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(Baixada Santista)
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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Tipos de Folhas e sua Identificação

 As folhas são órgãos essenciais das plantas, pois realizam a fotossíntese, transpiração e trocas gasosas.




1. Simples: Folhas com limbo único e contínuo, sem divisões na estrutura. Comuns em culturas como o espinafre, sua simplicidade torna a fotossíntese eficiente. São úteis para identificar plantas herbáceas de crescimento rápido.

2. Lanceolada: Forma alongada e estreita, com pontas afiadas, como no lírio. Essa forma facilita a captação de luz em áreas densamente povoadas, típica de plantas ornamentais e gramíneas.

3. Oval: Limbo elíptico com bordas lisas, comum em ervas aromáticas como o manjericão. A forma compacta maximiza a área de fotossíntese sem perder eficiência na transpiração.

4. Composta: Formada por várias folíolos ligados a um único pecíolo, como no trevo. Esse tipo de folha permite que as leguminosas adaptem sua área foliar a diferentes ambientes, facilitando a captação de luz.

5. Rósea: Bordas profundamente lobadas orientadas para o ápice, como no dente-de-leão. Característica de plantas adaptadas a solos pobres, maximizando os recursos para a fotossíntese.

6. Peltada: Forma circular com pecíolo ligado ao centro do limbo, como na capuchinha. Ideal para plantas trepadeiras, que usam as folhas para captar luz enquanto crescem em busca de melhores condições.

7. Denteada: Bordas com dentes pronunciados, como no carvalho jovem. Essa forma é uma estratégia de defesa contra herbívoros, permitindo maior transpiração e captação de luz.

8. Lobada: Lobos rasos que dividem a margem do limbo, como no bordo. Aumenta a área foliar sem adicionar peso, sendo eficiente para árvores e arbustos.

9. Sagitada: Forma de flecha com lobos basais voltados para baixo, como no caládio. Comum em ambientes úmidos, canaliza a água para longe do caule.

10. Palmeada: Com nervuras que partem de um ponto comum, como no mamona. Típica de climas tropicais, facilita uma distribuição uniforme da luz.

11. Acicular: Folhas finas, pontiagudas e rígidas, como no pinheiro. Adaptação a climas frios e secos, minimizando a perda de água enquanto realiza a fotossíntese.

12. Paralelinérvea: Forma linear com nervuras paralelas, como nas gramíneas. Design típico de pastagens e culturas forrageiras, otimizando resistência ao pisoteio e ao vento.

Conhecer os tipos de folhas ajuda a identificar plantas, ajustar práticas agrícolas e melhorar a eficiência produtiva em diferentes ambientes. 


quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Xadrez Quilombola: Escola Goiana Ressignifica e Valorizar Cultura Quilombola

 

Xadrez quilombola (Foto: Joel Estanislau dos Santos)

Um xadrez onde o rei é Ganga Zumba, o bispo é Zumbi, a dama é Dandara e os peões são os escravos. Assim é o jogo de tabuleiro desenvolvido por alunos e professores na Escola Municipal Canabrava, da Comunidade quilombola de Flores de Goiás. O projeto de xadrez é para valorizar a cultura e tradição do local.

“É um jogo que fortalece a identidade cultural da comunidade. Houve o respeito e a valorização da diversidade étnico cultural, com estímulo ao diálogo intercultural e a troca de saberes entre estudantes e membros da comunidade quilombola”, explicou a professora responsável pelo projeto, Gisele Andrade da Silva.

Na sala de aula, a inserção de jogos como o xadrez é uma mediação tecnológica que auxilia o professor na forma como o conteúdo chegará aos alunos. previsto no currículo da educação em Goiás, assim como outros jogos e esportes, por causa da BNCC.

Mas na escola quilombola em que Gisele é professora a ideia da inserção do jogo foi além da Matemática e da Educação Física, pois faz parte de um projeto para atender identitariamente os alunos e a comunidade. “As mudanças do nome das peças tradicionais foi com o objetivo das pessoas aprenderem brincando e enriquecer a hierarquia de cada membro do quilombo”, afirmou Gisele.

Foto: Joel Estanislau dos Santos

O xadrez é um jogo de  raciocínio lógico e estratégia que entra nas escolas por determinação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que insere no ensino jogos e brincadeiras. 

Luiz Primandade já usou o jogo para ensinar Biologia e, então, explicou que o xadrez pode ser usado também nas aulas de matemática e educação física, como atividade lúdica de conhecimento. O jogo ajuda o estudante a trabalhar o raciocínio em outras áreas, como em concursos públicos e no dia a dia.

“[No xadrez] ele vai aprender estratégias para desafiar o oponente e a partir da melhor estratégia alcançar o objetivo que é dar o xeque-mate. A partir disso, a gente consegue estimular o aluno a desenvolver várias atividades dentro de várias disciplinas”, contou.

Entusiasta do jogo de tabuleiro, Primandade enxerga no xadrez uma forma de romper o ensino tradicional, mas para atingir o mesmo objetivo de forma mais lúdica e interessante para o aluno. “[Com o xadrez], a gente tem uma forma interdisciplinar de trabalhar com esse aluno, uma forma que ele consiga se formar como um cidadão que vai modificar a sua própria realidade. E a partir desse contexto quilombola, que ele consiga mostrar a importância da comunidade quilombola”, disse.


..:: Tradição e Cultura

O xadrez quilombola segue a essência do modelo tradicional do jogo, tanto no formato como na movimentação das peças. Porém, para valorizar a cultura da comunidade, Gisele e Luiz tiveram uma ideia diferente para desenvolver o material e, como já exposto, ressignificaram as peças.

A ideia surgiu do contato formativo entre os professores Gisele e Luiz. “A Gisele colocou para mim aquilo que já vejo na educação: que a gente precisa de uma transformação”, destacou Primandade.

“Ela falava que eles tinham que fazer um resgate da cultura e da tradição. Daí surgiu a ideia de fazer um xadrez quilombola, já que no currículo a gente tem a orientação de fazer jogo de tabuleiro. E nas conversas chegamos a conclusão de que precisávamos reconstruir o xadrez para que ele tivesse uma nova roupagem e linguagem”, acrescentou.

Foto: Joel Estanislau dos Santos

..:: Confecção Sustentável do Tabuleiro

Para Primandade, é importante que o professor torne o processo educacional mais interessante para o aluno. Isso possibilita maior identificação, e no caso da escola da comunidade, falar a linguagem quilombola.

“Para que atendesse a realidade deles a gente falou de Zumbi dos Palmares, Dandara, dos escravos e toda essa luta que eles tiveram para chegar onde estão. Mas ainda há muito que precisa ser construído”, afirmou.

Uma das formas de valorizar as pessoas do quilombo foi a utilização dos seus saberes tradicionais. Por isso, a confecção do tabuleiro e das peças contou com a participação de alguns estudantes, que são quilombolas, e de seus familiares. Eles coletaram sementes e bagaço de cocos da região para criar um tabuleiro com materiais presentes na comunidade.

Foto: Gisele Andrade da Silva

Portanto, os elementos de confecção do tabuleiro o tornam um produto sustentável. “O tabuleiro foi construído de retalhos de tecidos da própria comunidade que sobraram e muitas vezes iriam ser jogados fora. Então a partir da ideia da reutilização, da conservação e da preservação ambiental, a comunidade se sentiu envolvida”, contou Primandade.

..:: Valorização da História

O componente sustentabilidade integrou o território da comunidade na produção do jogo e contribuiu para o objetivo de resgatar a cultura, a tradição e a história. A professora Gisele Andrade ficou feliz com o resultado do projeto e disse que os estudantes também receberam a ideia com entusiasmo.

“Eles receberam a proposta bem, pois antes já passava para os estudantes a importância da nossa história local e com isso despertou a curiosidade deles no jogo”, contou Gisele. “Através da inserção do xadrez quilombola na sala de aula, os alunos já tiveram palestras sobre a história do Quilombo dos Palmares, a importância da nossa história e cultura local e o conhecimento das funções de cada peça no xadrez”, celebrou.

Enquanto jogo de tabuleiro, a professora Gisele destacou que o xadrez quilombola contribui para a concentração e melhora o comportamento, o respeito e a convivência entre os estudantes. 

“Ele tem um componente histórico para uma escola quilombola, que pode ressaltar nos estudantes valores éticos e morais quanto à questão do saber ganhar e perder e do respeito às regras, conduta estas imprescindíveis para a formação do caráter de uma pessoa, e essenciais para uma vida em sociedade”, afirmou.

..:: Cultura e Educação

O jogo pensado para uma escola quilombola tem potencial para ajudar outros estudantes em outras instituições de ensino das redes municipal e estadual do estado.

“Com esse jogo espero que as pessoas possam refletir sobre o enriquecimento cultural e a promulgação de gerações para gerações. É preciso ampliar a compreensão sobre o valor das relações humanas e estimular a visão otimista sobre o futuro”, disse Gisele.

Assim como ajuda em várias disciplinas, o jogo contribui com melhorias para o próprio processo educativo. E então funciona como auxílio ao modelo tradicional de ensino, aquele com exposição teórica e provas objetivas.

“Até cinco anos atrás, como Renato Russo diria, os professores estavam fazendo mais do mesmo. Então a gente precisa quebrar algumas barreiras de modelos tradicionais que existem para que a gente possa realmente atender as necessidades daquele aluno”, disse.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 04 – Educação de Qualidade.

Fonte..:: Sagres OnLine


terça-feira, 3 de dezembro de 2024

A IMPORTÂNCIA DOS TÚMULOS PARA A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E O TURISMO MUNDIAL

 ARTIGO PUBLICADO



MARCHESINI, Renato. A Importância dos Túmulos para a Educação Patrimonial e o Turismo Mundial. In: Congresso Internacional Movimentos Docentes, 2024, On-line. Anais [...]. Diadema: UNIFESP, 2024. Vol. 1. p.279-287. ISBN 978-65-6063-067-3, DOI 10.47247/LV/6063.067.3 

Para Saber Mais..:: https://www.vveditora.com/eventos/978-65-6063-067-3


Somos Vencedores do Prêmio Top Blog

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Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.