Turismo Consciente na
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(Baixada Santista)
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Bovarismo Brasileiro: Filosofia, Fenômenos Sociais e Ciência Política

Por..:: Renato Marchesini

Os autores de diferentes campos do saber apontam criticamente alguns aspectos comuns (O Bovarismo) às concepções de corpo no pensamento para uma compreensão dos fenômenos sociais. 
O bovarismo cria um mecanismo de engano que é sustentado constantemente. O indivíduo pretende não enxergar, tende a imitar, as maneiras de agir, falar e vestir do modelo idealizado. A eficácia e duração desse sistema vai depender do quão distante esse modelo idealizado está do ser bovárico. Certas experiências sociais contemporâneas, como nas sociedades ameríndias, estão voltadas para a fabricação de uma cultura e também da fabricação de pessoas.
O brasileiro é uma figura peculiar, aduzida por Sérgio Buarque de Holanda, em Raízes do Brasil, marcada pela cordialidade e "jeitinho", refletem a máxima bovarista que faz parte do imaginário do nacional, o qual ludibria-se como ser superior, em um mundo cada vez mais impessoal.
A carapuça serviu ao propósito de demonstrar uma capacidade inata ao nacional, a de esconder deficiências e enaltecer qualidades que sequer possui para demonstrar. O brasileiro é assim, figura cordial, trapaceira, corrupta, que confunde a casa com a rua (Roberto DaMatta), o público com o privado, estendendo a intimidade para a comunidade.
A cordialidade aqui junta-se à capacidade de ser corrupto, de usufruir do que é de todos. Um particular que endossa a ideia do "jeitinho", no sentimento de possuir. Um sentimento bovarista, em referência a uma autoimagem deturpada da realidade.
Brasileiros pensam ser pessoas grandiosas e admiráveis, seres superiores. Não é à toa que dizem que "Deus é Brasileiro". Um mito a ser eliminado de mentes incultas, porquanto o Brasil é um país fracassado em aspectos como: saúde, educação, política e etc.
A ilusão inculcada não é recente. Desde que o país foi colonizado e proclamado reino unido a Portugal, imagina-se, sem sucesso, contudo, que vivemos num país tropical, abençoado por Deus, bonito por natureza, uma colônia quase metrópole ou seria melhor que a metrópole?
O bovarismo tem o seu lado positivo e produtivo, o qual seria o de manter o ser humano evoluindo, em movimento. A imaginação do tupiniquim é a de que somos um país do futuro, de que em se plantando, tudo se colhe e vários outros conhecimentos vulgares que permeiam o imaginário do nacional.
Quais são os culpados dessa mitomania, desse bovarismo, dessa ilusão contrastante entre o querer e o poder?
Acusa-se que tais mitos tenham sido criados pelas peculiares características dos nacionais miscigenados que encontraram em terras além-mar, um ambiente propício ao apadrinhamento, à pessoalidade, em detrimento da administração pública impessoal.
Fato que aconteceu com a distribuição de títulos de nobreza a quem pudesse pagar, logo após a chegada de D. João VI ao país em 1808.
Direitos não foram conquistados no Brasil, mas sim concedidos. Reflexo do bovarismo. Pensamos que somos um país democrático e voltado para o bem comum. A Constituição também prega isso, contudo não acontece dessa forma.
O que ocorre é a confusão do patrimônio público com o privado, do espaço público com o privado, do pensamento público com o privado e por aí vai.
As questões sociais e políticas que aparecem e são herdeiras da escravidão e do autoritarismo.  Mas precisaríamos ser menos colonialista, menos provinciano, menos bovarista. Seria o bovarismo um herança/sintoma da sociedade brasileira?
Assim é o Brasil, um país com grandes perspectivas, só que bovarista.

Referências
DaMatta, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco: 1986. Disponível em: http://www.iphi.org.br/sites/filosofia_brasil/Roberto_DaMatta_-_O_Que_Faz_o_Brasil_Brasil.pdf. Acesso em 19.02.19>. Acesso em: 18 de fevereiro de 2019.
Entrevista. Bovarismo ou a mania de não ser - Roberto DaMatta - Entrevista - Canal Futura. 15 de abril de 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gJQyjtEqRXA. Acesso em: 19 de fevereiro de 2019.
Nexo Jornal. 'Bovarismo Brasileiro': entrevista com Maria Rita Kehl. 09 de Agosto de 2018. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JhRH-5Ug_EE. Acesso em: 20 de fevereiro de 2019.
Rafucko. Talk-Show do Rafucko: Eduardo Viveiros de Castro. 23 de Julho de 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=1535&v=c3v_DuRI1tE. Acesso em: 20 de fevereiro de 2019.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

São Vicente nos anos 70, Bairro do Japuí.



Baía de São Vicente Iate Clube.
Esporte Clube Beira Mar - Sede Náutica
Corôa - Banco de Areia
Pedreira Itapoã Ltda
Escola Municipal Infantil - Mathilde Santana
Rua Papa João XXIII
Yatch Clube São Vicente
Cortume Cardamone
Parque Estadual Xixová-Japuí


Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais pela Baixada Santista



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Saneamento e Turismo



Além de afetar a saúde e a qualidade de vida da população que vive sem água, sem coleta de esgoto e sem coleta de lixo, a falta de saneamento básico atrapalha também a economia e o turismo. Com base nas informações do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), o Instituto Trata Brasil atualizou o relatório "Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento no Brasil" para mostrar justamente o prejuízo para o país que a falta de saneamento traz. 


..:: Saiba mais:
Relatório completo: "Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento no Brasil":https://goo.gl/6nVLPA

Fonte..:: Água, sua linda

Narradores de Javé FILME: Filme brasileiro que retrata a cultura sertaneja e processo da oralidade histórica

Narradores de Javé é um filme brasileiro em co-produção com a França de 2003, dirigido por Eliane Caffé. 
A pequena cidade Javé será submersa pelas águas de uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não foram sequer notificados porque não possuem registros nem documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em "documento científico". 
Decidem então escrever a história da cidade - mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever. Depois disso, o que se vê é uma tremenda confusão, pois todos procuram Antônio Biá, o escrivão da obra de cunho histórico, para acrescentar algumas linhas e ter o seu nome citado.
O filme ajuda a compreender a importância da observação, principalmente no que se refere às distintas subjetividades que caracterizam, por exemplo, uma narrativa histórica.



Somos Vencedores do Prêmio Top Blog

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Somos Vencedores do PRÊMIO TOP BLOG (2013/2014). Categoria: VIAGENS E TURISMO.