A
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a
Rio+20, começa nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, com
incertezas, falta de consenso e sem grandes expectativas de que o
documento final estipule metas ambiciosas. Até ontem, havia confirmação
da participação de representantes de 186 dos 193 países-membros da ONU -
a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, representará o presidente Barack Obama.
Os principais impasses continuam em torno do fortalecimento do
programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma) e sobre os temas dos
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) - pelos quais os países
avançariam como uma segunda etapa dos Objetivos do Milênio, um conjunto
de oito metas estabelecidas pela ONU em 2000 e que devem ser atingidas
por todos os países até 2015. Mas até a última reunião preparatória, no
início do mês, em Nova York, não havia acordo nem mesmo sobre quantos
deveriam ser os temas desses objetivos sustentáveis.
A ONU já dá como certo que as negociações não se encerram ao longo
dos três dias de reunião preparatória do documento final, a partir de
hoje. Por enquanto há acordo em relação a menos de um quarto dos
parágrafos do documento. Como a decisão é por consenso entre os 186
países participantes, fica claro o tamanho do desafio. Já se inscreveram
para fazer discursos durante a cúpula 76 presidentes, 6 vices, 44
primeiros-ministros e 7 vice-primeiros-ministros.
O Brasil defendeu ontem o fortalecimento de princípios acordados há
20 anos e que não haja retrocessos em pontos conquistados na Eco-92. A
informação foi passada em uma entrevista sem muito entusiasmo concedida
pelos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Izabella
Teixeira (Meio Ambiente) no Riocentro, sede do evento.
Patriota disse que o País chega à última etapa de negociações
defendendo a manutenção de pontos estabelecidos na Eco-92, como ter o
ser humano como o centro das atenções e o princípio das
"responsabilidades comuns, porém diferenciadas".
Em linhas gerais, esse princípio prevê que todos os países têm
compromisso com as mudanças, mas os ricos têm mais, porque
historicamente contribuíram mais com a degradação do planeta.
"A crise econômica há 20 anos afetava sobretudo os países em
desenvolvimento. Hoje, o que antes era considerado periferia está
trazendo respostas. A periferia de certa maneira virou o centro", disse
Patriota.
Polarização
Sobre a divergência entre países ricos e pobres, um representante da ONU disse que hoje não dá mais para falar em polarização Norte-Sul. "Em que categoria Brasil, a sexta economia do mundo, China e Índia se colocam, como pobres? Claro que ainda existe muita pobreza. E há um medo dos países em desenvolvimento de serem forçados a tomar atitudes imediatas que possam prejudicar o seu crescimento. É mais complicado que Norte x Sul. O mundo está muito diferente."
Sobre a divergência entre países ricos e pobres, um representante da ONU disse que hoje não dá mais para falar em polarização Norte-Sul. "Em que categoria Brasil, a sexta economia do mundo, China e Índia se colocam, como pobres? Claro que ainda existe muita pobreza. E há um medo dos países em desenvolvimento de serem forçados a tomar atitudes imediatas que possam prejudicar o seu crescimento. É mais complicado que Norte x Sul. O mundo está muito diferente."
Mais cedo, Izabella havia comparado a falta de acordo nas negociações
com o que ocorreu no ano passado durante a conferência do clima
(COP-17), em Durban, África do Sul. "Todos diziam que Durban não ia dar
em nada, mas conseguimos reverter a situação", lembrou a ministra, sobre
o acordo fechado em dezembro por representantes de 194 países de
renovar o Protocolo de Kyoto para pelo menos até 2017.
Fonte..:: Yahoo
(evento_programação, recicle suas idéias)
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