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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Bactéria com gene de aranha produz veneno no Butantã

Uma bactéria que fabrica a principal toxina da aranha-marrom vai facilitar a produção de soro antiveneno no Instituto Butantã.

Pesquisadores do Laboratório de Imunoquímica conseguiram inserir um gene do animal peçonhento na bactéria Escherichia coli. Os microrganismos tornaram-se pequenos fornecedores da principal enzima (esfingomielinase-D) responsável pelos danos da picada. Por enquanto, o veneno, utilizado para a produção do soro, é obtido de modo artesanal: as aranhas recebem pequenos choques que forçam a liberação de quantidades ínfimas da toxina. Cada animal expele, no máximo, 30 microgramas de veneno - uma gota de água, por exemplo, tem massa dez mil vezes maior. Para produzir o soro, é preciso usar centenas de aranhas.

Com a nova técnica, as bactérias substituiriam as aranhas e poupariam trabalho dos cientistas. Ficaria garantido um suprimento estável de sfingomielinase-D para a produção do soro. "Nossa intenção era prescindir das aranhas para a obtenção da toxina", explica Denise Tambourgi, diretora do Laboratório de Imunoquímica, que há 15 anos investiga o veneno da aranha-marrom.

Atualmente, o Butantã produz soro antiaracnídico que trata, ao mesmo tempo, picadas de escorpião, aranha-marrom e armadeira - outra espécie de aranha comum no país. "A ideia é produzir soros específicos para cada um dos animais", aponta o diretor do Serviço de Imunologia do Butantã, José Roberto Marcelino. Atualmente, já está disponível o soro contra veneno de escorpião.

O soro para envenenamento causado por aranha-marrom - conhecido como antiloxoscélico - é o próximo da lista. "Pretendemos produzir três lotes consecutivos (de soro antiloxoscélico) ainda este ano", aponta Marcelino. As doses serão usadas nos testes clínicos prévios ao pedido de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O soro vai neutralizar o veneno de três espécies de aranhas-marrons: Loxosceles gaucho - principal responsável pelos acidentes em São Paulo -, L. intermedia - comum no Paraná, onde ocorre a maior parte dos acidentes no Brasil - e L. laeta - mais venenosa, presente em Santa Catarina e em vários países latino-americanos. Por enquanto, apenas o veneno de L. intermedia e L. laeta será produzido com as bactérias.

Veneno total
O soro antiloxoscélico utilizado no país é fabricado pelo Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), ligado à Secretaria de Saúde do Paraná. Produzido com veneno extraído de aranhas, o soro também neutraliza toxinas das três espécies responsáveis pela maior parte dos acidentes no país e na América Latina.

A farmacêutica Isolete Pauli, responsável pela produção de soros antiveneno no CPPI, considera muito oportuna a pesquisa do Instituto Butantã. Mas aponta que será necessário comprovar que o produto fabricado com bactéria transgênica neutraliza o "veneno total" - ou seja, todas as toxinas inoculadas pela aranha-marrom, e não só a esfingomielinase-D.

"Sem dúvida, esta enzima é uma peça-chave do veneno", aponta Isolete. "Mas todas as toxinas atuam de forma sinérgica para causar os danos do envenenamento." Denise Tambourgi, do Butantã, afirma que testes com animais em laboratório demonstraram que a neutralização da esfingomielinase-D é suficiente para impedir a ação das demais toxinas.

Números
No ano passado, houve 17.474 acidentes com aranhas, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.

A aranha-marrom teria contribuído com um terço dos envenenamentos. A médica Marlene Entres explica que a picada da aranha-marrom não costuma doer. Só depois de algumas horas o envenenamento evolui para sintomas que podem variar de necrose no local à presença de hemoglobina na urina, devido à ação das toxinas sobre o sangue.

Fonte..:: Alexandre Gonçalves para O Estado de SP / Boletim CRBIo 08/02/2010
(papo de biologia)

sábado, 21 de novembro de 2009

Prevenção de Acidentes com Animais Peçonhentos – FUNDACENTRO / INSTITUTO BUTANTAN

O presente manual foi elaborado pela Fundacentro em parceria com o Instituto Butantan para atender profissionais, estudantes e trabalhadores do setor agropecuário com relação às principais medidas de prevenção de acidentes com animais peçonhentos.

O manual apresenta os principais animais peçonhentos presentes no campo, como serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, formigas e abelhas, com uma descrição de suas características morfológicas, sua distribuição geográfica, os principais sintomas causados, por picadas desses animais e as medidas a serem tomadas em caso de acidentes.

Ano..:: 2001
Número de páginas..:: 46
Download disponível..:: Prevenção de Acidentes com Animais Peçonhentos.pdf

Editora..:: Fundacentro
Autor (es)..:: FUNDACENTRO, Instituto Butantan

Fonte..:: Fundacentro
(ecoturismo, papo de biologia, publicação_consulta)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Foto da Semana 12 – Jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) – Butantan – São Paulo / SP

Foto de ..:: Renato Marchesini 

 A jararaca-ilhoa, cujo nome científico é Bothrops insularis, é uma serpente adaptada a vida arborícola ou semi arboricola, o que se reflete em diversos aspectos de sua morfologia e comportamento. Vive exclusivamente na Ilha da Queimada Grande a 33 km do litoral paulista, no município de Itanhaém / SP.

Existem cerca de três a cinco mil indivíduos na ilha, sem concorrentes nem predadores. Pode sobreviver cerca de seis meses sem se alimentar. Alimenta-se normalmente comendo pássaros e ovos, especialmente de atobá-pardo, muito comum na ilha. O veneno da Bothrops insularis é estudado pelo Instituto Butantan. É muito poderoso pois, pela sua ação inibidora, a pessoa morre por falência geral orgânica ao fim de duas horas. A serpente desenvolveu este ultratóxico veneno pois seu alimento é basicamente as aves, evitando-se assim que a refeição escape. Devido a essa particularidade, seu veneno é muito procurado. 

Mesmo sendo de visitação restrita, existem casos registrados de espécimes que foram retirados da ilha sem autorização do órgão competente. Esta serpente foi clicada no Museu Biológico do Instituto Butantan, em São Paulo / SP. 

  Para conhecer o Instituto Butantan, entre em contato com a R9 Turismo: www.r9turismo.com


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Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.