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domingo, 5 de maio de 2013

Mistérios e Curiosidades na Morte de Alberto Santos Dumont


Já passaram oito décadas da morte de Alberto Santos Dumont e alguns mistérios ainda despertam curiosidade. Se o pai da aviação vivia na França, então porque ele faleceu num hotel do Guarujá? Talvez ele tenha vindo conhecer as praias tão comentada pela elite paulistana e, ao chegar à Ilha de Santo Amaro, sofreu um mal súbito sucumbindo em seguida. É muito estranho ele vir para o Guarujá no inverno de Julho em vez da alta temporada de Janeiro, onde a cidade está mais receptiva. Porém esta é uma meia verdade! Além desta, outras questões ainda nos intrigam como:

O que Santos Dumont fazia hospedado num hotel na cidade do Guarujá?
Qual foi a causa da morte do patrono da aviação?
Ele testemunhou a primeira batalha aérea ocorrida no litoral paulista?
Por que esconderam as reais causas de sua morte?

Em 1931 Santo Dumont esteve internado numa casas de saúde de Biarritz e em Ortez, sul da França; seu sobrinho Jorge Dumont Vilares foi então buscá-lo. Por aconselhamentos de seu médico no Brasil, Dumont chegou ao Guarujá para recuperar a saúde além de um grande abatimento que o afligia. O criador do avião tinha sofrido um grande impacto ao assistir seu invento ceifar as vidas de seus amigos num desastre aéreo quando regressou da França. Ele chegou na cidade de Santos no ano de 1932, quando o presidente da republica era Getúlio Vargas e não havia uma constituição no Brasil. São Paulo se rebelou para depor o governo de Vargas para voltar a ter autonomia na federação, iniciando em Julho daquele ano a Revolução Constitucionalista. Agora uma nova estratégia do governo federalista era a utilização de aeronaves para bombardear pontos estratégicos.


Assim está escrito na página 137 do livro História da Revolução Constitucionalista de 1932:

“– Meu Deus, meu Deus! – bradou Santos Dumont do Hotel de La Plage, do Guarujá – Não haverá meio de evitar o derramamento de sangue de irmão? Por que fiz eu esta invenção que, em vez de concorrer para o amor entre os homens, se transformou numa arma maldita de guerra? Horrorizam-me estes aeroplanos que estão sempre pairando sobre Santos.”

O pai da aviação se matou no dia 23 de julho de 1932 onde, segundo o professor Aldo João Alberto*, houve uma batalha na manhã do dia 26 de julho de 1932 em que três aviões decolaram do Campo de Marte para bombardear navios de guerra do governo federal que estavam atrás da Ilha da Moela para não serem atingidos pelos canhões do Forte Itaipu, bloqueando assim o Porto de Santos. Ou seja, três dias depois da morte de Dumont. O pai da aviação não presenciou aquela batalha, no entanto registros da revolução mostram que no mesmo dia em que Dumont se enforcou ele soube que o Forte Itaipu tinha sido bombardeado por aeronaves. Sua morte então foi uma fuga em aceitar que sua criação estava sendo utilizada contra seus anseios, logo ele deveria ter escrito uma carta de despedida certo? Como fez Getúlio Vargas e todo mártir faria.


Com isto chegamos à resposta da ultima indagação: Por que esconderam as reais causas da morte de Santos Dumont? No livro A Arte da Guerra, que naqueles tempos era um manual estratégico em conflitos armados, diz:

"Os bons generais são diferentes: comprometem-se até a morte, porém não se aferram à esperança de sobreviver; atuam de acordo com os acontecimentos, em forma racional e realista, sem deixar-se levar pelas emoções nem estar sujeitos a ficar confusos." "Em primeiro lugar, deves ser capaz de manter-te firme em teu próprio coração; só então podes desmoralizar aos generais inimigos."

O suicídio de Dumont foi um ato confuso de um homem desesperado, se a verdade da morte viesse à tona durante a revolução não haveria desejo de uma vitória e as tropas desanimariam na batalha. Ocultar o suicídio de um general foi a forma mais sensata a fazer na guerra.

O governo federal diminuiu a ofensiva contra os paulistas e, sem conhecer os fatos, decretou luto oficial por três dias. O corpo de Dumont seguiu acompanhado por seus familiares para o Rio de Janeiro, sendo enterrado com honras de chefe de estado. Após o luto a revolução prosseguiu.


(*Professor Aldo João Alberto é membro da Associação dos Combatentes de 1932 de Santos e do Instituto Histórico Geográfico de Santos. Fontes de pesquisa: http://pt.wikipedia.org; http://www.ihgs.com.br; http://www.novomilenio.inf.br; http://www.portalsaofrancisco.com.br; livro de Sun Tzu, A Arte da Guerra; livro de Hernâni Donato, História da revolução constitucionalista de 1932: comemoração aos 70 anos do evento; Folha da Noite de quarta-feira, 13 de Julho de 1932 e de sábado, 23 de Julho de 1932) 

Fonte..:: Guarujá WEB


(fatos_históricos)


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