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sábado, 25 de setembro de 2010

Santos a nova capital do petróleo,

Santos vai receber mais de R$ 4 bilhões em investimentos em obras de infraestrutura. Outros bilhões virão da indústria offshore e das empresas que gravitam no setor. A explicação? A principal cidade do litoral paulista está bem próxima dos maiores reservatórios do pré-sal

Por..::  Darcio Oliveira

Os bondes vieram de Portugal, Itália e Estados Unidos. Restaurados, hoje cortam o centro de Santos, a principal cidade do litoral paulista, circulando em meio aos prédios históricos que, revigorados, abrigam bares e restaurantes. De quinta-feira a domingo, o centro lota e os trenzinhos trabalham como nunca – de lá-pra-cá-daqui-pra-lá nos 5 km de linha que circundam o bairro. “É um museu móvel e aberto”, diz Márcio Antônio Rodrigues de Lara, secretário de desenvolvimento de Santos.

Os bondes fazem parte do programa Alegra Centro, criado em 2003 pela prefeitura local para revitalizar a região, antes em franca decadência. Desde então, conta Lara, 297 restaurações e reformas foram feitas em casas e prédios no local.

Dos bondes, o secretário salta para o VLT, um trem compacto e modernoso (também conhecido como metrô leve) projetado para interligar vários municípios da Baixada Santista. Orçado em mais de meio bilhão de reais, o veículo leve sobre trilhos deverá entrar em operação em 2012. Partirá de São Vicente e percorrerá o trajeto paralelo ao porto de Santos. “É uma viagem rápida, confortável e extremamente funcional, já que haverá a integração do VLT com as linhas metropolitanas e municipais”, afirma Lara. Com capacidade para transportar até 300 passageiros, os VTLs permitirão retirar de circulação 150 dos 500 ônibus que hoje compõem a frota da cidade. O projeto será feito por meio de parceria público privada. As licitações devem ser abertas ainda neste ano.

A revitalização de bairros e o trem futurista são apenas dois dos projetos que estão preparando Santos para a chegada de um contingente que deve engrossar a população e movimentar a economia da cidade. Trata-se da turma do petróleo, que virá a reboque das descobertas na camada do pré-sal. Graças aos campos ultraprofundos da costa santista –Tupi, principalmente - a cidade se transformou em ponto estratégico para a Petrobras, que investiu R$ 15,1 milhões em um terreno de 25 mil metros quadrados, no bairro do Valongo (região central), para construir a sede de suas operações na Baixada Santista. “Até o ano passado, o que havia por aqui eram apenas os escritórios da Petrobras”, diz Lara. “Mesmo assim, a simples presença da estatal já foi capaz de atrair para o município empresas que gravitam no setor”. Entre 2005 e 2009, doze companhias de grande porte, nacionais e internacionais, ali se instalaram. A previsão é de que esse número triplique quando as três torres de escritórios previstas para a nova sede da Petrobras estiverem em funcionamento, em 2017.

Além de empresas satélites, essa base operacional atrairá novos empreendimentos de apoio à atividade petrolífera. Estão previstos a construção de um parque tecnológico dotado de uma incubadora de empresas, um centro de pesquisas de óleo e gás e outro de inteligência em TI. Projetos de urbanização no entorno da base também estão em andamento.

O bairro de Valongo deverá ganhar um complexo de turismo e lazer, o Museu do trabalhador portuário e o Museu Pelé, além de dezenas de bares e restaurantes em casarões históricos da região.

Não há projeções oficiais sobre o crescimento populacional decorrente das atividades petrolíferas, mas estimativas preliminares, lastreadas no histórico de outros municípios impulsionados por essa indústria, apontam para algo próximo de 50% num prazo de 4 a 5 anos –aproximadamente 600 mil habitantes.

O novo censo do IBGE em curso dará uma ideia mais precisa do avanço demográfico. Mais gente nas ruas significa a necessidade de mais estrutura, aumento dos investimentos e - espera-se – a consequente evolução de renda, empregos e PIB. Há várias frentes na cidade para suportar o crescimento urbano: das obras de ampliação portuária à construção de edifícios inteligentes para abrigar as empresas da cadeia petrolífera a melhorias estruturais que preveem projetos de macrodrenagem em regiões ameaçadas por desabamentos de terra e alargamentos das avenidas principais. Estima-se que, no total, as obras em andamento consumirão R$ 4 bilhões.

A movimentação febril na Baixada e as perspectivas de aumento de população e renda acionaram o radar do setor de construção civil. “Antes, projetávamos uma obra a cada dois anos”, afirma Marcelo Aduin, diretor de incorporação da OR, braço imobiliário do grupo Odebrecht. “Hoje estamos olhando a cidade sob nova ótica”. A OR lançou recentemente o projeto do residencial The Garden, de 7 mil metros quadrados, na região do orquidário. Orçado em R$ 170 milhões, suas 300 unidades foram vendidas em menos de um mês --70% delas em três dias. Em novembro, a construtora apresentará ao mercado mais um empreendimento, misto de escritório e centro de serviços. “A cidade vai ter de saber lidar com o boom do mercado imobiliário”. E com o preço dos imóveis. Nos ultimos três anos o preço do metro quadrado, nas regiões mais nobres da cidade, disparou uma valorização de 50% e atingiu R$ 5 mil.

O que preocupa os santistas e vizinhos de baixada é o risco da queda de qualidade de vida. “Não haverá perda”, diz o secretário. “Será uma cidade mais verticalizada (com mais apartamentos) e mais cheia, sem dúvida. Mas, ao mesmo tempo, terá condições financeiras para manter os projetos de revitalizações de bairros, infraestrutura, mobilidade e bem-estar”

Fonte..:: Época Négócios

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