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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

História das ESTRADAS E CAMINHOS, LITORAL: CAMINHOS DO MAR

Atualmente conhecida como Rodovia Caminho do Mar (SP-148), liga o litoral do estado de São Paulo (Santos, via Cubatão) ao planalto paulista (São Paulo, via Região do Grande ABC), e constitui-se em um dos chamados Caminhos do Mar de São Paulo.
Trecho do Caminho do Mar no Alto da Serra, acredito que seja anos 1930.
Trecho do Caminho do Mar no Alto da Serra, acredito que seja anos 1930.
Em 1560, o governador Mem de Sá encarregou os padres jesuítas, sob as ordens de José de Anchieta, de abrir uma ligação entre São Vicente e o Planalto de Piratininga. Em 21 de março de 1598, o capitão-mor Jorge Correia determinou que o Caminho do Mar fosse restaurado, “devendo os índios ajudar os branquos” […] “sendo escolhido hu home soficiente que nisto fale a este gentio”. Foi sugerido o nome de Gaspar Colasso, de Santos, que conhecia as línguas indígenas das aldeias de Ururaí e Mamoré (ou Maroré, que ficavam na Serra de Cubatão).
Vista do Caminho do Mar em postal de Theodor Preising, acredito que anos 1930.












Vista do Caminho do Mar em postal de Theodor Preising, acredito que anos 1930.
Em 1661, o governo da Capitânia de São Vicente mandou construir a Estrada do Mar, com mais de 70 pontes, para permitir a passagem de carroças e carruagens. Em 1789, o então governador da Capitania, Bernardo José de Lorena, recuperou o já então chamado Caminho do Mar e mandou pavimentar o trecho da Serra com lajes de granito. A Calçada do Lorena, assim chamada em homenagem a ele, ainda está parcialmente preservada.

Recebeu entre 1849/1841 o nome de “Estrada da Maioridade”, em referência a maioridade de D. Pedro II. A Estrada da Maioridade continuou recebendo manutenção, e, entre 1862 e 1864, passou novamente por uma grande reforma, esta realizada pelo Comendador José Pereira de Campos Vergueiro, sendo posteriormente chamada de “Estrada do Vergueiro” e no início do século XX, com mais uma tentativa de modernização da via, ela sofre outra reforma, recebendo nome de Caminho do Mar.
1934 - Caminho do Mar - Santos - SP - DCP
No início do século XX, a produção de café no planalto paulista conheceu grande desenvolvimento, e o único modo de escoá-la era encaminhando-a ao porto de Santos, era pela antiga Calçada do Lorena, então em condições precárias. Em 1920, a ferrovia e a estrada já não eram suficientes para atender a demanda por transporte na região. A ferrovia começou a ter congestionamentos e a estrada apresentava vários fatores que limitavam o número de veículos circulando nela.

Trecho do Caminho do Mar em postal circulado em 1938, editor desconhecido.
Trecho do Caminho do Mar em postal circulado em 1938, editor desconhecido.

Nessa época, São Paulo, o ABC e Cubatão estavam se consolidando como parques industriais, aumentando ainda mais a demanda pela ligação entre elas. A cidade de Santos e toda a sua baixada estavam se transformando em pólos turísticos, o que decididamente exigia uma nova ligação entre a planície e o planalto.
Em 1947, foi inaugurada a primeira pista da Via Anchieta; em 1953, a segunda; em 1974, foi inaugurada a pista norte da Rodovia dos Imigrantes; e, em 2002, a pista sul. As técnicas de construção da Via Anchieta eram muito mais aprimoradas do que as do Caminho do Mar. Logo, a Estrada foi passada para trás e ficou subutilizada, assim ficando por várias décadas. No período 1992-2004, a estrada foi fechada e reformada, tornando-se, atualmente, o Polo Ecoturístico Caminhos do Mar, que é formado pela estrada Caminho do Mar e por um trecho da Calçada do Lorena.¹
Em 1922, o então governador de São Paulo, Washington Luís, mandou construir alguns monumentos pela estrada para comemorar o centenário da Independência do Brasil e são eles (do Alto da Serra para a Baixada):
Localizado no quilômetro 44, Paranapiacaba em língua tupi, "Paranapiacaba" quer dizer "Lugar do qual se vê o mar"  Uma lenda muito difundida é a de que D. Pedro I se encontrava com a Marquesa de Santos nesse local. O Imperador faleceu em 1834, a Marquesa 1867 e o Pouso foi construído em 1922. Era usada como parada para os carros descansarem após a subida ou se prepararem para a descida. Contava inclusive com uma bica para fornecer água para os radiadores dos carros.
Pouso de Paranapiacaba: Localizado no quilômetro 44, construção em alvenaria de pedra, tijolos e elementos de granito lavrado e circundado por varandas, integra-se completamente à paisagem. Como homenagem a era automobilística, possui painel de azulejos pintados, retratando mapa do Estado de São Paulo e as estradas existente na época. Era um antigo ponto de parada de carros durante a viagem entre Santos e São Paulo. Paranapiacaba, em tupi, significa “local de onde se vê o mar”.² Uma lenda muito difundida é a de que D. Pedro I se encontrava com a Marquesa de Santos nesse local. O Imperador faleceu em 1834, a Marquesa 1867 e o Pouso foi construído em 1922. O postal é da década de 1940 e de editor desconhecido.
Localizado no quilômetro 47, foi feito para servir de descanso aos turistas, assim como o Pouso Paranapiacaba, ganhou esta nome em homenagem à Estrada da Maioridade. Neste ponto, também havia uma bica para pôr água nos radiadores e para as pessoas beberem. Postal da década de 30 e editor desconhecido.
Rancho da Maioridade: Ponto de descanso e reabastecimento durante a viagem entre São Paulo e Santos no km 47, seu nome é alusivo a Estrada da Maioridade, construída entre 1841 e 1846. Um painel de azulejos ilustra a subida da Serra por figuras políticas ilustres do século XIX.² Postal da década de 30 e editor desconhecido.²
O Rancho em postal da década de 1940 e de autoria de Theodor Presing.
O Rancho da Maioridade em postal da década de 1940 e de autoria de Theodor Presing.

Caminho do Mar e o Rancho da Maioridade, editor e data desconhecidos
Caminho do Mar e o Rancho da Maioridade, editor e data desconhecidos.
1930 - Marco do Lorena - Caminho do Mar - Gustavo Prugner - Delcampe
Padrão do Lorena: Localizado no Km 47,2 foi construído em homenagem a Bernardo José Maria de Lorena, governador-geral da extinta Capitania de São Paulo, no km 47,2. O memorial contempla um medalhão em azulejos retratando Bernardo de Lorena. Os painéis de azulejaria laterais ilustram cenas do século XVIII, como tropeiros e mulas carregando mercadorias. Ao total, a Estrada Velha se encontra com o Caminho do Lorena em três pontos, o Padrão do Lorena marca o último deles.²
E além dos monumento acima, ainda é possível visitar: a Casa de Visitas do Alto da Serra, as Ruínas do Pouso, o Belvedere Circular, o Pontilhão da Raiz da Serra e o Cruzeiro Quinhentista. (Desses eu não possuo postais antigos).
O Rancho da Maioridade em postal que acredito ser da década de 1940, também de editor desconhecido.
O Rancho da Maioridade em postal que acredito ser da década de 1940, também de editor desconhecido.
..:: Fontes..::
¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Caminho_do_Mar
² http://www.energiaesaneamento.org.br/not%C3%ADcias/not%C3%ADcias/parque-caminhos-do-mar.aspx
Sampa Histórica (AQUI).Todas as fotos são imagens de postais encontradas em sites de leilão.

Para Roteiros de Turismo no Caminhos do Mar e 
Históricos e Culturais na Baixada Santista

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