Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE TURÍSTICA

À medida que o turismo avança para o século XXI, os empreendimentos terão que fazer do meio ambiente, uma prioridade. Por ser o maior setor do mundo, o meio ambiente está assumindo um lugar central no desenvolvimento turístico. O turismo não é apenas uma força econômica poderosa, mas, também, um fator importante na sustentabilidade da natureza. Como se prestará mais atenção ao meio ambiente no futuro, os projetos economicamente viáveis, mas não ambientalmente desejáveis, não serão desenvolvidos. O meio ambiente é o núcleo do produto turístico. A lucratividade no setor depende da manutenção da atratividade de uma destinação que as pessoas querem ver ou conhecer.

O turismo tem o poder para aprimorar o meio ambiente, prover fundos para conservação, preservar cultura e história, estabelecer limites sustentáveis de utilização e proteger atrações naturais. Também em o poder de destruir. Se não for planejado e implementado de maneira apropriada, pode destruir a vegetação, gerar superpopulação, sujar as trilhas, poluir as praias, causar excessos de construções, eliminar espaços abertos, criar problemas de esgotos e habitação, e ignorar as necessidades e a estrutura da comunidade receptora.

Já se está reconhecendo que o turismo deve preservar e proteger o ambiente e as atrações naturais, de forma que as pessoas continuem a viajar, além de estabelecer limites para que os locais sejam verdadeiramente sustentáveis (GOELDNER et al., 2002).

Até a segunda metade do século XX, o interesse por áreas naturais é deixado de lado e o turismo visa a massificação dos roteiros turísticos. As características do ambiente são deixadas de lado e a preocupação concentra-se em levar o maior número de turistas possível em locais com paisagens significativas, não se importando com a destruição da natureza.

No final do século XX, o olhar do turismo volta-se, novamente, para as áreas naturais, que suportam um número bem menor de visitantes. Mais turistas estão conscientes do dano ecológico que podem provocar, do valor da vida natural e dos interesses das populações locais (FERRETTI, 2002).

As visitas à natureza não são obviamente uma novidade, uma vez que sempre existiram. Apenas agora estamos organizando-as como negócio e, assim, tornando-as mais acessíveis a um público mais amplo. Essas visitas podem ser sempre muito enriquecedoras, aliás, como qualquer viagem. Mas somos levados a desejar que essa experiência seja potencializada perante a raridade dos espaços naturais preservados, a sua fragilidade e o fato de serem pouco valorizados em nossa sociedade (NEIMAN & MENDONÇA, 2000).

O ecoturismo também é chamado de turismo ecológico, turismo natural, turismo de natureza, turismo verde, turismo de baixo impacto, turismo alternativo, turismo responsável, turismo soft, turismo apropriado, turismo de qualidade e novo turismo. O princípio de ambos é sustentar e mesmo aprimorar a qualidade e a atividade do ambiente natural.

Porém, “todo turismo deveria ser ecológico no sentido de que para usufruir a natureza é preciso ter um conhecimento prévio do ambiente a ser colocado à disposição do uso turístico. Todo turismo deveria se pautar no funcionamento da natureza e nos seus limites ecológicos ao projetar infra-estrutura e equipamentos turísticos. Qualquer tipo de turismo tem de se adequar às fragilidades do meio e ser capaz de gerir e controlar impactos ambientais” (LEMOS et al., 1999).

De acordo com VAZ (1999), o turismo ecológico cabe em qualquer ambiente, pois corresponde mais a uma postura do que um segmento propriamente dito.

Há um grande número de definições de ecoturismo. Sua definição é polêmica e difícil de determinar com precisão.

Segundo a EMBRATUR (2002), Ecoturismo é um “segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações”.

Definido amplamente, o ecoturismo envolve mais do que preservação. É uma forma de turismo que responde às necessidades ecológicas, sociais e econômicas de uma área. Também proporciona uma alternativa ao turismo de massas. Engloba todos os aspectos do turismo - desde as companhias aéreas até os hotéis, do transporte em terra às operadoras turísticas. Ou seja, cada componente do produto ecoturístico é ambientalmente sensível. Como forma de turismo, o ecoturismo alimenta uma compreensão da cultura e da história natural do meio ambiente, estimula sua integridade produz oportunidades econômicas e ganhos em termos de preservação (GOELDNER et al., 2002).

Segundo FERRETTI (2002), há a tendência na atualidade, de definir qualquer atividade turística ligada à natureza, como ecoturismo. Sob essa perspectiva, o ecoturismo está incorporando uma série de princípios aplicáveis que se relacione com o ambiente natural, não e importando com a escala ou o objetivo, mas sim com o impacto.

Caracterizar com detalhes o ecoturismo é necessário, mas caso esse conceito seja amplo demais, poderá ser descaracterizado e, se for restrito, seu papel ficará limitado. Uma maneira é focalizara natureza como “mercadoria”, tendo em mente que é um sistema aberto e que responderá conforme o uso que será imposto no local. O termo ecoturismo caracteriza um grau de responsabilidade, tanto nos elementos naturais do ambiente como a estrutura social da área envolvida. Para alguns autores, a expressão “viagem responsável” retrata o ecoturismo.

Com base nessas possíveis respostas, o ecoturismo poderá propor ações que irão minimizar os efeitos negativos.

O turismo é uma conjugação de diversos fatores sociais, econômicos, políticos, ideológicos, culturais, técnico-científicos e ambientais. É um fenômeno complexo, dinamizando vários setores produtivos nos mais diferentes locais do nosso planeta (FERRETTI, 2002).

De uma perspectiva conceitual, e a despeito da multiplicidade de definições encontradas para a atividade ecoturística, é possível apontarmos para um consenso em torno de seu caráter intrinsecamente educativo, de seu compromisso com a criação da consciência ambientalista e a modificação de comportamentos.

Fonte..:: Apostila Gestão de Empreendimentos Turísticos – Versão 4 – Renato Marchesini, 2010.

(ecoturismo, recicle suas idéias, turismo pedagógico)

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