Região portuária renovada, novos investimentos na área de terminais marítimos de passageiros, incremento no ramo hoteleiro e desenvolvimento da indústria do petróleo e gás.
Esses são alguns dos fatores que fizeram com que o Litoral Paulista e a Baixada Santista passassem a ter um novo status aos olhos do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).
A opinião é de Mário Augusto Lopes Moysés, presidente da autarquia encarregada pelo Ministério do Turismo de promover os destinos turísticos brasileiros no mercado internacional.
A três anos da Copa do Mundo, ele acredita que a região tem potencial para aproveitar os bons ventos do setor. Ontem, Moysés visitou A Tribuna e, por ocasião do 9º aniversário do Santos e Região Convention & Visitors Bureau, apresentou a palestra Perspectivas do Turismo para o Brasil e Copa de 2014, no Teatro Guarany.
A bordo do bonde turístico de Santos, Moysés ressaltou a importância da divulgação do que o Brasil tem a oferecer para os visitantes. Dentre os diferenciais, ele citou o eixo Santos/Rio como um produto turístico importante a ser lapidado. Em entrevista ao jornal A Tribuna, ele contou também suas impressões sobre a candidatura de Santos à subsede da Copa.
Santos é candidata a ser subsede da Copa de 2014. O senhor acha a candidatura viável? Caso seja escolhida, que frutos isso pode trazer?
A Cidade tem todos os equipamentos necessários. Tem campo de futebol que pode servir de centro de treinamento e está expandindo sua rede hoteleira, o que permitirá acolher equipes como jornalistas e turistas que vierem aqui atraídos pela presença de uma seleção.
Que atrativos a região pode explorar para oferecer a turistas que vierem do exterior?
Um atrativo muito especial é a história do Brasil Campeão. A primeira Copa que o Brasil ganhou, em 1958, é a que o Pelé tinha 17 anos, quando liderou a vitória na Seleção Brasileira. Para quem gosta de futebol e para a cobertura da imprensa mundial é algo simbólico e muito importante. Se for bem sucedida, a escolha dará projeção à Cidade e à região.
Há algum destino ou roteiro que poderia ser trabalhado como produto pensando no mundial?
A costa entre a Baixada Santista e o Rio de Janeiro é uma das mais belas do País. Tem uma característica distinta e rica, que é a montanha do lado do oceano, com a Mata Atlântica. Sob o ponto de vista do ecoturismo, é um destino promissor. Para quem gosta de praia, vida noturna e de turismo náutico, também.
De que forma explorar melhor esse que é um destino desfrutado principalmente por paulistas?
Realmente, essa faixa de costa é aproveitada tradicionalmente pelo turismo doméstico. Mas a Copa será uma oportunidade grande para projeção internacional. Estamos pensando a competição como um momento de fazer uma exposição desse trecho belíssimo do nosso litoral e tenho dito isso em algumas viagens internacionais. Vamos construir press trips (ação que é voltada a jornalistas nacionais e internacionais para propiciar a vivência de um roteiro turístico) para trabalhar melhor toda essa área.
E quais seriam os principais roteiros?
o longo da costa temos produtos que vão da cidade de Santos à São Sebastião e Ilhabela, passando por Paraty e pelo próprio Rio de Janeiro. Eles podem ser visitados, especialmente na primeira fase da competição, por navios de cruzeiros em circuitos curtos ou por terra, por meio da Estrada Rio-Santos.
Há intenção de expor melhor esses destinos no exterior?
Sim, nós identificamos esse eixo como um produto turístico extremamente forte e viável para o turista estrangeiro. Embora seja pouco conhecido, tem um enorme valor pela dimensão cultural e pelas belezas naturais.
Um grande entrave para a expansão do nosso turismo é a falta de um aeroporto civil metropolitano. Isso é um obstáculo para fomentar o setor na região?
Sim, onde não há acessibilidade rápida aos destinos turísticos perde-se mercado e competitividade. Um aeroporto facilitaria muito, mas essa dificuldade é nacional. O Brasil já teve mais de 300 cidades atendidas por aviação regional. Hoje são cerca de 150. Ter um aeroporto civil metropolitano na Baixada Santista é necessário para trazer gente de outros locais do Brasil e turistas de alto luxo que usam vôos executivos. É fundamental também para o turismo de negócios.
Que impressão teve de Santos?
Constatei que a Cidade está se renovando sem perder a memória. Está resgatando sua história como um produto turístico. O que precisa é trabalharmos mais fortemente todo o litoral de São Paulo e sua ligação com o Rio de Janeiro, para aproveitar o crescimento carioca.
Fonte..:: A Tribuna
(turismo)
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