A Armadilha da Candidatura Outsider
Em ano eleitoral municipal de 2020, a cidade começa a respirar o clima e assim a apresentação dos candidatos ao executivo e legislativo da cidade.
Fato que a cidade vive um colapso financeiro, de estrutura e principalmente de gestão. A cidade por mais de 20 anos está na mão de um mesmo grupo/família, este que nem entre eles mesmos se entendem, pois existe uma grande briga pelo poder e pelos egos. E que muitos dos poucos se capacitaram e prepararam para uma missão tão importante que é a de administrar o hoje e futuro da cidade com olhar holístico de Bem-Estar Social.
Estes de fato já não mais possuem nenhuma condição de tocar a cidade com a eficiência que a cidade muito necessita. Já é notório a rejeição destes políticos que se mostraram incapazes de buscar soluções a curto/médio/longo prazo. Tiveram a sua chance, mas não deram conta. E assim grande parte da população já assegura que vão em busca de candidatos de fora do establishment (base dos poderes estabelecidos). Estes na corrida tendem a desidratar ainda mais ao longo da campanha com a enxurrada de acusações que lhe pesam e que serão sistematicamente lembradas.
E a população Vicentina descontente com o cenário a qual a cidade passa, clama por esperança e desejo de renovação política.
Neste cenário e em suas movimentações um dos pré-candidatos, que nos primeiros anos fazia parte de forma incondicional do atual governo, e que durante o caminho perdeu espaço por causa de disputas eleitorais do estado, de uma hora para outra virou oposição e cresceu o olho já mirando na eleição de 2020. Mas a população vicentina atenta ao teatro eleitoral e sabendo que se trata do mais do mesmo, já sinalizou que não teria o seu voto. O plano infalível do poder pelo poder não deu certo. Assim viu-se com pouca chance e desistiu de ser o candidato a prefeito. E nas artimanhas trouxeram para disputa eleitoral uma candidatura outsider (que inclusive, desde quando mora na cidade?), seria somente uma artimanha/maquiagem legal, mais imoral?.
A candidatura outsider é uma prática antiga, que com o passar dos anos ganhou uma roupagem retrô ou até gourmet. Assim na cidade de São Vicente surge neste mês uma Moça da TV (principalmente quando a mesma muda seu domicílio e título eleitoral meses antes da eleição) para concorrer ao executivo da cidade. E as razões são óbvias. Estas candidaturas esperam traduzir popularidade em votos. Mas é notório que é parte do velho grupo incrustado, mas com uma maquiagem política na "era da comunicação".
É claro que é um direito de qualquer cidadão se candidatar. Mas, será que a mera popularidade avaliza uma gestão eficiente?
Possuímos alguns exemplos: Alguns bons, porém a maioria não teve o resultado esperado. Trago alguns nomes e sem qualquer julgamento aos mesmos cito: Ronald Reagan, Arnold Schwarzenegger, Donald Trump, João Dória Junior, Tiririca, Agnaldo Timóteo, Mulher Pera, Datena, Gleise, Sérgio Réis, Clodovil Hernandes, Lindenbergh, Jean Willys, Luciano Hulk, Alexandre Frota, Marcelinho Carioca, Romário. E até o rinoceronte Cacareco.
Trata-se de redentores das mais diversas plumagens, oriundos do mundo do entretenimento ou de profissões que lhes permitiram acumular prestígio. A de se também ficar atento sobre os caprichos, egocentrismo e excentricidade dos "outsiders".
Estes na maioria das vezes pouco ou nada atuam em políticas municipais, vêm como uma onda (vêm e vão). Não caiam na armadilha de achar que qualquer um sabe/entende, compreende e esteja preparado para atividade da administração pública.
Um dos riscos é do desconhecimento do real cenário e provavelmente do que é necessário para liderar (principalmente para um cargo no executivo), ou mesmo para formar um governo técnico e sólido, assim ficam dependentes das velhas práticas do seu partido e do loteamento político. E com uma roupagem nova a velha prática do poder pelo poder.
E voltando à Pergunta: Será que a mera popularidade avaliza uma gestão eficiente?
E respondendo agora acredito que não.... A boa governança precisa a cada dia se tornar mais técnica e eficiente.
Vale lembrar que:
- Comer não te torna chef de cozinha.
- Ter o cabelo cortado não lhe torna cabeleireiro.
- Passear e viajar não lhe torna um Turismólogo.
- Gostar de plantas não lhe torna um Biólogo.
- Ser comentarista não lhe faz juiz de futebol.
- Divulgar problemas de uma cidade não a torna um Gestor Público.
- Nem toda pedra tem vocação pra vidraça!
Esse diálogo é apenas um entre muitos. O que importa de fato é ir pensando em alternativas conscientes e de fator técnico.
Não deveria ser algo de uma aventura do estalar dos dedos. Mas do preparo dos mínimos detalhes, da Gestão e da Ciência Política, providas do estudo e dedicação acadêmico e de experiência dentro da máquina pública e conhecimento detalhado de seu território e de sua população.
Portanto meus amigos, ao decidir seu voto no próximo pleito, utilize do seu tempo precioso analisando o currículo dos candidatos. Veja sua formação técnica com cursos de administração pública, experiência dentro do poder público, o Plano de Governo e se o mesmo tem articulação/diálogo com esferas estaduais e federais.
Você estará contratando ele para 4 anos!
Conhecimento é a palavra-chave, e se adquire com estudo e experiência. E fuja dos candidatos que não tem nem um nem outro.
Voto Consciente e Inteligente!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A R9 Turismo agradece sua participação!
obs: Os comentários são moderados.
Mantenha contato! Muita Luz ...