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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Golfinhos em risco no Atlântico Sul


Considerada um dos menores golfinhos do mundo, a toninha (Pontoporia blainvillei) - mamífero marinho endêmico da região sul do oceano Atlântico - pode ter agravado o seu status de ameaçada de extinção. 

Créditos imagem..:: Ong Kaosa

A pesca praticada nas regiões habitadas pela espécie é apontada como uma das principais causas desse cenário, de acordo com uma pesquisa da ONG Kaosa, que possui apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

Distribuída nas águas costeiras de toda a região litorânea que vai do Espírito Santo, no Brasil, até a Argentina, a toninha tornou-se um alvo fácil da atividade de pesca, principalmente daquela praticada na modalidade de emalhe. A espécie habita as áreas marinhas de menor profundidade nessas regiões, que são os locais onde é intensa a atividade pesqueira de emalhe: para capturar os peixes, longas redes ficam por horas no mar, ocasionando na captura acidental das toninhas e de outros animais que se prendem nas malhas das redes.

Na costa do Rio Grande do Sul, essa situação tem sido acompanhada pela ONG Kaosa, que desenvolve há 20 anos um projeto de conservação do mamífero no Estado. De acordo com Emanuel Carvalho, responsável técnico pela pesquisa, as redes têm se tornado cada vez maiores, o que prejudica o trânsito das toninhas. "Nosso monitoramento identificou que as redes ficaram mais extensas ao longo dos anos, variando de dez até 30 km. Desse modo, elas se tornaram uma barreira quase intransponível, tanto para as toninhas como para outras espécies que habitam o ambiente marinho", analisa Emanuel.

Para reverter esse quadro, o projeto aconselha a diminuição das redes utilizadas na pesca e a criação de áreas de proteção marinhas nas quais as atividades pesqueiras sejam controladas, principalmente nas regiões entre cinco e 20 metros de profundidade. Dados da ONG indicam que o índice de captura acidental das toninhas pode ser reduzido em até 75% com a restrição da pesca nessas áreas.

No Brasil, a prática na região costeira que possui essas características é a pesca conhecida como de média escala. Por utilizar embarcações motorizadas, essa modalidade possui alta capacidade de pescado, com tripulações que chegam a passar até 20 dias no mar – o que resulta na captura acidental de um grande contingente de toninhas.







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