Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Santos está próximo de ganhar sua primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Caetê


Santos está perto de ganhar sua primeira certificação de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). Localizado na Área Continental, na Rodovia BR 101 – Rio Santos, entre os KM 237,5 a 238,5, a Trilha Mirante do Caetê possui 52 alqueires, aproximadamente 1,2 km². O acesso ao local, com 260 metros de altura (103 metros a mais que o Monte Serrat), se dá por trilha de 1.200 metros de extensão, em aclive. Uma ótima opção para os interessados em praticar exercícios físicos. A área encontra-se em estudos, pelo seu elevado potencial para ecoturismo e educação ambiental.

Caetê, do tupi, significa mata verdadeira ou mata virgem, e também é a abreviação para Centro Ambiental de Estudos e Turismo Ecológico da Mata Atlântica. De acordo com a proprietária Sandra Maria Máximo, a palavra fundamental é preservação. “Meu objetivo é beneficiar os visitantes, apresentando o patrimônio de maneira segura e contextualizada com o ambiente e profissão que exercem. Espero receber biólogos, historiadores e turistas, com caminhadas ou passeios náuticos monitorados, que possam informar sobre o ecossistema local”, explica. Na ocasião, ela também aceitou uma sugestão para desenvolver um projeto sobre culinária com ingredientes encontrados na Mata Atlântica.

Para isso, é necessário adequar a área e fazer algumas modificações, como um centro de visitantes construído com madeira certificada e sistema de captação da água da chuva, por exemplo. De acordo com a representante técnica pela Secretaria de Turismo, Milene Correia, o local contempla três ecossistemas: Manguezal, restinga e encosta. Toda a área é considerada sítio arqueológico, de acordo com a lei nº 3924/61 art. 27.

Dos 7% de Mata Atlântica preservada, 5% se encontram na Serra do Mar, por isso é considerado um local muito importante. De acordo com a chefe regional do Ibama, Ingrid Öberg, para comprovar o desejo de preservação, o proprietário grava em cartório que nem ele, nem seus descendentes, poderão desmatar o local. Em contrapartida, ele recebe benefícios, como a isenção de impostos.

No passado, o sítio era um núcleo de cultivo de bananeiras, e hoje, suas árvores atingem facilmente 20 a 30 metros de altura. São encontradas canelas, cedros, figueiras, quaresmeiras, ipês, palmitos entre outras. Podemos observar, também, bromélias e orquídeas.

Entre os presentes, os monitores de educação ambiental do Aquário, Thaís Lofti e Alex Ribeiro, acreditam que o local é excelente para projetos relacionados com educação ambiental nos cursos de férias e também com os moradores daquela região. “É impressionante como saímos da mata e chegamos ao Canal de Bertioga, com a maior facilidade”, explica Ribeiro. O trecho, denominado Largo do Candinho, possui uma larga franja de mangue, de fácil acesso de barco ou canoa.

Também estavam presentes: Os biólogos da Codesp, Bruno Takano e Ricardo Arakaki, o chefe do Departamento de Políticas de Turismo, Marco Antônio Francisco, o turismólogo Renato Marchesini e o professor e um dos educadores do Engenho dos Erasmos, Rodrigo Christofoletti. A visita técnica contou com o apoio da Guarda Municipal.

Outros roteiros de ecoturismo de Santos: Fazenda Cabuçú, Estância Diana, Jurubatuba, Itatinga e Itabatatinga.

Sambaqui: Para contribuir não somente com a preservação do ambiente, mas também valorizar o patrimônio histórico-cultural, Sandra pesquisou, através do Iphan, a viabilidade do tombamento do Mirante do Caetê. Por conta deste estudo, ela descobriu um sambaqui em frente ao Canal de Bertioga. De acordo com o arqueólogo, Manoel Gonzalez, o sambaqui, foi feito pelos primeiros habitantes do litoral, os caçadores coletores, e possui aproximadamente cinco mil anos, mas pode ser ainda mais antigo por ter ficado submerso durante um período.

Do tupi tamba'kï, literalmente ‘monte de conchas’, também são conhecidos como concheiros, casqueiros, berbigueiros ou até mesmo pelo termo em inglês shellmountains. São depósitos construídos pelo homem, com materiais orgânicos, calcários e que, empilhados ao longo do tempo sofreram uma fossilização química, já que a chuva deforma as estruturas dos moluscos e dos ossos enterrados, petrificando os detritos e ossadas. Fonte abundante de calcário, a região serviu de base para as povoações iniciadas pelos europeus, colaborando com a destruição de muitos desses sítios arqueológicos. O sambaqui mais antigo do Brasil está localizado no Mato Grosso e têm 34 mil anos.

Fonte..:: Turismo Santos


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