Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

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terça-feira, 9 de julho de 2024

Apiecoturismo: conheça formas de unir produção apícola ao turismo rural

Como os apicultores podem agregar novas receitas à sua produção? Além de investir na comercialização de derivados de mel (própolis, pólen, geleia real e cera de abelha, por exemplo) ou atuar com serviços (substituição de abelhas rainhas e locação de colmeias), uma outra oportunidade é explorar o apiecoturismo. Trata-se de um tipo de turismo rural que se utiliza a produção das abelhas e dos produtos apícolas para gerar renda às propriedades, seja pelo atrativo turístico ou pelo consumo dos derivados.

Para investir no apiecoturismo, é importante conhecer o conceito do termo, as vantagens que ele oferece e as dicas e orientações relacionadas a ele. Por ser uma atividade sustentável, traz benefícios não só para o apicultor e o turista (que pode ter novas experiências e ampliar o conhecimento sobre a importância das abelhas para o ecossistema) mas também para a região, movimentando a economia local e gerando novos empregos. Para proporcionar novas experiências, é preciso fazer com que os turistas "botem a mão na massa", já que este tipo de turismo criativo tende a se desenvolver nos próximos anos. 

Imagem gerada por IA

..:: E o que pode ser oferecido no apiecoturismo? 

- Visitação ao apiário para conhecer a abelha rainha, o zangão e as operárias.

- Colheita do mel, envolvendo a desoperculação, centrifugação, filtragem e envase.

- Oficinas de velas de cera e culinária com uso do mel.

- Degustação de comidas e bebidas com mel.  

- Passeio pela rota apícola na propriedade, conhecendo o percurso do mel.  

- Visitação em loja que oferece diversos produtos apícolas: de alimentos e bebidas a cremes hidratantes e sabonetes 

Para investir na atividade, é fundamental observar a facilidade de acesso a município e à propriedade; a higiene e os equipamentos de segurança do apiário; ofertas de lazer e passeio aos turistas (isso pode ser feito em parceria com empresas locais); e a infraestrutura da propriedade, que precisa ser confortável, com área para convivência e distância segura dos apiários.  

..:: Cases internacionais 

No Equador, um projeto chamado Rota das Abelhas busca potencializar o desenvolvimento turístico e a apicultura da região de Carchi, no norte do país. O roteiro inclui apresentação aos turistas sobre a história da apicultura e a importância das abelhas, acesso ao apiário e extração e envase do mel com os visitantes.  

Outra referência em apiecoturismo é a Casa de Eira, uma pousada localizada na Serra de Lousã, em Portugal. Quem visita a região pode praticar esportes de aventura, passeios de barcos e conhecer rotas históricas e culturais, além de conhecer o mel mais premiado da Península Ibérica e visitar apiários locais - uma excelente referência para outras iniciativas. 

Os apicultores interessados em desenvolver esta oportunidade de negócio pode seguir as dicas do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae: 

- Busque capacitações para melhorar o seu negócio e estimule a sua equipe a se capacitar. O Sebrae oferece capacitações presenciais e à distância, que podem contribuir com o seu negócio, como Atendimento ao cliente, Pequenas empresas nas redes sociais, Oportunidade e visão de negócios, Planejamento estratégico, Turismo receptivo, Meios de hospedagem, Análise e planejamento financeiro, entre outros; 

- Participe de eventos, tanto do turismo quanto da apicultura, para conhecer tendências, tecnologias e novidades do mercado. Além de ampliar seus conhecimentos sobre o mercado, os eventos possibilitam o networking com possíveis parceiros, fornecedores e especialistas da área. Para tanto, confira a agenda de eventos.

Fonte..:: RcOnline


terça-feira, 2 de julho de 2024

Maioria das cidades no Brasil está em áreas de Mata Atlântica

Por..:: Marcio Dolzan, do Estadão Conteúdo

Quase metade do território brasileiro é composto pelo bioma Amazônia, mas a Mata Atlântica é o mais recorrente entre todos os municípios do país. É o que mostra um levantamento divulgado nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que pela primeira vez mapeou o tipo de bioma em que se encontram todos os 5.570 municípios brasileiros.

Mata Atlântica: maioria nas cidades está em áreas desse bioma (Foto: Tania Rego/ Agência Brasil)

Mais da metade das cidades está em áreas de Mata Atlântica, ainda que esse bioma represente apenas 13% do território nacional – em extensão, fica atrás da Amazônia (49,5%) e Cerrado (23,3%).

No total, 3.082 municípios estão em áreas de Mata Atlântica, sendo que em 2.741 ele é predominante. Esse tipo de vegetação é o único encontrado nos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Santa Catarina.

Os dados do IBGE mostram que 83% dos municípios estão localizados em um único bioma, enquanto que os demais ficam em regiões com dois ou mais – os chamados interbiomas. Ao todo, 963 municípios apresentam essa variação.

Quatro cidades do País registram a presença de três tipos de vegetação: Piripá e Tremedal, na Bahia; São João do Paraíso, em Minas Gerais; e Cáceres, no Mato Grosso.

Com vegetação de Mata Atlântica e de Cerrado, o Estado de São Paulo tem o maior número de cidades com mais de um bioma. Ao todo, 220 municípios paulistas estão em áreas interbiomas. Em termos proporcionais, São Paulo é o terceiro do País, com 34% de seus municípios nessa condição. Mato Grosso (45%) e Mato Grosso do Sul (41%) lideram.

Dos seis biomas que compõem o território brasileiro, o Pantanal é o menor deles e ocupa uma área equivalente a 1,8% do País. O bioma, que vem sofrendo com as queimadas, está presente em 22 municípios, mas é predominante em apenas nove deles.

A Caatinga, com uma área equivalente a 10,1% do território, é o quarto maior bioma brasileiro, e o Pampa vem em seguida, com 2,3% do espaço.

..:: Queimadas no Pantanal

Esta semana, o Estadão mostrou que o Pantanal registrou recorde de incêndios em junho após novas falhas de prevenção de queimadas pela gestão Luiz Inácio Lula da Silva, que já havia sido alvo de críticas em 2023 por causa do avanço de queimadas nesse bioma e na Amazônia.

O número de focos de fogo chegou a 2.363 até 24 de junho. O total é quase seis vezes maior do que os 406 focos registrados em todo o mês de junho de 2020, pior ano em incêndios para a região, que ficou devastada.

Um levantamento do MapBiomas mostrou que uma área equivalente a 23% do território nacional queimou pelo menos uma vez nos últimos 39 anos. Os incêndios atingiram 199 milhões de hectares entre 1985 e 2023, e dois terços da área afetada foi de vegetação nativa.

Fonte..:: AmazonasAtual

terça-feira, 18 de junho de 2024

Embratur e Google firmam Parceria para Digitalizar Turismo

 O projeto “Conecte, engaje e dê seus próximos passos com o Google” foi apresentado no Sheraton Hotel, em São Conrado. A parceria prevê, além de workshops com dicas para uso de ferramentas do Google – como cardápio digital e reserva de mesas direto pelo aplicativo –, a capacitação de empreendedores para melhor recepcionar visitantes de outros países, fornecendo, por exemplo, informações e menu em mais de um idioma.

Os empresários interessados em fortalecer sua presença digital poderão acessar o site do EmbraturLAB e, nele, ter acesso a treinamentos e tutoriais. As dúvidas poderão ser tiradas através do e-mail embraturlab@embratur.com.br. 

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, considera positiva a parceria entre a agência e a gigante tecnológica. “É extremamente importante. Embratur e Google estão há um ano fazendo essa parceria e os primeiros resultados começam a aparecer” disse.

Freixo afirmou, também, que a cooperação “não é importante só para o Google e para a Embratur, é importante para cada dono de bar, para cada dono de restaurante, de hotel, para as agências de viagens e para todos esses operadores que na ponta recebem esses turistas estrangeiros. Qualquer turista hoje, quando vai visitar um lugar, primeiro ele visita através da tecnologia, através do seu computador”, afirmou.

Ele destacou que a digitalização dos destinos turísticos e dos empreendimentos também ajuda os turistas interessados a visitar o Brasil, conhecendo um pouco do que eles terão à disposição no país.

“Esse é o objetivo: fazer com que mais turistas estrangeiros venham para cá, que [isso] gere mais emprego e renda, e que nossa ponta do turismo [com] nossos donos de bares, restaurantes e hotéis esteja capacitada para esse mundo digital”, observou.

Para o diretor de parcerias do Google, Newton Neto, a união entre a Embratur e o Google tem como pilares a promoção internacional dos destinos brasileiros e a chance de equipar os pequenos e médios empreendedores do trade no que se refere a criar uma presença online.

“Ter uma presença robusta na internet faz com que pessoas que estão interessadas em visitar destinos, que buscam por um restaurante, um hotel, um passeio, encontrem esses empreendimentos facilmente no Google Maps e na busca do Google. E capacitar esse setor é fundamental para que eles cresçam o seu negócio”, explicou.

“A parceria entre Embratur e Google é um passo importante para impulsionar a digitalização das pequenas e médias empresas de turismo no Brasil. Ao fornecer ferramentas, capacitação e visibilidade, essa iniciativa oferece aos empreendedores a oportunidade de expandir seus negócios, alcançar novos mercados e fortalecer a economia local, promovendo um setor mais competitivo e conectado”, acrescentou Neto.

Os vídeos da ação piloto da parceria foram lançados durante o evento e promoveram a digitalização do restaurante Bafo da Prainha, com apoio da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (Abrasel-RJ).

Focados no perfil empresarial de Raphael Vidal e na operação do restaurante, os vídeos em formato de vlog apresentam, de forma leve e divertida, o processo dos workshops e destacam as mudanças implementadas nos perfis do Google Meu Negócio do Bafo da Prainha.

“Se eu soubesse um pouquinho antes, a gente teria decolado mais rápido. Participar deste movimento com o Google e com a Embratur foi importantíssimo e os resultados já aparecem. Consigo trabalhar o turismo local e ver as informações no nosso painel, como reservas e preços. Isso foi uma vantagem enorme para a gente”, afirmou Raphael.

O presidente da Abrasel/RJ, Pedro Hermeto, destacou a importância da parceria para o segmento de bares e restaurantes. “A Abrasel tem por objetivo dar a mão para o empresário na jornada dele, desde o nascimento até o desenvolvimento do negócio. Contando com o Google, por intermédio da Embratur, a gente é capaz de abrir oportunidades para esses empresários que têm dificuldade de recursos humanos e financeiros para acessar essas ferramentas tecnológicas”, destacou.

Sobre o projeto começar pelo Rio de Janeiro, Freixo lembrou que a capital do estado do Rio é “a grande porta de entrada do Brasil e o lugar mais conhecido”. “Nenhuma cidade do mundo tem esse design que o Rio de Janeiro tem, esse espetáculo de natureza, de cultura, tudo ao mesmo tempo, então é a cidade mais conhecida, a cidade brasileira mais conhecida do mundo e a gente começa por aqui, mas o objetivo é chegar no Brasil inteiro”, antecipou.

Já o presidente da Riotur, Patrick Corrêa, falou de outros projetos que têm ajudado a melhorar a experiência turística no Rio, através de parceria com o laboratório de inovação da Embratur.

“Realizamos constantes parcerias com o EmbraturLAB e uma das que trazem bons resultados são as pesquisas de satisfação do turista por meio QR Code. Elas nos mostram a percepção deles durante a estadia aqui e permitem que os setores público e privado trabalhem em conjunto na captação e na consolidação do Rio como destino”, finalizou.

Fonte..::: EBC Economia / JB News


segunda-feira, 17 de junho de 2024

Turismo tem de ser Responsável

O turismo é uma indústria, no melhor sentido da palavra, que o Brasil não pode negligenciar. Se a distância que nos separa dos países mais ricos é enorme, precisamos compensar o deslocamento de seus nacionais com serviços impecáveis, acolhimento de primeira e a certeza da segurança dos visitantes. Em desfavor do Brasil, a ocorrência de assassinatos, roubos, furtos e outras infrações que fazem sugerir que aqui não existe ordem e a polícia não funciona.

A exuberância de nosso território, cuja dimensão propicia a oportunidade de se conhecer inúmeros biomas e diversos climas, a beleza de nosso litoral, com variedade que inexiste em outros lugares do planeta, são ativos de indiscutível valor.

É importante a emissão de trinta e um mil selos “turismo responsável”, índice atingido em 2022. Boa iniciativa, lançada em junho de 2020, que estabeleceu protocolos sanitários contra a Covid19, para quinze atividades turísticas. Foi um dos dez primeiros países do mundo a implementar essa medida. Só que não basta a boa intenção. É preciso monitorar e ser rigoroso na fiscalização, além de, gradualmente, inserir novos requisitos para que o aprimoramento seja contínuo.


Não se trata de mero marketing. O Turismo Responsável tem de promover práticas concretas e comprováveis. O mundo hoje se tornou pequeno e o movimento nos aeroportos mostra que viajar é uma ocupação rotineira para milhões de seres humanos. Um país como o nosso terá muito a oferecer à sua juventude, se encarar o turismo como uma das principais atividades estimuladas pelo Estado. Inúmeras as profissões que nascem com o turismo levado a sério: guias, chefs de cozinha, cozinheiros, garçons, cantores, instrumentistas, personal trainers, arrumadeiras, jardineiros, floristas, etc. etc.

Existe ainda a vertente do turismo interno, que ganhou força com a necessidade que os moradores dos grandes centros urbanos têm de, a cada final de semana ou feriado prolongado, sair em excursão, em busca da natureza, da tranquilidade campestre, já inexistente nas agitadas conurbações.

A Universidade de São Paulo, uma das melhores do mundo, lançou o livro “Turismo Responsável: resultados que inspiram!”, no Portal de Livros Abertos da USP. Foi organizado pelo Centro de Estudos de Turismo e Desenvolvimento Social – CETES da USP e oferece uma análise do que significa esse conceito, com as diretrizes práticas e, como exemplo incentivador, apresenta dez casos exitosos. Inspiradores de organizações que implementaram práticas responsáveis em suas atividades de turismo. A publicação também contou com a colaboração do Instituto Vivejar, organização sem fins lucrativos especializada em turismo responsável e comunitário no Brasil.

O Turismo não pode ser mais uma atuação amadora, empírica, de diletantes. Hoje o turista é conhecedor de seus direitos, pois o Código de Defesa do Consumidor foi uma das poucas leis que “pegaram” nesta República em que inúmeras normas são menosprezadas e se tornam letra morta.

Quem levar a sério o Turismo Responsável tem condições de lucrar muito mais do que aquele que se aventura sem ter consciência de que é preciso empenhar-se muito para oferecer um excelente produto, algo que seja diferente e melhor do que aquilo que já existe.

É recomendável a leitura desse livro, o terceiro volume da Coleção Cadernos Aplicados de Turismo, pensada especificamente para gestores de destinos turísticos, secretários de Turismo das municipalidades e técnicos de turismo que sentiam falta de material prático e viável nessa área.

Todas as cidades brasileiras têm potencial para exploração turística. O discernimento das Municipalidades é que terá de descobrir a veia mais apropriada e que melhor sirva às expectativas de quem se propõe a visitar a localidade, além de favorecer a mão-de-obra local, de forma a capacitá-la ao bom desempenho dos misteres que tornarão o local um ponto obrigatório de interesse de potenciais turistas.

José Renato Nalini é reitor, docente de pós-graduação e Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo (jose-nalini@uol.com.br)

Fonte..::  Jornal de Jundiaí 


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Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.