Após um ano e cinco meses da descoberta de documentos da época da ditadura em Santos, o Arquivo Público do Estado de São Paulo abre para consulta e pesquisa o acervo do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (DEOPS) na região.
Cerca de 45 mil fichas remissivas – nominais ou temáticas – dão acesso a 11.600 prontuários produzidos pelo órgão que tinha como objetivo prevenir e reprimir delitos considerados de ordem política e social contra a segurança do Estado.
Os documentos encontrados em Santos revelam a atuação do DEOPS na Baixada Santista, especialmente durante a ditadura militar. Entre as pessoas "fichadas" pelo DEOPS na cidade estão Carlos Lamarca, Frei Betto, Carlos Marighella e o ex-presidente Lula, além de personagens da política local, sindicatos e movimentos estudantis.
A documentação está disponível para consulta no Arquivo Público do Estado, na Avenida Cruzeiro do Sul, 1.777 - Santana. O local fica ao lado da estação Tietê de Metrô. O serviço funciona de terça a sexta das 9 às 17 horas, sendo 16 horas o horário-limite para solicitação de material.
A consulta aos documentos respeita os mesmos procedimentos já adotados para a pesquisa aos demais documentos do DEOPS, abertos ao público desde 1994. Os pesquisadores têm acesso ao acervo no salão de consultas do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Para isso, é preciso assinar um termo próprio, através do qual o pesquisador assume toda a responsabilidade pelo uso que fará das informações adquiridas nos documentos. Para os cidadãos mencionados nestes arquivos, o Arquivo Público oferece a reprodução autenticada dos documentos.
Histórico
O acervo foi descoberto em uma delegacia de polícia em Santos em fevereiro do ano passado. Os documentos estavam empoeirados, infestados por cupins e outros insetos e com suas páginas desordenadas.
Em São Paulo, na sede do Arquivo Público do Estado de São Paulo, os documentos passaram por tratamento técnico, com a desinfecção, higienização, desmetalização, re-acondicionamento e organização arquivística do material.
Segundo a Secretaria da Casa Civil, a próxima etapa do trabalho será o diagnóstico de cerca de 150 caixas com documentos diversos que precisam ser identificados pela equipe do Arquivo Público para serem também disponibilizados ao público.
Fonte..:: A Tribuna
(fatos_históricos)
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