Os
armazéns gerais surgiram em Santos por volta de 1903, para permitir uma
operação que mudaria para sempre o comércio de café. Os fazendeiros,
que tinham de vender a safra no pé, ganhavam locais para guardar o café e
vendê-lo no momento mais adequado. Os armazéns davam ao produtor de
café poder sobre o mercado. Em 1911 constituíam um negócio florescente,
que prosperaria pelos próximos 60 anos. Os ensacadores, trabalhadores
encarregados de embalar o café e depositá-lo nas pilhas nos armazéns,
chegavam aos 2 mil homens. Era o setor que mais empregava depois do
próprio porto. O ambiente de trabalho era poeirento e insalubre.
O
trabalho no interior dos armazéns de café tinha menos romantismo do que
relatavam as poesias da época, evocando o cheiro do café que invadia a
Cidade. Para os carregadores e ensacadores de café, categoria mais
numerosa do porto na época, era uma tarefa quase desumana, com pilhas de
muitas sacas de altura, escadas para subir carregando sacas de 60
quilos na cabeça e uma poeira permanente. Mas era, também, trabalho
braçal dos mais bem remunerados da época. Os armazéns gerais foram um
dos setores mais bem sucedidos da economia santista nas primeira décadas
do século passado, época em que Santos definia o preço do café no
mundo.
Fonte..:: Jornal da Orla
(fatos_históricos, fotos_antigas)
Para Roteiros de Turismo em Santos e Região
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