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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Museu do Porto de Santos: História do Porto de Santos

 Por..:: Lyane Santos

O Porto de Santos completará 120 anos na próxima quinta-feira. Mas, até hoje, são poucos os que sabem a história do maior complexo portuário da América Latina. Fatos importantes dessas 12 décadas podem ser conhecidos em uma visita a uma casa antiga de três andares, no bairro do Macuco, onde está o Museu do Porto. 

 Em um dos cômodos, foi remontado um dos antigos escritórios dos administradores da Docas de Santos.
Foto de..:: Carlos Nogueira

Criada em 1º de setembro de 1989, como parte do Programa de Preservação do Patrimônio Histórico, do Ministério dos Transportes (que, na época, administrava os portos), a instalação fica ao lado da sede da Codesp, a Autoridade Portuária de Santos, na Avenida Rodrigues Alves. No local, estão em exposição cerca de 8 mil peças.

A aula de história começa com a observação das instalações do Museu. Os imóveis que abrigam o complexo cultural do Porto – o museu, a videoteca, a biblioteca e a hemeroteca – eram as residências dos engenheiros da Companhia Docas de Santos (CDS) responsáveis pela construção do cais santista, no final do século 19. Um deles era Guilherme Benjamin Weinschenk, que se dedicou ao desenvolvimento do projeto de logística do cais santista.

A CDS foi a empresa privada responsável pela construção e exploração do Porto de 1888 (ano em que os acionistas da empresa receberam a concessão e iniciaram a construção do cais) a 1980, quando a validade de sua concessão terminou e a função acabou repassada à Codesp.

As habitações de seus engenheiros acabaram revolucionando a forma de moradia da elite santista na época, contou o gerente do Complexo Cultural do Porto, Antonio Carlos da Mata Barreto.

“As casas (de Santos) chegavam à rua. A pessoa saía da calçada e já entrava na residência. Aqui não. Foi criada toda uma estrutura de jardinagem e recuo. As casas da Cidade eram cobertas com telha de cana. Já para a construção dessas casas (do Porto), foram importadas telhas do tipo plana. Elas foram denominadas telhas francesas porque vieram de Marselha”, explicou Barreto, lembrando que mais tarde, o local abrigou a Guarda Portuária, antes de ser revitalizado para receber o Museu.

Atualmente, o imóvel tem seus cômodos ocupados com peças históricas, que vão desde o primeiro computador do País até uma cópia do decreto de 1890 que ampliou, para 90 anos, a concessão do Porto à CDS. Inicialmente, a autorização valia por apenas 39 anos.

..::Peças

Antes mesmo de entrar no museu, é possível encontrar no jardim relíquias que remetem a capítulos marcantes da história do complexo. Um dos destaques é o bico de proa do navio Ais Giorgis, que naufragou no estuário de Santos, em 1974, depois de pegar fogo. A peça foi retirada do fundo do estuário há cerca de 30 anos.

A primeira locomotiva do Porto, que leva o nome de Lavoura, também está em exposição. O veículo era utilizado no transporte de blocos de pedra para a construção do cais, da Pedreira do Jabaquara até o complexo. A lancha Igara, que durante anos foi responsável pelo transporte de autoridades que vinham visitar o Porto, também pode ser vista. “Reis, presidentes e governadores passearam na embarcação”, ressaltou Barreto.

Uma catraca, que ficava no antigo armazém de passageiros (o 15), também compõe a área externa. “A imigração do País passou por essa catraca”, apontou o gerente.

No interior da casa, podem ser vistos objetos e fotos que marcaram época. Uma maquete com a estrutura do Porto, no início da sua implantação, encanta os visitantes no primeiro andar a ser visitado. Mais adentro, as peças estão expostas por setores.

No andar de cima, outras peças surpreendem. Mas uma delas se destaca. É um arquivo de madeira com 20 minigavetas, a princípio imperceptível. Nelas, estão as identificações de todos os funcionários da CDS, desde o número 1. “Temos desde o primeiro empregado até o último. Já vi muitas pessoas chorarem e depois trazerem a família para ver”, afirmou Barreto.

O Museu do Porto fica na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, esquina com a Conselheiro João Alfredo, no Macuco. Ele funciona todos os dias, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. A entrada é gratuita.

Fonte..:: Jornal A Tribuna

(fatos_históricos, turismo)

Saiba mais..:: Vídeo História do Porto de Santos - História Santos

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