Segundo empresário, 90% das caixas de aço utilizadas para construção da loja Container Ecology Store são provenientes de armadores e empresas instaladas no porto santista.
Por..:: Lincoln Chaves
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Carga. É a primeira coisa que vem à cabeça quando se pensa na função de um contêiner. Faz sentido, tendo em vista a intensa movimentação destas caixas de aço no Porto de Santos. Só no primeiro semestre de 2011, foram quase 892 mil contêineres trafegando pela área portuária, movimentando quase 45 milhões de toneladas em cargas diversas. Contudo, para algumas destas caixas, o destino tem outra funcionalidade, mas bem longe do universo portuário.
O empresário André Krai — que, por exemplo, não atua no segmento de portos — viu nos contêineres uma necessidade e uma oportunidade de ir além do arquivamento de cargas. "Eu trabalhava com confecção e precisava ampliar minha rede de lojas. Em uma viagem a Cingapura, conheci um projeto de uma loja numa caixa de metal. Achei aquilo muito bacana e trouxe essa ideia para o Brasil, por meio do reuso de contêineres", recorda Krai.
Em 2008, o empresário deu início à franquia Container Ecology Store, rede de roupas e acessórios dentro de contêineres. O comércio inusitado fez sucesso no Sul do Brasil e se expandiu: hoje, são 20 unidades em 17 cidades — incluindo São Paulo. E de acordo com o empresário, 90% das caixas de aço que utiliza são oriundas do Porto de Santos, provenientes de armadores e empresas que trabalham com a transformação dos módulos em contêineres habitáveis.
"A ideia era aproveitar essas caixas, que depois de um tempo não são mais usadas para transporte e não valem mais a pena para o armador", explica o empresário, cuja rede tem como público-alvo os jovens. "O que encanta o público é justamente a ousadia de se transformar o velho e sujo em algo sofisticado, além da preocupação ambiental", explica.
Realidade
Modificar contêineres usados para que se configurem em lojas, de fato, é algo inusitado. No entanto, transformar essas caixas de aço em unidades cuja serventia transcenda o transporte de cargas já é uma realidade. "Já é comum a muitas empresas ter o contêiner como escritório, por exemplo", diz Fabiano Oliveira, proprietário da Oliveira Reparos — principal fornecedora de contêineres transformados para a franquia de Krai.
"Outra utilidade é como armazéns estáticos. Às vezes, a empresa tem uma determinada mercadoria e para não precisar construir um depósito, faz uso dos contêineres, em seus próprios territórios, para armazená-las até o período de venda", diz. Esse processo de transformação passa pelas aberturas laterais (no caso das lojas de Krai, são usados entre dois e quatro contêineres por estabelecimento), introdução de escadas, encaixes e, no caso de alguns módulos, pintura e colocação de forros.
O valor para aquisição dos contêineres, portanto, alterna-se de acordo com os acessórios e com seu tamanho — que varia entre os módulos de 20 pés (com 6 metros de comprimento) e 40 pés (com 12 metros de comprimento). Os valores de compra podem chegar a R$ 10 mil nos modelos simples (sem forro interno) ou chegar na faixa de R$ 14 mil para os mais sofisticados. Já o aluguel pode chegar a R$ 1,5 mil/contêiner.
Procura
As maiores demandas no segmento, por enquanto, ainda são para atender a escritórios para a construção civil. "O mercado de locação de containeres transformados em escritório, por exemplo, é diretamente proporcional ao momento da construção civil, pois quando o fluxo de obras aumenta a procura é maior", explica Marcelo Bueno, da Santos Container — que tem nas caixas habitáveis, aliás, o carro-chefe da firma, representando 70% da procura por contêineres para locação.
Fabiano Oliveira, da Oliveira Reparos, avalia ainda que o advento do pré-sal tende a movimentar ainda mais a procura. "Com a vinda da Petrobras para a região, muitas empresas vão se instalar por aqui. Mas não vão querer construir unidades novas para, em dois ou três anos, se mudarem — o que vai aquecer a procura da estrutura de um contêiner", acredita. "Antes, o maior empecilho para a mobilidade do contêiner, que é um dos pontos positivos de se contar com essa estrutura, era a fiação de rede e elétrica, mas com as placas 3G e o wi-fi, já não há problema", adiciona.
Moradia?
O empresário André Krai — que, por exemplo, não atua no segmento de portos — viu nos contêineres uma necessidade e uma oportunidade de ir além do arquivamento de cargas. "Eu trabalhava com confecção e precisava ampliar minha rede de lojas. Em uma viagem a Cingapura, conheci um projeto de uma loja numa caixa de metal. Achei aquilo muito bacana e trouxe essa ideia para o Brasil, por meio do reuso de contêineres", recorda Krai.
Em 2008, o empresário deu início à franquia Container Ecology Store, rede de roupas e acessórios dentro de contêineres. O comércio inusitado fez sucesso no Sul do Brasil e se expandiu: hoje, são 20 unidades em 17 cidades — incluindo São Paulo. E de acordo com o empresário, 90% das caixas de aço que utiliza são oriundas do Porto de Santos, provenientes de armadores e empresas que trabalham com a transformação dos módulos em contêineres habitáveis.
"A ideia era aproveitar essas caixas, que depois de um tempo não são mais usadas para transporte e não valem mais a pena para o armador", explica o empresário, cuja rede tem como público-alvo os jovens. "O que encanta o público é justamente a ousadia de se transformar o velho e sujo em algo sofisticado, além da preocupação ambiental", explica.
Realidade
Modificar contêineres usados para que se configurem em lojas, de fato, é algo inusitado. No entanto, transformar essas caixas de aço em unidades cuja serventia transcenda o transporte de cargas já é uma realidade. "Já é comum a muitas empresas ter o contêiner como escritório, por exemplo", diz Fabiano Oliveira, proprietário da Oliveira Reparos — principal fornecedora de contêineres transformados para a franquia de Krai.
"Outra utilidade é como armazéns estáticos. Às vezes, a empresa tem uma determinada mercadoria e para não precisar construir um depósito, faz uso dos contêineres, em seus próprios territórios, para armazená-las até o período de venda", diz. Esse processo de transformação passa pelas aberturas laterais (no caso das lojas de Krai, são usados entre dois e quatro contêineres por estabelecimento), introdução de escadas, encaixes e, no caso de alguns módulos, pintura e colocação de forros.
O valor para aquisição dos contêineres, portanto, alterna-se de acordo com os acessórios e com seu tamanho — que varia entre os módulos de 20 pés (com 6 metros de comprimento) e 40 pés (com 12 metros de comprimento). Os valores de compra podem chegar a R$ 10 mil nos modelos simples (sem forro interno) ou chegar na faixa de R$ 14 mil para os mais sofisticados. Já o aluguel pode chegar a R$ 1,5 mil/contêiner.
Procura
As maiores demandas no segmento, por enquanto, ainda são para atender a escritórios para a construção civil. "O mercado de locação de containeres transformados em escritório, por exemplo, é diretamente proporcional ao momento da construção civil, pois quando o fluxo de obras aumenta a procura é maior", explica Marcelo Bueno, da Santos Container — que tem nas caixas habitáveis, aliás, o carro-chefe da firma, representando 70% da procura por contêineres para locação.
Fabiano Oliveira, da Oliveira Reparos, avalia ainda que o advento do pré-sal tende a movimentar ainda mais a procura. "Com a vinda da Petrobras para a região, muitas empresas vão se instalar por aqui. Mas não vão querer construir unidades novas para, em dois ou três anos, se mudarem — o que vai aquecer a procura da estrutura de um contêiner", acredita. "Antes, o maior empecilho para a mobilidade do contêiner, que é um dos pontos positivos de se contar com essa estrutura, era a fiação de rede e elétrica, mas com as placas 3G e o wi-fi, já não há problema", adiciona.
Moradia?

"É algo muito bacana, tive o prazer de visitar e conhecer quando estive em Amsterdã. Naquele caso, eram contêineres novos e específicos para moradia", conta o empresário André Krai, da loja Container Ecology Store, construída a base de contêineres. Seria então possível ver esse tipo de moradia no Brasil? "É uma questão cultural. Por aqui soa estranho morar em uma caixa de metal. Mas se o europeu dorme, por que não podemos?", indaga Krai.
O empresário, aliás, planeja trazer a ideia ao Brasil, a partir de uma franquia de hoteis "de metal" a ser lançada, provavelmente em São Paulo, no mês de novembro. A diferença para outros do gênero existentes na Europa será o uso de apenas contêineres reciclados. "Estamos fabricando um piloto (do hotel), e se for aprovado, certamente estaremos adiante com esse trabalho", destaca Fabiano Faria de Oliveira, da Oliveira Reparos — empresa santista procurada por Krai para participar do projeto.
Seja para casas, lojas ou outros segmentos que surjam, a perspectiva do mercado de locação e venda de contêineres para além do uso portuário é vista como atraente. "Entendo que o mercado brasileiro tem absorvido a idéia da praticidade na utilização de containeres como módulos habitáveis. Desta forma, o mercado caminha a passos firmes para que cada vez mais este tipo de facilidade cresça", analisa Marcelo Bueno, da Santos Container.
Fonte..:: Boqnews
(recicle suas idéias)
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