Por..:: Wellington Borges

A pouca terra disponível, os aluguéis caros, a inexistência de políticas de assentamentos ou falta de recursos para implantação das mesmas, expulsam os migrantes do “Centro” da cidade para se “refugiarem” em sub-moradias insalubres como cortiços e favelas.

Para se entender o processo de favelização gerado pelo fluxo migratório “atraído” pelo parque petroquímico de Cubatão deve-se observar alguns fatores sociais.

a) Consequências primárias: falta de creches, de postos de saúde e policial, de centros de convivências, de transporte, de praças esportivas, de saneamento básico. Tais fatores estão atrelados diretamente à má qualidade de vida;
b) Consequências secundárias: surgimento de uma população carente no sentido amplo. Há carência de opções de lazer, de princípios éticos e morais, de politização e mobilização social, de educação, ou seja, carência de cidadania;
c) Consequências terciárias: além da baixa qualidade de vida e do impacto ambiental gerado pela alta densidade demográfica, as sub-moradias colaboram também para o recrudescimento da violência, da dependência das drogas e dos crimes correlatos.
Infelizmente este quadro induz á banalização da vida, onde a garantia de emprego e bons salários atenderiam sobremaneira para a melhoria da qualidade devida, além de intervenções do poder público nessas áreas.

As favelas, na maioria dos casos, ocupam terrenos públicos e de proteção ambiental como áreas de mangues e encostas. Muitas estão situadas em área de risco geológico, podendo ser soterradas durante um escorregamento de encosta, outras, devido à proximidade do polo industrial, podem sofrer problemas com vazamento de gases nocivos à saúde e, parte destas coloca em risco a potabilidade da água, pois se estabeleceram em área de mananciais fundamentais para o abastecimento da Baixada Santista.
O impacto ambiental gerado por uma favela é considerável. Começa pelo desmatamento que, consequentemente, assoreia os rios e, em muitas situações, o aterramento direto dos mangues. Lixo exposto e/ou jogados nos cursos d’águas contribuem para o surgimento de enfermidades. A falta de esgoto polui a água e, assim, proliferam as doenças gastrintestinais.
Além disso, existem ações imorais, oportunistas e eleitoreiras que imperam na questão do crescimento das favelas. É fato e de conhecimento de muitos, a invasão e a construção de novos barracos a margem das existentes, por “equipes bem treinadas” com habilidade suficiente para levantar um barraco em uma noite. Essas “novas moradias” são vendidas ou negociadas. A “Indústria da Invasão” é a própria exploração da miséria.
Fonte..:: Wellington Borges AQUI
Para Roteiros de Turismo na Baixada Santista
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