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terça-feira, 12 de junho de 2012

Perigos do Necrochorume - Você sabe o que é?

A decomposição dos corpos produz uma substância líquida chamada necrochorume, que é composta por micro-organismos infecciosos, como bactérias e vírus. Calcula-se que cada cadáver libere, em média, 200 ml de necrochorume por dia durante, pelo menos, seis meses. Segundo Alberto Pacheco, professor da USP (Universidade de São Paulo) e pesquisador do Cepas-USP (Centro de Pesquisa de Águas Subterrâneas), quando o líquido entra em contato com o lençol freático por conta de “rachetas” (rachaduras), ele pode se espalhar e afetar quem vive nas proximidades, principalmente por meio de poços artesianos da região. “Há casos históricos (...) na Europa”, diz o hidrogeólogo, relembrando os surtos de febre tifoide ocorridos em Berlim, na Alemanha, e Paris, na França, durante a década de 1970. Ele também enfatiza que, além da febre tifoide, a febre paratifoide e a hepatite infecciosa, essencialmente a hepatite A, são exemplos de doenças causadas pela contaminação do necrochorume.

Para Alberto Pacheco, são necessários projetos de construção ou adaptação de cemitérios baseados em estudos de geotecnia, com o enfoque nas características do solo e na profundidade das águas subterrâneas. De acordo com o professor, o solo deve ter capacidade de filtrar as bactérias e absorver os vírus. Afirma ainda ser fundamental, durante os sepultamentos, manter uma distância mínima de 1,5 m do lençol freático, “para evitar qualquer possibilidade de contaminação”.

A jornalista Fernanda Felicioni, autora do livro “A Ameaça dos Mortos – Cemitérios põem em risco a qualidade das águas subterrâneas”, diz que alguns especialistas apontam a cremação como uma alternativa para esse problema e o da superlotação nos cemitérios, mas isso esbarra em questões culturais e religiosas. Devido à falta de jazigos, houve um aumento no uso dessa técnica nos últimos anos, porém isso ainda representa uma parcela mínima do total de pessoas mortas. “No entanto, é preciso lembrar que a cremação também polui o meio ambiente, no caso o ar”, afirma a jornalista, alegando que a maior parte dos crematórios utiliza sistemas avançados de filtragem da fumaça justamente para tentar reduzir os gases do efeito estufa.


(recicle suas idéias)
 

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