genético, mais antigo é o ancestral daquele animal. Com base nesse tipo de análise, os pesquisadores tinham entendido que a população de pererecas e sapos mais antiga estava na região do sul da Bahia, já reconhecida como uma das que apresentam a maior biodiversidade do planeta. E nos estados do Sul essas espécies eram mais recentes, indicando que o local poderia ter passado por uma recolonização após um período de extinção.“O problema é que esse estudo só trabalhou com três espécies, um número demasiado pequeno para uma conclusão como esta”, afirma Haddad.

Ele coorientou a tese de Maria Tereza, que pesquisou seis linhagens de sapos, recolhidos nas mesmas regiões. Com a ampliação do número de animais, foi possível identificar espécies tão antigas no Sul quanto no Nordeste. “Sabendo que eles estavam ali antes do degelo, garantimos que a floresta também estava de pé, já que esses anfíbios, como outros animais, dependeriam daquela biodiversidade para existir”, explica a pesquisadora.

Em seguida, a cientista empregou modelagens matemáticas, uma série de cálculos estatísticos, para verificar as variações do clima ao longo dos anos. É possível, assim, determinar os lugares que apresentavam, no passado, as condições climáticas que suportariam a mata. Ao cruzar as informações, a pesquisadora concluiu que essas regiões coincidem com os locais em que as linhagens mais antigas foram recolhidas, reafirmando assim que a floresta não havia desaparecido. “Esse cruzamento de informações é uma nova abordagem, que torna estudos sobre refúgios ambientais ainda mais objetivos”, diz Haddad.

Maria Tereza defenderá sua tese no final de 2010. Atualmente, ela se concentra na revisão taxonômica, que define as características exatas das espécies coletadas, incluindo a morfologia. A bióloga realiza estágios periódicos em laboratórios da Universidade de Cornell, em Ithaca, no estado de Nova York, nordeste dos EUA.

O orientador do trabalho é o professor João Miguel de Barros Alexandrino, da Unifesp, câmpus de Diadema, que era pesquisador da Unesp no início do doutorado.

Restam 7% de mata
As regiões em que os sapos de antiga linhagem foram encontradas podem ter resistido à era do gelo, mas correm o risco de não sobreviver à degradação ambiental causada pelo homem.

Haddad conta que muitos dos locais em que esses anfíbios foram recolhidos não são áreas de preservação ambiental. “O sul da Bahia chega a ter biodiversidade superior à da Amazônia, mas a busca por um desenvolvimento econômico baseado num modelo não-sustentável está destruindo essa riqueza.”Essa área mantinha uma forte produção de cacau, que convivia bem com a presença do ecossistema, já que o cacaueiro precisa da sombra das árvores mais altas. Nos anos 90, a proliferação da “vassoura de bruxa”, um fungo que destrói as plantações cacauieiras, levou os agricultores a buscar novas culturas ou alternativas industriais.

Nos dias de hoje, a região ainda é carente de desenvolvimento econômico, e as propostas nesse sentido, como a criação de portos e estradas, esbarram no perigo de destruição da floresta. Para o pesquisador, o governo deveria investir nos locais, criando reservas ambientais bem protegidas e compensar financeiramente os municípios do entorno, incentivando a preservação.

Originalmente, a Mata Atlântica se estendia de partes do Paraguai e Argentina, percorrendo todo a costa brasileira até o Piauí. Restam apenas 7% de sua formação original e muitas espécies foram extintas antes mesmo de serem conhecidas pela ciência, segundo informações da Ong SOS Mata Atlântica.

Fonte..:: Planeta Universitário / Unesp Assessoria de Comunicação e Imprensa

quarta-feira, 10 de março de 2010

ANFÍBIOS: Sapos, Rãs, Perereca, Salamandras ....

Nas proximidades de riachos, lagoas, açudes, banhados e outras áreas alagadas, você pode escutar os sons dos anfíbios - sapos, rãs, pererecas...

O que são anfíbios, afinal? A palavra anfíbio, de origem grega, significa "vida dupla", porque esses animais são capazes de viver no ambiente terrestre na fase adulta, mas dependem da água para a reprodução.

Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram os primeiros vertebrados a ocupar o ambiente terrestre, embora não efetivamente. Além de possuírem uma pele muito fina que não protege da desidratação, eles colocam ovos sem casca, que ficam ressecados se permanecerem fora da água ou de ambientes úmidos. Assim, esse grupo de animais, não é independente da água, já que pelo menos uma fase da vida, da maioria dos anfíbios, acontece na água e eles precisam dela para a reprodução.

Cobertura e temperatura do corpoNão possuem pêlos nem escamas externas. São incapazes de manter constante a temperatura de seu corpo, por isso são chamados animais de sangue frio (pecilotérmicos).

A pele fina, rica em vasos sanguíneos e glândulas, através da respiração, permite-lhes, a absorção de água, que funciona como defesa orgânica. Quando estão com "sede", os anfíbios encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele.

As glândulas sua pele são de dois tipos: mucosas, que produzem muco, e serosas, que produzem veneno. Todo o anfíbio produz substâncias tóxicas. Existem espécies mais e menos tóxicas e os acidentes com humanos somente acontecerão se essas substâncias entrarem em contato com as mucosas ou sangue.

Respiração
No estágio da vida aquática, quando são larvas, os anfíbios respiram por brânquias, como os peixes. Quando adultos, vivem em ambiente terrestre e realizam a respiração pulmonar. Como os seus pulmões são simples e têm pouca superfície de contato para as trocas gasosas, a respiração pulmonar é pouco eficiente, sendo importante a respiração cutânea - processo de trocas de gases com o meio ambiente através da pele.
A pele deve, necessariamente, estar úmida, pois os gases não se difundem em superfícies secas. As paredes finas das células superficiais da pele permitem a passagem do oxigênio para o sangue. A pele dos anfíbios é bem vascularizada, isto é, com muitos vasos sanguíneos.

Nutrição, digestão e excreção
Na fase adulta, que ocorre no ambiente terrestre, os anfíbios são carnívoros. Alimentam-se de minhocas, insetos, aranhas, e de outros vertebrados.

A língua, em algumas espécies de anfíbios é uma das suas características adaptativas mais importantes. Os sapos caçam insetos em pleno vôo, utilizando a língua que é presa na parte da frente da boca e não na parte mais interna. Quando esticada para fora da boca, a língua desses animais alcança uma grande distância, além de ser pegajosa, outro fator facilitador na captura da presa.

Possuem estômago bem desenvolvido, intestino que termina em uma cloaca, glândulas como fígado e pâncreas. Seu sistema digestório produz substâncias capazes de digerir a "casca" de insetos.

Os anfíbios fazem a sua excreção através dos rins, e sua urina é abundante e bem diluída, isto é, há bastante água na urina, em relação às outras substâncias que a formam.

Circulação
Os anfíbios têm circulação fechada (o sangue circula dentro dos vasos). Como ocorre mistura de sangue venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico em oxigênio) a circulação neste grupo de animais é do tipo incompleta. O coração dos anfíbios é dividido em três cavidades: dois átrios ou aurículas e um ventrículo.
Reprodução
O lugar para a reprodução dos anfíbios varia entre as espécies. Pode ser uma poça transitória formada após uma chuva , um rio, lago ou um açude. Há também os que procriam na terra, desde que seja bem úmida.

O acasalamento da maioria dos anfibios acontece na água. O coaxar do sapo macho faz parte do ritual "pré-nupcial". A fêmea no seu período fértil, é atraída pelo parceiro sexual por meio do seu canto e do seu coaxar.

Esse canto varia de acordo com a espécie. A maioria das espécies possuem dois ou três tipos de cantos diferentes. Além do canto nupcial (que atrai as parceiras), há os cantos de advertência com os quais o macho defende seu território da aproximação de outros machos.

A fêmea com o corpo cheio de óvulos é agarrada pelo macho com um forte "abraço". Esse "abraço" pode levar dias, até que a fêmea lance os seus gametas (isto é, os seus óvulos) na água. Então o macho também lança os seus espermatozóides, que fecundam os óvulos, cujo desenvolvimento ocorre na água.

O sapo, a rã e a perereca realizam fecundação externa. A salamandra realiza fecundação interna.

Nos numerosos ovos protegidos por uma grossa camada de substâncias gelatinosa, que geralmente se prendem às plantas aquáticas, as células vão se dividindo e formando embriões. Os ovos fecundados eclodem e as larvas denominadas girinos, vivem e crescem na água até realizarem a metamorfose para a vida adulta.

Metamorfose
A metamorfose envolve uma série de transformações e é um processo bastante lento que transforma o anfíbio jovem (girino) em adulto. Durante esse processo desaparecem as brânquias e desenvolvem-se os pulmões. E surgem também as patas no corpo do animal.

Nessa fase, os girinos se alimentam primeiramente da própria gelatina que os envolve e depois de algas e plantas aquáticas microscópicas.

Reproduzem-se através de ovos moles e sem casca, postos na água ou em lugares encharcados, dando origem a uma larva e depois a um adulto através do processo de metamorfose. Existem exceções a essa regra, alguns deles são vivíparos.

Em geral, não existe cuidado com a prole dentre os anfíbios.

São divididos em três grupos: Anura os sapos, as rãs, as pererecas , Caudata as salamandras Caudata e Apoda as cecílias. Conheça melhor os Grupos..:: AQUI

Fonte..:: Só Biologia



(papo de biologia)

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