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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Caramujo africano, Caramujo gigante africano

Texto Por..:: Raquel Patro
Foto de..:: Rita Barreto

Nome Popular:  Caramujo-africano, acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano, rainha-da-áfrica, falso-escargot

Nome Científico: Achatina fulica

Família: Helicidae

Filo: Mollusca

Partes Afetadas: Folhas, flores, frutos, caule

Sintomas: Partes das plantas roídas, rastros de secreção sobre as plantas e vasos

O caramujo-africano é uma espécie considerada praga em diversos países no mundo todo. Foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80, com o intuito de oferecer um susbtituto mais interessante economicamente e de maior peso que o escargot verdadeiro (Helix aspersa). Em pouco tempo de criação se verificou que o animal não tinha boa aceitação pelo mercado consumidor brasileiro, o que provocou a desistência da maioria dos criadores, que se desfizeram dos animais de forma errônea: liberando os caramujos em jardins, matas ou simplesmente colocando-os no lixo.

Estes caramujos não encontraram predadores naturais à sua altura e se multiplicaram rapidamente, invadindo diversos tipos de ecossistemas brasileiros. Como são hermafroditas (possuem os dois sexos em um mesmo animal) e realizam a autofecundação, basta apenas um indivíduo para que a praga se alastre, afinal são cerca de 400 ovos ano ao por caramujo.

O caramujo-africano é um molusco grande e escuro, com até 15 cm de comprimento e 200 gramas de peso. Sua concha é alongada e cônica, com manchas claras. Ele não deve ser confundido com os moluscos brasileiros. Os nativos aruás-do-mato (Megalobulimus sp) têm importante papel ecológico, além de servirem de alimento e como matéria prima no artesanato dos índios. Eles têm a borda da abertura da concha espessa, enquanto que o caramujo-africano tem esta borda cortante.

Os caramujos-africanos são conhecidos por serem hospedeiros de duas espécies de verminoses que acometem os seres humanos. A angiostrongilíase meningoencefálica, causada pelo Angiostrongylus cantonensis e angiostrongilíase abdominal, cujo agente é o Angiostrongylus costaricensis. Apesar da angiostrongilíase abdominal ser ocasionalmente diagnosticada no Brasil, geralmente ela está relacionada com outros hospedeiros, entre caracóis e lesmas, que não incluem o caramujo-africano. No entanto, estas doenças são bons argumentos para que o controle do caramujo-africano seja mais efetivo.

A invasão do caramujo-africano é atualmente muito mais relevante no aspecto ecológico do que no agrícola ou sanitário. Este caramujo está invadindo ecossistemas e ocupando um lugar que não é seu. Reduzindo assim a diversidade de espécies. Além de devorar folhas, flores e frutos, causando um enorme estrago em plantas de importância agrícola, ornamental e ecológica ele também é canibal, alimentando-se de ovos e jovens caracóis de sua mesma espécie, como forma de obter cálcio para sua concha em ambientes com escassez deste elemento.

Este caramujo é resistente a períodos de seca, além de ser bastante ativo no inverno. Como outros caracóis, ele aprecia a umidade e a sombra, se locomovendo e se alimentando mais à noite e em dias nublados e chuvosos. É capaz de escalar muros e árvores e desta forma transpor de um terreno a outro.

Ao se depararem com infestações de caramujo-africano, as pessoas logo pensam em venenos para controlá-los. Infelizmente os caracóis e lesmas em geral são muito resistentes a venenos e os únicos produtos comerciais disponíveis que se mostram um pouco eficientes (metaldeídos), demonstram elevada toxicidade para os seres humanos e outros animais, de forma que a utilização de pesticidas não é o método de controle atual mais indicado para estes moluscos.

As pesquisas de substâncias eficientes têm se revelado muito importantes neste sentido. A cafeína por exemplo, estudada pelos americanos Robert Hollingsworth, Jonhn Armstrong e Earl Campbel apresenta resultados interessantes. Assim como o látex da coroa-de-cristo (Euphorbia splendens hislopii), que está sendo testado no combate ao caramujo-gigante-africano pela equipe coordenada pelo pesquisador Maurício Vasconcellos.

O controle do caramujo-africano consiste na catação e destruição dos caramujos. Jamais coloque-os no lixo, pois estará disseminando o problema. Também não coloque sal nos animais pois assim contaminará o solo. O preconizado é o seguinte:

Utilize luvas descartáveis para pegar e manusear os animais

Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba durante o manuseio do caramujo

Coloque os caramujos em saco de papel e quebre suas conchas, pisando em cima

Enterre-os em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou do lençol freático

Aplique cal virgem sobre os caramujos quebrados (cuidado, a cal queima a pele)

Feche a vala com terra

Retire as luvas e lave muito bem as mãos após isso

É possível também utilizar iscas atrativas, que facilitam a catação. Papas de farelo de trigo com cerveja atraem caramujos a metros de distânica. Cascas de frutas e legumes, estopas embebidas em cerveja ou leite, assim como simples pedaços podres de madeira que lhes servem de abrigo. Verifique as iscas diariamente e não esqueça de protegê-las da chuva e do sol. Coloque-as em locais úmidos e frescos. Preferencialmente sobre a terra. Manter o jardim limpo de folhas mortas e frutos caídos também irá afastar os bichos, e desta forma ainda estará prevenindo outras doenças e pragas, como podridões de origem fúngica e bacteriana, moscas-das-frutas, etc. Não esqueça: as pragas só vivem e se multiplicam onde lhes é oferecido abrigo, comida e água.

O Instituto Oswaldo Cruz disponibiliza atendimento e informações sobre o caramujo-africano pelo telefone (21) 2598-4380 ramal 124.

Fonte..:: JardineiroNET

(papo de biologia, planeta animal)
Comentários
4 Comentários

4 comentários:

  1. por favor , voces mostrem porque a dengue esta avansando, quem falhou , , o porque cada ano esta ficando pior, com mais de 24 anos esta aqui algo qual vai mostrar o descso total que chegaram, nesta situaçao, entre no youtube jose de pontes https://youtu.be/8TVY_p_VpOs?list=UUK9XblSaT1Owwt_GroAoM5Q

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  2. se tive sem dado atençao na tribuna da cam,ara federal , nao haveriam mortes, os descasos para o s caramujos gigantes gerou a dengue incentes mortos,PDF]A2ABD9D753 - Câmara dos Deputados
    www.camara.gov.br/sileg/integras/404587.pdf
    Para dar ciência à Câmara Federal, solicitando sua transcrição nos Anais da ... dedetizador José de Pontes, morador da região de Registro, no Vale do Ribeira

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  3. Pronunciamento | Assembleia Legislativa do Estado de ...
    radio.alesc.sc.gov.br/...alesc/.../darci...matos/pronunciamento/0c6c04143...
    DEPUTADO DARCI DE MATOS - Sr. presidente, telespectadores da TVAL, ouvintes da ... fazendo justiça a mais de 12 mil servidores de Santa Catarina, dedicados, ... Convidei também o famoso pesquisador José De Pontes, de Imbituba, .

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  4. senhores viram agora esta materia vai mudar os estados e o brasil mais de 14 anos, de pesquisas, me btornei conhecedor disto tudo , os descasos dos politicos resultaram, nisto,

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