O artista plástico
fluminense é genial e carismático. Granato e produz uma obra inquieta, de alta
qualidade técnica, que seduz o público e conquista a
crítica.
Carioca, nascido em
Campos, em 1949. Pintor, gravador, desenhista, ator e artista multimídia
Ivald Granato começou a desenhar na adolescência sob influência de
pintores cubistas. Teve uma formação acadêmica estudando pintura com
Robert Newman e depois, uma breve passagem pela Escola de Belas Artes.
De Granato se pode esperar todas as formas de expressão
artística e em sua produção são frequentes as referências autobiográficas. Foi
duas vezes premiado (1979 e 1982) como o
melhor desenhista do ano pela Associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA.
Desde a década de 1970, realiza performances e intervenções, recorrendo à
fotografia e ao vídeo para documentá-las. No início da década de 1980,
participou de eventos com a Banda Performática, do artista José Roberto Aguiar,
que associa pintura, música, teatro e circo. Como ator, já se apresentou no teatro com peças como "O Urubu
Eletrônico" e "Ciccilio Matarazzo em Mitos
Vadios".
Ivald Granato realizou
individuais no Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro e no Museu Brasileiro da
Escultura. Atualmente, participa da
coletiva itinerante Futebol pela Paz, organizada em parceria pelas ONGs
Non-Violence Project Foundation e Base Brasil, ao lado de Yoko Ono e
muitos artistas brasileiros. A mostra é um prega a paz e vai percorrer as 12
cidades sede da Copa do Mundo de 2014, para levantar fundos e capacitar
professores para as escolas públicas e unidades da Base
Brasil.
Para o público santista
tudo será novidade, já que as 70 obras que integram a mostra nunca foram vistas
por aqui. A coleção gráfica inclui litografias, gravuras sobre papel e
tela.
Exposição de Ivald
Granato
Coquetel de abertura- 13
de setembro - quinta feira –
20h00
Aberta ao público- de 14
de setembro a 07 de outubro
de terça a domingo, das
09h00 às 18h00
no casarão
Visitação livre e
gratuita
Apresentação de Jacob
Klintowitz
Ivald Granato,
devorador das imagens do mundo.
Existem alguns artistas
dotados de enorme, inexplicável, e surpreendente energia e que criam as suas
obras numa ação de alta intensidade. Eles trabalham numa espécie de vertigem e
numa imersão em que entram em contato com forças e vetores ocultos e perdem o
contato com aspectos exteriores de sua personalidade. É uma raridade. E alguns
destes artistas produzem obras coerentes com a sua história pessoal e inventam
uma linguagem própria. Estes são mais raros ainda. Ivald Granato é um
deles.
A parte gráfica de seu
trabalho, gravuras e desenhos, é exemplar deste procedimento e desta qualidade.
Granato trabalha por séries, por temas, e o seu limite é o seu fôlego: quando
está exausto, sem ar, saturado, mareado de si, é o fim da série. Às vezes são
dezenas de obras sucessivas, como se as imagens fossem registradas e reveladas
por uma minuciosa e itinerante câmera cinematográfica. E o que registra esta
câmera idealizada?
Ivald Granato domina as
técnicas formais do desenho e da gravura. Naturalmente a sua rapidez e
intensidade é mais próxima da litografia e da serigrafia do que da gravura em
metal que, em regra, exige outro tipo de meditação. O gesto do artista registra
a natureza, flores; figuras humanas, a sua constante em tantos anos; cabeças
humanas; a história da arte, por apropriação e intervenções em obras de artistas
como Francis Bacon, Pablo Picasso, Andy Warhol, Leonardo da Vinci, Jasper Johns,
Henri Matisse.
É este panorama que a
câmera registra. Cenas da natureza e da vida humana e núcleos significativos da
linguagem. É o que Ivald Granato vê no seu entorno, homens e natureza. E o que
informa a sua sensibilidade, a invenção da linguagem de plástica. O que passa diante dos seus olhos. Ivald
Granato é um ávido devorador das imagens do mundo.
É esta a história deste
universo gráfico imenso que ele construiu e ao qual não para de acrescentar
novos personagens. A história de uma espantosa capacidade para incorporar cenas
e linguagens, fundi-las e torná-las metal ardente. Lava que quando esfriada nos
revela uma nova crosta terrestre.
Sobre o Jacob Klintowitz
Jacob Klintowitz
(28.06.1941), crítico de arte, jornalista, editor de arte, designer editorial.
Recebeu duas vezes o “Prêmio Gonzaga Duque”, da Associação Brasileira de
Críticos de Arte, pela atuação crítica, o último no ano de 2001. É autor de 116
livros sobre teoria de arte, arte brasileira, ficção e livros de artista E
participou com textos críticos em dezenas de livros antológicos. Tem sido
Curador de inúmeras mostras.
Fonte..:: Release por email
(evento_programação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A R9 Turismo agradece sua participação!
obs: Os comentários são moderados.
Mantenha contato! Muita Luz ...