Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

FOTOS ANTIGAS + CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DO GUARUJÁ SP


“Ao tomardes chá ou cock-tail na varanda, sentireis alguma cousa de inédito nesta terra, tão grande será o vosso prazer e alegres pensamentos para o dia seguinte.” Impresso em português, inglês, francês e italiano e ilustrado com fotos de cor sépia, o folheto de propaganda dos anos 1920 do Grande Hotel do Guarujá dá uma ideia do clima que envolvia a “Pérola do Atlântico” na época.


A primeira parte da “villa balneária” criada por Elias Fausto Pacheco Jordão e Antonio Prado na então deserta Ilha de Santo Amaro havia sido inaugurada em 1893. Além de um hotel de 50 quartos – o Grande Hotel de la Plage -, tinha cassino, igreja e 17 chalés de madeira importados dos Estados Unidos. Tudo com água, esgoto e luz elétrica. Dois vapores faziam o transporte desde Santos e um trenzinho ligava Itapema à “villa balneária” em 40 minutos. Passeios com jumentos trazidos de Portugal divertiam os visitantes, monitorados por dois salva-vidas na praia quase deserta.


Como na época era impensável alguém já sair em traje de banho do hotel, as famílias alugavam barracas de madeira construídas na praia, em frente ao hotel, para se trocar. E só lá colocavam seus maiôs enormes de lã tipo marinheiro. Fora do mar, o figurino incluía vestidos longos para mulheres e paletó, colete, gravata e chapéu para homens. Ou até smoking, dependendo do programa, já que no cassino do hotel costumavam apresentar-se artistas famosos, vindos de todo o mundo.


No começo do século 20, além de personagens importantes, como Washington Luis, Campos Salles e Julio Prestes, definidos em reportagens da imprensa paulista como “a boa sociedade bandeirante”, costumavam visitar o Guarujá muitos turistas estrangeiros, passageiros de navios que passavam por Santos. A “villa balneária” mantinha um funcionário fardado no Porto de Santos. Sua missão era subir nos navios e convidar as pessoas a pegar a balsa e o trenzinho e visitar o Guarujá.


Quem ia de São Paulo precisava enfrentar a Estrada do Mar, ainda toda de terra no trecho de planalto, ou tomar o trem na Estação da Luz e descer perto do prédio da Alfândega, em Santos. Ali, as pessoas pegavam um pequeno barco aberto até a Ilha de Santo Amaro e, então, o trenzinho elétrico.


Aviadores famosos, como Edu Chaves, encurtavam o caminho pousando com pequenos aviões na então deserta Praia das Pitangueiras, na frente do Grande Hotel. Algumas famílias ainda contratavam um automóvel com motorista, o chauffeur, para rodar as Praias de Guaiuba, Pernambuco, Perequê e Monduba. Às vezes, também passeavam de charrete ou alugavam barcos para pescar.




Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais pelo Guarujá e Região


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