Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

CONVITE: Terra Livre: Movimento do Campo e da Cidade. A cidade que nós temos e a cidade que queremos! Para além do Capital!


Pela primeira vez na história, desde o inicio das cidades, que a área urbana no mundo , segundo a ONU, ultrapassa a área rural ( 54% urbana, e chegará a 70% em 2050). Este fato  coloca novos desafios para organização das lutas que a classe trabalhadora precisara travar para o próximo período, pensando que modelo de cidade temos e que modelo devera se constituir para atender a classe trabalhadora em todos os aspectos para que superem a opressão do capital sobre os trabalhadores e trabalhadoras moradores das cidades.



No Brasil de hoje, cerca de 80% da população é urbana, sendo que na década de 40  apenas 30% da população  morava no campo. Durante as décadas de 70 e 80, houve o maior deslocamento das áreas rurais para as áreas urbanas. Este fato ocorreu, principalmente, em decorrência do processo de industrialização no Brasil, promovido sob a batuta da ditadura militar, que forçou enorme deslocamento dos habitantes da área rural, para servir de mão de obra barata, ou excedente de mão de obra, nas fábricas.

Esse processo, nunca se preocupou com as condições de vida da classe trabalhadora, principalmente, porque as áreas reservadas para esta classe sempre foram as mais distantes e com menos infraestrutura para que se obtivesse uma vida digna, que são as regiões periféricas.

Nas duas últimas décadas na cidade de SP e em outras cidades grandes e médias, o setor imobiliário alcançou uma importância maior do que as necessidades do povo, organizando as cidades para garantir os seus proprios interesses e os interesses do capital, principalmente no quesito mobilidade, que interfere e determina a concepção de cidade. Esse fato tem determinado a qualidade de vida ou não nas cidades. São Paulo como sendo uma das maiores regiões de interesse do capital e um dos maiores laboratórios, tem imposto um enorme sofrimento para a sua população, que se encontra hoje em um processo de adoecimento mental, numa escala crescente e sendo, portanto, a maior população com esse tipo de adoecimento no mundo. 

Tal urbanização se deu sob os princípios da ilegalidade e da desigualdade. A especulação imobiliária fez com que o valor da terra não pudesse ser acessado pelas populações pobres, que passaram a ocupar terrenos distantes dos centros, onde se encontra toda a infra-estrutura urbana qualificada (escolas, transporte, lazer, cultura, saúde, etc.), muitas vezes instalando-se em áreas de preservação ambiental. A moradia é caracterizada pela precariedade de suas instalações e pela ausência do Estado no fornecimento de estrutura básica e serviços. Ou seja, a falta de recurso técnico e ausência do poder estatal impossibilitam a garantia condições mínimas de vida e de moradia. Mesmo quando o Estado não é ausente os recursos são escassos. A repressão e a violência institucional contra a população pobre tornam-se a marca de presença do poder estatal nas periferias e favelas.

Desta forma, a população pobre e marginalizada, encontra-se extremamente vulnerável às catástrofes ambientais, haja vista as recentes enchentes que impactaram profundamente os assentamentos humanos precários, ou seja, as favelas. Não lhes são observados nenhum   dos direitos constitucionais já garantidos à moradia, pois são constantemente despejadas. sob forte violência policial, para a implementação de projetos imobiliários rentáveis, demonstrando a perversidade da lógica de produção e ocupação dos espaços da cidade.
Por sua vez, indivíduos, entidades e movimentos sociais, buscam defender os direitos humanos desta população, exigindo a democratização das cidades e suas riquezas, através ocupações de prédios e terrenos que não cumprem a função social. Ao mesmo tempo, a resistência aos processos elitistas e higienistas de “revitalização de centro”; as resistências indígenas, as resistências quilombolas e as diversas resistências nos espaços urbano ( luta pelo transporte gratuito, pela ampliação e qualidade do sistema de saúde, creches nas comunidades, etc.) são constantemente criminalizados ou sofrem violência como forma de repressão de suas ações.

Uma outra tragédia humana, se coloca como fundamental para que entendamos as mudanças que ocorrem na humanidade  e repercutem nas cidades, que são os deslocamentos forçados vitimas de guerras obrigados a sair de suas casas. A ONU calcula cerca de 50 milhões, que estão vivendo com status de refugiados em outros países, que não os seus. Essas guerras são sempre provocadas pelo capital, em virtude de áreas estratégicas, que atendam seus interesses.
O Brasil que já tem 1 milhão e 600 mil brasileiros que foram obrigados de sair de suas casas, nesses últimos 7 anos.

Essa nova realidade, que nos tem sido colocadas, (aos movimentos populares), pelos refugiados, nos traz um enorme desafio: como compreender esta situação, estabelecer relações culturais, construir laços de luta, para a superação de diversas situações de opressão que eles vem sofrendo como xenofobia, falta de moradia, e outros.

Assim, o Movimento Terra Livre, em seu braço urbano, pretende realizar um ciclo de Seminários, que aprofunde a necessidade da organização popular em torno do debate sobre que cidade temos e que cidade queremos. Este debate sera muito importante para que possamos nos opor ao modelo de cidade e desenvolvimento predominante que se mostra insustentável à vida e a natureza, para buscarmos alternativas que sejam capazes de efetivar os direitos humanos de todos, principalmente dos setores mais fragilizados pelo capital como  das mulheres, LGBTS, Negros, Indígenas, Crianças e Adolescentes.
Debater para entender a cidade nesse momento é fundamental para compreender que dinâmica tem sido imposto pelo capital e refletir a possibilidades de saídas que poderemos construir.


1-A atual conjuntura e os desafios dos movimentos de luta por moradia e reforma urbana
CONVIDADOS: Brigadas Populares (confirmado), Movimento de Moradia  Centro,, Luta Popular(confirmado), Terra Livre(confirmado), MMRC Nelson Tchê (Nelsão)
Data 04/02/2016
Local: Ocupação Carolina Maria de Jesus
Rua Iraci, 707 Jd Paulistano
Horário 19:00


2-Mobilidade Urbana
CONVIDADOS: MPL- Movimento Passe Livre , Márcia e  Lucio  Gregori , Terezinha Ferrari, João Vitor – Conselheiro do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte  e Movimento Terra Livre
Data: 17 de Fevereiro
Local: Ocupação Leila Kaled
Rua Conselheiro Furtado, 648 – Liberdade
Horário: 19:00 

3- Cidade de exceção: A Militarização das cidades
CONVIDADOS: Comitê pela Desmilitarização da Policia e da Política, Mopat- Movimento Palestina para Todos e Todas, Padre Julio Lancelotti, Marcela Pontes – Médica Comunitária, Coletivo Autonomo Dos Trabalhadores Sociais - Catso
Data 24 Fevereiro
Local: : ECLA
Rua da Abolição, 244 – Bixiga
Horário 19:00

4- Deslocamentos forçados
CONVIDADOS:: Sirios Palestinos, Curdos, Bolivianos,haitianos e Manoel Fernandes (Prof Geo da USP)
Data 07 de Março
Local: Ocupa Leila Kaled
Rua Conselheiro Furtado, 648 Liberdade
Horário: 19:00 


5-Cidade dos Homens? 
CONVIDADOS: Fala Guerreira, Frente contra o Assédio,Movimento LGBT, Lavínia Clara - militante do Terra livre
Data 17  de Março
Local: ERLA
Rua Santo Antonio, 1025 –A Bixiga
Horário 19:00

6-A periferia e o controle territoral dos(as) indígenas e negros(as):
Das senzalas a resistência dos quilombos!
CONVIDADOS::Vera Teles – Professora da USP(convidada), Rui Poly , Sassá Tupinambá-Tribunal Popular, Movimento Terra Livre
Sinsprev
Rua Antoniod e Godói, 88  5º andar – Centro
Data 28 de março
Horário 19:00


7-Se a cidade fosse minha!
Infância e a construção das cidades cidade
CONVIDADOS: Graziela Kunsch - artista e editora da revista Urbânia, Coletivo Mapa Xilográfico, Grupo Contrafilé, Vagner Fernandes do Movimento Terra Livre
Data  6 de abril
Praça Roosevelt -  centro
Horário 19:00


8- Plano Diretor: Cidade para as pessoas ou para os interesses do capital?
CONVIDADOS: Marcelo Sampaio, Lucila Lacreta(convidada), Felipe Francisco de Souza(convidado), Auditória Cidadã da Divida Pública, Usina
19 de abril
Local: Ocupação Leila Kaled
Rua Conselheiro Furtado, 648 – Liberdade
Horário:19:00 
Apresentação da Peça: Revolução das Galochas  do Grupo Galochas






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