No dia seguinte à fracassada concorrência para o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a direção da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) optou pelo silêncio, ontem. O máximo que fez foi repetir uma nota enviada na véspera, pela qual "reavaliará todo o processo e realizará, oportunamente, uma nova licitação".
Discrição semelhante dominou a maioria dos membros de empresas que compareceram ao auditório da EMTU, na terça-feira, em São Bernardo do Campo, para acompanhar a sessão em que deveriam ter sido entregues propostas para a primeira fase do VLT, entre Santos e São Vicente.
A única a se manifestar foi a assessoria de imprensa da Alstom, líder mundial na produção de trens de alta velocidade. Informou que representantes foram à sessão porque a empresa era uma potencial fornecedora de vagões de VLT a quem vencesse a concorrência.
"O VLT é só uma parte do projeto. Não fazemos ônibus e não somos um grupo que iria fazer e operar o serviço", afirmou uma assessora da Alstom.
O Veículo Leve fará parte do Sistema Integrado Metropolitano (SIM), também composto por linhas de ônibus locais e interurbanas. A ganhadora da licitação teria de operar os dois serviços de transporte.
A primeira fase do SIM, entre Santos e São Vicente, tem custo estimado em R$ 700 milhões. Conforme o edital original de concorrência, a concessão dos serviços terá 25 anos de duração, com faturamento previsto de R$ 4,7 bilhões, no período, para a vencedora.
Prefeitos: interesse
Os prefeitos de Santos, João Paulo Papa (PMDB), e São Vicente, Tercio Garcia (PSB), dizem continuar otimistas quanto à instalação do VLT na região prometida há 12 anos pelo Governo Estadual.
A despeito de nenhuma proposta ter sido entregue na sessão aberta pela EMTU anteontem, Papa entende que o empreendimento "despertou o interesse do mercado". Cerca de 20 empresas retiraram o edital de concorrência.
"Acredito (no projeto) do mesmo jeito que no primeiro dia. (O VLT) É o futuro das médias e grandes cidades. Mesmo que (o adiamento da licitação) gere algum atraso, é um projeto para o futuro", discorre o peemedebista.
Estratégias
Tercio Garcia expõe uma hi- pótese: "As empresas usam suas estratégias para enfrentar a licitação. Talvez o texto (do edital) não esteja na dimensão desejada por empresas interessadas".
O prefeito vicentino destaca que "o fato de se ter marcado a licitação sinaliza o interesse do Estado, o que faz crer que o projetosairá(dopapel)".
Para Garcia, porém, "não me agrada que se crie a expectativa de que o VLT será uma panaceia para os problemas do trânsito. O tráfego mais pesado não está entre Santos e São Vicente, mas entre Santos e as demais cidades".
Fonte..:: A Tribuna de Santos
Conheça o Projeto do VLT - AQUI no Blog Caiçara
Diferenças: VLT x MONOTRILHO - AQUI no Blog Caiçara
(transportes)
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