Abaixo segue Ofício o qual foi enviado pelo SRCVB para o Sr. Cláudio Valverde, Secretário de Turismo e Presidente do Conselho Estadual de Turismo.
Abaixo segue Ofício o qual foi enviado pelo SRCVB para a Sra. Ana Maria Preto, Presidente do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista.
Abaixo íntegra do documento apresentado na
Reunião do Conselho Estadual de Turismo em 21 de fevereiro de 2013.
CIRCUITO TURÍSTICO NA
COSTA DA MATA ATLÂNTICA (BAIXADA SANTISTA)
São Vicente, 21 de
fevereiro de 2013.
EXMO. SR. CLÁUDIO VALVERDE – Secretário de Turismo do Estado
de São Paulo
..:: Livre Circulação para as Agências de Turismo Receptivo Regional
Histórico
Entre as
décadas de 60 e 70, as cidades recebiam o turista de um dia, os chamados
“farofeiros”, que vinham à praia apenas para se divertir no mar - “sol e praia”.
Para atendê-los, existiam desde cabines de banho até maiôs que podiam ser
alugados. O comércio procurava atender o gosto deste tipo de turista. Vários
ônibus chegavam e ficavam estacionados ao longo da faixa de areia. As famílias
traziam o que comer e não se importavam com o lixo que produziam. A areia, o
mar, as ruas e as praças ficavam muito sujas.
Este fluxo de
turismo desordenado aliado à falta de infra-estrutura e consciência dos
visitantes gerou uma série de problemas para as cidades.
Com tal fato
as prefeituras começaram a se organizar para evitar transtornos: reurbanização
da orla (estacionamento, comércio, sanitários, lixeiras, áreas de lazer...).
Também geraram mecanismos para autorização de circulação de veículos de turismo
(van, micro-ônibus e ônibus). Tais medidas controlam hoje este perfil de
visitante com êxito.
Hoje (Realidade)
É uma
verdadeira jornada conseguir tais autorizações de circulação, sendo muitas
vezes até inviável devido a taxas cobradas para Agências de Turismo Receptivo Regional.
Algo que
desestimula, e faz com que o visitante de grupos organizados opte por realizar
passeios e movimentar a economia em outros locais.
Cada cidade
possui suas regras/políticas/leis (órgãos/departamentos, taxas....) para a
questão de circulação de veículos de turismo. Umas possuem órgão específico
para o assunto, outras para cada tipo de perfil (terceira idade, esporte,
social, turismo...).
Vamos dar um
exemplo: estamos com um grupo organizado em uma das cidades da região, e temos
que ficar pagando taxas e batalhando atrás de cada departamento responsável das
cidades vizinhas para que possamos levar os grupos a fazer um circuito
turístico regional. Situação esta que torna difícil a formação e
operacionalização de um produto turístico regional integrado.
Muitos dos
circuitos de turismo no Brasil possuem esta metodologia de circulação de
veículos para circuito turístico, ex: Serras Gaúchas, Circuito Histórico em Minas Gerais e outros
destinos. O grupo fica hospedado em uma cidade do pólo regional, e a cada dia
destina-se a uma cidade ou atrativo nas imediações.
Outro exemplo:
muitas escolas vêm à região realizar seus estudos históricos, culturais e
estudo do meio, será que estes estudantes não possuem o direito de conhecer e
aprender com a nossa história, cultura e belezas naturais?
Vale lembrar
que o projeto do Estado Roda São Paulo consegue circular pela região
tranquilamente! As Agências de Turismo Receptivo Regional devem ter o mesmo
benefício.
..:: Políticas para o Futuro
Muito se
comenta e discute sobre a falta de produtos turísticos regionais (roteirização).
E como tornar
o turismo regional um produto de consumo responsável? Como fomentar isso?
A ideia seria
a criação de uma Lei ou acordo entre as cidades que compõem a Região
Metropolitana da Baixada Santista – como um SELO Metropolitano, e ou
CERTIFICADO que estabelece livre circulação (sem taxas e burocracias) para as Agências
de Turismo Receptivo Regional. Um órgão regulador único é mais uma sugestão.
Uma outra
forma é um sistema on-line que integre as cidades. Como por exemplo o SISTUR –
Sistema de Gerenciamento do Turismo de 1 dia, que é realizado pela prefeitura
da Cidade de Santos, o qual os representantes do setor possuem interesse em
desenvolver e administrar o sistema de âmbito regional. O SISTUR se torna uma
grande ferramenta de gerenciamento e estatística.
Seriam contempladas
as Agências de Turismo Receptivo Regional devidamente constituídas nos
municípios da região, e que possuam o cadastro e certificado (CADASTUR) no
Ministério do Turismo. As mesmas seriam responsáveis pelo grupo e obrigadas a
possuir nestes grupos organizados um Guia de Turismo devidamente cadastrado no
Ministério do Turismo, podendo inclusive se criar e formalizar códigos de conduta.
As Agências de
Turismo Receptivo Regional ficam responsáveis pela comercialização e operação
dos roteiros e programas turísticos em nossa região, para venda direta ao
consumidor final (turista, empresas, instituições de ensino e outros) e/ou
intermediários, como outras agências de turismo.
As excursões
e/ou grupos organizados que vierem com veículo de turismo contratam uma agência
de turismo receptivo regional OU pagam as taxas de circulação.
..: O Momento chegou!
Isto mesmo,
chegou a hora dos municípios da Baixada Santista “descobrirem” que promover e
movimentar o turismo é maneira eficaz de distribuir renda e incentivar o
desenvolvimento e posicionar-se como Circuito Turístico.
É um desafio.
Vencê-lo é provocar o desenvolvimento do Circuito Turístico Regional da Baixada
Santista.
Atenciosamente,
Renato Marchesini – minimo_impacto@yahoo.com.br
Turismólogo e Gestor de Projetos
(turismo)
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