Estação tombada da Sabesp vai abrigar novo equipamento
A entrada é gratuita e, por enquanto, os exemplares devem ser utilizados na gibiteca. Aceitam-se doações no local ou na Secretaria de Educação (Seduc), à Rua José Bonifácio, 404 – 1º andar. A meta é chegar ao final do ano com mil unidades. Além disso, a ideia é, no futuro, criar um posto de troca de histórias em quadrinhos.
O vereador Caio França conta que, as tratativas com a Sabesp para a implantação da gibiteca no histórico lugar durou aproximadamente três anos. “Na época organizei um abaixo-assinado para a adesão ao projeto”. A Sabesp reformou o espaço e a Prefeitura investiu em iluminação e urbanização do largo.
Parceria - “Com uma atividade permanente no local, podemos unir saneamento, histórica e educação”, afirma o superintendente da Sabesp na Baixada Santista, engenheiro João Cesar Queiroz Prado. Ele informa que a cessão da área faz parte das ações comemorativas aos 100 anos de implantação do sistema de esgotamento sanitário da região, que será celebrado em abril pela Companhia e terá na programação a entrega de diversos bens tombados pelo patrimônio histórico.
Tombada em 2002 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), a EEE Thomé de Sousa passou por recente processo de recuperação e valorização das antigas características arquitetônicas do imóvel.
Perfil - Mauricio de Sousa nasceu em Santa Isabel (SP), em outubro de 1935. Seu pai era o poeta e barbeiro Antônio Mauricio de Sousa. A mãe, Petronilha Araújo de Sousa, poetisa. Além de Mauricio, o casal teve mais três filhos: Mariza (já falecida), Maura e Marcio. Trabalhou em rádio, no interior, onde também ensaiou números de canto e dança. E, para ajudar no orçamento doméstico, desenhava cartazes e pôsteres. Mas seu sonho era se dedicar ao desenho profissionalmente. Chegou a fazer ilustrações para jornais. Mas queria desenvolver técnica e arte. Para isso, precisava procurar os grandes centros, onde editoras e jornais pudessem se interessar pelo seu trabalho. Atuou como repórter policial por cinco anos no jornal Folha da Manhã. Mas chegou um tempo em que tinha que decidir entre a polícia e a arte. Ficou com a velha paixão. Criou uma série de tiras em quadrinhos com um cãozinho e seu dono Bidu e Franjinha e ofereceu o material para os redatores da Folha. As historietas foram aceitas, o jornalismo perdeu um repórter policial e ganhou um desenhista. Essa passagem deu-se em 1959.
Nos anos seguintes, Mauricio criaria outras tiras de jornal Cebolinha, Piteco, Chico Bento, Penadinho e páginas tipo tablóide para publicação semanal - Horácio, Raposão, Astronauta - que invadiram dezenas de publicações durante 10 anos. Para a distribuição desse material, Mauricio criou um serviço de redistribuição que atingiu mais de 200 jornais ao fim de uma década. Daí chegou o tempo das revistas de banca. Foi em 1970, quando Mônica foi lançada já com tiragem de 200 mil exemplares. Foi seguida, dois anos depois, pela revista Cebolinha e nos anos seguintes pelas publicações do Chico Bento, Cascão, Magali, Pelezinho e outras.
Durante esses anos todos, Mauricio desenvolveu um sistema de trabalho em equipe que possibilitou, também, sua entrada no licenciamento de produtos. Seus trabalhos começaram a ser conhecidos no exterior e em diversos países surgiram revistas com a Turma da Mônica. Mas chegou a década de 80 e a invasão dos desenhos animados japoneses. Mauricio ainda não tinha desenhos para televisão. E perdeu mercados. Resolveu enfrentar o desafio e abriu um estúdio de animação, a Black & White, com mais de 70 artistas realizando oito longas-metragens. Estava se preparando para a volta aos mercados perdidos, mas não contava com as dificuldades políticas e econômicas do País. A inflação impedia projetos à longo prazo (como têm que ser as produções de filmes sofisticados como as animações), a bilheteria sem controle dos cinemas que fazia evaporar quase 100% da receita, e o pior: a lei de reserva de mercado da informática, que nos impedia o acesso à tecnologia de ponta necessária para a animação moderna.
Mauricio, então, parou com o desenho animado e concentrou-se somente nas histórias em quadrinhos e seu merchandising, até que a situação se normalizasse. O que está ocorrendo agora. Consequentemente, voltam os planos de animação e outros projetos.E dentre esses projetos, após a criação do primeiro parque temático (o Parque da Mônica, no Shopping Eldorado, em São Paulo, seguido do Parque da Mônica do Rio de Janeiro) Mauricio prevê a construção de outros, inclusive no exterior.
As revistas vendem-se aos milhões, o licenciamento é o mais poderoso do País e os estúdios se preparam para trabalhar com a televisão. A par de um projeto educacional ambicioso, onde pretende-se levar a alfabetização para mais de 10 milhões de crianças.
Fonte..:: Prefeitura Municipal de São Vicente
(evento_programação, fatos_históricos)
Crianças e adolescentes da Primeira Cidade do Brasil vão ganhar, nesta
quinta-feira (29/3), às 16 horas, um novo espaço de incentivo à leitura.
É a Gibiteca Municipal “Maurício de Sousa”, localizada na centenária
Estação Elevatória de Esgoto Thomé de Sousa, localizada na Praia do
Gonzaguinha (Largo Thomé de Sousa).
Imagem..:: Redação TV Tribuna
A criação da gibiteca objetiva, além de
despertar os jovens para o gosto de ler, tem o papel de difundir a
importância histórica deste equipamento. Segundo a secretária de Educação de São Vicente, Tânia Simões, o espaço
vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas. O acervo, que
ficará abrigado na estação, vai contar, inicialmente, com cerca de 500
exemplares, entre gibis, revistas teen, mangás, entre outros. Já no
entorno (largo) ficará o recinto de leitura, com seis mesas, sendo
quatro com tabuleiro de xadrez. O acervo será atualizado mensalmente.
A entrada é gratuita e, por enquanto, os exemplares devem ser utilizados na gibiteca. Aceitam-se doações no local ou na Secretaria de Educação (Seduc), à Rua José Bonifácio, 404 – 1º andar. A meta é chegar ao final do ano com mil unidades. Além disso, a ideia é, no futuro, criar um posto de troca de histórias em quadrinhos.
O vereador Caio França conta que, as tratativas com a Sabesp para a implantação da gibiteca no histórico lugar durou aproximadamente três anos. “Na época organizei um abaixo-assinado para a adesão ao projeto”. A Sabesp reformou o espaço e a Prefeitura investiu em iluminação e urbanização do largo.
Parceria - “Com uma atividade permanente no local, podemos unir saneamento, histórica e educação”, afirma o superintendente da Sabesp na Baixada Santista, engenheiro João Cesar Queiroz Prado. Ele informa que a cessão da área faz parte das ações comemorativas aos 100 anos de implantação do sistema de esgotamento sanitário da região, que será celebrado em abril pela Companhia e terá na programação a entrega de diversos bens tombados pelo patrimônio histórico.
Recentemente restaurada pela Sabesp, o equipamento fez parte do projeto
implantado pelo engenheiro sanitarista Saturnino de Brito para coletar o
esgoto da Ilha de São Vicente. Por atender cidades planas, o
afastamento dos esgotos não poderia ser conduzido por gravidade nas
tubulações, necessitando de um sistema de bombeamento. As estações
elevatórias foram construídas e entraram em operação entre 1910 e 1912.
Tombada em 2002 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), a EEE Thomé de Sousa passou por recente processo de recuperação e valorização das antigas características arquitetônicas do imóvel.
Perfil - Mauricio de Sousa nasceu em Santa Isabel (SP), em outubro de 1935. Seu pai era o poeta e barbeiro Antônio Mauricio de Sousa. A mãe, Petronilha Araújo de Sousa, poetisa. Além de Mauricio, o casal teve mais três filhos: Mariza (já falecida), Maura e Marcio. Trabalhou em rádio, no interior, onde também ensaiou números de canto e dança. E, para ajudar no orçamento doméstico, desenhava cartazes e pôsteres. Mas seu sonho era se dedicar ao desenho profissionalmente. Chegou a fazer ilustrações para jornais. Mas queria desenvolver técnica e arte. Para isso, precisava procurar os grandes centros, onde editoras e jornais pudessem se interessar pelo seu trabalho. Atuou como repórter policial por cinco anos no jornal Folha da Manhã. Mas chegou um tempo em que tinha que decidir entre a polícia e a arte. Ficou com a velha paixão. Criou uma série de tiras em quadrinhos com um cãozinho e seu dono Bidu e Franjinha e ofereceu o material para os redatores da Folha. As historietas foram aceitas, o jornalismo perdeu um repórter policial e ganhou um desenhista. Essa passagem deu-se em 1959.
Nos anos seguintes, Mauricio criaria outras tiras de jornal Cebolinha, Piteco, Chico Bento, Penadinho e páginas tipo tablóide para publicação semanal - Horácio, Raposão, Astronauta - que invadiram dezenas de publicações durante 10 anos. Para a distribuição desse material, Mauricio criou um serviço de redistribuição que atingiu mais de 200 jornais ao fim de uma década. Daí chegou o tempo das revistas de banca. Foi em 1970, quando Mônica foi lançada já com tiragem de 200 mil exemplares. Foi seguida, dois anos depois, pela revista Cebolinha e nos anos seguintes pelas publicações do Chico Bento, Cascão, Magali, Pelezinho e outras.
Durante esses anos todos, Mauricio desenvolveu um sistema de trabalho em equipe que possibilitou, também, sua entrada no licenciamento de produtos. Seus trabalhos começaram a ser conhecidos no exterior e em diversos países surgiram revistas com a Turma da Mônica. Mas chegou a década de 80 e a invasão dos desenhos animados japoneses. Mauricio ainda não tinha desenhos para televisão. E perdeu mercados. Resolveu enfrentar o desafio e abriu um estúdio de animação, a Black & White, com mais de 70 artistas realizando oito longas-metragens. Estava se preparando para a volta aos mercados perdidos, mas não contava com as dificuldades políticas e econômicas do País. A inflação impedia projetos à longo prazo (como têm que ser as produções de filmes sofisticados como as animações), a bilheteria sem controle dos cinemas que fazia evaporar quase 100% da receita, e o pior: a lei de reserva de mercado da informática, que nos impedia o acesso à tecnologia de ponta necessária para a animação moderna.
Mauricio, então, parou com o desenho animado e concentrou-se somente nas histórias em quadrinhos e seu merchandising, até que a situação se normalizasse. O que está ocorrendo agora. Consequentemente, voltam os planos de animação e outros projetos.E dentre esses projetos, após a criação do primeiro parque temático (o Parque da Mônica, no Shopping Eldorado, em São Paulo, seguido do Parque da Mônica do Rio de Janeiro) Mauricio prevê a construção de outros, inclusive no exterior.
As revistas vendem-se aos milhões, o licenciamento é o mais poderoso do País e os estúdios se preparam para trabalhar com a televisão. A par de um projeto educacional ambicioso, onde pretende-se levar a alfabetização para mais de 10 milhões de crianças.
Fonte..:: Prefeitura Municipal de São Vicente
(evento_programação, fatos_históricos)
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